Somente Nós

By Nath66

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Dylan Russell é o típico homem Nova Iorquino. Rico. Lindo de morrer. Desejado por todas e Cafajeste. Quand... More

A proposta
Apresentações
Festa de Boas Vindas
Pequena Vingança
A Conversa
Passeio ao parque
Emoção antes do Jantar
Conquistando aos poucos
Sinta-se ignorado
Basta!
Dúvidas
Noites chuvosas. Lembranças tortuosas
Aos olhos dele
Festa de Casamento
Cansado de resistir
Fim de semana juntos - Part 1
Versão Dylan - Festa de Casamento
Fim de semana juntos - Part 2
Explicação
Você é o meu recomeço
Insegurança e Ciúmes Part 1
Insegurança e Ciúmes Part 2
Nomeando o que sinto por você
Continuação do Livro
Despedaçando-me
Epílogo
TERÁ SEGUNDO LIVRO

Baile

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By Nath66


Hoje é o dia da festa. Mentiria se dissesse que não estou nervosa.

Nunca fui a uma festa de arrecadação ou qualquer baile da alta sociedade.

Minha tarde estava tranquila. E dava graças a deus por minha dor de cabeça ter passado.

Estou sentada no jardim olhando Pierre brincar com seus lego. Dylan e Declan haviam saído e não sabia para onde foram e também não me interessa.

Meu celular toca e vejo o nome de Holly.

Me xingo mentalmente por não ter ligado para minhas amigas antes.

- Oi. - Atendo já esperando seus xingamentos que vem logo em seguida.

- Amber Foster por acaso na onde você está não tem torre telefônica?

- Eu sei. Me desculpe.

- Espera. Samantha está aqui.

- Conte para nós sobre tudo. - Sam grita e sei que está no viva voz.

- Dylan é um idiota e a família dele é legal. - Digo apenas isso.

- Ah, por favor. Conte os detalhes. Vocês estão se pegando ou o que?

- Por que diz isso?

- Por que ele é um gostoso e se fosse eu já estaria em cima dele. - Reviro os olhos e solto um risinho.

- Você deveria falar menos e pensar mais.

- Não liga para ela Amber. Como você esta? - Holly pergunta de forma carinhosa.

Sempre preocupada comigo.

- Estou bem. E por ai?

- Tudo ok.
Dylan aparece e acena a cabeça me chamando.

- Tenho que desligar. Sinto saudades.

- Nós também. - Desligo e deixo Pierre quietinho brincando e entro.

Ele me entrega um bilhete.

- Seu ingresso. - Seu rosto está impassível. Não demostrando nenhuma emoção.

- Tudo bem?

- Sim. - Ele sai sem me dar uma segunda olhada e estranho seu comportamento.

O senhor idiota estava atuando novamente?

Subo para guardar o ingresso e vejo uma caixa branca em cima da cama. Caminho até ela e abro a tampa.

Um vestido estava dobrado. O pego e fico deslumbrada com o que vejo.

Ele é da cor vinho e longo. Tem uma cintura apertada e quando desce para as pernas possui uma cauda discreta. Do lado da caixa tem outra menor e abro também. Tiro um sapato de salto alto preto.

Coloco tudo no devido lugar e desço as escadas. Procuro Dylan, mas não o encontro.

- Você está ai. - Charlote me vê e caminha até mim. - Ele comprou seu vestido?

- Sim. É lindo.

- Queria ter visto. - Diz fazendo biquinho.

- Você não o ajudou? - Pensei que ela o ajudaria a escolher.

- Ele não deixou.

- Afinal cadê seu irmão? O vi agora pouco, mas não o encontro.

- Ele saiu de carro há alguns segundos. - Balanço a cabeça e subo novamente.

Decido me deitar um pouco e tento descansar já que noite passada mal dormi.

Anoto na agenda do celular para me lembrar de passar no oftalmologista quando chegar em casa. Minhas dores de cabeça devem ser por causa da minha visão. Nada muito preocupante.

Coloco um alarme para despertar daqui algumas horas.

Fecho os olhos e são questão de segundos para entrar no mundo dos sonhos.

Acordo e vejo que já escureceu. Desligo o alarme e me levanto. Vejo a hora e começo a me arrumar.

Tomo um banho demorado. Já que estava sozinha desenrolo a toalha e fico apenas com lingerie.

Vou para frente do espelho e pego minha maquiagem. A porta se abre e Dylan entra.

Ele para ao me ver em frente ao espelho e fico petrificada no lugar também.

Ele abre um grande sorriso e passa a língua nos lábios.

- Gosto do que vejo. - Sua voz sai rouca e seus olhos posam em meus seios.

-Hey. - Estralo os dedos e sua atenção volta para meu rosto. - Você não vai se arrumar?

- Sim. - Ele passa por mim. Para na porta do banheiro e diz. - Poderia arrancar esse pedaço de pano com meus dentes.

Suas palavras me fazem arrepiar e fico por alguns segundo olhando para a porta fechada.

Volto a fazer minha maquiagem. Termino e faço meu penteado. Opto por fazer um coque elegante com alguns fios soltos.

Dylan entra e está apenas de cueca boxer.

Encaro seu corpo seminu e admiro cada pedacinho seu.

Agora é a sua vez de estalar os dedos. Olho rapidamente para seu rosto e ruborizo.

Ele ri e vai se vestir.

Volto minha atenção para meu penteado, mas meus pensamentos são direcionados a seu corpo.

Termino de arrumar e pego o vestido. O coloco e tento fechar o zíper da lateral.

- Deixe. - Dylan para ao meu lado e me ajuda a subir o zíper. Seus olhos estão nos meus e o azul das suas íris me atraem.

Fico paralisada e prendo a respiração. Estávamos próximos e podia sentir o seu perfume maravilhoso.

Olho para sua boca e bate uma enorme vontade de beija-lo. Penso que ele vai se aproximar, mas ele se afasta.

- Você está linda. - Gesticula para meu corpo indiferente.

Fico um pouco sem jeito e calço meus saltos.

- Obrigado. Já você está parecendo um pinguim. - O provoco.

- Um pinguim gato. - Arruma a gravata borboleta e abre um sorriso enorme.

Reviro os olhos e pego minha bolsa de mão.

- Vamos?

- Sim.

Oferece o braço e descemos juntos.

Na porta estava parada uma limusine. O motorista abre a porta e o agradeço. Entro e não vejo ninguém. Dylan entra em seguida ao meu lado.

O carro começa a andar e de repente me sinto desconfortável. Estar aqui com ele me fez lembrar no dia que me levou para casa. Sua indiferença e frieza me incomodava.

E pelo o jeito ele estava ligando nesse modo hoje. Solto algumas respirações profundas sabendo que a noite seria longa.

O trajeto foi silencioso. Olhava para Dylan de vez em quando, mas ele estava impassível olhando para a janela.

O carro para e posso ouvir o barulho lá fora e ver os flashs também.

A porta se abre e Dylan pega na minha mão. Saímos para fora e varias luzes começam a piscar e incomodar minha vista.

- Dylan ela é sua namorada?

- Verdade que estão noivos?

- Desistiu completamente da vida regada a festa e mulheres?

Somos escoltados por seguranças e a gritaria do lado de fora vai diminuindo.

- Parecem gostar de você. - Digo quando já entramos no grande salão.

- São uns abutres.

Sou puxada para frente e fico impressionada com a decoração e a elegância do salão.

Ele nos guia para uma mesa e vejo todos sentados. Meu corpo fica instantemente tenso quando vejo Ashley ao lado de Mark. Ela está conversando com uma loira muito bonita.

- Chegamos. - Dylan anuncia e na sua voz não possui nenhum traço de emoção.

Ashley e a mulher ao seu lado me olham e sinto minha espinha arrepiar com o ódio que emanavam de seus olhos verdes.

Sento-me e sorrio.

- Você está linda Amber. - Declan me elogia e agradeço.

- Toma cuidado Dylan se não irei roubar sua namorada para mim. - Evan brinca.

- Missão impossível. - Eles sorriem. Mas a tensão na mesa é visível.

Charlote não estava com uma cara boa e nem Lídia. Juan e Mark estão com cara de paisagem. O único que parecia estar confortável é Evan e Declan.

- Não vai apresentar sua amiga Dylan? - A loira fala "Amiga" em tom de deboche e já não gostei dela.

- Namorada. - Ele a corrige. - Amber essa é Amélia. Amélia essa é Amber.

Puta que pariu. A ex de Dylan.

Ela me analisa por alguns segundos e dá um sorriso falso.

- Prazer. Fico feliz de ver Dylan namorando. - Está escrito na sua testa que suas palavras são falsas.

Apenas balanço a cabeça não a respondendo.

Declan começa a puxar assunto e ele e Dylan começam a conversar.

- Eu sei. Uma falsa não é. - Charlote sussurra no meu ouvido e sorrio.

Amélia tentou puxar assunto uma vez com Dylan, mas ele a tratou com indiferença. Fiquei feliz que ele não sentia mais nada por ela. Dava para ver em seu olhar que a depreza. Mas o idiota também estava me ignorando e sua família estava percebendo.

- Vocês brigaram? - Lídia pergunta quando ficamos somente eu ela e Charlote na mesa.

- Nada que não resolveremos. - Sorrio a tranquilizando.

- Tenha paciência com ele querida. - Pega na minha mão e me olha carinhosamente. - Vocês são lindos juntos e te quero ver muitas vezes mais.

Sinto-me mal por estar mentindo. Sabia que não a veria mais depois de seu aniversario de casamento.

O que era uma pena. Por que Lídia podia ser casada com um dos homens mais ricos do mundo, mas possuía uma humildade enorme e um bom coração.

Dylan aparece e me pede uma dança. Levanto-me e pego sua mão estendida.

Ele nos guia até a pista de dança na onde varias pessoas estavam dançando elegantemente.

- Se divertindo? - Pergunta em meu ouvido.

- Não.

- Bom. - Sua voz é firme e isso meio que me assusta.

Ele estava agindo diferente. Em nenhum momento desde que chegamos o vi sorrir. E toda vez que sorria era sombrio e frio.

Ele aperta minha cintura e nos roda. Seus braços são firmes e sua postura reta. Ele mantem seu olhar para frente e olho na mesma direção.

Uma ruiva muito bonita o está encarando e pelo os seus olhos dá para ver que ela o deseja. Dylan não disfarça seu olhar e sei o que está pensando.

- Você não vai fazer isso não é? - Pergunto incrédula.

Ele continua nos movendo e dá de ombros.

- Não transo á alguns dias.

- Você vai me trair aqui? - Não dava para acreditar nisso.

Ele solta uma risada sem humor e cola seus lábios na minha orelha.

- Sim. E você não é minha namorada de verdade. - Ele para e me deixa na pista de dança sozinha.

Fico indignada com sua atitude. Sinto raiva de vê-lo indo caminhar até o bar.

Meus olhos lacrimejam e vou para o banheiro me recompor.

Por que estava assim? Ele estava certo. Não éramos namorados de verdade. Mas droga. Só por que não era real não quer dizer que não aja respeito.

Pego meu batom na bolsa e o retoco. Quando termino a imagem de Amélia aparece atrás de mim. Levo um susto e coloco a mão no coração.

- Cacete.

- Vou deixar bem claro e quero que você preste atenção. - Ela cola seu corpo em mim e sinto seus seios enormes pressionarem em minhas costas. - Fica longe do Dylan. Ele é meu. Fui burra por ter o magoado no passado e mais burra ainda por ter sido pega. Mas vou tê-lo de novo e não é uma caipira como você que vai me impedir.

Ela toca em um fio do meu cabelo e o solta como se a queimasse. Me olha com nojo e continua.

- Você não pertence a nosso mundo garota. Você é apenas um lixo. Uma pessoa insignificante que é brinquedinho na mão daqueles que possuem o poder. Você não é nada.

Deixo uma lagrima escapar e a enxugo. Amélia repara e sorri vitoriosa.

- Saiba seu lugar, imunda. - Sai porta a fora rebolando e fico parada.

Nunca na minha vida inteira me senti humilhada e sem chão. Suas palavras foram como facas perfurando meu coração.

Sentia-me insignificante e pequena.

Charlote entra um pouco alarmada e para quando me vê.

- Amber o que foi? - Apenas balanço a cabeça.

- Não é nada. - Tento parar o fluxo de lagrimas, mas não consigo. Sentia-me suja e humilhada.

Charlote me abraça e sussurra.

- O que Amélia disse?

Saio de seus braços e enxugo as lagrimas.

- Não quero falar disso. - Sentia vergonha de pronunciar o que ela me falou. Por que sabia que era tudo verdade.

Meu lugar não é aqui. Sou apenas uma pessoa insignificante que não pertencia a esse mundo.

- Vou te arrumar. - Ela pega sua bolsa e tira pó e batom. Lavo meu rosto e ela começa a retocar minha maquiagem borrada.

Quando termina meu rosto fica um pouco melhor, mas ainda dava para perceber que chorei.

- Vamos? - Estende a mão para mim e a pego.

Saímos do banheiro e minha vontade era de sumir e enfiar a cabeça em um buraco e nunca mais sair.

Voltamos para a mesa que estava vazia. Sento-me e pego uma taça de champanhe. Tomo tudo de uma vez.

Vejo Dylan ainda conversando com a ruiva e me levanto.

- Na onde vai? - Char me pergunta.

Mas não a respondo. Caminho ate na onde ele está. Paro ao seu lado e sussurro contra seu ouvido.

- Por favor, me leve embora.

- O que? - Pergunta com a testa franzida.

- Você ouviu. - Cruzo os braços e o espero falar alguma coisa. A ruiva ao nosso lado fica meio sem graça e sai.

- Você andou chorando? - Seus olhos me analisam e desvio o olhar. Ele pega em meu queixo e me fita. - Por que estava chorando?

- Só me leve daqui, por favor. - Imploro e ele assente. Pega minha mão e sem despedir de ninguém nos leva para os fundos. A limusine já estava esperando quando chegamos. Entro com tudo e me encolho.

As lagrimas saiam sem permissão. Sentia-me tão pequena e as palavras de Amélia não paravam de rodear minha mente.

Dylan entra e fica estático quando me vê chorado.

- O que aconteceu? - Seu tom indiferente ainda está presente e isso me faz me sentir menor.

Não o respondo. Ele suspira e pega na minha mão. Seu olhar se suaviza.

- Me desculpe. - Pede baixinho. Entrelaça seus dedos no meu.

- Pelo o que? - Minha voz sai rouca.

Ele se aproxima e diz olhando em meus olhos.

- Foi Amélia não foi?
Apenas balanço a cabeça e o abraço. Ele fica sem reação por alguns segundos, mas logo seus braços me rodeiam.

- Perdoe-me por isso.

Fico nos seus braços até chegarmos à mansão. Saímos do carro e Dylan pega minha mão novamente.

Nos leva para o quarto e tranca a porta.

Minhas lagrimas tinha cessado. Fico parada no meio do quarto sem saber o que fazer exatamente.

Ele se aproxima e abre meu zíper. O vestido cai aos meus pés e sinto um tremor passar em meu corpo. Ele pega minha mão e me guia até a cama. Fico apenas de calcinha e sutiã.

Sento-me e ele tira meus sapatos com cuidado. Não falo nada ou me mexo. Apenas o observo.

Dylan vai para o banheiro e volta com o removedor de maquiagem e algodão. Deixa-os ao meu lado e desprende meu cabelo. Meus cachos caem em meus ombros e ele dá um sorriso de canto.

Abaixa-se a minha frente e começa a limpar meu rosto com o produto. Ele passa gentilmente em minha bochecha e fecho os olhos aproveitando a sensação de tê-lo me tocando desse jeito terno. Abro os olhos quando paro de sentir suas mãos em meu rosto. Sorrio ao ver me encarando.

- Prefiro vê-la sem maquiagem. - Beija a ponta do meu nariz e se levanta. Ainda fico sentada na cama imóvel e o observo tirar a roupa. Fica apenas de cueca boxer azul celeste e me delicio com a visão. Ele se senta ao meu lado e coloca uma mecha do meu cabelo para trás.

- Confia em mim?

Apenas balanço a cabeça concordando. Então ele me abraça e nos deita.

.Minha cabeça fica encostada em seu peito e seus braços me rodeiam.

Ele beija minha testa e sussurra.

- Falei sério quando disse que adorava seu sorriso. - Levanto minha cabeça e o olho. Antes mesmo de pensar direito o beijo.

___________________________

Olá minhas lindas... O capítulo saiu e espero que gostem. Comentem o que achou da Amélia e das ações do Dylan. Tenham uma boa tarde e prometo que até segunda sai o outro capítulo, veremos o que esses dois irão fazer rs. Beijos doce!

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