Amor & Obsessão

By Somethin_Great

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Liam Hunter é um homem maduro, divorciado e poderoso à procura da segunda oportunidade de amar. Victoria Ren... More

01| Dizem que são bons na cama.
02| É uma técnica de sedução?
03| "Como poderei retribuir o favor?"
04| O que faz ele aqui?
05| Tequila.
06| É a primeira vez.
07| Mulher estúpida.
09| Eu gostaria de puder beijá-la.
10| Cartas na mesa.
11| Tenho saudades tuas, bebé.
12| Despertar demónios.
13| Idade.
14| Rap Jumping.
15| Fazer o tempo parar.
16| Rowdy.
17| Amo-te.
18| Até fechar os olhos.
19| Não aceitar de volta.
20| Apresentação.
21| "Estás melhor comigo."
22| Puta que pariu!
23| Preservativo.
24| Damas de honor.
25| Sementinhas.
26| Tu és somente minha.
27| Doente.
28| Flores de tempestade.
29| Devíamos afastar-nos.
30| A culpa é tua!
31| Anjo.
32| Refém em casa?
33| Surpresa!
34| Chave na mão.
35| 14 de fevereiro?
36| Quiseste engravidar para me segurar.
37| Qual é o destino?
38| O que estamos aqui a fazer, Liam?
39| Sim, aceito.
40| Vou desenhar-te nu.
41|"Tu tens o que é meu"
42| Uma pechincha?
43| Comprimidos azuis?
44| Pintar com os corpos.
45| "Surpreende-me até lá."
46| "Não foi acidente ao acaso?"
47| "Eu tenho super poderes."
Não é um capítulo.
48|Vick, bebé.
49| Amnésia dissociativa?
50| "O meu coração arde por ti"
51|Como se ela fosse uma droga.
52| Lento. Fundo. Intenso.

08| Quem é ele?

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By Somethin_Great

- Falta muito para o fim, querida? – a senhora Meyer questiona, obviamente curiosa.

Levo as chávenas de chá para a cozinha passando-as por água e coloco-as no escorredor.

- Não, talvez consigamos terminar o livro na próxima semana.

A senhora Meyer é uma senhora com 83 anos, que infelizmente perdeu o seu marido há muitos anos devido a um acidente trágico de carro. A idosa mora numas casas abaixo da casa dos meus pais. A minha mãe costuma fazer-lhe as refeições e ajudá-la na sua higiene, leva-a às consultas e também gosta de a levar a passear. Tristemente, esta senhora não pôde ter filhos, mas considera a minha mãe como filha e a mim e Christopher (o meu irmão) como netos.

Ela tem uma gata com o pelo nos tons de cinza chamada Emy e um cão com pelo totalmente preto e brilhante chamado Joli. São os animais mais adoráveis do mundo, só dá vontade de os apertar como se fossem peluches.

83 anos para esta senhora não são nada. É vaidosa e ainda se movimenta bem com a ajuda da sua bengala com brilhantes. Tem olhos azuis e o seu cabelo está completamente grisalho mas encaracolado. Ela sabe o que dizer em qualquer situação, tem sempre uma palavra amiga a dizer, não julga. É tão bom puder conversar com ela. Transmite-nos uma calma e uma paz incrível.

- Já escolheu o próximo livro que quer que lhe leia, senhora Meyer? – eu interrogo aconchegando-a melhor no sofá com as almofadas feitas pelas suas próprias mãos.

- Não, querida. Acho que vou deixar ao teu critério. – ela responde com um sorriso radiante.

- Fica bem? A minha mãe virá mais tarde, e eu prometo que tenterei vir mais vezes. – dou-lhe um beijo na bochecha e ela puxa-me contra o seu peito, abraçando-me carinhosamente.

- Vai com Deus, meu amor. Não te esqueças que gosto muito de ti. – ela solta-me dos seus braços.

Pego na minha mala onde coloco o meu telemóvel e de onde tiro as chaves do carro.

- Eu também gosto muito de si, senhora Meyer. – despeço-me dela e caminho até ao carro.

Ligo a ignição e conduzo até casa. Odeio o facto de ter que conduzir ao final do dia. O tráfego é horrível. É a hora que toda a gente sai do trabalho, é a hora que os centros comerciais fecham, e é a hora que a confusão se instala. Acabo por perder mais tempo no trânsito do que num centro comercial. Isto é surreal.

Estaciono o carro e caminho até casa. Abro a porta, pouso a minha pasta e a mala no cadeirão à entrada e descalço os meus sapatos.

Chego à sala e vejo alguém a folhear o meu bloco de desenhos. Mas que merda!

Pouso os sapatos perto da porta fazendo exatamente o barulho que pretendia.

- Chris...

O meu irmão vira-se para mim encontrando os meus olhos.

- Vicky! – ele atravessa a sala para me abraçar.

Permito que ele me abrace. Odeio o facto de ele ser mais alto e eu ter que me colocar na ponta dos pés para consegui abraça-lo adequadamente. É o meu irmão, caramba. Eu tinha saudades dele.

- Por que não me disseste que vinhas? Quando chegaste? – bato-lhe no peito fazendo cara feia.

Eu não estou chateada mas ele podia-me ter dito que vinha a Inglaterra.

- Cheguei esta manhã. – ele confessa.

- Tu és um filho da mãe! Espero que o saibas.

Ele ri.

- Espera, como é que entraste na minha casa? – estou confusa.

- A mãe. Ela emprestou-me as chaves.

Claro. A minha mãe. Como é que não me lembrei disso?

- Vais-me dizer que não tinhas saudades minhas? – ele aperta-me nos seus braços de novo.

A sua barba de dias faz cócegas nas minhas bochechas.

- Eu tinha, mas tu não me contaste que vinhas. – eu amuo.

- Era uma surpresa, maninha. - ele coloca-me no chão de novo.

Ajeito a minha roupa recentemente amarrotada e atravesso a sala até à minha secretária. O bloco de desenho foi remexido e alguns desenhos estão espalhados pela minha secretária. Detesto que mexam assim nos meus desenhos principalmente aqueles que são pessoais.

Christopher caminha atrás de mim e agarra naquele desenho que tenho nas mãos.

- Eu gosto deste. – ele comenta o desenho que fiz de Liam.

É verdade. Desenhei Liam. Ele é tão sexy. Achei que o devia ter desenhado no meu bloco. Desenhei o seu perfil enquanto conduzia. Ele nunca vai saber que o desenhei. Na verdade, nunca mais nos vamos ver. Foi uma noite agradável aquela, mas tudo o que é bom, acaba.

Eu já sei que vou ser daquelas mulheres quarentonas sem marido, sem namorado, sem filhos, que chega a casa depois de um dia de trabalho e se diverte apenas com um copo de vinho, ou quem sabe mais do que um. Nada de relacionamentos ou envolvimentos sérios.

- Quem é ele? – o meu querido irmão arranca-me dos meus pensamentos sem qualquer sentido.

- O quê?

- Quem é o tipo?

- Oh, ninguém, Chris.

- Tu és uma mentirosa de merda. – ele é sincero e eu odeio que ele o seja em determinadas vezes. – Vamos, quem é ele?

Ele é o Liam, um tipo que conheci em Tóquio e que é caralhamente sexy. Existe esta palavra sequer? Passa a existir. Para todos os efeitos eu nunca mais o vou ver para além que eu não estou interessada e nem ele teria qualquer tipo de interesse em mim.

- A Alexis? Ela veio contigo? – olho para o chão enquanto desconverso.

A Alexis é a namorada do meu irmão. Morena de olhos castanhos-claros e cabelo totalmente liso. Ela é tão querida. Faz o meu irmão tão feliz. Eles fazem um casal perfeito. Isto se a perfeição existir nalguma parte do universo.

- Sim, a Alexis veio comigo. Ficou em casa dos pais. Mas não era dela de quem estávamos a falar. Sempre foste tão aberta comigo sobre este assunto, por que não estás a sê-lo desta vez? – ele está coberto de razão.

- Conheci-o em Tóquio quando fui em trabalho com o Thomas, mas não te preocupes, não o vou voltar a ver. Não faço ideia onde raio ele vive.

- Oh, eu quero mesmo que tu arranjes alguém que te faça feliz, Vicky. Tu mereces.

- Bom e quem te disse que não o sou?

Ele coloca a sua mão no lugar do meu coração e olha-me nos olhos.

- O teu coração sabe que não és e os teus olhos dizem exatamente isso, maninha. Eu conheço-te tão bem. Tu tentas-te enganar a ti própria e aos outros. Não faças isso, sim? – ele abraça-me novamente massajando as minhas costas.

Dou um suspiro anuindo.

- Quero contar-te uma coisa.

Levo-o até ao sofá onde nos sentamos.

- Conta! – peço entusiasmada.

Ele faz uma pausa e respira fundo.

- Pedi a Alexis em casamento. – ele conta.

- Jura! – mal posso acreditar. Demorou mas foi.

- Juro!

Salto para cima do seu colo, abraço-o enchendo-o de beijos.

- Estou tão orgulhosa de ti. Estou feliz por ti. Muitos parabéns.

Ele solta uma gargalhada que me faz rir também. Ele acaba por agradecer assim que consegue recuperar o fôlego do ataque de riso que nos deu.

- Mal posso esperar pelos sobrinhos. – brinco.

Ele fita-me durante alguns momentos.

- Não posso... A Alexis... Ela está grávida? – uau só surpresas.

- Não temos certezas ainda. – ele responde.

- Espero que seja uma menina. Vai ser a menina da tia. – estou animada com a ideia de ser tia. As crianças são adoráveis, só dá vontade de apertar as suas bochechinhas.

- Eu disse à Lexis que ias ser uma tia babada e não me enganei. – os seus olhos brilham.

Ele está feliz. Finalmente ele está a construir a sua família.

- Eu vou ser certamente uma tia babadíssima. – sorrio.

Gosto de passar tempo de qualidade com o meu irmão e isto é passar tempo de qualidade com ele.

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