Beacon Hills Institute

By NMCMsama

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Seres Humanos e Seres Sobrenaturais. Dois tipos de seres com características tão diferentes que pressupõe que... More

Mudança
Chegando ao destino
Início do primeiro dia de aula...
Chegada a Beacon Hills Institute
A jaqueta
Primeira Aula
Devolvendo!
Troca de camisas
Lacrosse
A batalha
O que aconteceu no banheiro?
Amizade colorida
Um dia Sobrenatural na cantina
Marcando território
Dois casais
Baby
Aconteceu em um estacionamento...
A proposta
Encontro -Parte I
Encontro - Parte II
Encontro - Parte III
Encontro - Parte IV
Extra : Misterioso de olhos verdes
Um pedido para um jantar
Preparação!
A Ceia Apocalíptica Do Fim do Mundo
Aventura Noturna
cante em grupo antes de entrar em uma cena de assassinato
Manual de sobrevivência do incrível Stiles Stilinski
Um dia ensolarada de outono
vampiros e mais vampiros
Entre sangue e lágrimas
Punição de Stiles!
Laços de sangue
O dragão Oriental
Gatos e chás, uma memorável combinação!
Kanima: Quem são? Onde vivem? O que fazem?
O que aconteceu no banheiro 2
Um novo desafio a vista!
Extra: Encontro as escondidas!
Extra: Além do mar Australiano
BAAC e o Tio misterioso!
Chegada a Mansão Hale
Churrasco dos lobisomens!
Nova missão! Nova aventura!
Não somos os únicos aqui...
Extra - As desventuras desses tolos casais - Nudes
Extras: As desventuras desses tolos casais - Apresentação
O Largatizomem
Extra - As desventuras desses tolos casais - Namorados!
Just Dance!
Aulas especiais
Um encontro?
Entre batatas, queijo e Bacon - Encontro parte 1
Pista de Dança e Olhos brilhantes - Encontro parte 2
Extra Especial - Poliamor? (Parte 1)
Extra Especial: Poliamor? (Parte 2 -Final)
Cortes de lâminas
A reunião
Vômitos, Treinamento e Faísca?
Extra: Aconteceu em uma tarde outonal...
Extra: Aconteceu em uma tarde Outonal 2
DR - Discussão de relacionamento
Poder revelado
Treino e Mais treino
O confronto
O destino de Isaac Lahey
O dragão e o lobisomem
Karma
La luna del Lobo
Extra - O que aconteceu na floresta?
A tatuagem
Extra: Aconteceu no vestiário...
A "conversa"
A convocação
Rivais?
Reunião Apocalíptica Do Fim do Mundo parte 2 - O Armagedom
O apocalipse ainda não terminou!
Um pequeno Flashback
Rafael McCall, o agente Bost*
Uma nova fase da vida.
O canto do tritão
Estranhas visitas
Salem, o bruxo-gato
O jardim - Parte 1
O Jardim - Parte 2
Um novo professor?
O momento tão esperado...
Os inimigos são revelados
A Banda e A vela.
Festival do Halloween - O inicio
Um desafio a vista e um gato a caçar
Capítulo extra - Um inesquecível Jantar Apocalíptico
Inimigos e novos aliados
Saindo do armário!
Blood Moon Sea - Aquecimento
Antes do show!
Blood Moon Sea - O Show
Blood Moon Sea - Durante o Show!
Sangue e Vingança: Ressentimentos Inacabados na Batalha Familiar
Caçadores, Magia e Confrontos Imprudentes
A caminhada
Tempo e Espaço
Sangue derramado
Mort
Missão ultrassecreta (só que não) no Hospital - parte 1
Missão ultrassecreta (só que não) no Hospital - Parte 2
Missão ultrassecreta (só que não) no Hospital - Parte 3
Missão ultrassecreta (só que não) no Hospital - Parte 4
Fim de uma saga
Explicação - Notas finais

A estrada

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By NMCMsama

–... Você deve, então, adentrar a direita, quando estiver seguindo a autoestrada... –Stiles soltou um grande suspiro, quanto tempo o seu pai estava lhe dando as direções? Já tinha perdido a noção de tempo e espaço. Além disso, falar ao telefone e tentar carregar suas malas para o jipe era extremamente difícil ainda mais descendo a estreita escada da residência dos McCall, a propaganda de "Não fale no celular enquanto diriges" deveria se amplificava para casos especiais como aquele.

–Cuidado! –Exclamou Melissa salvando um vaso de porcelana de sua morte certa, Stiles tinha colidido com a mesa aonde o coitado estava. O adolescente deu um meio sorriso nervoso, a senhora McCall nada disse, apenas pegou a uma das malas do garoto e a carregou, com surpreendente facilidade, o que deixou o jovem Stilinski boquiaberto.

–O que houve? –Inqueriu o xerife.

–Nada... Só me sentindo um pouco menos masculino. Não, isso soou errado. Meio que sexista. Digo, lógico que existe um estereótipo voltado para a postura do homem como um ser forte e viril. Algo que, claramente, não sou. Digo, me refiro ao forte...Pois quanto ao viril! Ops! Pai! Você não deveria ouvir essa parte. Viril? Eu? Ora, ainda sou virgem. BEM virgem. Lógico que existem outras formas de satisfazer meus desej...AHHH! O que eu estou falando? Meu Santo Capitão América! Faça que meu pai não entenda as referências de conotação sexual! Amém!

–Er...Você está mesmo bem, filho? Tem condições de dirigir? –Stiles quase podia ver a expressão confusa de seu pai, consistia em franzir o cenho e massagear o pescoço. Quantas vezes o jovem Stilinski tinha feito o xerife assumir tal postura? Já tinha perdido a conta. Desta forma, Stiles achou prudente ignorar as perguntas de seu progenitor e continuar a tagarelar:

–Enfim, pai, você sabe que eu tenho Gps no celular, não que eu não aprecie seus longos e detalhados conselhos sobre o caminho que devo seguir e tal, mas meio que já estamos atrasados, se eu não sair agora, só chegaremos a noite em Beacon Hills. –Falou um pouco ofegante, arrastando a mala reminiscente. Scott desceu as escadas, já com uma mochila nas costas, passou por Stiles e pegou uma das alças da mala para ajudá-lo. Contudo, aquilo não foi uma boa ideia, pois o garoto a levantou, como fosse pluma, a pesada bagagem, caindo para trás devido a surpresa, a força lupina tinha lá suas desvantagens, principalmente quando não se podia controla-la.

–Oh! Sim! Hoje é o dia dos McCall humilharem o fraco Stilinski! –Resmungou –Eu sei carregar as minhas próprias malas, ok?

–Desculpa, cara... Eu só queria ajudar...E não sabia o tamanho de minha força. –Falou isso, mas havia um sorriso em seus lábios, ou seja, o recém–transformado–lobisomem não estava se sentindo tão culpado assim.

–Sei! –Imitou um rosnado o adolescente humano.

–Pensei que eu fosse o lobisomem aqui. – Resmungou Scott – E Stiles...

Quê?

Um rosnado muito mais grave e vibrante foi emitido por Scott, Stiles, surpreso e assustado, tropeçou sobre os próprios pés, caindo sobre a mala.

–Acho que esse é o rosnado verdadeiro.

–A poucas semanas atrás você tentou uivar e parecia mais um gato morto eletrocutado e agora você consegue rosnar? Você andou treinando? Isso é para impressionar os lobisomens do instituto? –Falou em um tom acusativo.

Stiles viu que acertou em cheio quando notou o corar nas bochechas em seu melhor amigo, bem, parcialmente, entendia a necessidade de Scott em ser aceito... Que adolescente não quer ser aceito em algum grupo social? Se sentir parte de um todo? Um adolescente lobisomem não seria diferente. Além disso, Stiles presumia que teria algo mais profundo naquela busca por aceitação, em suas pesquisas, acabou criando uma teoria que talvez Scott ansiasse por algo semelhante a uma alcateia. Lógico que era só uma teoria... Lobisomens não são lobos em sua totalidade, nem todos os hábitos do animal serão compartilhados em sua versão humana. Pelo menos assim esperava.

–Pois saiba Scott que se você rosnar desta forma, só para me assustar, de novo... –Fez sua cara ameaçadora, o que de fato não tão ameaçadora assim – Juro que pode esquecer aquele ossinho de borracha que iria te dar de aniversário!

Scott riu e saiu, deixando seu suposto melhor amigo jogado no chão com sua pesada mala.

–Stiles? O que ocorreu? –O xerife praticamente gritava no celular.

–Calma, calma... Nada de mais. Só o Scotty aprendendo um truque ou dois, sério pai... Acho que já devemos comprar aquela focinheira que eu tinha lhe falado...

Eu ouvi isso!

–Era para ouvir mesmo! Malditos poderes de lobisomens... –Resmungou, por fim se levantando e arrastando a mala pela a porta.

–Fico feliz por vocês ainda estarem se dando bem...

–Nada mudou, pai... Digo, lógico que o Scotty tem alguns implementos, mas continua o mesmo Scott de sempre, entende? A mordida não o deixou mais inteligente, o que é uma pena, pois isso sim lhe está fazendo falta...

STILES! –Agora um rosnado foi ouvido.

–...Infelizmente, a transformação em lobisomem não cura tudo, tipo não é como ele fosse "nascer de novo" porque alguns defeitos não têm solução... –O garoto continuou tagarelando ignorando o olhar mortal que seu amigo lhe lançava.

–Garotos, sem brigas. –Advertiu Melissa, mas pelo o sorriso em seus lábios dava para ver que estava se divertido, na verdade havia um certo alívio em sua expressão. Scott, amolado, subiu no jipe.

–Stiles, não acha melhor comprar uma passagem de ônibus? –Perguntou o senhor Stilinski.

–Eu já vou no meu jipe...Pensei que soubesse.

–Eu sei, mas... Bem... Acha mesmo que é seguro?

–As estradas daqui até Beacon Hills são seguras, sem trânsito e tal.

–Não me preocupo com as estradas e sim com...

Meu jipe está em ótimas condições! –Cortou Stiles.

–Não precisa ficar na defensiva, só que...Bem... Ele já é velho e nunca andou tão longas distancias.

–Não se preocupe, minha querida, não vai me deixar na mão. Não é mesmo fofa? –Disse isso acariciando a capota do Jipe, com afeição.

–... Você precisa mesmo arranjar uma namorada Stiles, falar com carros como se ele fosse uma mulher? Isso não é saudável. –Provocou o xerife, Scott parece ter ouvido (com a super-audição que parece não ligar para a definição da palavra privacidade ou conversa particular), pois o garoto estava tapando a boca para não rir.

–Pai! É só um modo de falar... –Resmungou Stiles adquirindo uma cor rubra que dominou toda a sua pele alva.

–Enfim, se acontecer alguma coisa, me liguem, ok?

–Siiiim. –Disse alongando o "i", já estava cansado de toda aquela preocupação e receio. Era só uma simples viagem de 3 horas e meia. O que poderia dar errado?

Stiles se despediu do seu pai e encerrou a chamada. Subiu no jipe acenando para Melissa, a mulher continha as lágrimas, estava vendo dois de seus filhos irem embora, mesmo sabendo que não podia fazer nada para impedir. Continuou acenando mesmo quando o carro deu partido e começou a acelerar pela a rua, sumindo na esquina.

O som da música "I will survive" fez ela se sobressaltar, demorou um pouco para que a "ficha" caísse: era o toque de seu celular. Rapidamente o retirou do bolso da calça e atendeu.

–Alo?

–Oi, Melissa... –Logo reconheceu a voz cansada e ao mesmo tempo jovial de John Stilinski – Como você está?

–Bem, como definir... Sentindo como se uma parte estivesse sendo arrancada. Talvez eu tenha sido muito dramática, mas...

–Não, eu te entendo. Também me senti assim quando tive que me mudar para Beacon Hills. Sei muito bem o que está sentindo agora...

–Tudo culpa dessa maldita lei! Ok...Eu estou exaltada, certo? Desculpe... Eu maldizendo a lei diante de um oficial da lei. Sou mesmo uma tonta... Também sei que a lei , em si, não é maldita. Sei que Scott precisa de educação "especial"... Eu entendo tudo isso! Mas... Não gostei quando me deram uma ordem judicial forçando o meu filho a ser transferido para o instituto de ensino paranormal mais próximo e o mais rápido possível. Ele não fez nada de errado! Foi mordido quando voltava da escola, cruzando o parque! Foi um terrível acidente! Ele não é igual a aqueles garotos que buscam ser mordidos por ansiar poder e tal... Senti como o estivessem tratando como um criminoso. Ele toma os inibidores! Não vai atacar ninguém!

–A lei foi feita para evitar que outros jovens, como Scott, sejam também transformados sem lhe darem opção de escolha. Um recém–transformando são muito instáveis em relação ao controle de suas forças e novas habilidades. Todo e qualquer criatura sobrenatural tem suas vantagens e desvantagens, e essas últimas é que causam grandes problemas a nossa sociedade. É bem provável que quem o mordeu seja um recém–transformado também, deste a lei deveria impedir esse ciclo vicioso de transformações... Realmente, tudo ocorreu muito rápido...A Mordida. A mudança. Eu ainda estou tentando absorver tudo isso. Se eu tivesse aí, talvez isso...

–Não diga besteiras, John. Existe coisas que nós, pais, não conseguimos prever e tão pouco podemos proteger nossos filhos. Isso vale também para o nosso Sitles, perdão... Seu. –Melissa sentiu suas bochechas esquentarem, indicando que deveria estar ruborizada, apesar que sua pele morena podia ocultar muito bem esse fato.

–Não... Você participou da criação dele, as vezes, acho que mais do que eu...

–Besteira! Sabe que não é verdade, nós dois somos ótimos pais, meio que ausentes, mais ótimos...

Uma risada rouca foi ouvida pelo celular.

–Pelo menos assim espero.

Um silêncio residiu entre eles, pareciam que ambos estavam absorvidos em suas próprias reflexões.

–John...–Melissa falou, depois de um tempo – Prometa para mim que irá tomar conta deles...

–Não me precisa nem me pedir isso, Mel.

A senhora McCall deixou que um sorriso se formasse em sua face, adorava quando John a chamava de Mel, pois ninguém a havia chamado assim. Um apelido secreto compartilhado entre eles... Uma indicação de carinho? Ela podia ter esperanças, não é mesmo? Apesar de John poucas vezes dar indicações de querer algo mais... A lembrança da falecida esposa os assombra constantemente.

–Eu tenho que voltar ao trabalho. –Pigarreou o xerife, devia estar embaraçado.

–Sei... Também tenho que retornar ao meu.

–Enfim...Eu... Então... –Melissa rolou os olhos, o Stilinski mais velho sempre tivera dificuldades nesses momentos de despedida.

–Nós falamos mais tarde via Skype?

–S–sim, claro!

–Ótimo... Beijo, tchau! –Melissa encerrou a chamada, mas pode ouvir um sussurro baixo de John.

"Um beijo para você também" Ele tinha falado.

Melissa sorriu mais. Quem sabe contasse para ele que surgiu uma possibilidade uma vaga no hospital de Beacon Hills, contudo não queria criar esperanças ainda... Além disso, queria fazer uma surpresa.

~~**~~**~~

–Ohhhh não... Não! Não! – Stiles choramingou, tentou girar a chave da ignição várias vezes, mas o jipe não dava nem sinal de vida.

–Acho que a sua fofa nos deixou na mão. –Provocou Scott com um meio sorriso.

–Ha...Ha...Ha...Muuuito engraçado Scotty! Seria ainda mais engraçado se não estivéssemos no meio de uma estrada, deserta, em meio a uma floresta sinistra e anoitecendo! Isso parece clichê de filme de terror... E o pior...Somos virgens!

–E o que isso tem a ver com a nossa situação?

–Você não assiste os filmes? Os virgens sempre atraem os monstros!

–Você está exagerando... –Ele falava isso, mas era evidente que já estava começando a ficar assustado, olhando para os lados buscando um possível Jason em meio as árvores altas.

–Que seja, o que vamos fazer?

–Esse é o seu carro, você poderia...Sei lá... Ver o que tem de errado nele.

–Ser dono de um carro não te converte em mecânico, Scotty!

–Devemos ligar para o seu pai, então.

Stiles suspirou e logo buscou o seu celular na mochila que estava jogada no banco de trás.

–Certo... Já imagino o discurso dele sobre "eu não te disse"... Opa...

–O que? Não gostei do som desse Opa!

–Eu não tenho sinal... Que saco! Isso é mais clichê ainda! Os deuses dos clichês devem estar do nosso lado hoje...

–Espere...Deixa eu ver o meu? –O garoto logo retirou o seu próprio aparelho celular do casaco jeans que usava – Er... Está descarregado.

Stiles abriu a boca para falar algo, mas decidiu conter seus comentários para si mesmo. Estava cansado, irritado e precisava de uma dose do Adderall. Além disso, desejava uma imensa porção de batatinhas fritas com bastante ketchup por cima e...

–Você está com fome. –Anunciou Scott, um comentário totalmente natural e nada estranho.

–Sim, e como você sabe?

–Estou ouvindo sua barriga roncar.

–Cara... Pare de ficar ouvindo as funções orgânicas do meu corpo! Isso pode ser classificado como invasão de privacidade, sabia?

–Meu difícil de não notar. –Resmungou em sua defesa.

–Ok! Certo...Estou com fome! Isso é mais um problema a ser adicionada a nossa crescente lista de problemas atuais!

–Um carro está se aproximando.

Stiles olhou pelo retrovisor e nada viu, a não ser a estrada que já estava parcialmente envolta em uma fina neblina, o que a tornou ainda mais sinistra e amedrontadora. Já iria se virar para Scott para dizer que seus "sentidos–de–lobo" estavam falhando, quando viu duas luzes em meio a penumbra: um carro realmente estava vindo.

–Eu te disse!

O adolescente humano o ignorou, saindo do jipe já para assinalar sua presença, balançando os braços para lado e outro, tal como um lunático.

O carro freio a poucos centímetros de Stiles, que engoliu em seco. Era um camaro negro, um carro que já parecia exalar "poder" e "mistério". Nada comparado ao seu velho jipe.

–Normalmente quem usa esse tipo de carro, está querendo compensar alguma coisa...– Disse baixinho, tentando não ficar apreensivo quanto a quem estaria no volante. Bem provável que fosse algum homem de meia–idade solteiro tentando impressionar o público feminino.

–O que disse?

Stiles ficou sem fala, algo que era muito raro de ocorrer. A porta do carro tinha sido aberta e um rapaz... Não, a definição correta deveria ser : semi–deus, saiu. Tinha olhos verdes penetrantes, corpo escultural, sim, dava para praticamente sentir os bíceps e peitoral querendo saltar da camisa regata que usava e para completar, dando um toque especial, uma jaqueta de couro negra. Stiles não era, definitivamente, gay! Não tinha nada de errado em achar outro individuo do sexo masculino bonito... Ok! Ele o achava sexy! Mas ainda sim, isso não o fazia gay!

Não é?

–Nosso carro quebrou. –Informou Scott.

–Isso era meio obvio que ocorresse. –Falou o suposto deus grego de casaco de couro, cruzando os braços e encarando o jipe com um olhar crítico. Isso foi o suficiente para o cérebro de Stiles dar um leve curto–circuito e retornar a vida.

–O que você quer dizer com isso? – Stiles também cruzou os braços, mas o efeito intimidador ínfimo se comparado a postura do estranho que agora desviara o olhar do carro para fitar o adolescente.

–Quando foi a última vez que fez uma revisão nesse carro?

–B–bem... –Novamente ficou sem palavras, deveria pensar em uma desculpa, mas sua mente estava totalmente vazia.

–Você decidiu viajar sem ao menos fazer uma revisão? –Havia um segundo sentido naquela pergunta, Stiles conseguiu decifrá-lo com facilidade: você é um idiota, por acaso?

–Ok! Vamos parar com o interrogatório, ok? Eu pensei que ele aguentaria... Enfim, errei! Admito! Não é meu primeiro erro e nem será o último. Agora, você parou só para me criticar ou vai nos ajudar?

O desconhecido deteve seu olhar sobre o adolescente mais alguns instantes, algo que deixou o mais novo visivelmente nervoso, não era acostumado a ser encarado daquela forma.

–Eu só parei porque se eu não o fizesse iria te atropelar. –Disse rangendo os dentes.

–Oh! Nossa! Que bom samaritano!

Stiles...–Scott choramingou suplicante – Nós precisamos mesmo de ajuda...Será que poderia...

O estranho tirou o casaco e entregou a Stiles e foi até o jipe.

–Eu não sou seu cabide!

–Stiles...Por favor!

–Scotty! Vai ficar do lado dele? Um total desconhecido que poderia muito bem ser o serial killer disfarçado de bad boy sensual?

–Serial killer? – Scott arqueou as sobrancelhas confuso.

Bad boy sensual? –Pela a primeira vez Stiles pode ver um que seria a indicação de um sorriso nos lábios da carranca séria do rapaz.

–Será que podem parar de repetir as minhas palavras... Já é embaraçoso suficiente eu perceber que minha boca não tem filtro! –Resmungou.

–Só agora você percebeu isso? –Provocou o melhor amigo, que, naquele momento, Stiles estava pensando sinceramente em revogar o seu título.

–Achei o problema. –Anunciou o desconhecido, que para surpresa de todos também era mecânico. Os dois adolescentes se aproximaram, o rapaz exibia uma peça suja de graxa.

–Oh! Lógico! Eu devia ter imaginado que seria isso...–Disse Stiles dando uma risada nervosa, não queria ficar parecendo sempre um idiota ao lado daquele...Na verdade, por que ligava? O que importava que aquele estranho pensasse que ele era um tapado? Não é como eles fossem se encontrar de novo, não é?

–Você sabe que peça é essa? –Era um desafio, aquela pergunta não foi à toa, se podia ver pelo o jeito que o deus–grego arqueou uma sobrancelha.

–Sim, sei... Ora...É uma peça grande, cilíndrica que faz...Coisas...Coisas importantes para o carro e por isso sem ela o meu jipe não funciona! Ne?

O desconhecido rolou os olhos, nem deu ao menos se deu o trabalho de responder, pegou o seu celular e digitou um número rapidamente.

–Tio? Sim...Sou eu, Derek. Queria pedir um favor... Poderia guinchar um carro que estava estrada que dá para a entrada de Beacon Hills?

–Guinchar o meu bebê?! –Stiles não queria que sua voz saísse aguda quando fez aquela pergunta, mas foi justamente o que ocorreu.

Derek, agora sabiam o nome dele, apenas o ignorou, desligou o celular e estendeu a mão para o jovem Stilinski.

–Eu não vou segurar a sua mão! Não importa o quão atraente você seja! Existem coisas que um rosto bonito não consegue alcançar...

–Chave. –Cortou Derek, impaciente.

–Como é?

–A sua chave.

Stiles meio confuso pegou o seu chaveiro com a cabeça chibi de Darth Vader a qual a chave do carro estava adicionada. Derek, em um movimento rápido a retirou da mão do Stilinski.

–EI! Isso é meu!

–Acho que esse rosto bonito conseguiu alcançar algo, não é? –Falou guardando a dita chave no bolso da calça jeans.

Terceira vez.

Era a terceira vez que Stiles ficou sem uma fala de contra-ataque.

–Vamos. –Comandou, Scott que só tinha observado toda a situação, rapidamente seguiu Derek, abandonado o seu amigo que ainda estava tentando se recuperar do que estava acontecendo.

–E aonde você pensa em nos levar? –Disse cruzando os braços diante do peito...Espera, o casaco? Stiles tinha vestido o casaco de couro? Quando isso ocorreu? Nem tinha notado que de fato, tinha vestido o casaco de Derek... Mas por que?

–Vou levar vocês para a casa do Xerife Stilinski.

–Hã?! – Desta vez Scott e Stiles inqueriram confusos.

–Como você conhece o meu pai? Espera...Como você sabe que estávamos indo para casa do xerife?

–Eu conheço o xerife e...Eu senti o cheiro dele em vocês... –Ao falar isso seus olhos recaíram sob Stiles que engoliu em seco, pode ver como seus olhos adquiriram uma estranha coloração amarelada, logo entendeu de imediato o que aquilo significava.

–V–você é um lobisomem. –Concluiu. Scott tinha se tornado tímido, abaixando seus olhos, talvez não sabendo como interagir com aquele ser sobrenatural.

–Pare de usar os inibidores. –Mandou Derek já abrindo a porta do camaro.

–Mas... Eles disseram que eu teria... –Gaguejou o garoto.

–Você agora é um estudante de Beacon Hills Institute, isso não é mais necessário. –Explicou, simplesmente e entrou no carro deixando a porta de trás do carro aberta, aonde os adolescentes logo adentraram.

–Não sei quanto aos hábitos de vocês lobisomens, mas ao invés de farejar, poderia ter simplesmente perguntado nossos nomes e para onde íamos. Seria mil vezes mais fácil e menos estranho...

Derek não respondeu, apenas ligou o carro e dirigiu.

"Então... Esse é o meu primeiro contato com um lobisomem, sem ser o Scott... "Pensou, tentando não ficar espiando Derek enquanto dirigia, o cheiro forte advindo do casaco, era um cheiro de pinheiros e folhas secas... Algo selvagem...Algo misterioso...Algo que o atraia.

"Droga! Eu estou parecendo um lobisomem agora..." balançou a cabeça tentando dissipar tanto o odor quanto os confusos pensamentos.

Bem vindo a Beacon Hills.

A placa passou rapidamente por eles, finalmente tinham chegado.


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