Unforgettable 2

By semnexo

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Segunda temporada de Unforgettable A atraente polícia foi alvejada graças à sua atração por perigo, ou terá s... More

Raio de miúda!
De volta a casa
O prometido gelado
The decision
Gala de rugby
Drunk in love
Saturday Night - I
Saturday Night - II
Go home
Senhora de olhos turquesa
Recovery
Soul's connection
Friends will be friends
Acidente ou crime?
Nota Importante

'O James tem cá uma sorte...'

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By semnexo

De um momento para o outro uma grande quantidade de luz assolou os meus olhos. Cerrei ainda mais os olhos e tapei a cabeça com a almofada.

- Eleanor? –a voz rouca de Jack suou.

- Bom dia meus amores! –ela falou, alto demais para quem acabara de acordar.

- Noite de festa –comentei debaixo da almofada.

- O que? –Jack retirou a almofada da minha cara enquanto se ria.

- Foi noite de festa para a Eleanor! –lentamente abri os olhos e observei a bailarina de mãos na cintura à minha frente, luz acesa e as precianas para cima. Acho que lhe passei maus hábitos!

- Vocês são uma merda! – El expôs com naturalidade.

Levantei-me, demasiado depressa, e com a ajuda do braço esquerdo, dando-me direito a uma dor aguda no local da ferida. Expressei dor apenas pela pressão dos dentes nos lábios e talvez na minha expressão pois fechei os olhos.

- Ai Jenny! –a rapariga tentou ajudar-me e logo me deu beijos na face. –desculpa, desculpa

Gargalhei e retribui-lhe o carinho.

- Está tudo bem! –sorri-lhe –a menina pode-me explicar porque é que a luz está acesa e porque me acordou assim quando sabe que eu detesto acordar assim?

Eleanor correu a desligar a luz e voltou com uma cara de inocente.

- Diz lá, porque é que somos uma merda?

- Porque nem dormem agarrados! –ela abanou Jack –o teu amor está doente e tu estás a dormir, acorda! –Eleanor voltou a olhar para mim –estás mesmo bem? Queria tomar o pequeno-almoço contigo já que não te fui buscar e cheguei tarde

- Humhum –foi a resposta preguiçosa de Jack.

- Preciso de tomar a medicação para as dores mas estou ótima! –analisei Jack, de cabelo despenteado e olhos fechados, moreno a contrastar com o claro dos lençóis. A visão de um deus na minha cama...–vamos lá, eu ajudo. Temos de por a conversa em dia

- Tiveste tanta sorte miúda...-comentou ao analisar o grande penso que cobria o buraco cosido deixado pela bala. –eu vou fazer, aproveita ai com a tua coisa boa

Eleanor levantou-se e deu-me um beijo na cabeça preparando-se para sair com um ligeiro sorriso.

- Eleanor, a noite correu bem? –Jack soltou e ambas nos olhamos confusas. Este rapaz não é normal!

- Dormi bem, por acaso –ela disse antes de sair e fechar a porta.

Nenhum dos dois falou. Eu continuei sentada a estudar Jack e este continuou nos seus pensamentos, ou sonhos, de olhos fechados, com alguns sorrisos pelo meio. Sorri. Graças ao momento calmo, a tê-lo ao meu lado, a tanta coisa ter mudado, a ter sobrevivido e a ser feliz.

O jogador de rugby usou a sua força para me deitar novamente na cama e se colocar por cima sem me magoar.

- 'Coisa boa' fica melhor dito por ti –ele falou ao olhar-me nos olhos.

- Tu és um manhoso que só queria que a El saísse –mexi-lhe no cabelo.

- Para te saltar em cima! –ele completou e deu uma pequena gargalhada.

Olhamo-nos novamente e, em seguida, beijamo-nos.

- Bom dia Jen

- Bom dia coisa boa

(...)

Tudo ficou falado com Eleanor quando abandonei a casa em direção ao metro. Ela e Thomas estavam a pensar morar juntos, só ainda não sabiam quando nem onde, queriam avançar um pouco na relação que pelo me parece será para o resto dos dias das suas vidas. Fiquei muito contente e apoiei-a em tudo. Eu abordei a visita do Bruce durante a minha estadia no hospital e comuniquei-lhe que iria começar a trabalhar já hoje. El protestou e tentou convencer-me a ficar de baixa, pois tinha direito e merecia. Tretas, eu preciso é de fazer algo útil!

Entrei no metro, apinhado mesmo não sendo hora de ponta, e permaneci de pé devido à falta de lugares vagos. Verifiquei as horas e a estações em que sairia e uma jovem, que carregava os habituais livros grossos da universidade ofereceu-me o seu lugar. Recusei e agradeci. O meu braço não era um impedimento e a jovem carregava demasiado peso. Pouco depois estava já a percorrer a rua em que a esquadra se localizava.

Cumprimentei os polícias que estavam na entrada e ingressei pela esquadra. A diferença de temperaturas é de imediato sentida levando-me a retirar o cachecol e a suspirar agradecida pelo calor fornecido.

- Bom dia! –exclamei ao entrar na sala onde vários agentes trabalhavam.

- Bom dia –responderam, enfadados, e eu sorri-lhes. Não vale a pena andar aborrecido com a vida, nada vai mudar.

- Então como estás? –Charles perguntou da sua cadeira enquanto eu retirava o casaco e chapéu e me colocava pronta para o trabalho.

Levantei o braço pendurado ao pescoço, sem deixar a minha expressão otimista e ele sorriu fixando novamente os olhos no monitor luminoso.

- O tenente? –inquiri, para ninguém em particular.

- Está numa reunião –um agente respondeu –deve estar a chegar.

Assenti. Estava tudo conforme eu deixei, até um sublinhador sem tampa permanecia em cima de uns papéis. Testei-o, embora soubesse que o mais certo era estar seco, e deitei-o fora. Comecei, a seguir, a escrever o relatório do que se sucedera há dias atrás. Sempre que um polícia usava a sua arma era obrigatório escrever um relatório e como James ainda não me deu trabalho, o melhor seria adiantar a escrita.

- Jennifer?! –o tenente meio que gritou e eu sorri-lhe.

- Bom dia para ti também

- Porque é que estás aqui?

- Porque é o meu local de trabalho?! –respondi obviamente.

Ele revirou os olhos. Saudades de um chefe idiota.

- Tens direito a ficar em casa pelo menos uns dias, não sei se sabes

- Não há necessidade! Estou a começar o relatório, precisas de alguma coisa?

- Está tudo feito, até o relatório! –ele proferiu ao sentar-se.

Suspirei e pousei a cabeça na minha mão a observá-lo. Não tinha nada para fazer, provavelmente porque James não me queria dar nada para fazer. Ele estava atarefado e eu podia ajudá-lo!

- Ah, Jennifer, belo acessório! –James comentou com um sorriso brincalhão e olhou-me.

Ri-me ironicamente e ele gargalhou. Agora estou entediada e ele sabe disso, ele é o culpado.

Como se já não chegasse não poder ir para o terreno e ter de me contentar com a secretária, James, o bom tenente, ainda me mantem sem trabalho. Por falar nisso, ele é realmente bom, em tudo. Um chefe jeitoso e bonito considera-se um sonho certo? Então eu estou num sonho! Hoje ele não tem barba, ficando com um ar mais jovem e querido, contudo, a aura que o envolve continua a fazê-lo extremamente sexy. James é bom partido...

- Já está cá? –uma voz grave liberta-me dos meus pensamentos.

Não, estou ali fora, não está a ver?

- Sim – respondi, com um sorriso, ao tenente que comandava o famoso caso que me forneceu uma estadia no hospital e endireitei-me.

- Toma um café? –questionou de mãos nos bolsos.

Olhei para James que continuava qualquer trabalho minucioso de busca no computador.

- Com certeza

Encaminhamo-nos para uma pequena sala ao lado do departamento dos crimes, a chamada copa, onde se come ou guarda alimentos e utensílios.

- A Jennifer foi incrível, está mesmo de parabéns! –o tenente comentou. –A sério, devia de ser recompensada

- Estar viva é uma boa recompensa!

Ele gargalhou e anuiu que sim, que era uma ótima recompensa.

- Daqui a nada é a nova tenente –ele falou depois de retirar um café e me oferecer.

- Sabe tão bem quanto eu que isso é complicado – encostei o meu corpo ao balcão, e, de chávena na mão, observei o tenente.

- Veio de que posto? –mudou de assunto e colocou as cápsulas gastas no lixo.

- Na verdade é a primeira vez que trabalho como polícia.- Bebi um pouco do café.

O tenente Roger, segundo a placa que carrega ao peito, tinha os seus 37 anos e pertencia também à equipa forense. O cabelo preto e curto oponha-se ao seu corpo, grande e de tom claro, assim como os seus lábios finos aos dedos grossos. Bebi o resto do líquido amargo ao observar a sua reação perante a verdade inexorável. Quase se cuspiu e, embora isso tenha uma certa graça, decidi manter a postura séria.

- Não duvido que chegue a tenente facilmente! – ele bebeu o café –o James tem cá uma sorte...

Sorri e posei a chávena.

- Ele tem instinto

- E uma boa companheira –Roger completou.



***

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