Coral - A Filha de Coraline

Από ElanePimentel1

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Coral Jones é filha de Coraline Jones, a antiga garotinha que enfrentou a Outra Mãe. Apesar de Coraline ter c... Περισσότερα

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Sonhos Podem Matar
Os Vizinhos de Sempre part. 1
Os Vizinhos de Sempre part. 2
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Desejos podem se Tornar Realidade
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Um Pouco da Verdade
Antes Do Amanhecer
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A Verdade
Paralelamente para os leitores
Sombras do Corredor Part. I
Sombras do Corredor Part. II
Nas entranhas da Casa
As Almas Conhecidas
A Sala Colorida
O Labirinto das Almas Perdidas
O Gato, o Rato e o Caçador
O Sacrifício e o Fim
O Outro Sacrifício e o Outro Fim
Epílogo
A respeito de um comentário que recebi.
Prólogo - Coral Roses
Comentários fofos que recebo e 1 aviso *-*
CAPITULO NOVO!!!!!!
NOVIDADE!!!
OLÁÁ!! TEM ALGUEM AI???

A Historia da Outra Mãe?

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Από ElanePimentel1

Coral encarava os olhos de botões assustadores da Outra Mãe. O sorriso congelado ainda estava em seus lábios vermelhos.

— Você não é minha Mãe. – Coral falou, um pouco confusa.

— Claro que não minha bonequinha. Eu sou sua Outra Mãe. – a outra mãe falou e o sorriso ainda estava congelado em seus lábios, os grandes olhos pretos de botões a encaravam de uma forma que fez todos os pelos de Coral se arrepiarem. — Eu senti tanto a sua falta.

— Minha falta? Mas eu nunca estive aqui. Eu nem conheço você. – as palavras de Coral foram lentas em direção a Outra Mãe.

— Me dá um abraço meu amorzinho. - as mãos da Outra Mãe se moveram em direção a Coral que recuou rapidamente.

— Eu sei quem você é. Não precisa fingir. – Coral falou com uma certa frieza na voz que fez o sorriso da Outra Mãe murchar por um segundo. — Sei que você é um mostro.

— Então Coraline lhe contou. – de repente o sorriso nos lábios da Outra Mãe se tornaram diabólico.

— Sim, ela contou tudo.

— Tenho certeza que não.

— O que você quer dizer com isso?

— O que eu quero dizer? – a Outra Mãe mexeu os dedos rapidamente parecendo uma aranha.

— Você não passa de um monstro comedor de crianças.

— Coraline não lhe contou a história toda. – a Outra Mãe se aproximou da pequena Coral e sussurrou: — Você foi enganada.

— Não fui não.

— Ela só lhe contou o que queria lhe contar. Tenho certeza que ela não falou que as crianças que eu supostamente comi, eram monstrinhos que mataram o meu filho.

— Filho? – aquilo era novo, Coral estava confusa. — Você quer dizer uma das crianças que você sequestrou?

— Um filho meu, do meu próprio sangue. – A Outra Mãe parecia frustrada. — Você quer ouvir a história?

Coral sabia que não devia, mas mesmo assim concordou com a cabeça e sentou-se para ouvir o que a Outra Mãe tinha pra lhe dizer.

— Era uma vez... – A Outra Mãe começou e de repente estendeu a mãe na frente do rosto do Coral e sobrou um por brilhoso e roxo. Coral não teve tempo de reagir, apenas desmaiou.

Coral abriu os olhos, estava quente, era um dia de sol. Ela não sabia onde estava, só lembrava que a Outra Mãe lhe contaria uma história. Algo lhe chamou a atenção.

Uma mulher e um garotinho corria alegremente pela grama.

— Oi? – Coral chamou, mas os dois pareceram não escuta-la. Coral se aproximou e notou que os dois estavam vestidos com roupas bastante antigas, bem antigas mesmo.

"— Vamos lá meu amorzinho, está na hora do almoço." – a mulher falou com a voz mais doce e gentil que Coral já escutou em toda sua vida.

"— Não mamãe, vamos brincar só mais um pouco." – o pequeno garotinho falava enquanto abraçava aquela mulher tão linda e meiga.

— Vocês estão me vendo aqui? – Coral perguntou percebendo imediatamente o que estava acontecendo. Era a História. A história da Outra Mãe.

Coral ficou muito confusa, provavelmente estava enganada. Aquela mulher não parecia nem de longe ser um monstro devorador de crianças. Talvez a história ainda não havia começado, ou talvez aquela era a mãe da Outra Mãe.

"— Não, bonequinho, você está sujo e tem que comer logo." – a mulher pegou na mão do garoto e o levantou gentilmente do chão.

Os dois saíram e todo o cenário mudou. Era dia e agora era noite. Coral agora estava dentro de uma pequena cabaninha, com uma fraca luz de vela. Ela pode ver a mesma mulher sentada em uma cadeira de balanço e o garotinho deitado em uma cama. Ela estava lhe contando uma história.

Coral ficou admirada com aquela mulher e aquele garoto. Era tanto amor. E os dois eram tão lindos.

"— O que foi isso mamãe?" – o garotinho de repente pareceu assustado.

"— Deve ser seu pai." – a mulher se levantou e foi para o outro cômodo. Coral a seguiu. A mulher estava olhando pela janela e de repente seu rosto se transformou. Estava tão assustada. Correu para o quarto e pegou o garotinho no braço.

"— O que está acontecendo?" – o garotinho choramingou.

"— Não se preocupe meu amor, não se preocupe." – ela falava tentando mantar a voz calma.

Um barulho do lado de fora da casa começou a crescer. Coral correu para ver o que era. Uma multidão com tocha nas mãos se formava em frente a cabana. Eles gritavam furiosos.

"Peguem a Bruxa." Essas eram as palavras que eles gritavam. Coral ficou tão assustada quando eles arrombaram a porta e pegaram a mulher e o garotinho que não tiveram tempo de fugir.

Eles o levaram para fora da casa, Coral os segui. A mãe só pensava em proteger o filho.

"— Por favor, por favor, não o machuquem." – ela imploravam enquanto eles não davam ouvidos e simplesmente arrancaram o pequenino de seus braços. Coral percebeu que no meio da multidão haviam muitas crianças também, gritando furiosas contra aqueles dois inocentes.

"— Você é uma bruxa e seu filho provavelmente é um pequeno feiticeiro." – um homem falou.

"— Não, não! ELE NÃO É" – a mulher chorava tanto, implorava, mas ninguém dava ouvidos.

"— Vocês dois estão condenados." – essas foram as palavras do homem que parecia ser o chefe da multidão. "— Vocês serão cegados e jogados no vácuo."

A mulher arregalou tanto os olhos que Coral pensou por um momento que eles saltariam para fora. Ela estava com tanto medo agora, mas coral não entendia. O que era esse lugar?

"— O vácuo não! Por favor, por favor, não, não."

"— Mirella!" – um homem gritou no meio da multidão, os olhos da mulher de repente estavam esperançosos.

"— Papai!" – o garotinho começou a gritar. Coral olhou na direção e viu um homem lutando contra todos para chegar perto, mas eles estava sendo segurado por dois homens fortes.

"— Calma ai Lucio, sua vez vai chegar." – o chefe falou e voltou-se para a mulher. "— Você não deveria ter esses olhos. Tão verdinhos. Parecem a floresta. Você é uma bruxa e deve ter olhos de bruxa." – ele olhou para todos e gritou. "— Tragam os botões."

Eles trouxeram pares grandes de botões negros e aquela cena foi tão assustadora que Coral fechou os olhos e os ouvidos, mas ainda assim ela ouvia os gritos da mulher ao ter seus olhos arrancados e substituídos por botões.

"— Costurem os botões nos olhos do pequeno feiticeiro também."

— Não! Não façam isso seus cretinos! – Coral gritou mesmo sabendo que eles não podiam ouvi-la.

"— Não façam isso com meu filho. Ele é inocente." – o homem choramingou, mas era tarde demais. Mais gritos de dor.

"— E você, Lucio, será condenado ao vácuo e sua aparência será de um animal."

Todo o cenário mudou. Agora Coral estava em um lugar totalmente branco com uma pequena porta marrom no meio. Ela também viu a mulher e o filho andando de maõs dadas, ambos com olhos de botões.

"— Mãe, você viu quantas portas tem?" – o garotinho perguntou.

"— Só vi essa e a outra ali mais distante, e um poço que não sei onde vai dar."

"— As portas estão fechadas?"

"— Sim."

"— Não vamos sair daqui nunca mais?"

"— Não."

O cenário mudou novamente. O lugar não estava mais totalmente branco. Agora tinha uma casa. Coral entrou na casa e lá estava A Outra Mãe, o filho dela e quatro outras crianças, dois meninos e duas meninas. A Outra Mãe parecia tão feliz.

"— Como vocês entraram aqui?" – ela perguntou aos garotinhos.

"— Nós roubamos as chaves dos nosso pais. Eles disseram que você é uma bruxa."

"— Eu não sou não."

Coral observou que a Outra Mãe não havia mudado de forma, ela continuava a ser a mesma mulher que fora amarrada pela multidão.

"— Podemos brincar com o seu filho lá fora?" – os garotinhos perguntaram, pareciam tão inocentes.

"— Claro que sim." – a Outra Mãe falou gentilmente. "— Vou preparar um lanche para vocês."

Tudo ficou escuro e de repente Coral estava de volta a Outra casa, com a Outra Mãe parada a sua frente.

— O que aconteceu? O que aconteceu? – Coral estava desesperada.

A Outra Mãe suspirou, parecia estar sem paciência.

— O que aconteceu foi que aquelas quatro crianças espancaram meu filho até a morte e depois jogaram os corpos dele dentro do poço. Eles gritavam "feiticeiro" enquanto meu filho sangrava. Eu não consegui salva-lo.

— E o que você fez com as crianças?

— Eu não fiz nada! – a Outra Mãe sorriu friamente. — Apenas os tranquei dentro do meu armário para morrerem de fome. Mas uma garotinha muito esperta conseguiu fugir e trancou a porta novamente.

Coral sentiu um arrepio em todo o seu corpo.

— Que... que garota?

A Outra Mãe se aproximou de Coral e se abaixou de forma que seu rosto ficasse reto ao de Coral. Então ela falou.

— Sua tatara tatara avó. Coralyn Jones.

— Então.. você... você... realmente matou aquelas crianças. – Coral gaguejava de tanto medo.

— O que você queria? Elas mataram me pequeno Rudy. – A Outra Mãe de repente estava triste e frustrada ao mesmo tempo.

— Você vai me matar?

— Claro que não!! – a Outra Mãe parecia ofendida. — E quer saber? Sua mãe, Coraline, conhece toda essa história. Ela sabe a verdade, sabe o que seus antepassados me fizeram. Eu também não a matei.

— Ela fugiu de você.

— Claro que não garotinha, eu deixei ela ir. Ela podia ficar se quisesse, mas também podia ir. Eu não sou mau pequena Coral. Eu só sinto falta do meu filho.

— Você está mentindo.

— Ora, ora. Você realmente é uma Jones, não? E você viu com os próprios olhos.

Coral estava confusa. Realmente não sabia em que acreditar. A Outra Mãe parecia tão convincente e o que ela viu parecia tão real. Mas, e se a Outra Mãe realmente era diabólica, então porque se daria ao trabalho de tenta-la convencer do contrário?

— Não sei no que acreditar.

— Você pode ir embora se quiser. – A Outra Mãe deu as costa para Coral e voltou a mexer em umas panelas que estavam na pia.

Coral começou a observar aquela mulher, ela era idêntica a Coraline, se não fosse pelos olhos de botões. Mas ela era diferente, era como um desenho animado cheio de cores vivas, aquele mundo todo era cheio de cores e vida. E agora Coral tinha uma visão diferente sobre aquilo tudo. Como tanta maldade se transformou em algo bom? Como o vácuo agora parecia ser tão vivo? E como a Outra Mãe se transformava nas mães de outras crianças? Coral pensou em fazer todas essas perguntas, mas decidiu apenas dar as costas e sair daquela casa. Daquele mundo. Já tinha visto e ouvido muito, mas do que desejava.

Coral atravessou aquela porta no meio da floresta, já era noite. Suspirou tranquila. A Outra Mãe realmente deixou ela ir, e não pretendia voltar nunca mais, mas se a Outra Mãe estava falando a verdade, qual perigo tinha em voltar? E seus parentes eram pessoas do mau, então era perigoso ficar em casa? Coral não sabia e não queria saber, pelo menos, não naquele momento. A única coisa que conseguia pensar direito era em chegar em casa e sentir o conforto de sua cama. Antes, claro, de ouvir a bronca de sua verdadeira mãe. 


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