like bonnie and clyde [zourry...

By niazkilams

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zayn acaba indo parar no refúgio de louis e harry, um casal foragido. More

the stylinson's and sheriff malik.

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By niazkilams

importante: direitos reservados a bey. ♡
espero que vocês gostem tanto quanto eu e boa leitura. xx 

[xxx]

Década de XXIX, marcada por uma grande depressão. A bolsa de valores caiu drasticamente colocando na rua pais de família.

Sem dinheiros suficientes para manter o capitalismo do país corrente, muitos homens foram demitidos, empresas faliram e grandes homens de negócios arcaram com o maior prejuízo que já existira.

A queda fora tão devastadora que todos os países sofreram com ela, os Estados Unidos estava em completo caos econômico, as pessoas não sabiam mais o que fazer, muitos se suicidavam, outros optavam por esperar, outros queriam se mudar e uns resolviam seus problemas bebendo...

​Máfias e contrabandistas tomaram fôlego nesta época, assaltantes e mal feitores viam a chance perfeita para que pudessem executar seus planos sem que a polícia os apanhasse.

Polícia, aliás, que estava dando o seu melhor para cumprir seus deveres e cuidar da sociedade que estava à mercê dela mesma.

As cidades tiveram seu declínio rapidamente, o presidente fora tirado de seu cargo e se criaram votações para colocar outro em seu lugar e rezar para que ele conseguisse tirar o país desta tamanha cova.

​O mundo precisava de ajuda.

[xxx]

​- Harry, traga logo as compras! – gritou Anne autoritária enquanto caminhava até a cozinha.

​- Já vou, mamãe. – respondeu o garoto saindo e indo ate o carro para buscar as sacolas pesadas cheias de alimentos.

​Harry Styles havia se mudado com a mãe e a irmã para Cementy City no subúrbio de Dallas, Texas, assim que seu pai morrera.

Anteriormente ele vivia em Rowena, mas sua mãe optou por se mudar, os redutos industriais eram as esperanças de emprego e uma vida decente, mas a situação estava agravada por causa da Grande Depressão.

Harry tinha seus poucos 17 anos, jovem magro de compleição frágil, de cabelos cacheados, castanhos e excessivamente brilhantes. Alto, pele leitosa, rosto angelical, lábios levemente inchados e róseos com um sorriso amplo de covinhas fofas, ele era um anjinho. Mas por trás dessa áurea pacifica existia um amor pelo perigo e pelas aventuras.

Harry sempre fora criado no meio de mulheres, seu pai morrera quando ele tinha apenas quatro anos, ele nunca teve influência paterna, no entanto, não era como se fizesse tanta diferença assim.

​Harry tinha em seus braços delgados cinco sacolas abarrotadas de alimentos que a mãe dele comprara hoje cedo. Anne era tecelã em uma fábrica no centro de Dallas, era longe de onde morava, mas era preciso se ela quisesse ter o pão de cada dia. Harry e Gemma foram sempre muito bem cuidados, sua mãe era batalhadora e tentava dar de tudo para seus filhos, para que eles crescessem e virassem pessoas dignas assim como seu falecido marido.

Styles era muito inteligente e se destacava bastante na escola e concursos de soletrar – que eram comuns nos Estados Unidos – vencendo-os e se tornando representante infantil de Cementy City.

O garoto também amava escrever e poemas era sua paixão, muitos o consideravam um anjo em forma de gente, havia muitas garotas em seus pés, mas Harry nunca as namorou.

​Sua mãe o incentivava a investir em alguém e se casar, porém Harry não gostava muito da ideia além do mais, ele já tinha alguém dominando seu coração e mente. O perigoso Louis Tomlinson. Ninguém sabia desse romance secreto ou que Harry gostava de garotos e ele preferia manter assim ate que tivesse liberdade suficiente para fazê-lo.

Em tal época, a homossexualidade era tabu, uma coisa inadmissível. Harry seria exilado da igreja, expulso de casa e ate pior, ser morto por ter ideias totalmente avançadas e divergentes de sua atualidade.

​Anne tirou as sacolas dos braços do filho e agradeceu pela a ajuda, o garoto assentiu saindo da cozinha indo até seu quarto. Ao chegar ao mesmo, espojou-se na cama tirando um livro do criado mudo e preparando-se para ler.

[xxx]

​- Alegre-se, Tomlinson, sua fiança foi paga. – zombou o carcereiro destrancando a cela onde mantinham o jovem preso.

​Louis levantou de abrupto agarrando as barras de ferro, o homem olhou-o com desdém dando espaço para que ele pudesse passar, Louis hesitante ajeitou a blusa por debaixo do suspensório e saiu da cela. O carcereiro foi andando após trancar a cela de novo e maneou a cabeça como um aviso que Tomlinson deveria o segui-lo e assim ele fez.

Passaram pelos corredores e Louis olhava com desgosto aqueles homens sujos, de espírito chulo, alguns o olhavam com raiva, outros com malícia e alguns nem se importavam com nada. Louis Tomlinson fora preso sobre a acusação de roubo de carros, pego no flagrante e condenado a um ano de prisão com direito a fiança.

Louis sempre fora um encrenqueiro, ele era o mais velho dos cinco filhos e se destacava por ser o único homem e por sua beleza exuberante.

​No auge dos seus 22 anos, Louis vivia em Cementy City morando com alguns amigos. Ele saíra de casa aos dezoito, rebelde e com espírito indomável, Louis morou na rua por alguns meses até que seu amigo Stanley o ofereceu ajuda e ele aceitou.

A casa de Stanley era no subúrbio e eles não tinham muitas condições financeiras, com a crise tudo piorou e tudo que Tomlinson mais odiava era ficar sem dinheiro, contudo tinha ânsia por dinheiro fácil e não media esforços para consegui-lo.

Sua ficha criminal crescia a cada dia, mas sempre sua mãe, Johannah, dava um jeito de tirá-lo de lá. Louis era o seu xodó e ela sabia que a situação do filho era difícil, ela só queria o bem dele, vivendo em Dallas ela podia dar tudo que Louis queria, mas ele insistia em sua independência e na vida criminosa.

​Louis já fora preso algumas vezes, e quando ele fora levado à Eastham Prison Farm, em Huntsville teve seu amadurecimento criminal. Louis fora violentado nessa prisão diversas vezes por um prisioneiro que gostava de jovens com "cara de garotinho" tirando de Tomlinson os resquícios de humanidade.

O tal prisioneiro fora morto brutalmente, encontrado no chão com a cabeça aberta por uma chave inglesa, tornando Louis seu principal responsável, embora outro criminoso, Niall Horan, tenha assumido o crime. Nos anos que seguiram, Louis tornou-se ousado e passou a roubar lojas, postos de gasolinas e até bancos, sendo preso algumas vezes, mas sempre conseguia se safar para voltar às ruas novamente.

​Louis pôs seus pés fora da delegacia, sorriu amplamente fitando o sol e a rua movimentada do centro de Cementy.

​- Finalmente livre. – suspirou animado com os olhos azuis esverdeados brilhando em sagacidade.

[xxx]

​Harry pegou no sono ​e só acordou a noite na hora do jantar, ele estava com saudades de Louis e queria vê-lo logo, ele sabia que Louis tinha uma vida criminosa e bastante corrida, mas não se importava e Louis não fez questão de abandonar tal vida.

Após jantar, pediu autorização para ficar em seu quarto e a mãe permitiu. Harry subiu as escadas, trancou a porta e sentou-se na cama. Harry não saía muito, sua mãe dizia que ele era muito jovem e a criminalidade estava em alta, ela temia que o filho se metesse em encrencas, mal sabia ela que a encrenca já habitava sua casa.

Styles deitou na cama e tirou suas botas de cano curto, começou a estudar, pois teria aula no dia seguinte mas estava difícil se concentrar com toda a saudade e ânsia de ver seu amado.

​Alguns minutos depois um barulho singelo foi ouvido pelo garoto de cabelos ondulados, deu de ombros ignorando e voltou a estudar, novamente o barulhinho foi escutado seguido de um sussurro sôfrego.

​- Harry..

​Harry saltou da cama e sentiu seu corpo estremecer com o impacto do frio em seus pés descalços. Caminhou até a janela que dava de frente a uma árvore enorme e viu Louis esgueirando em um dos galhos tentando alcançar o telhado do primeiro andar da casa.

Os olhos verdes de Harry brilharam em paixão e um sorriso rompeu sua face. Louis sorriu de volta, Harry abriu a janela, ambos ainda tinham de sussurrar, Anne não poderia nem desconfiar que seu filho saísse com um homem e ainda por cima, um criminoso.

​- Hey! – Harry acenou timidamente.

​- Hey, babe. – Louis sorriu e saltou no telhado fazendo o menor barulho possível. Escalou as telhas íngremes e com a ajuda de Harry foi puxado para dentro do quarto dele.

​Louis agarrou a cintura de Harry deixando seus dedos tocar as curvas dele com intimidade, Harry depositou os braços envoltos do pescoço do menor, encostaram as testas roçando as pontas dos narizes em forma de carinho e Louis o beijou. Harry sentia muita falta desse beijo, os lábios macios e rosados de Tomlinson deslizavam sobre o seus carinhosamente, seus dedos acariciavam suas costas por cima do pano da blusa, o puxando cada vez mais tornando seus corpos um só. Louis também sentia muita falta de Harry e ficou meses encarcerado pensando no seu pequeno.

Descolaram seus lábios que agora estavam molhados e sorriram um para o outro.

​- Pagaram sua fiança? – perguntou Harry fitando os olhos azulados que ficavam ainda mais brilhantes devido à luz do luar.

​- Acho que mamãe pagou, devo agradecê-la depois. – deu de ombros. – Estou morrendo de saudades do meu pequeno! – afundou o rosto na curva do maxilar de Harry aspirando seu cheirinho doce, o outro se arrepiou por completo abraçando Louis apertado.

​- Eu também estava, Lou, é tão bom te ver novamente! – Harry manteve Louis preso em seu abraço apertado, sentiu seus olhos arderem levemente e encherem d'água, mas logo Louis o deu outro beijo caloroso.

​- Vamos, quero sair com você. – disse entrelaçando os dedos nos do maior puxando-o para a janela.

​- Oh não, Lou, eu não posso. – proferiu pesaroso puxando sua mão e se afastando. – Tenho colégio amanhã e se minha mãe vier ao meu quarto e não me ver? – Harry encolheu os ombros olhando os pés descalços.

​- É rapidinho, não vamos demorar. – Louis garantiu se aproximando, suas mãos no rosto angelical do outro o erguendo e fitando seus olhos. – Eu prometo. É rápido! – fez um beicinho e Harry riu dando-se por vencido.

​- Tudo bem. Deixe-me calçar minhas botas.

​Os garotos foram para a janela, primeiro Louis. Ele pulou em um dos galhos e desceu, não era muito alto, mas qualquer passo em falso acarretaria a um osso quebrado e a descoberta de seu romance secreto.

Harry pisou delicadamente sobre as telhas, conseguiu se agarrar nos galhos e depois saltou no colo de Louis que o segurou firmemente, Harry cruzou as pernas na cintura do mais velho e lhe deu outro beijo.

​Assim que o colocou no chão, entrelaçaram os dedos novamente e começaram a correr invadindo a penumbra das ruas do subúrbio. Louis e Harry só queriam ser livres para fazer o que bem entendem, queriam um mundo sem regras, eram jovens de espíritos fulgurantes, queriam liberdade, queriam o amor um do outro, eram loucos, mas precisavam se sentir livre das prisões psicológicas que o mundo impunha. Louis era vítima do sistema econômico falho e sujo, onde muitos não tinham nada e poucos tinham tudo.

Harry queria poder amar alguém do mesmo sexo sem se preocupar com olhares preconceituosos, sem temer a morte pela ignorância das pessoas, queria ter Louis, mas ele era novo demais para reivindicar tamanho direito.

​Ainda correndo os dois sentiam os pulmões inflarem e suplicarem por oxigênio, as pernas começavam a arder, mas nada que os fizesse parar. Louis puxou o garoto ao seu lado e o jogou contra a parede de um prédio, Harry arfou e teve seus lábios corrompidos pela língua de Tomlinson que logo invadia a boca do maior sem pudor arrancando o resto de seu ar, era desesperado, mas Louis precisava disso, precisava ter Harry.

Ele ficara meses sem tocar o garoto e seu corpo necessitava do outro.

​- Aqui não, Louis, as pessoas podem nos ver! – protestou o maior quando sentiu as mãos astutas de Louis tocar a parte interna da sua coxa.

​- Danem-se os outros. – blasfemou friccionando mansamente a língua na pele sensível do pescoço de Harry que gemeu sôfrego.

​- Não é assim que fazemos, Louis, se acalme. – riu se desvencilhando dos toques de Louis, quando finalmente conseguiu ouviu-o murmurar em frustração. Harry entrelaçou mais uma vez seus dedos e voltaram a correr para o centro da cidade.

​A cidade estava movimentada, carros passando para lá e para cá, pessoas apressadas e lojas e restaurantes ainda acesos com letreiros chamativos. Louis avistou uma porta solitária em um canto da rua, na verdade aquela porta levava a um bar clandestino – um Speakeasy – que seus amigos costumam frequentar e puxou Harry até lá.

Entraram, passaram por um corredor mal iluminado e se aproximaram de outra porta, atravessaram-na e o lugar estava abarrotado de homens que estavam bebendo, fumando, paquerando algumas moças ou tudo isso de uma vez. Ele soltou a mão de Harry que entendeu de imediato: eles não podiam.

Louis maneou a cabeça e foi costurando entre as mesas e chegar ate o balcão, Harry por sua vez encolheu-se intimidado pelo lugar, agarrou a blusa de Tomlinson e o seguiu. Louis sentou no banquinho, conseguindo pela primeira vez ficar da mesma altura que Harry, este que ficou de pé ao seu lado, era cômico como Louis era menor que Harry.

​- Liam! – chamou sorridente mostrando seus dentes brancos.

​O moreno virou a cabeça, tinha nas mãos uma caneca de vidro e estava o limpando, assim que terminou o encheu de cerveja e entregou ao cliente. Assim feito sorriu para Louis e se aproximou.

​- Louis, como está rapaz? – riu e Harry olhava atentamente o homem a sua frente.

​Liam era um moreno bonito, tinha corpo esbelto e sorriso perfeito, seus cabelos com cor de caramelos estavam alinhados em um penteado despojado e tinha pouca barba em sua face. Seus braços musculosos e definidos escondidos em uma camisa social branca, por cima da mesma havia um colete de botões, preto.

​- Vou bem, pagaram minha fiança. – riu.

– Me veja aí uma cerveja.

​- De novo? – gargalhou. – És um gato pingado, Louis, nunca aprende, não é mesmo? Já trago sua cerveja. – sorriu e se afastou.

​Harry se remexeu tímido.

​- Lou, você não pode beber, a lei seca ainda esta em vigor. Quer ser preso de novo? – disse timidamente e Louis o olhou zombeteiro.

​- Está tudo bem, pequeno, ninguém irá ver. – sorriu e Harry mordeu os lábios, apreensivo.

​As taxas de acidentes de trânsito, alta criminalidade e a pobreza eram presentes no país, para abaixar tais taxas colocaram em vigor a lei seca, não entrava, não vendia, não transportava e nem se importava bebidas alcoólicas, levando a maioria da população à loucura. Harry tinha medo que tirassem Louis de seus braços novamente, ele zelava pelo bem estar do seu amado, mas Louis sempre inconsequente nunca lhe dava ouvidos.

​Liam retornou e entregou a caneca para Louis, Harry apoiou os cotovelos no balcão olhando Tomlinson ingerir aquele líquido, em uma golada só ele tomou tudo e Harry observou o pomo de adão se mexer e ele engolir, uma veia em seu pescoço estava saltada, Harry se sentia tão sortudo por ter Louis, ele era tão gostoso e lindo, Harry era... o Harry.

Simples e meigo demais, ele ainda não sabia o que Louis vira nele. Tomlinson pousou a caneca no balcão de madeira importada e sorriu para o maior que o fitava atentamente.

​- E você, quer alguma coisa? – perguntou Liam cortando a linha de pensamento de Harry.

​- N-não, obrigado. – sorriu nervosamente e Liam deu de ombros se afastando de novo. Tinha muitos clientes no local e estava atarefado.

​- Venha, babe, vamos sair daqui. – Louis sussurrou tentador no ouvido de Harry e lhe deu as costas.

​Harry sentiu seu corpo vibrar e suas bochechas se tornaram rubras de vergonha, mas logo se pôs a seguir Tomlinson, só que ele andou mais rápido, Harry só conseguiu ver que ele saiu por uma porta, oposta a que eles haviam entrado e começou a correr entres as pessoas ali para alcançá-lo.

Harry empurrou a porta e quase caiu para fora, a porta dava a um beco escuro e no final deste se via as pessoas apressadas e carros, Harry se viu desesperado, pois não via Louis em lugar algum.

​- Lou! – procurou olhando para os lados dando alguns passos. – Louis! – chamou com a voz trêmula.

​Duas mãos seguraram os quadris de Harry, seu corpo fora puxado e suas costas socaram com o peito de alguém, Harry soluçou choroso temendo que fosse algum criminoso e logo Louis depositou um beijo em sua nuca sussurrando seu nome.

​- Mas que, droga, Louis, que susto! – reclamou o mais novo fugindo dos toques do outro que usava de sua força para mantê-lo quieto.

​- Desculpe. – sorriu contra a pele arrepiada de Harry e deixou selinhos na mesma.

​- Você não devia fazer isso comigo. – choramingou se rendendo às carícias que estava recebendo.

​Louis não respondeu, suas mãos desenharam as curvas singelas de Harry e pararam em suas coxas, apertando-as com força mantendo o corpo do garoto colado ao seu, seu quadril roçava lentamente na bunda dele fazendo-o gemer baixinho.

​- Eu amo sua voz. – sussurrou e virou Harry de frente pra si.

​- Tenho que voltar, Louis. – Harry pronunciou depois de um tempinho em silêncio.

​Louis assentiu e fizeram o trajeto de volta para casa. Harry estava pronto para escalar a árvore quando Louis o puxou bruscamente o beijando em seguida. Ficaram por um tempo saboreando os lábios um do outro e quando o ar se fez necessário partiram.

Harry conseguiu escalar ate seu quarto, Louis o olhava subir e agora eles estavam se olhando com sorrisos doces em seus lábios.

​- Eu te amo, Harry. – sussurrou e acenou.

​– Eu te amo, Louis. – disse de volta e viu seu Louis correr invadindo a penumbra de novo.

"Amo-te, enfim, com grande liberdade dentro da eternidade e a cada instante"
(Vinicius de Moraes, Soneto do amor total).

[xxx]

Dois anos.

Dois longos anos, mas que mudou drasticamente a vida daqueles dois jovens.

Dois anos.

​Há dois anos que Harry fugiu com Louis, saiu de casa, abandonando sua mãe e irmã, levando os pertences que achava necessário.

Louis o propôs que eles poderiam ficar juntos se eles fossem independentes e não precisassem de ninguém, era uma ideia absurda, mas Harry estava cego de amor, ele aceitou no mesmo momento.

Em uma noite escura e sem estrelas no céu, Harry arrumou sua mala e esperou que Louis fosse o buscar, assim que ele chegou, pulou a janela e escorregou pelos galhos ate atingir o chão. Louis havia roubado um carro e assim que entraram no automóvel partiram sem nunca mais voltar.

​Como se isso não fosse o suficiente, Louis se tornou o bandido mais perigoso do Texas e Harry seu cúmplice. Iam de cidade em cidade roubando bancos e fugindo antes que a polícia os alcançasse.

Harry agora tinha 19 anos e Louis 24, ambos os homens com belezas distintas, mas totalmente únicas e majestosas. Louis construiu uma pequena casinha no interior rural de Oklahoma, distante das cidades e o único refúgio que eles tinham depois dos delitos.

​- Harry! – gritou Louis entrando em casa, socando as botas duras no chão de madeira.

​- O que é? – Harry apareceu saindo da cozinha vendo o homem a sua frente com roupas manchadas de sangue, suado e sujo. – Oh meu Deus, o que houve com você? – arregalou os olhos indo até Louis.

​- Eu tomei um tiro, mas foi de raspão. – resmungou dolorido apertando um dos braços a fim de estancar o sangue que já maculava o chão da sala.

​- Venha, vou cuidar de você.

​Harry não tinha a melhor vida do mundo e nem sonhou que um dia seria um criminoso algum dia, mas ele tinha Louis e isso fazia tudo valer a pena.

Louis o tratava como um deus, Louis o amava com todo seu coração e era recíproco. Enquanto eles tivessem um ao outro nada os atingiria. Harry levou Louis até o banheiro este que sentou na beirada da banheira ainda resmungando de dor. Styles pegou um estojinho de primeiros socorros, retirou toda a roupa de Louis deixando o nu, ele adorava olhar o corpo dele, era lindo e definido, sua pele que antes era leitosa tornara dourada pelo sol escaldante do Texas deixando-o mais lindo e contrastando com os olhos excessivamente azuis com tons esverdeados. Louis não se importava de ficar nu na frente de Harry e achava adorável a maneira que ele corava ao olhar o pênis dele semiereto.

​Harry tocou o braço de Louis que grunhiu fechando os olhos com força, ele tirou a agulha da caixinha junto do fio cirúrgico, antes que Louis pudesse reclamar a agulha atravessou sua pele fazendo-o gemer de dor.

Harry deu-lhe um selinho e continuou a sutura, o ferimento era fundo, mas logo conseguiu emendar os tecidos da pele sem deixar espaços, assim que terminou cortou os excessos do fio. Pegou um remédio e passou sobre o ferimento que ardeu e Louis choramingou, Harry sorriu e limpou os cantos do ferimento com gases.

​- Prontinho, resmungão. – riu divertido e Louis choramingou de novo.

​- Como eu vou tomar banho? Está doendo.

​- Eu ajudo você.

​Louis sorriu de canto e Harry franziu o cenho fingindo que não sabia o que aquele sorriso significava.

​Foi ate o poço que tinha lá fora e encheu alguns baldes com água, depois de conseguir encher a banheira, Louis entrou nela e se acomodou sentindo a água morna relaxar seus músculos. Harry ficou do lado alisando um pedaço de pano molhado tirando a sujeira do mais velho, Louis recebia as carícias olhando Harry que às vezes corava.

Depois de tomar seu banho Harry ajudou Louis a se deitar na cama coberto por alguns lençóis.

​- Vou buscar suas roupas.

​Louis pegou o pulso de Harry e o puxou. Tomlinson estava sentado na cama e encaixou Harry entre suas pernas ainda de pé, ele sorriu, mas foi retribuído por olhar nervoso, ignorando isso Louis envolveu o braço sem ferimento na cintura do outro, subiu a blusa e começou a deslizar a língua na barriga de Harry que o olhava incrédulo, porém não fez questão de pará-lo.

​Louis se levantou e tirou a blusa do mais novo, seus lábios tocavam o pescoço dele enquanto suas mãos apertavam a cintura roçando seus quadris, o pênis de Louis esfregava lentamente no baixo ventre de Harry coberto por uma calça de tecido leve.

Os lábios se tocaram com urgência e um beijo fora iniciado, Harry tirou a própria blusa rompendo o beijo, mas logo voltaram a se colar. As mãos de Louis abaixavam a calça do outro deixando a mostra o membro gotejante, Harry suspirou baixo, Louis sorriu incentivado a tocar mais aquele garoto. Louis voltou a sentar na beirada da cama se masturbando, Harry sentou em uma das suas coxas torneadas e voltou a lamber os lábios macios de Louis que acariciava a pele sensível dele. Virou-se de costas encaixando entre as pernas dele, Louis inclinou o corpo de Harry posicionando seu pênis na entrada apertada e rósea, Styles foi descido lentamente e penetrado aos poucos.

​Harry gemia de dor enquanto era preenchido pelos comprimentos grossos de Louis, ele gemeu ao sentir tudo dentro de si e não demorou que Tomlinson começasse a movê-lo. O pré-gozo facilitava as estocadas que se tornavam cada vez mais assíduas levando Harry a um nível de prazer absurdo.

Suas mãos tremiam, as coxas eram apertadas com força e seu corpo jogado pra cima e pra baixo enquanto seu quadril rebolava tornando ainda mais gostosa a transa. Louis gemia alto acompanhando os do outro, mordia as costas largas e alvas do garoto deixando marcas avermelhadas em sua pele, os dedos afundavam na carne das coxas e cintura agarrando-a brutalmente.

Harry gostava de se sentir dominado, ele gostava de dar prazer ao seu amado, Styles nunca havia transado com outro alguém, mas ele sabia que Louis era melhor que qualquer um.

​O pênis de Louis deslizava fazendo pressão na próstata de Harry que gemia cada vez mais alto, a cama rangia levemente devido aos movimentos rápidos e precisos dos dois corpos.

Ambos suados e cheios de excitação, o cheiro de sexo emanando e os estalos sonoros ecoavam pelo cômodo. Harry deitou a cabeça no ombro de Louis e este tirou os cachos colados em sua testa úmida, os lábios agora vermelhos e rechonchudos de tanto serem mordidos estavam abertos liberando todo tipo de murmúrio, gemido ou som, as palavras eram desconexas denunciando que Harry estava próximo do seu limite. Louis deu várias estocadas castigando o interior do garoto que o esmagou assim que Harry despejou todo seu sêmen na própria barriga e no chão.

Tomlinson gozou junto de Harry, seu corpo amolecido caiu na cama e Louis fez o mesmo envolvendo a cintura dele carinhosamente. Esfregando seu nariz nos cabelos sedosos de Harry, Louis adormeceu cansado, mas feliz por tê-lo ao seu lado.

​Eles se amavam isso ninguém poderia negar.

[xxx]

"Harry e Louis assassinam oito policiais no banco central de Oklahoma"

"Casal Assassino: Harry e Louis roubam milhões de dólares e conseguem fugir. A população está amedrontada."

"A criminalidade aumentou drasticamente, Louis Tomlinson e Harry Styles são os fugitivos mais perigosos dos Estados Unidos. A polícia tenta de tudo para detê-los."

​- PARADO LOUIS! – o policial gritou com a pistola apontada para Louis correndo o mais rápido que conseguia.

​Louis correu com Harry em seu encalço, eles tinham acabado de roubar o terceiro banco da cidade, seguravam sacos de dinheiro e corriam como se suas vidas dependesse disso, de fato dependia, eles não poderiam ser presos.

​- Por aqui Harry! – alertou Louis entrando em um beco, ele conhecia a cidade como a palma de sua mão e sabia onde iria parar. Harry o seguiu sem deixar de correr, eles haviam conseguido despistar o policial que estava os perseguindo, mas se deram de frente com outro. – Que droga! – praguejou sacando seu rifle.

​- Não tão rápido Tomlinson. – ordenou o homem deixando na mira de sua arma a cabeça de Louis. – Largue o rifle. – ele direcionou o olhar para Harry. – E você também, junto do dinheiro.

​Louis abaixou lentamente colocando o rifle no chão e lançou um olhar para Harry que entendeu logo o que tinha de fazer, o policial estava a uma mínima dos dois, ele apontou a arma para Louis e então Harry viu ali sua chance.

Tirou uma faca do bolso num movimento rápido e rasgou a perna do homem que gritou e caiu no chão, sua arma caíra longe dando tempo suficiente para que eles fugissem. Louis saiu em disparada levando o rifle e os sacos de dinheiro sendo seguido por Harry.

O homem gritava em dor e lamuriava enquanto sua perna sangrava e formava uma poça em torno do membro ferido.

Harry olhou nos olhos castanhos daquele homem e viu a suplica presente, os outros policiais estavam longe e aquele homem poderia morrer de hemorragia antes que fosse salvo. Harry não deveria estar fazendo aquilo, mas não sabia explicar o que viu naqueles olhos.

​Pegou o homem em seus braços e o levou ao carro em que Louis já estava dentro dando a partida, jogou-o no banco de trás e entrou junto.

​- VAMOS! PISA FUNDO. – gritou Harry e Louis olhou assustado ao ver o policial ali.

​- O QUE? HARRY VOCÊ ENLOUQUECEU?

​- DIRIJA! – franziu o cenho rosnando com os dedos ensanguentados pressionados ao ferimento do homem. Louis logo deu de ombros e pisou no acelerador.

-x-

​- Você só pode estar de brincadeira! – xingou Louis.

​- Ele iria morrer lá. – justificou cruzando os braços.

​- Ele irá nos prender assim que melhorar, vamos ser mortos na cadeira elétrica! – gritou alto fazendo o maior se encolher.

​Louis tinha razão, a pessoa que Harry salvou não era um qualquer, ele era um policial e além do mais, um xerife que estava encarregado de prender a todo custo o casal mais procurado da America.

Harry cuidou do ferimento do homem que ele mesmo causou, fazendo suturas e limpando, ele dera um banho no homem e vestira roupas leves que ficavam largas no moço devido que ele era magro, mas não menos forte. O xerife havia desmaiado de dor antes mesmo de protestar por ser salvo por um criminoso, mas acordou com os gritos.

Seus olhos se arregalaram ao ver Louis de pé quase enfiando o rifle em sua cara e Harry atrás dele olhando a cena, pesaroso.

​- Me dê um bom motivo para que eu não te mate agora. – sussurrou Louis com a voz rouca de nervosismo.

​- Eu.. eu.. não sei. – murmurou o homem engolindo a seco.

​- Louis, para com isso. Você não vai matá-lo. – Harry empurrou o outro para o lado ficando no foco de visão do homem. – Qual é o seu nome? – perguntou docemente.

​O homem ponderou se deveria ou não revelar seu nome a ele, afinal de contas Harry acabara de dizer que ele não iria morrer, então não haveria mal algum.

​- Zayn.

​- Então, Zayn – disse Louis em desgosto. – Quando pretende ir embora antes que eu estoure seus miolos?

​- Depois que eu estourar os seus. – respondeu trincando os dentes queimando Louis com o olhar. – E para você é xerife Malik.

​- Olhe aqui, espertinho. – Louis se aproximou e os dois fuzilavam um ao outro com os olhos, Harry jurava ver ate faíscas de ódio entre eles. – O único motivo que trouxemos você, é porque o bunda mole do Harry teve dó, mas eu não tenho alguma, faça gracinhas e você morre!

​- Bunda mole?! – Harry o repreendeu, mas Louis não deu importância.

​- Ele é sempre esquentadinho assim? – Zayn disse baixinho para que só Harry ouvisse.

​- Não. – Harry riu. – Ele é um doce, só esta com medo de que você nos mande pra cadeira elétrica.

​Zayn piscou algumas vezes ficando em silêncio. Harry soltou um suspiro cansado. Ambos sabiam que o destino dos dois fugitivos sempre seria esse.

​- Eu sinto muito.

​- Tudo bem. – sorriu de lado. – Está com fome? Temos pão, vinho, frutas..

​Zayn assentiu e Louis fitava aquela cena tendo em seu peito uma mistura de sentimentos que ele mesmo não sabia definir. Ele jamais quisera por Harry em perigo, mas acabou o fazendo, então ele fazia o possível e o impossível para que jamais o machucassem, Louis jamais deixaria Harry ser pego, ele ficaria no lugar dele se fosse necessário.

[xxx]

​Alguns meses se passaram e Zayn já conseguia andar, mancando, mas conseguia. O corte havia rompido alguns vasos sanguíneos dificultando a locomoção, mas Harry cuidava do ferimento todos os dias, ele sempre fora bom com enfermagem.

Louis não confiava em Zayn, por isso ele era mantido em vigilância todos os dias e Zayn não confiava em Louis, mas sim em Harry.

Styles dera a ele sua palavra que nada aconteceria de ruim e que ele estava a salvo com eles, irônico se sentir protegido por um assassino, mas sim, Zayn se sentia.

Ninguém sabia do paradeiro de Zayn ou de Harry e Louis, nem mesmo Malik sabia onde ficava aquela casa, ele nunca fora ao campo e não fazia ideia da cidade onde estava e os garotos também não fizeram questão de contar, eles não podiam esquecer que Zayn ainda era um xerife e era como dormir com o inimigo.

​Harry e Zayn se tornaram mais próximos durantes os meses, Harry cuidava de Zayn e ate preenchia o vazio que Malik sentia em seu peito. Zayn fora traído pela mulher e caiu numa depressão profunda, o coração partido rendeu-lhe um vício em cigarros, noites de insônia e muitas lágrimas. Ele não se sentia bem com alguém faz tempos, Harry era um garoto doce e gentil, sempre sorridente e isso enchia Zayn de alegria. Louis por outro lado ignorava totalmente a presença dele ali e eles discutiam sempre, tendo um Harry para apartar antes que um matasse o outro.

​Zayn até se esqueceu de que tinha vida lá fora durante esse tempo, ele estava cheio de cobranças do chefe, contas para pagar e as insônias pioravam seu bem estar. Com aqueles jovens ele se sentia livre. Zayn Malik só tinha 24 anos e era xerife de policia em Oklahoma, era um dos mais jovens e também um dos mais bonitos, garoto mestiço de pele amorenada e olhos grandes castanhos cobertos por cílios negros maiores ainda, sem falar nos cabelos brilhantes igualmente negros. Lábios carnudos e rosados, dentes e sorriso brancos, perfeito. Era magro, mas ainda sim isso não contava como defeito, era um homem realmente muito lindo.

​- Não, Zayn – Harry riu divertido. – Eu sou de Rowena e Louis de Cementy City.

​- Oh sim, eu sou de Dallas. Éramos quase vizinhos. – ele riu deixando a língua entre os dentes.

​- Talvez você tenha passado por Louis lá e nem sabia. – disse Harry mostrando um sorriso de covinhas e olhou Louis que estava sentado numa cadeira acabando de soprar a fumaça do cigarro. – Não é, Louis? – perguntou e Louis o olhou de soslaio não respondendo.

​- Está nervoso hoje, Tomlinson? – zombou Zayn e Louis o olhou arqueando uma sobrancelha. – O que é? – desafiou.

​- Cale a boca, Malik ou quebro-te os ossos. – respondeu rude.

​- Ok, meninas, deixem de brigas. – Harry disse e Zayn começou a rir sendo acompanhado por Styles e Louis continuou sério terminando de fumar.

"Zayn Malik, xerife de Oklahoma sequestrado por Harry e Louis".

"Sequestro: Harry e Louis sequestram um policial mantendo-o refém"

"Casal Stylinson, como são chamados Louis Tomlinson e Harry Styles sequestram o xerife Zayn Malik mantendo-o refém, quando é que isso vai parar?"


​- Depois de um ano sumido, é agora que a imprensa nota? – Zayn disse fazendo um biquinho olhando as manchetes principais do jornal.

​- Isso é baboseira! – Louis xingou tirando o jornal da mão de Zayn, amassando-o e jogando no chão.

​- Ei! Eu limpei esse chão agorinha mesmo. – Harry veio andando apressado com uma vassoura nas mãos. – Cate do chão, senhor Tomlinson.

​- Mas que merda, Harry. – bufou abaixando e tirando o papel amassado do chão enquanto Zayn ria. Louis deu um tapa na cabeça dele que o fuzilou com o olhar. – Ops, foi sem querer xerife, Malik. – disse com tom de escárnio.

​Harry gargalhou e voltou para a cozinha.

​Havia passado um ano desde o acontecido, Zayn já podia andar normalmente, ele estava saudável como um cavalo, Louis até ofereceu que ele saísse da casa deles, Louis iria levá-lo em segurança e fugiria.

Zayn nunca mais veria Harry e ele novamente, mas Malik não quis, ele queria ficar com eles, queria pelo simples fato de estar apaixonado, como se não bastasse ele estava apaixonado pelos dois, por Harry e Louis.

Zayn tentou e tentou escapar das investidas de seu coração, mas não conseguiu, Tomlinson tinha aquele jeito rude, e Harry era um anjo, doce, todos aqueles detalhes fisgaram Zayn e ele se via incapaz de ficar sem aqueles dois.

​Obviamente os dois não sabiam e Zayn era enlouquecido pelos próprios pensamentos, ele nunca achou que algum dia seu desejo por ambos se tornaria sexual, ele sempre se relacionou com mulheres, mas a convivência o lhe dera uma rasteira fatal, jogando-o no chão do desespero.

Zayn não queria ter de deixar aqueles jovens simples de alma pura, eles só queriam viver em paz, mas numa sociedade com aquela não se vivia sem dinheiro, Louis nunca quis matar ninguém ou roubar, era o modo que ele encontrava para proteger Harry e a si mesmo.

Zayn agora via os dois com outros olhos, uma percepção que ninguém conseguia enxergar. Eles se amavam, o que tinha de mal nisso? Harry e Louis queriam ter a paz e ser quem eles nasceram para ser, mas os caminhos mal escolhidos os levaram para tal situação.

​Anoiteceu e Zayn tomava seu banho na banheira, Harry estava no quarto ouvindo a novela no rádio e Louis não havia chegado da rua ainda. A casa era simples para manter o disfarce, tinha um enorme quarto que dava para o banheiro e no outro canto tinha a porta que levava a cozinha, simples e aconchegante era a casinha. Zayn reclamou alto chamando Harry que logo correu ate o banheiro encontrando ele coçando os olhos.

​- Harry, me ajuda! Eu passei sabão nos olhos. – choramingou e Harry riu.

​- Seu babaca, acalma-te. – aproximou sentando-se na beirada da banheira, fez uma conchinha com a mão pegando água e jogando sobre o rosto de Zayn.

​Zayn foi abrindo os olhos como um bebê acabando de nascer e Harry nunca vira coisa mais adorável. Os dedos finos de Styles acariciam-lhe a face do mais velho e sorriu docemente.

​- Obrigado. – sussurrou.

​- Não há de quê.

​Eles ficaram se olhando enquanto Harry ainda acariciava o rosto jovial de Zayn que fechou os olhos aproveitando, ele sussurrou manhosamente como um gato, só incentivando Harry a tocá-lo mais.

Styles inclinou seu corpo pra frente e seu nariz tocou no de Zayn, ele abriu os olhos assustado pela iniciativa, mas logo se derreteu quando sentiu os lábios de Harry roçar nos seus, uma fricção lenta e gostosa. Zayn chupou lentamente o lábio inferior do mais novo e não demorou a ser retribuído com uma lambida casta.

Logo as carícias se tornaram um beijo lento, meticuloso e cuidadoso vindo das duas partes, Zayn seguia os movimentos impostos por Harry, os toques suaves das línguas davam em Malik arrepios monstruosos que percorriam sua coluna, Harry por sua vez, escondia há muito tempo a vontade de avançar naqueles lábios carnudos tão convidativos.

​O que Zayn não sabia era que o sentimento que ele guardava em seu âmago era recíproco, totalmente recíproco.

​Zayn se levantou puxando Harry consigo, sem descolar os lábios ele saiu da banheira e abraçou-o pela cintura molhando parcialmente as roupas dele.

Um suspiro sôfrego embolou na garganta de Harry quando sentiu o pênis de Zayn esfregar contra si, ele passou os braços por cima dos ombros de Zayn que agora o beijava com voracidade.

​Louis limpou as botas sujas e jogou a bituca do cigarro no chão. Abriu a porta e a casa estava muito silenciosa a seu ver, entrou calado, passou na cozinha impecavelmente arrumada, mas sem ninguém por lá, decidiu ir ao quarto e também não tinha ninguém lá ate que ouviu uns sons baixinhos parecidos com gemidos e sussurros vindos do banheiro.

Andando pé por pé, avistou – a uma distância segura – Harry beijando Zayn insaciável e um detalhe importante: Zayn ainda estava nu.

Um sorriso sujo brotou nos lábios de Tomlinson, escondido naquela penumbra, um risinho escapou de seus lábios finos, mas nada pareceu incomodar o casal à frente.

​Tomlinson deveria ter ficado com raiva, mas não conseguia, Zayn tocava Harry com tanta vivacidade e Harry estava gostando.

As curvas de Styles eram tocadas sem pudor e os gemidos eram músicas nos ouvidos de Louis. Uma sentença crucial que Zayn também não sabia era que Tomlinson estava apaixonado pelo jeito carrancudo que ele tinha, as brigas eram formas de fazê-lo se afastar para que não se apegasse tanto, Harry e Louis se amavam, mas estavam apaixonados pelo mesmo garoto.

E não se importavam, eles eram mais liberais do que achavam que fossem. E o mais cômico era que Louis acabara de se descobrir fetichista, vendo seu Harry ali sendo tocado, vendo Zayn sendo acariciado, estava reagindo no corpo de Tomlinson em forma de uma ereção tornando as calças dele justas demais.

​- Que bundinha linda você tem, Malik. – Louis pigarreou escorando no batente da porta cruzando os braços frente ao peito.

​Zayn subitamente perdeu o ar e Harry o largou imediatamente. As bochechas do jovem tomaram tom carmesim, ele abaixou a cabeça e tampou com as duas mãos o pênis duro devido aos beijos e toques de Harry.

Zayn nunca se sentiu tão envergonhado na vida, Louis com certeza o mataria por ter feito Harry traí-lo.

​- L-lou.. e-eu.. – Harry tentou pronunciar, mas estava tão envergonhado quanto Zayn.

​Louis riu.

​- Cozinha Harry, agora. – falou e deu as costas.

​- Me desculpe. – sussurrou Harry se afastando.

​Zayn foi ate o quarto e vestiu uma calça, ele estava encolhido abraçando as pernas esperando a morte eminente.

Ele achou que Louis estava brigando com Harry, mas ele não estava ouvindo barulho algum ate que a porta do quarto fora chutada e um Louis entrou no quarto sem camisa, suas botas socavam no chão e seu cabelo bagunçado, seus lábios estavam vermelhos e Zayn nunca viu uma pessoa tão sexy em toda sua vida. Louis sorriu e avançou para cima de Malik.

​- Louis, acalma-te, desculpe, eu n-
​Zayn tentou suplicar, mas fora calado quando os lábios de Louis chocaram com os dele. As mãos rústicas de Louis seguravam seu rosto mantendo o preso enquanto sua boca era deturpada pela língua habilidosa dele.

Mantiveram-se assim ate Zayn clamar por ar, Louis soltou seu rosto vendo um Zayn suado piscando atônito.

​- Tens lábios gostosos, Malik. – sorriu dando um selinho em Zayn.

​- Não vai me matar? – perguntou e Louis negou com a cabeça. – Lou.. A-a-m.. – a garganta de Zayn fechou e ele não conseguia terminar a frase.

​Louis pousou o dedo sobre os lábios do maior e repuxou os lábios num sorriso iluminando seu rosto.

​- Shh, Zayn. Amo-te.

​Harry entrou no cômodo, Louis voltou a beijar Zayn com desespero, suas mãos cálidas desenhavam as curvas de Zayn e eles suspiravam alto adorando a sensação.

As calças de Tomlinson foram jogadas no chão, Harry se aproximou e sentou ao lado dos dois levando a mão no volume entre suas pernas massageando-o devagar.

I am thinking of you In my sleepless solitude tonight
(Estou pensando em você hoje à noite em minha solidão insone)

​Louis ficou se movendo em cima do membro de Zayn, seus dedos agarraram a nuca de Harry e o puxou para um beijo tão quente quanto os que ele estava tendo com Zayn.

Harry apertava com força o próprio membro segurando alguns gemidos na garganta, sua boca escorregava sobre a de Louis e era possível sentir naqueles três corpos o amor e o desejo que sentiam um pelo outro.

Ninguém mais os julgariam por amar, ninguém mais os impediriam de ser o que queriam.

If it's wrong to love you then my heart just won't let me be right
(Se é errado amar você então meu coração não vai me deixar agir certo)

​As roupas de Harry foram tiradas, Louis beijava e mordiscava a pele do pescoço dele enquanto se movia provocante por cima de Zayn.

Harry soltava o ar que nem sabia que tinha prendido e conseguiu tirar o resto das roupas de Malik, em um movimento brusco ele jogou Louis na cama ficando por cima,

Harry se ocupava em deslizar sua língua macia sobre os mamilos de Louis sugando e mordendo tirando gemidos sofridos do garoto de olhos azuis. Zayn ficou de joelhos na cama e abriu as pernas de Louis deixando-o exposto, seu pênis socava na barriga sujando o abdômen com o pré-gozo, Harry segurou na base do mesmo, puxando a pele deixando a glande sensível mais visível, fez movimentos lentos com a mão masturbando-o ao que Zayn direcionava seu rosto entre as pernas de Louis dando lambidas em sua entrada pulsante.

Sua língua o penetrou severamente, Harry pôs o pedaço de carne cheia de veias na boca e passou a sugar Louis com vontade.

Os gemidos de Tomlinson se tornaram gritos e o suor já descia nas laterais de seu rosto.

Cause I've drowned in you and I won't pull through without you by my side
(Porque me afoguei em você e não sobreviverei sem você do meu lado)

​Louis acariciava os cachos sedosos de Harry e gemia o nome dos dois revezando, Harry o chupava com maestria, descendo e subindo a língua pelo comprimento, fazendo sucções fortes ora fracas, suas mãos beliscavam de leve os mamilos dele enquanto Zayn o penetrava com a língua, enfiando um dos dedos a fim de torná-lo propenso para recebê-lo.

Malik cuidava para que Louis sentisse menos dor possível, e Harry estava ajudando bastante a distraí-lo.

A entrada de Louis estava totalmente molhada e pegajosa tanto pela saliva de Zayn quanto a de Harry, ele sentia seu corpo ferver, suas pernas estavam formigando, e Harry agora mordia e beijava seus lábios fazendo-o sentir o próprio gosto.

​Zayn ajeitou-se entre as pernas de Louis, cuspiu e enfiou dois dedos nele fingindo dar estocadas, o que fez as pernas do garoto amolecerem.

Louis sentiu um peso sobre seu membro e se deu conta de que Harry havia sentado em cima dele, lentamente o menino esfregava sua bunda redonda e pálida contra, as mãos de Louis na cintura dele o guiavam.

Zayn desferiu um tapa na bunda de Harry que soltou um gritinho sádico, a glande do pênis de Malik roçou na entrada de Louis e sem demora ele empurrou.

Louis soltou um grito misturado nos gemidos, Harry ajeitou o membro de Tomlinson e sentou sobre ele descarregando mais uma onda de devassidão e prazer sobre o corpo de ambos. Zayn invadia Louis e Harry subia e descia no mesmo.

I'd give my all to have just one more night with you
(Eu daria tudo de mim para ter só mais uma noite com você)

​Harry espalmou as mãos sobre o abdômen de Louis cavalgando desejoso, suas costas leitosas eram marcadas pelos dentes de Zayn que o mordia enquanto estocava em Louis com brutalidade.

As coxas fartas de Louis eram acariciadas e mantidas abertas para que Zayn pudesse ver seu membro violando ate local tão sensível, as paredes internas pulsavam junto das veias do pênis de Zayn, eles gemiam alto e se movimentavam cada vez mais depressa.

Harry tomou seus lábios o beijando enquanto gemia em sua boca, Louis segurou o pênis de Styles e começou a masturbá-lo.

Os corpos já estavam suados e a cama se remexia aos movimentos, estalos e beijos eram ouvidos, fora os gemidos e gritos sufocados pelo tesão.

I'd risk my life to feel your body next to mine
(Eu arriscaria minha vida para sentir seu corpo junto ao meu)

​Louis e Harry foram atingidos fundos diversas vezes, o estado dos três era deplorável, seus corpos molhados com fina camada de suor que os faziam brilhar sobre a luz da lamparina ali presente.

Os cabelos de Harry respingavam no rosto de Louis, Zayn fora o primeiro a gozar lambuzando Louis por completo, caindo em seguida ao seu lado.

Harry fora preenchido por Louis e sujou o peito e abdômen dele com linhas esbranquiçadas e viscosas do próprio sêmen, Harry tinha seu corpo totalmente amolecido e foi aconchegado entre os dois homens que amava.

​- Amo vocês. – Zayn sussurrou de olhos fechados e deitou o rosto na curva do pescoço de Louis.

​- Amamos você, Zayn. – disseram.

​Garotos jovens, cansados e amando perdidamente, sentimento puro e nobre, eram poucos que encontravam o amor assim, eles só precisavam um do outro que tudo ficaria bem.

​Logo eles caíram na inconsciência.

I'd give my all for your love tonight
(Eu daria tudo de mim pelo seu amor hoje à noite)

[xxx]

Bienville Parish, Louisiana. 23 de maio de 1934.

​Em uma viagem pela estrada rural caminho à Louisiana os três jovens pareceram à luz do dia no Ford V8 do ano, roubado.

Louis não usava seu dinheiro em roubos para tal, ele sustentava os dois homens de sua vida. Harry cantarolava uma música qualquer com Zayn, ambos amavam música e viviam sempre cantando, Louis não se importava ele dizia que eles tinham as vozes mais belas do universo.

Louis batucava os dedos no volante, dirigindo com cuidado pela estrada de terra, Zayn estava no banco de trás e às vezes acariciava os cabelos de Tomlinson ora de Harry.

​Nenhum dos três sabia o que lhes aguardavam, tudo aconteceu muito depressa.

Dois homens fardados pularam do mato parando o carro de Louis apontando armas que em suas cabeças. Harry olhou assustado para Zayn e ele deu-lhe um beijo trêmulo na testa, Zayn sabia que a hora havia chegado.

​- Zayn Malik está no carro! Tirem-no de lá. – um homem gritou.

​Vários homens aproximaram do carro abrindo suas portas, um deles puxou Zayn pelo braço tentando o retirar de lá, mas ele se debatia e seus olhos ficaram turvos pelas lágrimas que se formavam, com dificuldade arrastaram Zayn para fora do automóvel.

Ele tentou impedi-los, tentou salvar Harry e Louis, mas não conseguiu. Louis entrelaçou os dedos nos de Harry e eles olharam Zayn.

​- Amamos você, Zayn. – disseram com sorrisos reconfortantes em seus lábios.

​- FOGO!

​O carro fora atingido na mesma hora por 167 balas de diferentes calibres, Harry foi atingido 23 vezes e Louis 25, morrendo ambos na hora dentro do automóvel.

Zayn gritou, berrou, suplicou, mas já não havia mais nada a ser feito. Caiu de joelhos vendo sua vida descer pelo ralo, seu corpo estava em choque, então correu, não sabia para onde e nem porque, estava entorpecido demais para descobrir, ele apenas correu, correu e correu.

Zayn Malik nunca mais foi encontrado.

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