Fogo e Escamas (Em processo d...

By NMCMsama

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Lendas e mitos antigos falavam sobre seres místicos capazes de destruir vilas inteiras. Sua forma era semelha... More

O Jantar (editado)
Dragão Púrpura (editado)
O ataque (editado)
Dragões existem (editado)
Café da manhã
Território e Dragões vermelhos
Chegada ao churrasco
Ceremônia da Carne
Reunião e dança
Signficado do beijo?
O plano de Felix -Part 1
O plano de Felix -Part 2
Fim do plano e um novo dragão?
Dragão Branco
Temores
510-n
Seu nome é Sion
Conversa na cozinha
A adição de um novo membro a família
Dragões vs Dragões
Buscado seu lugar na família
Provando suas habilidades
Ligação
O despertar da donzela em perigo
Bomm!
Gelo
Dragões: Aliados x inimigos
Desculpas
Pesadelo ou lembrança
O passado e o presente
Eliminando a culpa
Reunião
Problemas e mais Problemas!
Cruzar!
A conversa
Conseguindo o Alíbi
Dragão Marrom
Camuflagem e Camuflagem
Rival?
O despertar
O grande Cezar
Rituais e Festivais
Degustação!
Treinamento
O Grande Plano
Epílogo
Entendendo sobre os dragões

Início da rotina

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By NMCMsama

Amélia acordou aquela amanhã irritada, não só tinha esquecido que era segunda-feira como tinha se perdido nos corredores da mansão que agora era seu novo lar. Descia apressada as escadas rumo a sala, tinha por fim encontrado o caminho.

–Ah! Finalmente acordou, dorminhoca! –Falou Felix, o rapaz estava com uma mochila roxa nas costas e vestia uma camisa de mangas compridas listradas, bem folgada, calças jeans skinny negras –Pensei que iria para a faculdade sem te ver!

–Faculdade? –Um prato contendo ovos mexidos e salsicha veio flutuando até a menina que logo pegou, talheres logo voaram para ela –Obrigada! –Agradeceu enquanto sentava no sofá e começava a comer rapidamente, não tinha tempo para modos, era só enfiar tudo na boca!

–Sim, eu faço faculdade! Ora, sou um garoto estudioso! –Piscou divertido –Faço faculdade de artes cênicas! Oh! Ser ou não ser! És a questão! –Colou a mão na testa e fez uma postura bem dramática, Amélia quase cuspiu a comida que tinha na boca para poder rir.

–Bem... Isso é bem a sua cara! –Conteve a gargalhada.

–Eu sei! –Piscou novamente – Bem que quero me especializar em cenografia!

–Isso seria?

–Arte e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos teatrais ou cinematográfico. –Falou bem sério e depois riu –Mas eu também estou pagando matérias de interpretação teatral, talvez eu faça os dois! Quem sabe?!

–Impressionante! –Olhou em volta e notou um bolsa azul sobre o sofá.

"Será que Alex também vai a faculdade? Eu nem sei a idade dele...Ele parece ser mais velho do que eu, porém é mais novo que Felix... Nossa, eu realmente não sei nada sobre ele!".

–O Alex vai para o curso de reforço!

–Ah? Eu nem perguntei sobre ele! –Respondeu rapidamente Amélia quase engasgando com o alimento –Mas...Por que ele está em um curso de reforço?

–Bem, ele não aceitava ir a escolas humanas... Além disso, como nós ficavamos muito tempo mudando de uma cidade a outra, se tornava meio difícil matricula-lo em uma escola, mais difícil ainda para o Alex, tendo em vista que ele nunca estudou com humanos.

"Verdade... Felix foi criado com a tia humana, ele não deveria ter problemas em se enturmar em uma nova escola, ao contrário de Alex...".

–As aulas de reforço são para adquirir um diploma do ensino fundamental para que assim possamos matricula-lo no ensino médio! –Continuou a explicar.

–E-ensino médio? Quantos anos ele tem? Digo...Vocês dragões tem a mesma idade que a nossa não é?

–Sim, temos, bobinha! –Riu Felix com a pergunta – E você não chegou a pergunta-lo a idade? Nossa... Vocês são muito lentos!

–Felix!

–Desculpe! Ele tem 17 anos!

–Ele é apenas um ano mais velho que eu... –Sussurrou.

–Exato! –Se intrometeu Felix – E eu tenho 20 anos! Agora se quer saber mais coisas sobre ele terá que perguntar ao Alex e...

–O que tem que perguntar a mim? –Perguntou o rapaz adentrando na sala, trazia um livro na mão, parecia que viera correndo, será que tinha esquecido o livro e tinha voltado para pega-lo?

–N-nada! –Falou Amélia, gerando um olhar de desconfiança de Alex que encarava o primo e depois a menina.

Antes que ele perguntasse algo o som da buzina cortou o ar.

–Oh! Minha carona chegou! –Falou Feliz já se dirigindo para a porta, abre a mesma e a voz alta de Pablo e mais buzinas são ouvidas.

–FELIX! Traga a sua bunda para o carro agora! –Rosnou o dragão vermelho –Não quero me atrasar por sua causa!

–Devo enfatizar que ele se referiu a sua bunda! Isso pode ser uma forma indireta de declaração de amor? –A voz de Leonard foi ouvida, o outro dragão vermelho também gritava.

Felix apenas riu, já podia imaginar o seu namorado corando com aquelas palavras.

–Bem, eu já vou indo! Ah! –Se virou para Amélia –Pablo faz Direito e Leonad Ciência da computação! Estudamos na mesma faculdade!

Amélia assentiu, apesar de não ter perguntado, mas absorveu as novas informações, na verdade já podia supor como o romance entre o dragão negro e o vermelho se iniciou.

–FELIX! –O grito de Pablo novamente cortou o ar.

–Melhor você ir logo senão ele vai acabar cuspindo fogo... –Diz Alex colocando o livro na mochila –De novo...-Acrescentou.

–Sim! Sim! –Disse Felix rindo alto enquanto saia da casa –Até mais tarde! Se comportem! Não façam nada que eu faria!

Alex resmungou baixo enquanto Amélia ria, tinha ganhado um primo bem doidinho.

–Ele é realmente é um grande idiota! –Disse o rapaz, mas não havia irritação na sua fala –Você não está atrasada? –Perguntou voltado sua atenção para Amélia que subitamente se levantou, ainda com o prato de alimento nas mãos.

–Ai meu deus! –Corre para cozinha deixando o prato sobre a pia, limpa a boca com as costas das mãos.

–Pensei que fêmeas fossem mais educadas...

–Eu não tenho tempo para educação agora! –Rosnou para o outro que apenas riu –E você? Não está atrasado?

–De fato, estou...-Disse olhando o relógio no pulso – Quer carona?

–Você vai te carro? –Perguntou surpresa.

–Não...

–Se for voando como na outra vez... Não! –Se lembrou de quando ele a salvou do dragão púrpura e eles flutuaram no ar se distanciando do local, aquilo fora assustador! Nunca tivera medo de altura ou de voar, mas preferia mil vezes um avião do que ficar agarrada nos braços de Alex.

"Talvez não seja tão ruim..." Corou com os próprios pensamentos e sacudiu a cabeça rapidamente tentando dissipa-los.

–Voar? Estás louca? Voar em plena luz do dia, nos horários de maior movimentação de humanos? Acabamos de sair de uma situação de exposição indevida de nossos poderes draconicos! Não posso permitir que por mera conveniência eu use meus poderes novamente e seja repreendido!

Amélia cruzou os braços diante de si, já irritada.

–Certo! Eu esqueci desta parte! Não precisava me chamar de louca!

–Está perdoada. –Disse simplesmente se direcionando para a porta.

–Eu não pedi para ser desculpada! Você foi grosso! Na verdade você que devia pedir desculpas!

–Eu só falei o óbvio, fêmea...-Deu os ombros.

–Meu nome é Amélia!

–Eu sei. –Sorriu provocador Alex fazendo a garota corar –Então, quer carona ou não?

–B-bem...Arthur poderia... –Aquele garoto a irritava! Se aceitasse a carona sentia que poderia ataca-lo se continuasse a provoca-la. Queria evitar brigas, principalmente levando-se em conta que isso poderia levar a um atraso ainda maior.

–Meu pai e sua mãe já saíram para o trabalho, acordaram mais cedo...Só restou o tio Erich.

–Ah! Sim! –Lembrou que aquele dragão negro realmente dirigia.

–Ele está tomando banho na piscina.

–E-espera... E-ele está pelado?!

–Ah! Você já conhece os hábitos matinais dele? Tio Erich gosta de tomar banho antes de ir ao trabalho...-Falou como se aquilo não significasse nada estranho.

–M-mas na piscina?!

–Ele diz que não gosta de usar o chuveiro e nem a banheira... Tem pouco espaço para se exercitar.

Amélia tenta não imaginar o dragão mais velho fazendo exercícios, pelado e na piscina. Definitivamente não iria pedir carona a ele.

–C-certo...Eu vou com você...-Disse por fim, nem percebera que estava acompanhando o adolescente para fora da casa indo em direção a garagem.

–Ok...- Alex abriu a porta da garagem estalando o dedo, deveria ter usado magia, o grande portão de madeira se abriu revelando uma caminhonete e uma moto.

–Tome! –Um capacete foi jogada a Amélia que se assustou a receber o objeto, quase o deixando cair.

–E-ei! Cuidado!

–Não tenho culpa se você estava distraída...

"Ele está tão irritante hoje! Ontem na festa estava até educado... Fofo...Mas hoje parece que acordou de TPM!" Pensou irritada.

–Você tem carteira de habilitação para esse veículo? –Perguntou ela ao tentar colocar o capacete, na verdade nunca tinha usado aquilo muito menos andou de moto.

–Habilitação? O que é isso?

–AH?! Você não tem?

A resposta foi dar os ombros e colocar o capacete.

–Se não quiser pode ir a pé para a escola... Mas devo avisar que são 3 quilômetros daqui até a cidade.

–E-eu já disse que eu vou com você! M-mas andar de moto sem habilitação é perigoso! Você pode ser preso, sabia?

–Os outros humanos que dirigem tem habilitação?

–Bem... A maioria...

–Mesmo assim eles fazem infrações e causam acidentes, deste modo, essa tal habilitação não define se um indivíduo dirigi bem ou não.

–E-essa não é a questão...-Tentou argumentar.

–Se continuar a discutir mais nós atrasaremos, sinceramente já estou me arrependendo de ter lhe oferecido carona... Fêmeas...São complicadas! Por que não dizem simplesmente "sim"? –Resmunga.

–Idiota! Meu nome é Amélia e eu já disse que eu vou com você!

–Então por que está reclamando?!

–Ora...Ah! Quer saber, esquece! –Coloca o capacete e senta na garupa da moto, logo se arrepende por estar de saia, pertencente ao uniforme da escola, cruza as pernas, rapidamente. Notou que um certo silêncio se fez, levantou os olhos para encontrar Alex com a viseira do capacete levantada e com um olhar fixo nas pernas da menina.

–Será que pode parar de encarar? –Estranhamente a sua voz saiu mais fraca e com menos raiva do que preverá.

–Desculpe...- Alex abaixa o visor e monta na moto –Acho melhor sentar direito, com pernas cruzadas... Acredito que não vai ser seguro.

–N-não me diga o que fazer! –Resmungou, até parece que iria descruzar as pernas.

–Eu não vou ver... Estarei ocupado nós mantendo vivos e dirigindo!

–E eu devo confiar?

–Quer saber? Que seja, faça o que quiser! –Rosnou enquanto ligava a moto e começava a acelerar –Malditas fêmeas humanas! –A moto começou a se movimentar, rapidamente. Amélia soltou um grito sentindo sendo jogada para trás, mesmo que não quisesse admitir, mas de fato ficar com as pernas cruzadas, sentada lateralmente e sem segurar em nada...Podia ser bastante perigoso. Sem pensar duas vezes abraçou a cintura de Alex.

–V-você vai me pagar depois... –Resmungou a humana, tentando controlar o rubor que dominava o seu rosto.

Alex nada respondeu, apenas agradeceu por estar de capacete, pois assim escondia o sorriso em seu rosto e um leve corar de suas bochechas.

***

–Então... Qual é o relatório? –Perguntou um homem de longos cabelos negros, alto, com corpo esguio quase feminino. Seus olhos com íris verde pareciam brilhar na escuridão da ampla sala. As grandes janelas estavam fechadas e cobertas por pesadas cortinas. A única luz que adentrava no recinto era da lareira.

–B-bem...O dragão púrpura foi capturado... –Começou a relatar o rapaz, trazia consigo vários papeis, devido ao nervosismo alguns deles caiam no chão.

–Isso já estava previsto...- Interrompeu o homem brincando com algo em suas mãos, era um camundongo.

–S-sim...C-claro... Não podíamos confiar que ele adentraria no território e depois saísse nós informando o que vira...

–O ódio dele era muito grande para simplesmente deixa a sua presa escapar...-Nisso o homem se aproxima de um grande aquário. Continuava a brincar com o pequeno animal, passando de uma mão a outra –Quando ele visse o que tanto almejava... Iria atacar! – Ele apresentava unhas de coloração esverdeada, longas, essas raspavam de leve no roedor.

O rapaz engoliu em seco com a cena.

–Por isso pediu para que implantasse um gravador nele?

–Exato... – Subitamente uma das unhas penetrou o corpo do camundongo, este começou a guinchar e se debater, mas tais ações só duraram alguns segundos, o silêncio que se seguiu indicou a morte –E conseguiu alguma informação do gravador? –Perguntou enquanto pegava o corpo do roedor e jogava dentro do aquário.

–S-sim... Antes de ser atacado e nocauteado...O dragão púrpura conseguiu farejar um dragão negro e até o perseguiu... Ele escapou, mas logo outro mais velho veio e o atacou, levando-o a cair inconsciente... A batalha afetou o gravador que foi implantado em seu cérebro, contudo temos confirmação da presença dos dragões negros no território dos dragões vermelhos!

–Ótimo! São ótimas notícias! –Disse o outro que tinha sua atenção voltada para o aquário, na base deste havia terra, pedras e velhos troncos, era um habitat ideal para uma cascavel do deserto e está saiu da escuridão de seu esconderijo para devorar o rato morto.

–O conselho insiste em esconder a verdadeira localização dos membros do clã dos dragões negros...

A cobra engole o camundongo , é possível observar o aumento do volume do corpo do réptil aonde se localizaria a sua presa.

–Mas eles não podem permanecer ocultos para sempre... Não de mim, pelo menos... Asley Greenwish... –Lambeu os lábios ao ver a cobra se contorcer, liquido verde começou a escorrer de sua boca, poucos segundos depois o animal tinha morrido.

–Sim, meu lorde... –Concordou o rapaz tentando não sentir pena pelos animais mortos pelo o veneno fatal dos dragões verdes –Quais são as suas ordens?

–No momento...Nada, só iremos observar... Um predador deve esperar o momento certo para atacar a sua presa e se deliciar com o gosto de sua carne...-Lambe os lábios novamente – Iremos esperar...

–Como desejar, lorde Greenwish... –O rapaz fez uma reverência, de relance na escuridão do quarto seus olhos de íris esverdeada também brilharam, começou a se dirigir a porta de entrada.

–Espere, Eric...-Chamou Asley.

–Sim, lorde?

–Encomende uma outra cobra... Uma naja talvez...

–Sim...-Mais uma reverência para depois sair do recinto.

–Esses animais são tão fracos... Mesmo os venenosos... –Sussurrou Asley pegando o corpo da cobra morta – Nenhum veneno é mais forte do que o meu...-Sorriu lambendo o liquido verde que ainda escorria da boca do animal.


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