Unforgettable 2

By semnexo

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Segunda temporada de Unforgettable A atraente polícia foi alvejada graças à sua atração por perigo, ou terá s... More

Raio de miúda!
De volta a casa
'O James tem cá uma sorte...'
O prometido gelado
Gala de rugby
Drunk in love
Saturday Night - I
Saturday Night - II
Go home
Senhora de olhos turquesa
Recovery
Soul's connection
Friends will be friends
Acidente ou crime?
Nota Importante

The decision

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By semnexo

Acordei naturalmente, muito antes da hora programada, e decidi que faria uma corrida matinal. Com os últimos acontecimentos, a lesão devido ao tiro e os turnos do meu trabalho, perdi um pouco o hábito de correr todos os dias de manhã. Corro irregularmente, isto é, sem hora marcada e nem todos os dias.

Já vestida e o papel a anunciar que fui correr no frigorífico sai de casa com vários objetivos. Percorrer a cidade fria, meditar, praticar exercício e ser feliz.

Semanas passaram e a minha vida decorria como se nunca estivesse estado perto da morte. Corri. Já trabalhava normalmente e já podia praticar exercício sem precauções. O Jack achava que já poderia saltar-me em cima, literalmente, e brincar como se fossemos duas crianças inocentes. Eleanor conseguiu, pela primeira vez, criar um espetáculo com todos os elementos da academia que está marcado para sábado. Ela convidou os amigos mais próximos para poder partilhar a felicidade que não lhe cabe na cara. Thomas tem tido imensa paciência e ajudado a namorada em tudo, assim como eu, e tem-lhe tirado imensas fotografias porque 'o sorriso da El anda indescritível'. Aqueles dois são adoráveis!

Mudei de música e prossegui.

O James tem falado com Beth e todos os colegas da esquadra têm comentado, com um pouco de inveja, que eu lhe apresentei uma boazona. Sorri ao lembrar-me dos bons momentos passados em trabalho e como um dos meus sonhos foi cumprido. Jack convidou-me para a gala do clube em que ele joga numa das idas ao ginásio. A gala é hoje e Eleanor convenceu-me a preparar tudo com antecedência de modo a evitar as correrias normais nos dias meus dias sem rotina.

Inalei profundamente o cheiro a praia e suspirei.

Estou melhor do que nunca e o meu pai devia de sabê-lo. Talvez um dia lhe ligue a contar algumas coisas ou ainda apareça por lá quando tiver uns dias livres. As saudades são muitas mas são atenuadas por todas as coisas boas vivenciadas!

Continuei em direção à entrada do metro.

Uma conversa, como não tenho há muito, far-me-á bem. O senhor do saxofone, com idade avançada tal como os seus conhecimentos, está a preparar o canto para mais um dia de boa música quando eu chego perto dele.

- Bom dia –sorri ao vê-lo parar e observar-me.

- Bom dia menina –ele sorriu e voltou às suas tarefas.

- Tem um tempinho antes de começar? –inquiriu ao observar as poucas pessoas que já desciam as escadas para o subterrâneo.

- Eu? –o senhor voltou-se e analisou-me. – A menina já não vem cá há algum tempo pois não?

Anui que sim.

- Teria muito gosto e conversar consigo –os olhos dele brilharam e o lábio mexeu num meio sorriso. – Acompanha-me?

Indiquei para a zona onde existiam pequenos comércios. Afirmou que ele é que teria gosto em falar comigo e voltou a pegar nas suas coisas. Ajudei-o, após uns minutos de teimosia, e fomos até uma loja de café.

- Como tem estado? Muitas novidades certamente! –o senhor Dean

O café foi-nos entregue e, seguidamente ao primeiro golo, retratei alguns dos acontecimentos vividos nos últimos meses. Comecei pela finalização do meu curso superior e entrada para a polícia. Fui felicitada e comentei o facto de James ser atraente e psicologicamente parecido comigo. Passei a relatar a inesquecível viagem a Las Vegas e descobri que a despedida de solteiro do senhor Ron foi lá e que loucura não faltou.

- Velhos tempos...-declarou o saxofonista acompanhado por um sorriso –a menina não para!

Sorri.

- Eu parei, quando fui alvejada e me confinaram a um quarto monótono no hospital –disse ao acabar o café já frio.

Ele gargalhou e logo me olhou preocupado.

- Como é que isso aconteceu?

Expliquei a situação vivida com o impetuoso assassino mentalmente débil. Ron riu.

- Acho que esses tenentes a odiaram por uns momentos! –disse ainda a rir.

- Eles congratularam-me, penso que isso não tenho acontecido –respondi um pouco curiosa.

- Uma mulher tomou-lhes o lugar e mostrou que afinal o sexo forte não passa de um mito –voltou a gargalhar levando a mão ao peito –adorava ter visto –suspirou – mas foi grave o que teve?

Sorri dos seus comentários e expliquei a situação de risco em que me coloquei. Após umas quantas comunicações da parte de vários o assunto voltou-se para os meus sentimentos, em especial os sentimentos pelo arquiteto.

- Acho que ainda está a errar numa coisa...–Ron expos com um olhar protetor. –Quer tanto a liberdade que acaba por se esquecer...

Continuei a olhá-lo curiosa. Esperava que esclarecesse algo ao não me ouvir, no entanto gargalhou e acariciou a minha face.

- Pelo que sei a Jennifer está perdidamente apaixonada e está a negar a felicidade a si mesma sabe? – Ron disse ternamente.

- Tenho de deixar o meu coração ser livre? –as minhas sobrancelhas ainda estavam arqueadas e os lábios cerrados.

- Ora nem mais! É uma mulher com coragem para se aventurar no mundo selvagem e não consegue entregar-se a um homem.

O silêncio assolou assim como os meus pensamentos acerca de todas as coisas perigosas que fiz e do quão cobarde era por não conseguir prosseguir a um namoro.

- Talvez...acho isso demasiado louco. –proferi de olhar fixo no copo vazio de café amargo.

A calorosa gargalhada de Ron foi novamente ouvida e eu sorri ao encará-lo.

- Realmente o amor é louco, uma insanidade saudável.

(...)

As palavras do saxofonista não me largavam e o facto de conseguirmos conversar tão bem e mal nos conhecermos continua a ser peculiar. Talvez tenha mesmo razão, não sou inteiramente feliz porque não sou completamente livre, continuo a aprisionar os meus sentimentos e a altura de os deixar guiar-me chegou.

Conversei também com Eleanor quando cheguei a casa e troquei para a roupa de trabalho. Ela vai ajudar-me a preparar para a gala que Jack me convidou uma vez que vou ter de ser rápida pois o meu turno acaba pouco antes.

(...)

O turno estava prestes a acabar e James continuava a sorrir para o ecrã do computador. É normal ele sorrir e eu até gosto, aliás, quem é que não gosta de um bom sorriso e de um chefe bem disposto? No entanto ele hoje sorri de outra forma, mais amoroso, e isso só acontece antes de ele escrever atentamente. Há miúda...

- O agente James poderia partilhar quem é a sortuda? –Inquiri com um pouco de gozo. Olhou-me confuso e eu revirei os olhos. – Quero saber quem é a rapariga que te vai ver nu dentro de breve.

- Ela não te vai dizer nada, irás continuar sem saber o que perdes.

- Ah ah, afinal há alguém! – Festejei orgulhosa pela primeira conquista e fui até ao lado de James que gargalhou. - Diz lá quem é que é. – continuei a insistir.

O tenente recusou mais uma vez, e, sem demoras, tentei aceder ao seu computador ao lutar contra os braços dele.

- Quieta! –James prendeu-me os braços com as mãos imobilizando-me. Quem é que te mandou meter com um polícia?

- Olha a minha integridade física – falei. Ele revirou os olhos ao mesmo tempo que suspirou e soltou os meus braços levantando os seus em rendimentos.

- Beth.

- Beth? – a minha mão direcionou o seu queixo para mim. – A que me foi ver ao hospital? – assentiu que sim com um sorriso a nascer. – Oh, a Beth!

Abracei-o impulsivamente e logo me afastei.

- Não há nada entre nós!

Abanei a cabeça negativamente com uma expressão de 'nunca há nada'.

- Apenas falamos, Jennifer – James declarou e eu sorri ao lembrar-me das férias em Vegas e de como Beth era.

- És um amorzinho, sabias? Ela é tão tímida e tão querida...

- Eu sei, eu sei

O tenente falou. Um pouco convencido pelo elogio e um pouco envergonhado por já saber como Beth é.

- O Jack também é envergonhado? - Ri e encostei-me á sua secretária ao confirmar que era o contrário. – Eih, que dois que se juntaram...deve ser a loucura!

- Isso não é totalmente verdade. Nós não estamos juntos.

- E ele é querido. – O tenente disse como se fosse óbvio a não total validade da sua afirmação anterior.

Desencostei-me, não estando a gostar tanto do rumo da conversa, e dirigi-me para a minha secretária à frente da sua.

- Devias convidar a Beth para um encontro. – sugeri mudando de assunto.

- Estou a pensar nisso e tu devias de deixar de mudar de assunto!

Depois da conversa com Ron e de refletir decidi que iria falar com Jack e deixar-me ser feliz. Foi uma das mais difíceis decisões desde a vinda para Inglaterra e isso atormentava-me.

- Quando é que vais estar com Jack?

A voz de James interrompeu a minha viagem pelos meus pensamentos onde a conversa com Jack já se formava.

- Quando sair daqui, ele convidou-me para o acompanhar a uma gala do seu clube.

- Estás aqui a fazer o quê?

- Trabalhar?!

James riu-se ironicamente.

- Vais assim vestida? Raio de pergunta...-barafustou consigo mesmo e eu gargalhei dele. –Ainda estás ai sentada?

Concentrei-me no computador. Este tenente consegue ser passado louco que eu.

- Eu justifico a tua saída, vai embora –olhei para a fonte das palavras sem sentido. - Jennifer, vais recusar uma loucura?

Já disse que detesto o facto de ele ser tão parecido comigo e saber sempre como conseguir as coisas? Se não disse devia...30 minutos depois já estava a entrar em casa e a avisar Eleanor que ia tomar um duche rápido. Quando sai da casa de banho já a bailarina me esperava com tudo o que era preciso.

- O James 'obrigou-me' a vir mais cedo –informei ao vestir a roupa interior.

- Assim podemos conversar – ela sorriu e ajudou-me a vestir o comprido vestido.

- Conversar?

Cada vez estava mais baralhada, culpa das minhas decisões e dos meus sentimentos, e de Eleanor que contava cada pormenor meu que tinha mudado desde a vinda de Jack para a minha vida atribulada. O percurso matinal que se fixou, a diminuição das saídas, o interesse por novas áreas, o próprio Jack no meu quarto e casa, o não envolvimento sexual...'Ele fez com que a minha Jennifer se apaixonasse novamente e isso é maravilhoso' foi a frase que me afetou. A minha companheira de casa discursou sobre a minha vida e de como eu estava diferente acabando quando me colocou o batom e explicou como seria bom eu voltar a namorar.

As minhas mãos suavam e o nervosismo tomava conta de mim. Estava fraca e incrivelmente forte. Sentia a adrenalina a percorrer as minhas veias por causa do que faria em breve e um enjoo da ansiedade.

- Dar um nome à relação não vai ser mau. – admiti ao abrir a porta de casa e sentir o vento gelado.

Eleanor deu um gritinho e um sorriso enorme apareceu na sua face. Sorri e fechei a porta, uma nova experiencia esperava-me.


***

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