Calm Daddy || Wicked Games

By babynalls

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A jovem e sonhadora Ariana recebe uma proposta para fazer parte de uma das maiores agências de modelo da atua... More

1- Begin
3 - Novo Mundo
4 - O ímpio pecador
O que aconteceu com a fanfic?
Labelle

2 - O contrato

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By babynalls

Gente, demorei, mas não foi minha culpa, viu? O Wattpad SUMIU com os meus rascunhos da fanfic, chorei, fiquei desesperada, mas no final consegui recuperar sksksk.

Boa leitura 🤍

Manhattan, Nova York

— Mamãe, estamos no lugar certo? — adentro o prédio de mãos dadas com a minha mãe, me surpreendendo pelo gigantesco lugar cheio de pessoas, tão moderno e luxuoso.

— Acho que sim — ela responde vacilando, e assim como eu, se atentando a cada detalhe que realmente é muito diferente do que estamos acostumadas a lidar.

— Olá, senhoritas Mancini! — uma mulher de cabelos ruivos nos aborda, antes mesmo de chegarmos a recepção. — Meu nome é Amy, e irei levá-las até a sala da Srta. Jones — ela sorri receptiva para nós duas, ficamos um pouco surpreendidas, e então a acompanhamos até o elevador.

O elevador é enorme, caberia facilmente umas 15 pessoas aqui dentro. Amy aperta o botão do décimo nono andar, e eu e mamãe apenas nos entre olhamos tentando disfarçar o sorriso.

O elevador foi rápido, quando nos demos conta já havíamos chegado ao andar. Andamos pelo corredor passando por algumas salas e pessoas. Algumas portas são escuras, outras são de vidro, possibilitando ver tudo dentro. Presto atenção em algumas reuniões que parecem estar acontecendo, todos extremamente concentradas com seus computadores, mostrando gráficos e papéis. É interessante ver como tudo acontece tão de perto.

— Mamãe, seria muito legal se encontrássemos o Zayn Malik, né? — digo baixo me agarrando ao braço da minha mãe.

— Quem é esse?

— O dono disso tudo, mãe! — digo como se fosse óbvio, e um absurdo ela não saber quem é ele.

— Ele também é dono daquela marca que você adora, não é?

— Sim! Mãe, ele é chefe de todas essas pessoas, tem noção? — digo super animada, mas ele aperta meu braço para eu me controlar um pouco mais, e eu apenas abaixo a cabeça me recompondo sorrindo.

Paramos no final do corredor, Amy nos pede para esperar com a mão e então adentra rapidamente, talvez para avisar que chegamos.

— Podem entrar! — ela diz com seu sorriso, e nós duas agradecemos juntas antes de entrar na sala.

É uma sala espaçosa, muito iluminada pelas janelas de vidro e com uma decoração moderna e sútil de escritório, que predomina todo o prédio, contendo algumas fotos das modelos mais famosas da agência e de algumas feitas com grandes marcas. É lindo!

— Olá, senhoritas. Meu nome é Eleanor Jones, sou vice presidente da empresa e é um prazer receber vocês aqui — Eleanor vem até nós duas com um grande sorriso.

Ela é linda, bem mais do que parece pelas fotos. Um corpo esbelto e alto, cabelos castanhos e ondulados e uma simpatia que a torna ainda mais linda.

— Oi! — consigo dizer apenas isso pelo nervosismo.

— Venham se sentar, por favor — ela abre os braços na direção da sua mesa, e juntas vamos caminhando.

Eu e mamãe nos sentamos nas duas cadeiras de frente para ela, onde apenas a mesa nos separa.

— Antes, queria dizer que sua filha realmente nos impressionou, senhora Jones! Fico muito feliz por terem aceitados virem até aqui — ela diz sorridente, abrindo suas mãos sobre a mesa.

— Eu estou muito feliz por ela. Ver sua filha realizando um sonho é muito importante para uma mãe, mas também estou preocupada — olho para mamãe e ela fecha devagar seu sorriso, me deixando um pouco desanimada pela sua feição. — Como tudo isso vai funcionar?

— Então, o nosso propósito aqui hoje é de assinarmos o contrato. Após isso, Ariana será direcionada para um apartamento aqui na cidade, onde moram outras modelos, assim ficará mais fácil para ela ir para trabalhos — Eleanor explica tudo com calma.

— Eu não conheço muito, mas todo esse investimento que vão nela terá que ser pago de volta, estou certa?

— Sim, mas tudo isso será pago com os trabalhos que ela fizer, onde a agência vai tirar uma porcentagem. Aqui está o contrato — ela tira um bolo pequeno de papéis de dentro de uma gaveta. — Um advogado está vindo para explicar tudo para vocês — ela sorri passando uma grande confiança, me deixando um pouco mais confortável.

...

Saio de dentro do elevador entrando na recepção novamente, mas agora de cabeça erguida, peito estufado, mais feliz do que nunca. Agora sinto tudo que sempre sonhei se realizando na minha frente, e todas os caminhos se abrindo para mim. É uma sensação incrível de realização, conquista pessoal, e agora vou ter essa responsabilidade em ter que manter esse sonho a todo vapor e fazer realmente acontecer. Sinto a Ariana de hoje realizada e a Ariana criança pulando dentro de mim. Desde que mamãe assinou aqueles papéis a minha vida foi drasticamente mudada para melhor, mudada para o meu sonho, a página foi virada, na verdade, sinto que o livro da minha vida mudou e eu não poderia estar mais feliz, mas ao mesmo me sinto apreensiva com tudo que está por vir, é estranho pensar que tudo que irá mudar a partir de agora. Mas irei me sair bem, sinto que nasci para viver tudo isso, sinto que mereci depois de todos esses anos lutando e sonhando tanto, então o que poderia dar errado?

— Filha? — saio dos meus pensamentos quando sinto a mão de mamãe no meu ombro. — Tem certeza que consegue chegar em casa? Eu posso te levar.

— Claro que consigo! Você já está remarcando esse médico a mais de um mês, não precisa se preocupar — a braço forte de lado e ela beija a minha bochecha.

— Eu te amo, sabia? Você é uma estrela, filha — ela diz me apertando e me dando vários beijos pelo meu rosto. — Qualquer coisa você me liga, sabe o que tem que fazer, né?

— Sim! Mãe, só vou pedir um táxi, não tem como eu morrer fazendo isso — rio do desespero dela e ela faz uma cara feia.

— Cuidado, tá bom? — ela deixa claro mais séria, e eu apenas afirmo com a cabeça.

— Brigada por tudo! — digo baixo dando um último beijo em seu rosto, antes dela ir.

Espero alguns segundos depois dela sair, olho para os lados vendo algumas pessoas passando para lá e para cá sem nem ao menos me dar atenção. Bom, deveriam, pois logo logo minhas fotos estarão por aqui.

— Tudo bem, vamos lá! — saio do prédio com a ligeira impressão de que não deveria ter saído. — É só um táxi, Ariana, você consegue — respiro fundo, e então dou alguns passos até o final da calçada para tentar fazer sinal para algum táxi.

Vejo um na hora vindo, e por um breve momento meu peito alivia e toda ansiedade que eu estava desaparece. Chego um pouco mais para frente para tentar fazer sinal, e um homem passa a minha frente me empurrando bruscamente para chamar a atenção do taxi. Me assusto o olhando sem acreditar no que acabou de acontecer, então apenas fico olhando ele passar a minha frente e entrar dentro do táxi que deveria ser meu. Não me dando por vencida, decido tentar chamar outro, então o chamo quase invadindo a rua para ele me ver, mas além do motorista passar direto como se eu não existisse, ele ainda passa por cima de uma poça de água que quase pega em mim.

Bom, isso de pegar táxi realmente não é para mim.

Volto correndo para dentro da sede da agência, então respiro fundo algumas vezes e pego no meu celular para ver no mapas o metrô mais perto daqui, já que conheço absolutamente nada nesse lugar gigante que parece ser o centro da loucura.

— Precisando de ajuda? — ouço uma voz masculina e grave atrás de mim, mas me mantenho muito focada no celular para dar alguma atenção.

— Não... sim... não sei, estou tentando ver onde fica o... — assim que ergo a cabeça, paraliso olhando para o homem na minha frente, que sorri minimamente ao me ver ficar completamente sem reação.

— Zayn Malik — ele se apresenta cordialmente com sua voz grave e sua postura tão presente, estendendo sua mão para mim.

— Sim, você é — é a única coisa que consigo dizer, e me sinto uma boba quando ele solta uma risadinha.

Trato de fechar a minha boca que estava aberta até agora, e fico por alguns segundos apreciando o homem na minha frente. É ele, Zayn Malik, dono de toda Malik's Style, dono dessa agência toda, ícone da moda... e absurdamente mais bonito do que nas fotos. Ele está vestindo um terno extremamente alinhado, sem gravata, marcando seus ombros largos, o que francamente dá um ar de poder e intelectualidade para ele. Seu cabelo está arrumado perfeitamente para o lado, sua barba apesar de grande está feita e molda seu maxilar, e o olhando de tão perto, chega a ser uma vergonha alguém ser tão lindo como ele é. E esses olhos castanhos... eu poderia ficar o dia inteiro olhando para esses olhos.

— Ariana, certo? — ele diz meu nome com tanta calma e educação, e eu chego a sentir algo na minha barriga borbulhar.

— Você sabe o meu nome — um sorriso idiota sai dentre os meus lábios.

— Eu acabei de te contratar, estou apostando alto em você. Aprender o seu nome é o mínimo que eu poderia fazer — ele é rápido ao responder, com um pequeno sorrisinho no canto da sua boca rosada, e que apesar de ser óbvio me deixa ainda mais constrangida. — Problemas para ir embora? — ele sugere me olhando, e então me lembro que estava tendo sérios problemas para conseguir ir para casa.

— Si... sim. As pessoas aqui são extremamente rudes, não é? Não consegui pegar o táxi, então estava tentando ver  para que lado fica o metrô mais próximo daqui — falo tentando entrar no aplicativo, mas minha internet está horrível.

— Onde você mora? Posso te dar uma carona — ele pergunta olhando disfarçadamente para o meu celular, e então me encara novamente.

— Brooklyn Heights, mas não se incomode! Vo-você deve ter tantas coisas para fazer. Olha o tamanho desse lugar, deve ser difícil administrar isso tudo — rio de leve, tentando disfarçar meu nervosismo, porque sempre que estou nervosa faço isso, falo desenfreadamente.

— Por isso sou o chefe, apenas delego para que cuidem disso tudo por mim — ele diz como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Deve ser muito bom, não é?

— Não muito — ele limita suas palavras, e fica sorrindo minimamente me encarando a ponto de me deixar extremamente tímida sob seu olhar. — Então, posso te levar em casa?

— Você é o meu chefe, certo? Então se eu falar não, você pode me demitir — brinco.

— Não, isso poderia ser considerado assédio — ele brinca de volta contorcendo o nariz, e eu começo a notar m cada detalhe perfeito que ele tem, e como tudo que ele faz parece ser premeditado.

— Vou aceitar por estar completamente perdida, então — dou os ombros tímida.

— Um minuto — ele pede educado, e então pega seu celular no bolso da calça. — Pode vir — ele me chama com sua mão indo para fora do prédio.

Zayn me deixa passar na frente, e eu passo andando em passos super pequenos por ainda estar completamente incrédula. Chegamos na rua e no mesmo instante um jaguar preto para na frente do prédio. Zayn abre a porta para mim e eu sorrio agradecendo entrando, e estranhando pelo tamanho exagerado do carro por dentro. Ele olha para os lados para talvez se certificar de algo, arruma a gola da camisa e então entra logo atrás de mim.

— Veio sozinha para cá? — ele puxa assunto, enquanto fecha a janela do carro.

— Vim com a minha mãe, mas ela precisou ir para uma consulta no médico, então tive que me virar para voltar — solto uma risadinha nervosa.

— Não anda muito sozinha, estou certo?

— Mais onde eu moro. Mas o centro da cidade é completamente diferente, são muitas pessoas, muita correria. Antes de você falar comigo eu estava quase chorando.

— Infelizmente vai ter que se acostumar com a correria da cidade — torço um pouco os lábios ao ouvir.

— Estava pensando nisso... Sou acostumada com a vida calma no meu bairro, meu itinerário sempre foi o mesmo. Muitas pessoas reclamam da rotina, mas eu gosto da minha, pois foi a rotina que deixou a minha cabeça sã em momentos que... — me pauso ao perceber que quase falei mais do que deveria. — Não sei se sou uma pessoa adaptável, sabe, mas vou tentar ao máximo.

— Não fique assim. Uma coisa que aprendi muito novo, foi que sair da zona de conforto pode parecer assustador, mas é sempre bom, você vê o mundo de outra forma, conhece ele a um todo. O usual parece bom e confortável, mas quando você se você se acostuma com isso, fica dependente. Quando você não tem outras alternativas, se contenta com o que tem. Você é jovem, se tornar refém de uma vida simples não é algo digno para alguém como você que tem uma carreira tão brilhante pela frente — tento não transparecer o quanto estou encantada o vendo falar.

— Parece que você nunca teve isso, né? De ter uma... — quando olho em seus olhos, simplesmente me perco nas palavras, sem saber como me expressar.

— Uma vida normal? — ele sugere um pouco humorado, e eu confirmo. — Sim, nunca tive uma vida normal por motivos óbvios, já nasci nesse mundo diferente de fama, dinheiro e responsabilidades. Mas durante minha adolescência até o começo da minha juventude, tentei por várias vezes me prender a rotinas, a coisas mais simples, mas nunca deu certo... a responsabilidade falava mais alto — fico analisando suas palavras, e pensando no que ele falou.

— Desculpe, mas chega a ser triste — digo baixo.

— O quê?

— Não poder escolher a vida que quer viver — sou sincera o olhando, e Zayn parece ficar sem palavras para me responder.

— Mas não me veria fazendo outra coisa. E sim, é muito desanimador pensar que seu destino já estava escrito antes mesmo de você nascer, mas de certa forma aprendi a amar o eu que faço. Era o que meu avô construiu, o que meu pai continuou e o que hoje eu continuo, é tudo sobre herança

Acho que é mais sobre o que falamos, de se adaptar. E pensando agora nas próprias palavras dele, quando você não vê outras alternativas, se contenta com o que já tem.

Ficamos nos olhando por um tempo. Ele é extremamente intimidador e me deixa desconfortável, mas não de uma maneira ruim, mas sim por eu não saber como agir ou o que falar tendo esses olhos castanhos tão vidrados em mim.

O som do seu celular tocando chega a assustar, cortando o momento. Ele atende rapidamente e começa a conversar, parece ser algo relacionado a trabalho.

Chego um pouco mais para perto da janela, apoio a cabeça no estofado do banco e fico olhando para paisagem no lado de fora, enquanto ele fala várias coisas sobre trabalho no celular que sinceramente não consigo entender nada.

O caminho até a minha casa foi dessa maneira, ele falando assuntos da empresa no celular enquanto eu admirava o longo caminho. Volta e meia eu olhava de relance para ele, sem ele perceber é claro, e admirando o quanto ele é bonito, e o fato dele ter sido tão gentil comigo me deixa ainda mais admirada. E ao mesmo tempo, um milhão de perguntas se formam na minha cabeça sobre Zayn, ele parece guardar muitas coisas, conhecer muitas coisas, ter vivido muito até aqui. E isso por si só já é interessante, ainda mais para mim que não tive ainda muitas experiências, não sei como todo esse mundo da moda funciona. Ele é sério, íntegro, fala normalmente e tão leve que deixa claro o quanto ele já faz parte disso tudo, é acostumado. E na real isso tudo é muito estranho, é estranho estar tão perto de alguém famoso, é como se ele andasse com a fama ao seu lado, e me ver nesse carro no outro lado faz eu me sentir assim.

— Tudo bem, já estou voltando... até logo — olho para ele de canto quando o ouço dizer. — Me desculpe, tive que atender — ele diz guardando o celular no bolso, me olhando um pouco cabisbaixa.

— Tudo bem! Você deve ter tantas coisas para resolver e fazer, não sei nem como arrumou tempo para vir me trazer — sorrio um pouco sem graça ainda.

— Para você? É claro que eu arrumaria — ele diz encantadoramente charmoso, me deixando ainda mais sem jeito na sua presença.

— Então, então... eu desço aqui... — tropeço nas palavras assim que sinto o carro parar. — Eu só queria te agradecer, por tudo. É realmente um sonho estar vivendo isso. Acompanho e admiro a MLI há tantos anos e... você... quero dizer, seu trabalho. Enfim, muito obrigado, realmente quero te agradecer agora, porque sei que provavelmente nunca mais vamos nos ver.

— Vamos nos ver, Ariana — ele diz com tanta certeza, enquanto me olha, que realmente acredito nele.

Engulo em seco e levo um leve susto quando a porta ao meu lado se abre pelo motorista.

— Adeus, Zayn — sorrio para ele antes de pegar as minhas coisas e sair.

— Até logo — ele se despede e então o motorista fecha a porta do carro, se digirindo calmamente até a porta do motorista e partindo com o carro.

Vejo aquele lindo jaguar preto se distanciar até sumir da minha vista. Olho para os lados e não tem ninguém na rua, ninguém para ver esse absurdo que sou eu chegando em um carrão desses aqui.

Quando percebo estou sorrindo sozinha comigo mesma, olhando para os lados com a mão na cabeça.

— Meu Deus, a Camila precisa saber sobre isso — digo baixo comigo mesma, e me apronto em correr na direção da casa dela.

Corro incansavelmente duas ruas inteiras até chegar na casa da Camila, sem nem me importar com esse sol. Ela vai enlouquecer quando eu contar para ela que acabei de ganhar uma carona de ninguém mais, ninguém menos que Zayn Malik.

— Camila! Camila! — bato repetidas vezes na porta chamando por ela, e só paro quando ouço passos vindo até a porta.

— Ariana! — a mãe dela me recebe, como sempre com um sorriso no rosto. — Sinto muito, mas a Camila não está — Cristina olha para o lado um pouco apreensiva fechando o sorriso, e na hora eu desconfio de suas palavras, começando a desconfiar de tudo que aconteceu desde ontem.

— Mas ela não estava ontem também... sabe onde ela está? — pergunto calmamente, observando cada movimento em falso de Cristina.

— Então... — ela tenta continuar, mas tiro toda a minha atenção dela quando vejo ao fundo Camila descendo as escadas e ficando paralisada quando em vê na porta.

— Não está, ah? — olho para mãe dela, e saio entrando dentro da casa para ir atrás da Camila. — O que aconteceu? Por que está me evitando? — já chegou nela a bombardeando com perguntas.

— Tenho que desligar, querido — arqueo as sobrancelhas ao ouvir o "querido".

Fico a encarando seria, enquanto ela apenas abaixa o celular e fica me olhando sem ter o que dizer.

— E então? — dou espaço para ela continuar.

— O que você quer? — ela diz com desdém.

— O que eu quero? — sorrio incrédula. — Saber porque você está me evitando, talvez. Estou desde ontem tentando falar com você e...

— Falar como você tomou o meu sonho? — ela me interrompe para dizer, e agora sou eu quem fica sem resposta.

— Como?

— Você conseguiu assinar com a MLI, meus parabéns — ela diz em completo desprezo. — Mas não precisava, e eu  não queria ver você vindo aqui para jogar isso na minha cara.

— Camila, você é a minha melhor amiga... apenas queria comemorar uma conquista com você — digo amoada, sem acreditar em toda essa situação, ainda mais vindo dela.

— Camila, você não deveria falar assim com a sua amiga — a mãe de Camila fala, mas ela simplesmente ignora.

— Aquela vaga era para ser minha, mãe! — ela se exalta vindo na minha direção, e eu me afasto indo para trás. —  Ela roubou o meu lugar e ainda quer que eu fique feliz por ela? Ah, isso não vai acontecer — ela me mostra uma postura totalmente diferente da que eu já conheci, me assustando por nunca ter visto esse outro lado dela.

— Você está louca, Camilla? Eu nunca roubaria a sua vaga em nenhuma agência, eles simplesmente me escolheram. O que você queria? Que eu negasse para não ferir o seu ego? — quando rebato no mesmo tom que o dela, ela começa a recuar.

— Você é uma vaca egoísta!

— Você é uma vaca egoísta! — agora sou eu quem grita. — Eu sempre fiquei feliz por cada coisa que você conquistou, o mínimo que esperava em troca era o mesmo, porque não sei se você sabe, mas é isso que fazemos quando alguém que amamos realiza um sonho, ficamos felizes. O que aconteceu com você? Simplesmente ficou maluca em só dois dias?

— Acho melhor você ir embora, Ariana. Camila claramente está fora de si, precisa pensar — Cristina diz tocando no meu ombro, e eu apenas continuo olhando para Camila, esperando ela ter alguma reação, falar algo,  dizer que foi uma brincadeira, ser de volta a Camilla de dois dias atrás. Eu realmente não sei...

— Tudo bem — olho para mão da mãe dela no meu ombro. Ajeito a bolsa e dou as costas já querendo chorar e ainda sem acreditar no que aconteceu.

Segundo capítulo amoressss!

Votem e comentem! É mega importante❤️

All the Love, Nana💜

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