cigarette smoke

By agtpro

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na qual niall se apaixona por uma garota com vários vícios. Copyright, © 2015 Searchles, Inc. All rights rese... More

Introdução
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Epílogo

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By agtpro

Olho para o céu parcialmente nublado e começo a caminhar mais depressa, os meus passos se tornando o dobro de vezes mais rápido. Observo as pequenas lojas enquanto caminho pela as ruas frias de Bristol, meu sweater branco e grande cobre o meu corpo de maneira a me deixar quente. Observo pelo o canto dos olhos as pessoas começarem a andarem bem mais rápido conforme alguns pingos de chuva começam a molhar suas cabeças, assim eu avisto a pequena cafeteria que leva o nome de Picadilly. 

Começo a andar mais rápido e assim que chego perto das portas empurro uma delas com firmeza, as minhas palmas da mão se pressionaram contra o vidro deixando a marca e eu rio envergonhada, assim que entro na cafeteria sinto o ar quente bater com força contra as minhas bochechas rosadas e me arrepio. Sigo até a minha mesa de costume e me sente no estofado vermelho, deixo a minha bolsa ao meu lado e puxo as mangas do meu sweater brincando com os pequenos furinhos brancos, quase invisíveis. 

"Olá Sophie! Vai querer o de sempre?" Stan diz assim que me vê e eu apenas assinto. 

"Sim, mas pode me trazer um brownie também?" pergunto ainda encarando as mangas do meu sweater e ele suspira.

"Claro, só um instante" ele se afasta de mim e eu respiro, abro a minha bolsa e retiro o meu pequeno caderno de capa marrom com alguns desenhos na frente, até possui algumas frases. Abro em uma página limpa e pego em um caneta; eu uso esse caderno para algumas anotações, desabafo todos os meus sentimentos aqui, esse pequeno caderno pode ser considerado um diário, todos os meus pensamentos são depositados nessas linhas. 

Deslizo a caneta sobre a linha e as palavras começam a se formar, respiro fundo enquanto escrevo, fecho um poucos os olhos e me deixo apenas flutuar, escrevo as palavras que estão martelando em minha mente, escrevo tudo o que sinto, deixo os meus pensamentos se libertarem sobre essa folha e de certa forma eu me sinto melhor, me sinto mais leve, como se eu estivesse contando todos esses segredos para uma pessoa, quando na verdade é somente uma folha. 

"Aqui Soph" Stan deixa o meu café em cima da mesa junto com o pequeno brownie, sorrio para o garoto de cabelos escuros e ele se afasta de mim. Rodo as minhas mãos em volta da xícara de café e levo até perto do meu nariz sentindo o cheiro de café forte, volto a deixá-lo em cima da mesa de madeira e olho para fora. A chuva caí livremente, ela faz com que as pequenas florzinhas dancem e isso me faz sorri, sorrio vendo as plantas se balançarem, sorrio ao ver algumas pessoas tentando correr da chuva. Sorrio ao ver o quão bonito és tudo isso. 

Deixo a minha mão esquerda em volta da xícara de café e com a direita eu volto a escrever no meu pequeno caderno. Fato. Realmente sou viciada em escrita, cafés e sweaters. 

Seguro os meus dois vícios na mão e suspiro. Na vida há tantas coisas para se viciar. A drogas, bebidas, relações, sexo, adrenalina, livros, morte, todos temos vício em alguma coisa, seja em objetos, em sentimentos ou vício em alguém, mas todos somos dependentes de alguma coisa, não há quem fala que nunca foi viciado em livros, ou o cheiro deles, não há uma pessoa que nunca tenha se apaixonado e feito o seu grande amor o seu vício. De alguma forma ao longo das nossas vidas iremos se viciar em alguma coisa, seja um vício bom, ou um vício ruim, mas apenas seremos viciados. 

Levo o café até a minha boca e sugo o líquido, ele queima um pouco a minha boca e desce lentamente pela a minha garganta deixando o meu corpo quente e elétrico. Aprecio o gosto forte do café, saboreio cada gota que teima em queimar a minha garganta e então volto a deixar a xícara em cima da mesa. 

A pior coisa que eu sinto quando acordo é aquela dor insuportável, na qual se chama culpa. Eu acordo e durmo com a culpa todos os dias, mesmo que eu não seja culpada eu convivo com isso e fico me aniquilando aos poucos, é terrível a sensação, na verdade é devastadora, não sei bem porque sentir isso, acho que é só algo para nos destruir de forma lenta e dolorosa.

Sophie, 2015. 

Escrevo pequena parte dos meus sentimentos no papel e então bebo mais um gole do meu café, dessa vez pressiona as minhas duas palmas da mão coberta pelo o sweater em volta da xícara de café, sinto as minhas palmas se aquecerem e o calor irradiar para o meu corpo, olho para as janelas de vidro e a vejo a chuva diminuir aos poucos. Alguns poucos carros passam nas ruas e poucas pessoas se hospedam dentro dessa pequena cafeteria, ela é silenciosa e calma, venho aqui a cerca de dois anos e é sempre a mesma coisa, é como se ela fosse invisível, ela só é vista pelo os que realmente são observadores e detalhista, ela só aparece para quem está realmente interessado em calma e paz. 

Tomo mais alguns goles do meu café até ele enfim estar quase acabando, volto a olhar para as linhas do meu caderno e suspiro pelo o que me parece a milésima vez em meia hora. Mordo a tampa da caneta e penso em o que escrever, penso em como realmente expressar meus sentimentos, mas um barulho me chama a atenção. 

Olho para o vidro e vejo um garoto revestido de calças pretas e casaco negro passar do lado de fora, ele tem o corpo todo molhado, os seus cabelos aparentemente loiros grudam em sua testa, ele continua caminhando com a cabeça baixa e parece como todos não observar o pequeno café logo ao seu lado. Ele para por alguns instantes ao meu lado e eu fico o observando atenta, ele remexe nos seus bolsos da calça e tira um maço de cigarro preto, pega em seu esqueiro e leva o seu cigarro até os lábios colocando fogo na ponta. 

Os meus dedos se fecham contra o tecido do meu sweater e meus lábios ficam secos, ele solta a fumaça lentamente dos seus lábios rosadas e por instantes eu me perco em seus traços, os meus batimentos cardíacos se aceleram, a fumaça do cigarro saí de forma lenta e se mistura com as gotas da chuva, eu sinto vontade de correr até o lado de fora e pedir que ele sopre o fumo perto de mim, para eu poder ver a fumaça de perto, para poder sentir o cheiro da nicotina, maldito vício. 

Ele começa a andar para longe de mim e eu bufo irritada. Eu queria que ele continuasse ali, fumando perto da janela sem se dar conta que uma garota o está apreciando, eu queria que ele fumasse com toda a sua vontade e soltasse com mais firmeza a fumaça do cigarro, eu apenas queria que ele fumasse na minha frente, mas o meu vício em fumaça de cigarro se aflorar. 

Sou viciada em cafés, sweaters, escrita e fumaça de cigarro. 

Pego na xícara de café e bebo o resto do líquido, fecho o meu caderno e então dou uma mordida em meu brownie, como-o rapidamente e levanto a minha pequena mão coberta pelo o meu sweater, rapidamente Stan aparece do meu lado com uma pequena caderneta e um sorriso estampado no rosto.

"Você pode me trazer mais um café?" eu peço baixo, com a voz quase nula e ele se esforça para me entender. 

"Claro, Sophie" ele diz meu nome de maneira convencional e eu me acomodo mais sobre o estofado de cor vermelha. Ele se afasta de mim e eu passo os meus olhos pela a cafeteria. O balcão de madeira com pequenas cadeiras vermelhas altas, o piso quadriculado de preto e branco, mesas com sofás, mesas com cadeiras, painéis com luzes brilhantes, prateleira de livros, toca discos, todas as coisas antigas e estilosas se vêem aqui. 

Stan volta poucos segundos depois com mais uma xícara de café levando a outra embora. Sorrio satisfeita e rodo a xícara em minhas mãos, levo até os meus lábios e assim que o gosto de café surge em minha boca ouço a porta de entrada se abrir, ela é arrastada, olho rapidamente para o novo fregues e sinto a minha garganta se fechar, quase como se os meus olhos também tivessem dilatado. 

O garoto do cigarro entra, as roupas ainda molhados e o cabelo loiro bagunçado e úmido, ele passo a mão sobre o seu rosto e vejo pequenas gotas caírem no piso, ele se move com rigidez até uma das mesas com estofado e se senta de frente para mim, passa novamente a mão pelo o rosto e depois pelo os cabelos, o encaro ainda com a xícara de café perto dos meus lábios e ele sobe o seu rosto e me encara. 

Vejo seus olhos azuis, e pequenas pintinhas no seu rosto, os lábios carnudos e avermelhados, e as suas bochechas

completamente rosas como a ponta de seu nariz, ele treme levemente por conta do frio e se aconchega contra o seu casaco, como se isso fosse adiantar. 

Ele continua me encarando, e eu faço a mesma coisa, não tento desviar, apenas fico encarando os seus olhos azuis piscina, eles são bonitos e expressivos, algo como se afundar em águas cristalinas e puras. Stan chega ao lado dele e somente nesse instante ele desvia o seus olhos dos meus, ele pede algo em voz baixa e Stan anota e saí andando para trás do bancão. 

Tomo o meu café, bebo em grandes goles e sinto os meus lábios formigar com a sensação de poder, com a sensação do meu vício estar me queimando e me possuindo por dentro. Assim que abro os olhos vejo o garoto dos cigarros com o maço de cigarros na mão, ele encara a caixinha preta e a abre, ele tira um cigarro de dentro e fica o olhando, como se a sua vida dependesse daquilo, mas bem, eu o entendo, vícios são vícios, e eles te consomem mesmo quando você acha que eles são apenas passatempos. 

Ele volta a subir o seu rosto e me encarar, dessa vez eu desvio o olhar envergonhada, como se ele tivesse me pego o observando, na verdade eu estava fazendo isso, eu o estava observando, porque eu queria entender ele, mesmo não o conhecendo ele me chamou a atenção, como se ele fizesse parte de mais um detalhe que os meus pensamentos criam. 

Bebo mais o meu café e vejo que ele já terminou novamente, gemo em frustração e considero a oferta de pedir mais um, mas provavelmente eu ficarei muito agitada, mas bem, que graça a vida tem se não a pode aproveitar da maneira que bem quer?. Levanto a minha mão e Stan apenas me avisa para esperar um pouco enquanto termina de fazer algo atrás do balcão, ele saí rapidamente com uma xícara e a deixa na mesa do garoto dos cigarros, o loiro assente para o moreno e rapidamente ele chega até mim.

"Deixa eu adivinhar, mais um café?" ele pergunta divertido e eu abro um sorriso envergonhado para o garoto, passo uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha e sorrio abertamente.

"Por favor" eu peço em um sussurro e ele suspira me mostrando um sorriso com direto as suas belas covinhas fundas e salientes.

"Só um instante garota do café" ele faz uma pequena referência com o seu boné que traz o nome da cafeteria e se afasta de mim. Mexo com os pequenos buraquinhos do meu sweater os alargando um pouco e os meus cabelos ruivos escuros cobrem um pouco a minha visão quando eu baixo a cabeça. 

Ouço passos pelo o estabelecimento e o som chama a minha atenção, levanto a minha cabeça e vejo o garoto dos cigarros ao meu lado da mesa, ele se senta no estofado a minha frente e sorri para mim levemente. A sua xícara com achocolatado se pousa ao lado da minha xícara de café vazia. Ele não pergunta se pode se sentar comigo na mesma mesa, ele apenas se senta e olha para as janelas, eu continuo o encarando com as sobrancelhas juntas. 

"Sim?" eu simplesmente falo, me esforçando para a minha voz sair mais que um sussurro. 

"Me desculpe, você estava me encarando de uma maneira totalmente rude" o tom da sua voz é apreciável, um tipo de voz grave e suave, carregada de um sotaque forte e estrangeiro, um sotaque que não é da Inglaterra, ou muito menos dessa pequena cidade. 

"Não estava o encarando rude" minha voz saí claramente chateada, mas continua em um tom baixo. 

"Aqui, Soph" Stan chega com a xícara de café a deixando na minha frente retirando a outra xícara. Ele pede desculpa por atrapalhar a conversa. 

"Garota do café" ele chama e eu rio levemente sentindo as minhas bochechas corarem fortemente. 

"Garoto dos cigarros" bebo um gole do meu café e ele fica me encarando, os olhos azuis passando dos meus cabelos até o meu sweater. Eu repito o seu ato e o rolo os meus olhos pelo os seus semblantes cerca de dez vezes, dez longas e inesquecíveis vezes.

"Observadora" ele sorri e pega em sua xícara. 

"Gosto de detalhes" respondo mexendo nas mangas do meu sweater e então ficamos em silêncio. Fico encarando o meu café e ele fica me encarando. Sinto um conforto, sinto as minhas bochechas corarem, tenho vontade de me levantar e correr dos seus olhos curiosos. 

"Posso saber o seu nome?" levanto os meus olhos e fico o encarando, os seu semblante calmo e curioso, fico me perguntando quais são os riscos de um homem desconhecido saber o meu nome. Bom, os riscos são grandes, mas eu gosto de viver até os limites. 

"Sophie" digo lentamente logo depois bebendo do meu café. 

"A sábia " ele entorta o lábio e toma um pouco do seu achocolatado. 

"Como sabe o significado do meu nome?" sorrio somente com um canto da minha boca. 

"Sei o significado de muitas coisas, e também sei que você é francesa" arregalo os meus olhos e fico paralisada. 

"Como você sabe?" eu murmuro baixamente, eu praticamente sussurro como se estivesse com medo. 

"Sophie vem do francês, o termo correto do seu nome é Sophia aqui na Inglaterra, e Sophie é muito mais usado na França, e o seu sotaque também te denuncia" ele explica e eu fico admirada pela as suas palavras, ninguém nunca soube tanto de mim só pelo o meu nome. 

"Você também tem sotaque" tomo mais um gole do meu café, ele apenas assente. 

"Sim, pequena francesinha viciada em café" ele faz uma piada e eu coro, as minhas bochechas parecem que vão pegar fogo a qualquer momento. 

"Qual seu nome?" pergunto desviando os meus olhos dos seus e encaro as ruas. 

"Niall, sou da Irlanda" ele responde minhas duas perguntas e eu assinto. 

"Muito prazer, pequeno irlandês viciado em cigarros" faço a sua mesma brincadeira e ele solta uma pequena risada, quieta e aconchegante. 

"Me fale sobre você" ele toma o líquido da sua xícara e eu repito o seu ato. 

"Sou apenas uma dessas pessoas sem graça. Que se irrita fácil com barulhos, se sente tímida em multidões, se deixa levar pelo coração." sussurro a curta frase e ele me encara, os olhos azuis me olhando firmeza, como se tentasse me decifrar, mas isso é algo impossível, nem eu mesma me decifro, como ele poderia me decifrar?. 

"Bom saber, Sophie" os seus lábios se mexem de forma lenta conforme saboreia o meu nome em seus lábios, eu fico hipnotizada pelo os seus lábios avermelhados. 

"Me fale sobre você" repito a sua pergunta enquanto termino de tomar o meu terceiro café. 

"Apenas um garoto viciado em cigarros que vive o que pode" sua frase é curta e recheada de significados profundos na qual não consigo decifrar. 

"Eu preciso ir" sussurro encarando a minha xícara vazia, puxo as mangas do meu sweater e Niall me encara.

"Posso te encontrar outra vez?" ele pergunta enquanto me vê juntando as minhas coisas e pegando o dinheiro para pagar os meus cafés. 

"Quem sabe" sorrio de maneira doce e tentando não corar.

"Bom" ele simplesmente fala. 

"Adeus, Niall" me levanto do estofado e o olho.

"Adeus, Sophie" começo a andar para as portas da cafeteria e assim que puxo a porta para abrir dou uma olhada para trás antes e vejo Niall sozinho na mesa, ele mexa nas bordas de sua xícara com a cabeça baixa e sozinho. Saio pela a porta afora e deixo o vento gelado bater contra o meu corpo quente, respiro profundamente retomando o ar necessário e começo a caminhar para longe da cafeteria, já não há mais sinais de chuva mas mesmo assim caminho em passos rápidos. 

Passo pela as mesmas ruas apertando a minha bolsa contra o meu corpo e puxando mais as mangas do meu sweater, uma única frase continua martelando em minha cabeça, ela fica se repetindo em minha mente até um momento que eu me permito a apreciar. 

"E às vezes, no meio da tempestade, aparece alguém pra ser sua calmaria."  

Sorrio um pouco e penso que talvez, só talvez, o garoto irlandês viciado em cigarros possa ser a minha calmaria. Mas como sempre eu estou errada, e o garoto loiro é apenas mais uma memória minha. 

XX

gostaram? então? devo dizer que essa é a minha primeira fanfic com o Niall e eu estou me esforçando muito com ela, é sério gente. Por favor babes, votem e comentem eu irei ficar mega feliz com isso! Obrigada por tudo, por todas as pessoas que estão lendo. 

Só relembrando que as frases que estão de ladinho são os pensamentos dela ou as coisas que ela escreve em seu caderno. 

Outra coisa, eu sei que vocês podem não estar entendendo a fic ainda, mas essa é a graça dessa história, vocês vão conhecer mais sobre eles conforme forem indo lendo, eu vou tentar em todo o capitulo ter pelo menos de 3.000 mil palavras a 5.000 mil, então se eu demorar um pouco para atualizar vocês já sabem. 

love all, agah. 


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