Escolhida || Livro 2 da Trilo...

By gabsel_

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Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Trinta e Seis

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By gabsel_

Niall estava com um grupo junto com Ariana. É bom saber que todos os meus amigos estão bens, por mais que Niall tenha levado um tiro em seu ombro. Não é grave e alguns Buscadores o levaram para um local onde os Curadores estão ajudando os feridos.

Alguns tiros ainda são escutados. Não como antes, mas são. Ainda há alguns pontos em que existem soldados vivos, mas eles vão parando aos poucos.

As marcas da batalha estão por toda parte. Árvores em chamas, alguns carros fortes parados, corpos no chão. Nós nos dirigimos até a Oca — um pavilhão que um dia já serviu para abrigar grandes exposições —, onde estão todos os sobreviventes.

Cada corpo que eu vejo no chão é uma pontada de dor no meu coração.

Quando chegamos a Oca, vejo pessoas sentadas ao seu redor. Algumas choram, outras são socorridas por Curadores. Vejo uma menina chorar ao lado de um corpo sem vida enquanto duas pessoas tentam consola-la. Sinto meu peito se contrair.

É culpa minha.

Sinto vontade de chorar, mas me mantenho firme. Caminho ao lado de Harry, que ao perceber minha expressão, passa o braço por cima de meus ombros e me puxa para mais perto.

Tem bastante pessoas ao redor da Oca, mas percebo que não é nem a metade que o parque tinha antes do ataque. Meu coração falha uma batida quando penso que essas são as únicas pessoas que sobraram.

— Eles são os únicos sobreviventes? — pergunto, com medo da resposta.

— Não — fala Harry e um alívio percorre meu corpo. — Há outra parte de sobreviventes ao redor e dentro do Auditório. Também há pessoas dentro da Oca.

Percebo que nenhum tiro mais é ouvido. Olho para trás, bem a tempo de ver uma árvore em chamas cair sobre uma parte de concreto do chão. Quanta destruição.

Volto meu olhar para frente. Nós vamos até a Oca e eu vejo Anne sendo atendida por Curadores. Ela está sentada em um pedaço de concreto. Sorrio e ela retribui. Quando estamos entrando, vejo buracos feitos por balas no edifício.

Passamos pela entrada e eu não posso deixar de perceber a enorme quantidade de passarelas e rampas em forma de caracol acima de nós. Há bastante pessoas aqui, mas não o suficiente para lotar o local.

Tirando as pessoas, não há mais nada aqui. Provavelmente, as esculturas que estavam em exposições foram jogadas fora por Tomás, para deixar o local sem nada.

Caminhamos até uma das rampas. Um grupo de Buscadores misturados com Caçadores se encontra com o nosso e fica praticamente um tumulto ao meu redor. Todos tentam falar com Tomás:

— Por que eles nos atacaram?

— Ainda estão aqui?

— Eles vão voltar, é melhor já nos prepararmos.

— Zumbis e Infernus estão vindo para cá com o som dos disparos!

Tomás continua andando, ignorando todos. Nós o seguimos, que é o que estamos fazendo desde estamos em grupo.

De repente, vejo um dos Buscadores agarrar o braço de Tomás e fazer ele parar. Sua expressão não é nada feliz.

— Você precisa nos dizer o que faremos — ele fala.

Tomás fica parado. Ele olha para todos nós, um de cada vez. Seus olhos são frios e estão mais escuros do que nunca.

— Vamos contra-atacar — ele fala. — Mike, prepare um grupo de trinta Buscadores para nos acompanhar. Os melhores.

Ele mudou de ideia? Irá se juntar conosco? Nós iremos para o Centro?

Esse era o nosso objetivo quando viemos. Montar um exército para atacar a LPB. Por mais que uma pontada de alegria tenha me atingido por ele ter aceitado, uma pontada de tristeza me atinge ao pensar que podemos estar indo de encontro com o nosso suicídio.

Tento ignorar esse último pensamento. Esse sempre foi nosso plano. Não podemos desistir agora. Nós vamos atrás de Max e quando o encontrarmos, nós o matáramos.

— Sim, Tomás — fala Mike.

Ele se afasta do grupo e chama alguns Buscadores para irem com ele. Trinta Buscadores irão nos acompanhar nessa guerra. Vamos terminar isso.

— Eu vou guiar todos para o local de entrada que devemos ir. — Fala Tomás.

Um grupo de pessoas passa correndo por nós e isso me faz lembrar de que ainda estamos no meio da rampa, parados.

— Você vai conosco? — Harry pergunta.

— Sim — ele responde. — Sou o único que sabe como o Centro funciona e agora eu sou o mapa de vocês. A cabana que vocês deixaram os mapas pegou fogo. Eu voltei para ela, pensando que vocês ainda estariam lá, mas tudo que encontrei foi ela queimando. Vi os mapas no chão se transformando em cinzas também. E não há tempo para fazer outro mapa.

Ergo as sobrancelhas. Não há tempo.

— Quando nós vamos partir? — pergunto.

— Agora — ele reponde. Eu e Harry nos entreolhamos. — Reúnam seus amigos e me encontrem no Obelisco. O arsenal está no Museu de Arte Moderna, peguem armas lá. Preciso resolver algumas coisas.

— Mas Niall está ferido! — falo.

— Ele parecia estar bem quando atirou no soldado que estava te atacando. Talvez o tiro tenha pegado só de raspão.

— E o parque? — pergunta alguém. — Quem vai liderar enquanto você estiver fora?

Tomás ignora a pessoa que perguntou. Ele olha para mim e fala:

— Vão, agora!

Nisso, ele se vira e corre para alcançar o final da rampa. O grupo de pessoas continua o seguindo e isso deixa apenas eu, Harry, Ariana, Dylan e Louis no meio da rampa.

Observo as pessoas o seguindo. Percebo que Daniel está entre elas. Ele dá uma última olhada para nós antes de sair da minha vista. A lembrança dele quase sendo morto passa pela minha cabeça.

— O que fazemos? — pergunta Louis.

Demoro um pouco para perceber que ele está falando comigo.

— O que ele mandou — respondo. — Vamos pegar as armas e nos reunir.

***

Pássaros passam por cima das árvores que ainda queimam. Algumas pessoas se juntaram para tentar apagar os incêndios. Pontos de fumaça são vistos de diversas partes do parque.

Niall está com o ombro cheio de gazes. Anne o ajudou. Os dois levaram um tiro praticamente no mesmo lugar.
Ela passou Celfato na ferida de Niall e isso ajudou bastante. Não sei como esse remédio consegue ser tão milagroso. É claro que a ferida de Niall não se curou imediatamente, mas já está com uma aparência melhor do que estava antes. Ele disse que quando atira sente uma forte dor no local atingido, mas quis ir conosco mesmo assim.

Quando estamos atravessando árvores que não foram atingidas por chamas, quase chegando no museu, os auto-falantes por perto começam a falar:

— Hoje tivemos muitas perdas. — É a voz de Tomás. — Não estávamos esperando por esse ataque. Espero que os feridos consigam se recuperar e que todos consigam superar as perdas de pessoas queridas. Quero que saibam; não deixarei mais nada acontecer ao nosso lar. Eles não irão vencer. Eles não irão ter o que querem.

Chegamos ao museu. Corpos no chão, cacos de vidro espalhados, sangue por toda parte, marcas de tiro nas paredes... Sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

— Eles vieram. Queimaram nossas árvores. Destruíram nossas casas. Mas nós continuamos unidos. Continuamos firmes. Eles não nos destruíram e não vão conseguir nos destruir. Nós os destruiremos.

Passamos por uma das janelas quebradas e vamos até as armas posicionada nas paredes e nas mesas. Pego um arco melhor do que o que eu estava e algumas flechas. Uma pistola e um coldre. Percebo que minha roupa está toda manchada de sangue e molhada de suor. Eu gostaria de tomar um último banho, mas não há tempo.

— Não se enfraqueçam. Se fortaleçam. Eles esperam nossa fraqueza. Esperam nossa desistência. Mas nós não vamos desistir. Vamos seguir adiante com a cabeça erguida. Eles não nos destruíram! Eles irão pagar por todo o sofrimento que passamos.

Enquanto estou pegando dois pentes de pistola na mesa, ouço Harry suspirar com suas facas na mão. Eu o olho.

— Finalmente iremos acabar com tudo isso — ele diz.

— Ainda podemos lutar. Ainda podemos sobreviver. Mas precisamos ser fortes. Precisamos estar mais unidos do que nunca. Hoje, eu partirei com um grupo de Buscadores para o Centro. Nós vingaremos aqueles que morreram hoje. Nós lutaremos por eles. O abrigo será liderado por Luana Jonson enquanto eu estiver fora, ela é pessoa que eu mais confio para um cargo como esse.

Após nos armar, começamos nossa caminhada para o Obelisco.

— Nós iremos vencer. Nós somos guerreiros. Iremos terminar isso tudo. A LPB irá cair. Nós ascenderemos enquanto eles queimam nas chamas que começaram!

Percebo que o discurso de Tomás está sendo feito para despertar um desejo de vingança é para deixá-las mais fortes. E isso está dando certo, pois ao longe ouço as pessoas aplaudirem o discurso e gritarem algo que se parece com uma comemoração.

— Lutaremos unidos. Lutaremos como um só. E faremos a LPB cair. Temos uma coisa que é mais forte do que todas as armas de fogo do mundo. Esperança. Nós temos esperança de sair daqui. Temos esperança de não precisar matar mortos-vivos toda vez que saímos do parque. Temos esperança de um dia ter uma casa novamente. De sair para trabalhar como pessoas normais. A nossa esperança é o que nos fortalece. Nós acabaremos com isso e iremos sair desse inferno. Nós acabaremos com a LPB. Acabaremos com o Centro.

Mais aplausos e gritos de comemoração. Dessa vez, mais alto. O discurso de Tomás acaba. Nós chegamos ao Obelisco.

A escultura não está mais tão alta como antes. Uma parte dela está caída no chão, totalmente despedaçada. Há um carro forte parado de ponta cabeça e com chamas queimando ao seu redor. O fogo não se espalha e está baixo, então não há perigo. Vejo corpos de soldados e de Buscadores caídos por perto.

Não tenho tempo de pensar em mais nada. Ouço algo atrás de nós e quando me viro, vejo Mike e vários Buscadores. Entre eles, Daniel. São os 30 Buscadores que Tomás pediu para Mike pegar para ir conosco. Estão todos bem armados e com suas roupas a prova de balas.

De repente, vejo um deles avançar. Tomás. Ele se posiciona na frente de todos.

— Vamos acabar logo com isso. — Ele diz.

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