Coral - A Filha de Coraline

By ElanePimentel1

119K 8.2K 8.5K

Coral Jones é filha de Coraline Jones, a antiga garotinha que enfrentou a Outra Mãe. Apesar de Coraline ter c... More

A Antiga Nova Casa
Sonhos Podem Matar
Os Vizinhos de Sempre part. 1
Os Vizinhos de Sempre part. 2
O Poço
Desejos podem se Tornar Realidade
As Paredes tem Ouvidos
A Outra Porta, O Outro Mundo, A Outra Mãe
A Historia da Outra Mãe?
Um Pouco da Verdade
Antes Do Amanhecer
A Verdade
Paralelamente para os leitores
Sombras do Corredor Part. I
Sombras do Corredor Part. II
Nas entranhas da Casa
As Almas Conhecidas
A Sala Colorida
O Labirinto das Almas Perdidas
O Gato, o Rato e o Caçador
O Sacrifício e o Fim
O Outro Sacrifício e o Outro Fim
Epílogo
A respeito de um comentário que recebi.
Prólogo - Coral Roses
Comentários fofos que recebo e 1 aviso *-*
CAPITULO NOVO!!!!!!
NOVIDADE!!!
OLÁÁ!! TEM ALGUEM AI???

Toby

3.4K 277 191
By ElanePimentel1

Toby Jones Lovatt é um garotinho de 6 anos. Era pequeno demais para sua idade, e um tanto magrela. Coral, Coraline e Wybie seguravam ele facilmente nos braços, como se fosse um garotinho de 4 anos de idade. Toby não conversava muito, mas amava brincar com seu pai. Era a coisa favorita dele no mundo todo, em segundo lugar ele gostava de observar. Ele observava tudo e todos, era uma característica dele que ninguém sabia, pelo menos, quase ninguém sabia. Um pequeno felino preto que andava espreitando a casa desde que eles se mudaram também observava tudo e claro, o pequeno Toby lhe chamou a atenção. Principalmente porque Toby lhe lembrava alguém, um garotinho que a muito tempo ele havia conhecido.

Toby Jones Lovatt sempre escutará com bastante atenção as histórias que sua mãe Coraline lhe contará. O que aconteceu com ela quando ela era criança. O que aconteceu quando ela encontrou uma porta que dava para um mundo perfeito, onde tudo, as pessoas, as coisas e até mesmo seus pais eram melhores. Também contou os perigos. Contou que o monstro que dominava aquele lugar tentou arrancar seus olhos e colocar botões no lugar. Contou dos fantasmas das crianças que já não existiam mais. E principalmente, contou que A Outra Mãe ainda estava viva, só esperando a oportunidade certa para atacar. Toby tinha 4 anos de idade quando sua mãe lhe contou aquela história e mesmo assim ele era esperto o suficiente para ficar com medo. Ele pensou "Espero nunca conhecer esse lugar." Mas dois anos depois daquilo, tiveram que se mudar para a terrível casa. E só de pensar tremia, mas não estava tão assustado, estava com sua mãe, com seu pai, e com sua irmã. Nada de mal aconteceria a ele. Ele gostava muito desse mundo e não pretendia ir em busca de um melhor.

Coral era sua irmã mais velha, e Toby a admirava muito, mesmo sem nunca ter falado isso a ela, mas sempre quis ter a coragem que ela tinha. Desde o momento que sua mãe lhe contará sobre o outro mundo, ela sempre falava que queria muito ver a porta, enquanto Toby não queria nem chegar perto. Admirava ela, pois ela se parecia com sua mãe, e Coraline enfrentou a Outra Mãe, então pensou "Bem, talvez Coral também é capaz. Com certeza estou seguro com ela aqui."

Quando finalmente chegaram na casa, ele ficou maravilhado. Era uma casa bastante antiga, mas tinha sua beleza. Parecia uma fotografia antiga, mas sua cor rosa a deixava alegre. A Casa Alegre, foi o que ele pensou. E na primeira noite que dormiu ali, teve um sonho bastante estranho.

Ele estava na frente da nova casa e segurava algo brilhoso na mão. Parecia um cristal. Era grande e tinha uma ponta bastante afiada. No sonho uma voz falava repetidas vezes "Você precisa achar. Você precisa achar. É a única saída." Toby acordou. Não pensou naquilo, afinal, era apenas uma criança e não se preocupava muito com sonhos estranhos.

Durante o dia, Toby saiu de casa para brincar na frente, viu quando Coral saiu para explorar, achava aquilo uma péssima ideia, mas ele confiava nela e não se preocupava muito. E foi nesse dia que ele conheceu O Gato.

Estava na frente de sua casa, mas não tinha ninguém a vista. O Gato se aproximou.

— Você é o Gato amigo de minha mãe, não é? – Toby perguntou, esperando ver um aceno de cabeça do Gato, mas ao invés disso se surpreendeu quando o Gato falou claramente.

— Exatamente. – era a voz masculina de alguém que parecia ter muito conhecimento.

— Como posso ouvir você? Mamãe contou que só conseguia lhe ouvir no Outro Mundo. – Toby ficou confuso.

O gato andou, roçando o rabo no braço de Toby, aquilo fez o pequeno garotinho se arrepiar.

— Você é especial, pequeno Toby. – o gato falou de forma misteriosa.

— Como assim?

— Você tem o sangue necessário. – o gato parou, parecia estar ouvindo algo que o pequeno Toby não era capaz de ouvir. Então, correu e sumiu na neblina que começava a lhe cercar.

Toby não entendeu nada, mas teve um mal pressentimento. Resolveu então, esquecer que aquilo aconteceu. Continuou a brincar, observou sua mãe regando as flores no jardim, observou seu pai indo ajudar. Mas Coral não estava ali, ela seria a única pessoa para quem ele contaria algo assim, mas não contou, pois no final das contas, ele realmente esqueceu.

A noite chegou e Coraline pôs Toby na cama, ele tinha um abajur onde imagens bonitas e fantásticas apareciam nas paredes, no teto e em toda parte. Era magico. Toby amava aquilo.

Durante a noite ele teve mais sonhos, e todos sempre começavam da mesma forma. Ele estava segurando um cristal pontudo. Agora, nesse novo sonho, ele não estava sozinho. Havia um menino. O menino era pálido, tenha olhos extremamente verdes e aparenta ter uns 14 anos.

"— Não tenha medo. – o menino falou, de forma amigável."

"— Quem é você? – Toby perguntou timidamente, apertando o cristal na mãe instintivamente."

"— Sou um amigo. – o menino apontou para a mão de Toby. — Guarde bem isso. Isso vai salvar a todos."

Toby olhou para a mão, para o grande cristal reluzente. Ele não tinha ideia do que poderia ser aquilo ou de onde havia vindo.

"— Eu não sei o que é isso."

"— Não se preocupe Toby, você vai achar. – o garoto olha de forma triste para Toby. — Eu lamento que tenha que ser você."

Então, o sonho acabou. Provavelmente aconteceu mais, mas Toby era muito pequeno para se lembrar de todo um sonho de uma noite toda. No dia seguinte mal se lembrava daquilo, mas lembrava que tinha que fazer algo importante. Precisava achar algo importante.

Estava na frente de sua casa, Wybie acabará de lhe dar um carrinho novo e como qualquer criança, estava empolgado e brincando sentado na grama verde. Ele não sabia onde sua irmã se meterá, mas ouviu Coraline falar algo como "está conhecendo as Amandas". Toby também ficou curioso para conhecer a vizinhança, principalmente se tivesse algum garoto de sua idade para brincar, não que ele se incomodava de brincar sozinho, mas só pelo fato de ser normal. Queria muito mostrar seu carro novo para alguém.

Uma sombra alta bloqueou o sol naquele momento, Toby olhou para cima e se deparou com um garoto alto, magro e com cara de rato. As orelhas eram grandes, uma sobrancelha estava erguida e os dentes da frente pareciam com os de ratos.

— Oi. Meu nome é Balt Bobinsky. – Toby achou interessante o som da voz daquele garoto. Era bem diferente.

— Oi.

— Você é o irmãozinho da Coral. – Toby não falou nada, aquele garoto era alto o suficiente para ser assustador, e aquela cara de rato realmente assustava Toby. — Não se assuste garoto, eu sou amigo.

De repente Toby lembrou-se do sonho, mas aquele não era o garoto do seu sonho, não eram parecidos em nada, mas de alguma forma, realmente pareciam ser amigos.

— Meu nome é Toby.

— É o seguinte Toby. – Balt se abaixou, e mesmo assim não conseguiu ficar da altura de Toby. Enquanto ele falava uma de suas sobrancelhas ficava erguida, Toby achou aquilo estranho e irritante, parecia um tique. — Você precisa contar pra sua mãe que Coral está procurando demais e que ela vai acabar achando.

— Achando o que?

— Apenas fale isso, certo? – o garoto, Balt, olhou para os lados e se levantou. — Eu sei que os outros querem que ela ache, mas eu não sei o que pode acontecer se ela falhar, então é melhor deixar como está. – o garoto parecia agora estar falando com ele mesmo. — Droga, nem sei o que realmente é melhor.

— Do que você está falando?

— Estou falando que: É melhor deixar as portas do Outro Mundo bem trancadas. – e então, aquele garoto saiu e sumiu dentro da casa. Toby ficou muito confuso, mas levantou-se no mesmo minuto para dar o recado a sua mãe. Ela não estava mais no jardim, provavelmente estaria dentro de casa fazendo o almoço.

Antes que ele pudesse falar com sua mãe, algo o interrompeu. Coraline estava de fato na cozinha preparando o almoço, mas ela não estava sozinha. O gato estava lá e os dois estavam conversando.

— Você tem que acabar logo com isso Coraline. – o gato falou quase suplicando, mas Coraline não parecia se importar, parecia até irritada.

— Mas a que preço, hein? Eu não vou deixar minhas crianças se matarem. Está tudo bem. Eu estou aqui para proteger, lembra? A Outra Mãe não pode sair.

— Mas isso não significa nada. Ela pode atrair crianças. Ela sempre arruma um jeito. – o gato pulou em cima da mesa, e sentou-se sobre as patas traseiras. — Você precisa deixar a profecia acontecer. Só assim isso acaba.

Coraline virou-se irritada para o gato.

— Você só está pensando em si mesmo. – depois voltou-se para a panela que estava mexendo. – Eu sou descendente dela lembra? O sangue dela corre em minhas veias. Eu tenho o poder de proteger.

— Isso. Mas um tem o poder de proteger e o outro tem o poder de destruir. – o gato levantou-se e foi até a ponta da mesa, para ficar mais perto ainda de Coraline. — O poder de destruir não nasce a anos. Só agora temos uma chance de acabar com tudo isso de uma vez por todas. – o animal parou, parecia triste. — Estou cansado.

Coraline também parecia triste.

— Eu sinto muito. – falou por fim e voltou a suas panelas.

Toby saiu correndo dali e foi direto para o quarto. Não sabia o que aquela conversa significava, mas sentia que era algo ruim, algo terrível.

Muitos dias se passaram desde aquela conversa que ele ouvira, muitas coisas aconteceram. Toby viu sua mãe ficar furiosa com Coral algumas vezes por ela ter ido ao Outro Mundo, então ele percebeu que não estava tão seguro assim. O medo invadiu aquele pequeno garotinho, ele não sabia porque sua irmã fazia aquilo e nem queria saber, mas desejava que todos ficassem seguros. A Outra Mãe de quem tanto ouviu Coraline falar finalmente havia alcançado sua irmã Coral, e Coraline estava furiosa com aquilo. E desde então Toby mal saia de dentro do quarto e também não tinha tido mais sonhos.

— Ei garotão. – Wybie apareceu na porta do quarto. — Que tal irmos brincar lá fora?

Os dois saíram e passaram o dia brincando, tudo parecia normal, até chegar a hora de dormir e Toby, finalmente, depois de muito tempo, ter outro sonho.

No sonho, dessa vez, ele não estava com o cristal na mão, mas o garoto estava lá. O garoto de olhos verdes.

"— Olá Toby. Preciso ser rápido. – ele falou rapidamente, parecia nervoso. — Minha magia está acabando, estou me esforçando mais ultimamente. Você precisa achar o Cristal. Ele se chama Outro Cristal. E você vai precisar dele."

"— Onde posso acha-lo?"

"— Está na sua casa Toby, não está tão longe de você."

"— O que devo fazer quando achar?"

"— Sua irmã está correndo perigo nesse exato momento."

"— Coral? Não!"

"— Ache o Cristal Toby"

"— Mas o que devo fazer quando achar?"

"— Sua irmã...." – e então, o garoto desapareceu. Toby não entendeu, mas entendeu as partes de "achar o cristal" "está perto" e "sua irmã está acorrendo perigo." Ele acordou assustado, o coração estava acelerado e a testa estava suada, apesar de sentir bastante frio. Ainda nem era manhã. Ainda era noite. Nem sabia que horas era.

Onde ele poderia achar um cristal? Foi a primeira coisa que ele pensou. E então, de sua janela, um vulto preto apareceu. Toby se assustou, mas depois viu que era o gato.

— Onde posso achar um cristal?

— Não é qualquer cristal, é O Cristal. – gato o corrigiu.

— Onde posso encontrar?

O gato pulou no chão que era de madeira, e farejando bateu a pata em duas tábuas que pareciam estar um pouco soltas.

— Está aqui.

— Como? – Toby estava espantado, confuso. Pensava que aquilo ainda podia ser um sonho. Mas ele foi até lá e soltou as tábuas e lá estava, um grande cristal pontudo e reluzente. — Como estava aqui?

— Estava mais escondido, mas eu o achei e o coloquei ai. Você também precisava achar. – o gato pulou de volta pra janela. — Sua mãe não vai gostar, mas nós vamos acabar com isso de uma vez por todas.

Nesse momento o gato olhou para baixo e Toby seguiu seu olhar, uma garotinha de cabelo azul com preto entrava na floresta escura feito uma bala.

— É a Coral.

— Sim, criança, hoje vamos fazer o que ela quer. – o gato pulou e saiu correndo, desaparecendo também na floresta.

Toby não sabia o que fazer, correu para o quarto de Coral e realmente estava vazio. Então, em uma atitude corajosa, decidiu seguir sua irmã e também entrou na floresta escura. Mas ele não levou o cristal consigo, deixou em baixo do travesseiro de sua irmã. Ele sentia algo ruim quando segurava aquele cristal gelado. Então, ele o deixou e se aventurou na floresta até chegar na porta.

Quando finalmente entrou no Outro Mundo, não ficou tão encantado, na realidade sentiu medo, mas isso não o impediu de entrar na casa que era idêntica a sua e sentar-se na mesa de jantar.

O gato reapareceu.

— Você encontrou o caminho.

— Sim. E agora eu quero ver minha irmã.

— Sua irmã não está mais aqui. – o gato subiu na mesa e ficou com o rosto próximo ao de Toby. — Não se preocupe. – ele sussurrou. — Eu estou do seu lado.

E então, a criatura demoníaca que se parecia com Coraline entrou na sala, olhou enojada para o gato e depois abriu um grande sorriso macabro para Toby.

Toby ficou assustado. Aquilo não se comparava nem com seu pior pesadelo. A criatura se aproximou, ele tremeu.

— Quem é você? – ele gaguejou. Era óbvio quem ela era, mas ele precisava ouvir.

— Eu sou sua Outra Mãe, bobinho. 



Continue Reading

You'll Also Like

82.8K 5.3K 31
Muito antes de Cristo, haviam civilizações que comandavam o mundo atual, naquela época, uma delas era a civilização grega, os gregos acreditavam que...
257K 38.5K 72
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
394K 40.3K 46
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
19K 1.9K 45
Obra da canadense L. M. Montgomery.