Minha Vida Virou Um Diário

By Ingrid_Roriz

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Bianca é uma adolescente de quatorze anos que mora no interior da cidade de New York. Ela enfrenta vários pro... More

Prólogo
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By Ingrid_Roriz

8 de fevereiro, segunda

Acordo de manhã com beijos no rosto. Pink (minha cachorra) depositava-os com alegria.
Ri, por acordar de uma forma feliz, de começar o meu dia de um jeito alegre. O que parecia impossível desses tempos para cá. Ainda tenho vários pesadelos toda noite, porém, o grau deles mudou. Ficou pior. Na maioria deles, eu sofro até a morte e sempre acordo assustada, depois de ver aquele sorriso sádico de Albert.
Me levanto e vou para o banheiro e me preparo para meu primeiro dia de aula. Pink me acordou um pouco antes do alarme e vou até minha escrivaninha para-lo de apitar.
Procuro no guarda-roupa inteiro alguma coisa que não seja vestido, mas, me decepciono, quando lembro que Albert jogou todas minhas roupas fora.


*Flashback on*

"...Puro lixo? Como assim?" - disse revoltada com aquilo que ele acabara de dizer. Amava minhas roupas e o que elas representavam e não deixaria que ele as jogasse fora, sem antes fazer o possível para tê-las de volta.

"Sim. Você considera isso roupa? - disse mostrando meu short jeans e minha blusa xadrez vermelha e preta. Eu afirmei com a cabeça.

"É melhor do que qualquer roupa que possa me dar. Tem história nisso tudo! - disse com um puxão na minha blusa xadrez, mas parei percebendo que ele não recuaria e eu poderia com a " ajuda" dele, rasgar minha blusa favorita.

"Com as roupas que receberá, não precisará dessas. Você ainda irá me agradecer". - disse em tom de arrogância e aquilo me deixou nervosa, mas o que eu poderia fazer?


*Flashback off*


Como sinto ódio dele por tirar mais alguma coisa de mim. Essas roupas me lembravam minha mãe, minha antiga casa e principalmente Mony (quando a roupa não servia mais nela, era passado para mim).
Que bom que sobrou ao menos a que eu estava no corpo na hora em que ele surtou. Aquela roupa, era uma bermuda preta surrada, uma blusa vermelha com renda nas mangas e um tênis branco sem marca, mas confortável e pra mim só isso bastava. Pensando entre esse lok e um vestido, sou bem mais esse lok. Contudo, sei que em algum momento vou ter que usar um vestido, o que me deixa com um sentimento desagradável no ar. Ir de vestido pra escola, é a mesma coisa que ir com vários refletores em si mesma. Muitas meninas ficariam com inveja e seria mal falada na escola toda e sem falar que vários garotos iriam ficar me chamando de "bonitinha", " Lindinha" o que eu ODEIO! Nada pior do que ter um diminutivo na palavra, será que eles não se tocam?
Mas por enquanto, estou salva.
Olho no relógio e reparo que ainda são 6:00. Tomo um banho de ducha, coloco a roupa e passo o pente nos meus cabelos pretos. Desço para tomar café e no meio da escada a empregada me para e entrega uma carta e reparo que o endereço é da minha velha casa. Mony aparece em minha cabeça no mesmo instante, mas controlo minha ansiedade de ler a carta, por saber que poderia me atrasar, já que a escola é meia hora longe desta mansão e nunca que vou me rebaixar e ir de limousine. Ele não vai me obrigar.
Volto ao quarto por lembrar que esqueci minha mochila lá. Que inteligência! Iria pra escola sem nada, que vontade de estudar eu estou. Talvez fosse o nervosismo. Não sabia o que esperar.
Todo o material que comprei no sábado estava em minha bolsa. Naquele dia comprei tudo o que precisava e um pouco mais. Depois de tudo o que estava fazendo e passando naquela casa, nada mais certo que receber minha recompensa de alguma forma.

Quando finalmente cheguei na cozinha, todos estavam lá menos Jason, mas não me surpreendo, ele não tem aparecido ultimamente.
Minha vó olha para mim apreensiva quando sento á mesa e Albert abre um sorriso. Como odeio aquele sorriso!
Alguma coisa estava estranha e sabia que não poderia ser coisa boa, por Albert estar tão feliz.

"Querida, tenho que te contar algo. - minha vó diz em um tom calmo, mas triste - não fique brava, não julgue, tente entender...

" Vó, seja o que for me diga logo."

"É com respeito ao Jason - gelei. Não, não, não, meu irmão não! Não posso aguentar perder ele também.

" Foi você não foi!? - gritei levantando da cadeira e olhando ferozmente para Albert continuei - Se algo tiver acontecido á ele, eu mesma te mato!"

"Calma! Ele não fez nada, não desta vez. - minha vó diz olhando para Albert, tão calma que se não tivesse visto, acharia que minha mãe não havia sido morta pelas maos dele.

"Então, o que de tão ruim aconteceu com Jason? - perguntei com medo de sua resposta.

"Não é exatamente o que aconteceu com ele e sim o que ele fez. - ela diz com um semblante de desapontamento e depois de me pedir para sentar com os olhos, continuou - ele saiu de casa na madrugada de hoje, por escolha própria. Mas deixou um bilhete para você. - disse e me entregou uma folha de caderno dobrada ao meio.
Sério que isso estava acontecendo?

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