JOGO DE SEDUÇÃO - LIVRO 1

By Jaqueline_Carvalho69

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● TRILOGIA JOGO - LIVRO 1 ● Ela era uma jovem que tinha tudo, sonhava em ser modelo, mas perdeu seu maior bem... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
ANDRÉ LOPES - BÔNUS
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
BIANCA ANDRADE - BÔNUS
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35 - I
CAPÍTULO 35 - II
CAPÍTULO 35 - III
CAPÍTULO 36 - CASAMENTO I
CAPÍTULO 36 - CASAMENTO II

CAPÍTULO 1

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By Jaqueline_Carvalho69

LORENA MARTINS

Acordei com o corpo tão cansando, credo! Vida de modelo não é fácil, ilusão de quem pensa assim. Vai achando que tudo são flores, ainda bem que hoje posso chegar mais tarde no estúdio. Vou para o banheiro e faço toda higiene necessária, tomo um banho para relaxar meus pensamentos e meu corpo, sinto que hoje vai ser um dia tenso.

Termino meu banho e visto apenas meu roupão e uma calcinha fio dental, desço os degraus quase parando e vou para cozinha tentar comer algo, apesar de ser modelo, consigo comer de tudo, a Enny pergunta como consigo comer tanto sem engordar nadinha,"acho que é de ruim mesmo".

Ela é uma amiga incrível, nos conhecemos na faculdade, hoje tornou-se uma biologa e pesquisadora de grande sucesso. Raramente nos vemos, devido a falta de tempo entre ambas. Mas eu amo aquela mulher, sempre foi minha parceira. Era cada loucura que a gente fazia, saudades.

Meus pensamentos são interrompidos com meu celular tocando. Às vezes tenho vontade de arremessa-lo na parede. Demoro alguns segundos para atender quando percebo que era do estúdio. Meu momento perfeito já era, certeza.

— Alô? - perguntei revirando os olhos.

— Lorena, preciso que chegue mas cedo aqui. Chegou uma nova coleção de vestidos, lindos, perfeitos e você tem que provar todos para fazer as fotos para uma nova revista.

— Ok. - desligo a ligação e jogo meu celular no sofá.

Olho para o relógio que marca nove e meia da manhã, planejei tanta coisa até dá o horário de ir para o estúdio, e agora eu preciso praticamente voar pra lá. Droga. Vou me arrumar porque o trabalho me chama e não nasci em berço de ouro.

Corro para meu quarto já pensando no que irei vestir. Optei por um vestido preto justo na altura dos meus joelhos, já que lá vou ter que tirar tudo mesmo, soltei meu cabelo que caiu em ondas volumosas até minha cintura e é nessas horas que agradeço a genética capilar da minha mãe, calcei meus saltos, fiz uma make simples, com batom vermelho é claro e coloquei um pouco de meu perfume "sedução". Sim, meu!

Uma marca lançou uma fragrância  exclusiva para mim, na verdade o dono tinha interesses pessoais, mas eu não nasci pra ser segunda opção de ninguém, recusei o trabalho, mas ele insistiu em me presentear com o lançamento como forma de desculpas, aceitei porque sabia que muitas portas se abririam para meu trabalho depois daquele dia. Foi um trabalho lindo em Paris, uma noite incrível. Saudades de lá. Por um dia, eu me senti uma estrela.

Pego minhas chaves, bolsa preta, óculos escuro e sigo para o estúdio.

O dia estava lindo com um sol radiante, céu limpinho sem previsão de chuva até agora e um vento bem refrescante passava pelas janelas do carro, mas o trânsito está terrível como sempre. Ligo o som do carro e seleciono a música oito da minha playlist (Ellie Goulding - Burn) uma das minhas preferidas, me envolvo nas batidas e nem percebo quando o semáforo fica verde, acelero bem no refrão. A leveza me domando, a sensualidade das batidas mexendo com o meu subconsciente. Acho que preciso gozar, urgentemente!

— Puta merda. Minha nossa senhora das passarelas. O que eu fiz? – falo para mim mesma quando me dou conta da situação.

Acho que não deveria ter acelerado tanto assim, mas o sinal estava verde. Será que se machucou? Meu Deus! Claro que está machucado sua maluca sem noção. Você atropelou uma pessoa.

— Você está bem? Se machucou? - pergunto ao homem que está no chão. Minhas mãos tremiam pensando no pior.

— Acho que cheguei no paraíso. - diz o idiota com a voz fraca. Aí meu santinho, esse homem vai morrer e a culpa será minha.

— Oi, consegue me ouvir? - pergunto aflita. Ele abre um sorriso pondo as mãos atrás da cabeça aparentando estar com dor.

As pessoas que passavam pela rua estavam olhando com espanto, algumas até se aproximaram para ajudar, outras estavam filmando tudo.

— Consigo ouvir muito bem, tem uma voz doce por sinal. E um olhar, encantador. E também consigo ver a sua calcinha, pequena demais.

Eu não acredito que ele está jogando charme enquanto eu estou a beira de um ataque de pânico. E ainda fala da minha calcinha na maior cara de pau. Safado!

— Seu idiota! Pelo que vejo está bem, muito bem, não é mesmo? - sigo em direção ao carro enrraivada, sentindo o sangue esquentar por dentro. Ele apenas rir sem dar importância. Que vontade de chutar as bolas dele.

— Você vai me deixar aqui no chão? Ao menos me ajude a levantar. - diz. Olho friamente estendendo-lhe a mão direita que é segurada com firmeza fazendo um pequeno choque percorrer minhas entranhas.

— Quebrou algum osso? Sério mesmo, você tá bem? - pergunto o olhando de baixo a cima. Avaliando. De fato ele é muito bonito. Se concentra mulher.

— Calma, não quebrei nada por pouco, mas você quase me matou. Ainda bem que treinei artes marciais quando era adolescente. - diz limpando as mãos.

— Já que você está bem eu preciso ir. Odeio perder tempo com coisas inúteis. - entro em meu carro e fico observando o idiota parado bem na minha frente.

— Do que me chamou? - ele agora tem uma expressão séria no rosto másculo e viril. Sua barba é linda!

— Você pode sair da minha frente? Ou vai se jogar de novo? - pergunto sem muita paciência.

—Não posso e não vou. Passe por cima se desejar. - ele diz com calma recolhendo seus pertences do chão. Esse homem ficou louco. Certeza.

As pessoas na rua olham e algumas param pra assistir o espetáculo.

— Escute bem, querido. Eu não quero complicar as coisas aqui, mas se esse for o único jeito adianto desde já os meus pêsames. - falo sem nenhum pingo de paciência.

Já mencionei que sou bem estressada? Eu tento não ser, mas está difícil no momento.

— Tão linda e fria, como pode? Você é mandona, sabia? - diz enquanto pega a mochila do chão. Ele me encara sério.

— Se não sair da frente, te atropelo sem pena, e desta vez será de propósito. Faço questão de pagar o caixão antes de ser presa. - saiu da frente ainda me xingando de tudo que é nome feio. Sigo para o estúdio.

Quase congelei quando vi aquele homem no chão, desde o acidente que matou os meus pais há alguns anos eu fiquei com um trauma maluco. Faz poucos meses que voltei a dirigir, bati numa árvore e entrei em pânico novamente e agora isso.

O meu coração batia descompensado no peito, o ar fugia dos meus pulmões. Eu estava prestes a entrar em pânico total, mas algo me manteve firme. Uma força além de mim não me deixava entrar naquele buraco negro que fui jogada anos atrás.

Não, eu não vou voltar pro escuro. Eu não vou me fechar novamente. Respirei aliviada, quando finalmente o tremor passou por completo.

Essa música sem dúvidas é de tirar o juízo. Culpa da música, tenho certeza.

[...]

Chego no estúdio e me surpreendendo com os novos looks, são lindos, certamente são os novos lançamentos da loja Danna Style, amo essa equipe.

Minhas mãos ainda tremem, mas não como antes. Só de pensar naquele homem deitado no chão o coração acelera feito carro de corrida. Sem falar na raiva que senti quando vi que foi tudo brincadeira dele. Que raiva eu estou sentindo daquele homem bonito. Devia mesmo ter atropelado ele.

— Lorena estava quase te ligando, que demora foi essa? - ouço a voz da diretora chefe do estúdio me chamar. Me sinto intrigada com algo. Mas não sei o que é.

— Aconteceu um pequeno imprevisto, nada de grande importância. - tentei disfarçar o nervosismo que teimava em crescer.

— Vamos começar. O primeiro look é esse aqui, é uma nova proposta para arrasar esse mês. O que achou? - sua voz estava firme, porém, eu estava distante.

— É lindo. - falei tentando retornar ao mundo.

— Vista-se. Irei avaliar e ver se precisa de algum ajuste . - diz me empurrando para o vestuário. Apesar de tanta seriedade da parte dela, somos bem companheiras uma com a outra.

— Calma Bethy, tenho que te falar uma coisa antes. Acho que vou explodir com isso na cabeça. - falei nervosa. Ele olhou-me atenta.

— O quê? Diga de uma vez criatura. - pergunta enquanto avalia os meus olhos. Perdidos. Medrosos.

— Quase, aliás... atropelei um homem enquanto estava a caminho do estúdio, fiquei a beira da loucura de novo. - ela sentou para não cair. Tapou a boca com as mãos. Incrédula.

— Está doida Lena? Meus Deus! - gritou demonstrando aflição.

— Calminha, ele está ótimo e não sofreu nenhum arranhão grave. Mas fiquei péssima, lembrei dos me pais. - senti um grande alívio por falar isso misturado com dor. Agonia.

— Tenha mas cuidado no trânsito querida. Não fique pensando nisso agora, só vai te fazer mal. Agora vá se trocar porque eu quero ver como ficará esse vestido nessas lindas curvas. - ela sabe o quanto sofro quando falo de meus pais. Sempre me deu ombro amigo nas horas precisas.

— Tudo bem. - entrei no vestuário, tirei o meu vestido ficando apenas de calcinha e sutiã. Uma brisa fria me pegou de jeito e arrepiei.

O vestido é longo e tem um decote generoso nas costas, é lindo sem dúvidas, e essa cor azul marinho é mais linda ainda, ele tem uma enorme fenda no lado Direito deixando-o mais sensual.

— Já vestiu? - pergunta Bethy.

— Sim. - respondi já fora do local anterior, todos estão me olhando com cara de bobos.

— Ficou perfeito. - disse Bethy me avaliando dos meus pés descalços até o último fio de meu cabelo.

— Mais que perfeito, ficou deslumbrante. Como sempre. - disse um homem, eu conheço essa voz. Queria um buraco naquele momento, mas não tinha.

— Obrigada. - Respondi ironicamente me virando para tirar minhas dúvidas em relação a voz, o ar fugiu de meus pulmões. A raiva cresceu.

— Como sempre, linda. - ele está encostado na porta com os braços cruzados na altura do peitoral. Pose de macho alfa. Desgraçado.

— Bruno Mendes. Aqui? - Cadê minhas pernas quando preciso? Tudo está dormente.

— O único. Tudo bem Lorena? - cretino e ainda tem coragem de perguntar, que raiva.

— Estou ótima, não está vendo? - respondi tentando não mostrar nenhuma reação com sua terrível presença.

— Percebi, estou voltando para a empresa, queria te ver. - diz aproximando-se de mim. Desta vez não moço.

— Fique paradinho bem aí. Não sou mas aquela idiota com quem você brincou e jogou fora. Suma da minha frente. - falei séria e ele recuou seus passos.

— Não brinquei com você, muito menos joguei fora. - tentou se defender. Odeio esse tipo de gente.

— Não mesmo Bruno? Será que preciso refrescar a sua memória? - passei por ele deixando todo meu atrevimento na pergunta. Eu odeio ele.

— Lorena? - Bethy me chama.

— Não estou em um bom momento para fotografias hoje Bethy, preciso ir.

— Por que? - sua pergunta foi interrompida quando viu Bruno sair da sala com as mãos na cabeça. Que arranque todos os fios da cabeça, seu desgraçado de uma figa.

— Entendeu agora? - respondi olhando para baixo.

— Se quer ir embora tudo bem, a equipe e eu vamos analisar os looks da loja e depois entramos em contato com você. Não se deixe abalar por coisas fúteis querida. Tire o vestido e coloque na arara - abraçou-me e sorriu em seguida.

— Amanhã estarei bem melhor, eu garanto. - disse lhe abraçando novamente.

— Até amanhã então, cuidado para não atropelar ninguém desta vez, por favor. - diz em meu ouvido.

— Desta vez eu não atropelo, eu mato. - e de preferência ele.

Saí do estúdio puta da vida, não acredito que ele voltou pra me atormentar novamente, já não basta tudo o que me fez há três anos atrás? Será que achou pouco... Mais desta vez não senhor Mendes, eu garanto.

Não sou aquela menina boba que roubou, com quem você fez tudo o que queria e deixou de lado quando se cansou. Eu mudei. O tempo e a vida me ensinaram coisas que sempre duvidei que seria capaz de fazer. Mas eu fiz. E fiz bem feito.

[...]

Chego em casa e tudo o que mais quero é um banho e minha cama, e assim fiz, depois de relaxar um pouco, deitei na cama. Perdida. Meus pensamentos passam a se tornar um filme de terror, não resisti e dormir.

Já estava noite quando acordei com meu celular berrando, não quis atender com receio de que possa ser aquele filho da puta do Bruno porque aquilo consegue tudo o que quer do jeito mais errado possível, e para minha sorte não é mesmo, fiquei alegre por saber que é a Enny. Minha melhor amiga.

— Amiga. - gritou quando atendi, apesar de ser adulta ela não bate bem da cabeça.

— Que saudades, quero te ver. - disse com vontade de chorar, faz tempo que não nos vemos.

— Então se prepara, chegarei em sua casa em dois dias. - pulei de alegria. Era tudo o que precisava.

— Sério amiga? Que ótimo.

— Sim, estou de férias e quero passar ao seu lado. Relembrar os velhos tempos, sair, paquerar e dançar.

— Vou logo avisando, nada de ficar em hotel, você vai ficar aqui comigo. Entendeu?

— Eu sei disso sua mandona.

— Estarei a sua espera, em dois dias, beijos amiga.

— Ok, beijinhos. - desligei a ligação com meu coração cheio de saudades, Enny chagará em um bom momento. Balada nos aguarde!

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

OI AMORES
B

eijos, Jaqueline Carvalho.
Primeira postagem 13/11/2015

                    IMPORTANTE!

Este livro é um trabalho autoral. Eu não não autorizo nenhuma forma de adaptação.

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