Escolhida || Livro 2 da Trilo...

By gabsel_

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Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Quarenta e Quatro

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By gabsel_

Abro os olhos.

Não é a primeira vez que acordo. Lembro-me de já ter aberto os olhos uma vez enquanto estava dentro de um helicóptero. Minhas mãos estavam algemadas na cama em que eu estava e Brenda ficava me olhando enquanto cientistas me dopavam novamente.

Não me sinto bem. Me sinto extremamente cansada. Devo estar dopada. Estou deitada em uma cama nada confortável. Tenho a visão do teto e das paredes de pedra. Aqui é frio. Não estou com as roupas que estava antes. Agora visto uma camisa branca e uma calça branca. Nenhuma delas tem algum arranhão ou está suja.

Olho em volta. Não há nada aqui além da cama e das grades que me prendem dentro desse cubículo de pedra.

Tento me levantar. Meu corpo parece estar tão pesado. Não tenho forças para nada. Preciso de muito esforço para erguer a coluna e me sentar.

— Olá, Claire — levo um susto. Brenda se encontra do outro lado das grades. Eu não tinha percebido que ela estava ali.

Não digo nada. Está sendo difícil até para respirar, não quero me esforçar para falar. Não sei o que eles me deram, mas me sinto sem força alguma.

Dois soldados da LPB abrem a cela e entram. Eles me seguram pelos braços e me arrastam para fora da cama. Meus pés batem no chão com força. Tento me livrar das garras dos soldados, mas minha força não me ajuda em nada. Não consigo nem manter meus pés direito no chão. Praticamente, sou arrastada até a parte de fora da cela.

— Te demos um "calmante" para você não tentar nos atacar — fala Brenda. Ela começa a andar pelo corredor de pedra e faz um sinal para os soldados acompanharem.

Passamos por muitas celas. Esse corredor está cheio de celas. Não eram muitas, mas algumas já estavam ocupadas. Meu coração dói quando percebo que nenhum dos meus amigos estão nessas celas.

O que eles fizeram com os outros? Será que Tomás está morto? Será que Niall está morto?

Minha preocupação começa a aumentar e eu tento me soltar dos soldados novamente. Só acabo me machucando com a roupa de um dos soldados. Um pequeno arranhado começa a arder e sangrar no meu braço. Meu processo de cura não se ativa.

Meu coração dispara. Será que eles tiraram a "Outra Claire" de mim? Eu não terei mais olhos vermelhos?

Ou talvez seja apenas o "calmante" que eles me deram. Me sinto tão dopada e fraca.

Quando saímos do corredor de pedra, entramos em um totalmente branco. Então, os outros corredores seguiram do mesmo jeito. Cheguei a pensar se eles estivessem me fazendo passar pelo mesmo corredor umas setecentas vezes.

As pessoas são cientistas que estão com jalecos, alguns parecem ser até mesmo civis e outros são soldados. Provavelmente, deve haver um setor aqui dentro com casas luxuosas onde todos eles vivem como se nada tivesse acontecido. Esse negócio é tão grande que fica debaixo da cidade inteira, não duvido que não tenha casas para cada funcionário.

— Você é tão ingênua, Claire — diz Brenda. — Tão patética. Devo admitir que eu não imaginava que você fosse capaz de fazer uma burrice tão grande ao ponto de se entregar. É por isso que eu falo que o amor é uma fraqueza. Você se sacrificou pelos seus amigos. Se sacrificou por amor.

Quero me soltar dos soldados para dar um soco na sua cara. Se eu não estivesse dopada, eu já teria matado metade desse lugar.

Tenho que me esforçar para conseguir falar.

— O que... o que vocês fizeram... com eles? — falo.

— Não parece tão forte como costuma ser, não é? Um remedinho e você já fica nesse estado. — Ela ri. — Não se preocupe com seus amigos. Eles estão vivos. Você nos deve uma por ter salvo seu amigo Niall. Uma bala quase acertou seu coração. Ele teve sorte. Já não digo o mesmo sobre Tomás. Ele estava cheio de sangue no chão e parecia não estar respirando. Nem perdemos tempo para ver se estava realmente morto. Mas ele teve o que merecia.

Tomás... está morto? Por minha causa?

Meu peito dói. Ao menos Niall está bem. Mas eu não entendo. Por que eles salvaram Niall?

Ah. Eles querem me controlar. O único jeito de me controlar é ameaçando meus amigos. E eles estão com os meus amigos. Se eu os desobedecer... eles irão matar alguém que amo.

— Tem alguém ansioso para te ver — ela fala.

Então, passamos por uma porta metálica que se abre automaticamente. Vamos parar em uma sala enorme. A luz é azul e as paredes brancas refletem a cor. No centro da sala, há um painel, onde há dois soldados e Max me esperando. Quando imaginei que veria Max de novo, pensava que estaria armada e dispararia diversos tiros contra ele. Mas eu estou dopada sendo segurada por dois soldados.

Percebo que há diversos telões e computadores presos em uma das paredes da sala, mas não há nenhuma cadeira ou mesa, há apenas um teclado abaixo de um enorme monitor.

— Espero que tenha sentido tantas saudades quanto eu senti. — Ele fala.

Sou arrastada para o centro da sala e fico bem perto de Max. Se eu não estivesse sendo seguradas nesse exato momento, eu daria um chute em sua barriga, depois uma joelhada em seu rosto e quebraria seu pescoço.

Só de pensar nisso eu já me sinto mais fraca do que já estou.

Percebo que ele está com um aparelho, igual a um tablet, na mão. Mas o aparelho é totalmente transparente e é fino igual a um vidro.

— Aposto que não imaginava que nosso reencontro fosse assim. — Ele mantém os olhos fixados em mim. — Suponho que Tomás tenha contado a vocês o motivo de você ser tão especial para nós. Você tem a cura porque foi um dos bebês que testamos nossas vacinas. Assim como muitos naquele condomínio. Inclusive, Harry.

Meu coração dispara. Harry? Como assim?

Ele se aproxima um pouco de mim.

— Parece surpresa. Você não sabia? — ele continua. — Lembra daqueles papéis que você e Harry encontraram no condomínio? Falando as porcentagens de serem os Escolhidos? Não sei se está lembrada, mas Harry tinha 76% de chances de ser o Escolhido. Todos aqueles que estavam com mais de 50% significava que foram testados quando bebê. Igual a você.

Então Harry também foi testado? Ele também foi um experimento da LPB? É por isso que ele estava tossindo sangue. É por isso que ele estava ficando doente. Mas será que isso pode ser grave?

— Mas aqueles papéis não importam agora. Você é a Escolhida, Claire. E como Harry foi submetido a testes quando criança, não sabemos o futuro dele. Vocês dois são os únicos do teste que ainda estão vivos. Os outros morreram por causa dele. Alguns morreram esse ano, outros ano passado e tiveram alguns que morreram no instante depois de ser injetado a vacina neles, quando bebês. Por isso, não temos muita certeza se Harry irá conseguir sobreviver. Já o testamos e percebemos que a substancia ainda se desenvolve nele. Pode ser que ela nunca se desenvolva completamente ou que... bom... você sabe...

Meu coração aperta. Sinto minhas mãos soarem. Ele não pode estar falando sério.

— Mas Harry é dois anos mais velho que eu... como...

— Ora, fizemos testes com recém-nascidos durante três anos. Haviam pessoas, como James Foster, que estavam em seus 21 anos. — Ela fala. — Mas você, Claire... você é a esperança para salvá-lo. Se nós conseguirmos criar a cura com o seu sangue... poderemos salvá-lo.

Ele está tentando me estimular para conseguir o que quer. Ele quer a cura. E irá utilizar Harry para consegui-la.

Ele tem a vantagem. Todas as vantagens. Está com meus amigos, com minha irmã, com o condômino, Harry está doente e a única coisa que irá salvá-lo será algo que a LPB quer...

É aqui em que eu me vejo perdida. É aqui que a ficha cai. Eu realmente perdi para eles. Eu não consegui. A LPB ganhou.

— Aposto que você quer ver seus amigos — ele começa a clicar em alguns botões no tablet transparente.

Então, todos os monitores ligam e mostram pessoas dentro de celas diferentes. Percebo que são câmeras filmando de cima. Fico sem ar ao ver Niall deitado em uma cama em um quarto que aparenta ser mais de um hospital. Harry está sentado no chão, com as mãos no rosto. Percebo que há uma mancha de sangue em sua roupa. Ele deve ter tossindo sangue e limpado nela. Vejo Demi chorar sentada na cama. Mike se remexe em sua cama. Dylan anda para lá e para cá. Ariana conta os machucados do braço. Louis abraça os joelhos e fica sentado no canto da cela.

Todos estão com hematomas e machucados.

— Solte-os! — digo. Não tenho dificuldade para falar dessa vez. Talvez minha força esteja restaurando.

— Oh, Claire... eu sinto muito... mas se eu os soltar, como eu irei te controlar? — ele diz.

Sinto um ódio dele. Minha vontade é de pular em seu pescoço.

— Chega de papo. — Ele aperta um botão no tablet e os monitores desligam. Percebo que tira algo co bolso. Parece uma agulha. — Me dê seu dedo.

Antes que eu possa fazer qualquer coisa, um soldado ergue minha mão para Max e ele espeta a agulha em meu dedo.

Deixo uma simples gota de sangue cair do meu dedo para o painel. Vejo a gota se transformar em uma mini poça vermelha.

Então, os monitores na nossa frente se enche de letras maiúsculas que para mim não fazem sentido nenhum. AAGUTCGTCGGA...

Diversas letras vão aparecendo. Parece não ter fim.

— O que é isso? — pergunto.

— Sua sequência genética — fala Brenda. — Com isso, podemos conseguir as suas informações genéticas e reproduzir seu gene sinteticamente.

Fico olhando para as letras.

— Cada letra representa uma substância — explica Max. — Com a sequência das substâncias corretas, nós podemos acrescenta-las ao que falta e produzir a cura.

— Esse é o primeiro passo para conseguirmos finalizar o Projeto Escolhida. — Fala Brenda.

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