Um Contrato com Deus - Degust...

De Beatriz-AnaOliveira

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* LIVRO SE ENCONTRA COMPLETO NA PLATAFORMA DREAME - Deus escreveu a minha história como devia ser. Apesar de... Mai multe

Prólogo ✓
2° Capítulo
3° Capítulo
4° Capítulo
5° Capítulo
6° Capítulo
7° Capítulo 1/2
7° Capítulo 2/2
8° Capítulo
9° Capítulo
10° Capítulo
11º Capítulo
12 º Capítulo
13° Capítulo
14º Capítulo - O vestido
15° Capítulo - Ele fez de novo.
16º Capítulo - Trocando de Par?
17º Capítulo - Visita inesperada de outro O'Jill
18° Capítulo - Enfim, o casamento.
19° Capítulo - Um presente para Lya
20° Capítulo - O Baile
Um Contrato com Ela

1° Capítulo ✓

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De Beatriz-AnaOliveira

Olá meu nome é Lya Sanger. Tenho 17 anos e estou no último ano do ensino médio. Estudo na escola municipal Bordon. Tenho cabelo castanho avermelhado, olhos castanho escuro, e média altura, 1.50 .
Eu moro com meu pai aqui em Middletown. Perdi minha mãe com 9 anos de idade. Ela faleceu devido a um acidente de carro. Meu pai se culpa até hoje por isso. Ele estava dirigindo.
Nós levamos uma vida tranquila, Deus tem nos ajudado muito, nos dando força e ânimo.
Eu não estou frequentando a igreja sempre. Vou varias vezes, mas minha agenda não me deixa muito tempo livre. Sei que não é desculpa, mas sempre que tem uma brecha eu to na casa de Deus.
Meu pai diz que tenho uma fé inabalável! Eu creio muito em Deus! Tenho fé que tudo que ele faz é perfeito. Ele sabe o que faz, como faz e qual o melhor para nós.
Deus sempre tem o melhor para nós!

〰🔹〰

Pela manhã, levantei, fiz as necessidades matinais. E desci para tomar café. Meu pai já havia saído. Ele é professor de música em uma escola na cidade vizinha. Ele toca saxofone, e encanta a todos com esse dom.

Peguei uma torrada, passei geléia de uva e sai comendo. Estava atrasada novamente.
Eu não moro muito longe da escola. Na verdade ela fica a uma quadra daqui. Vou a pé mesmo.
Minha casa não é tão grande, pois não somos ricos, mas é aconchegante e suficiente para meu pai e eu.

Enquanto caminho para a escola, é inevitável não lembrar de meu contrato, pois o causador do meu choro passa dirigindo sua caminhonete.

Eu tinha 12 anos quando conheci o Liam O'Jill. O cara mais popular e bonito do colégio. O tipo certo de encrenca. Até hoje ele é assim! Já ficou com todas do colégio, menos uma. Eu!
Me apaixonei por ele, quando veio morar aqui. Sempre ficava de olho nele, prestando atenção em tudo o que ele fazia. Principalmente nas burradas que ele fazia. Já pegou suspensão 3 vezes, na quarta ele é expulso. E um dia, na aula de Educação física, sou boa em todas as matérias menos essa, ele me derrubou durante uma corrida. Ele pediu desculpa e todo fofo me ajudou a levantar. Estava só nos dois, pois todos estavam correndo lá na frente. Segurei seu pulso pra que não fosse embora e contei que gostava dele, que estava apaixonada.
Ele gritou para que todos pudessem ouvir: Ficou louca? Acha mesmo que teria algo com você? Vai procurar outro crente igual a você. Eu nunca namoraria uma garota que acredita em um tal "Deus".

Isso doeu, e muito. Todos ouviram e fui motivo de chacota por muito tempo. Até hoje as pessoas lembram. Fiquei conhecida como a crente rejeitada. Bem feito pra mim. Fui buscar lá fora o que está dentro da igreja.
Fiquei com tanta raiva que prometi pra Deus, e pra mim, que nunca, nunca mas iria expressar meus sentimentos. Nunca iria beijar ou me permitir apaixonar novamente. Fiz um contrato com Deus em minha oração.

Senhor, altíssimo Deus! Pai de infinito amor e bondade. Me perdoe pelas minhas fraquezas! Me perdoe pelos erros que tenho cometido. Senhor! Estou tão triste. Meu coração está partido. Hoje sofri mais uma vez. Porque senhor ele não gosta de mim? Por que?
Faço um contrato Contigo hoje senhor. Não permita que eu me apaixone por ninguém e nem me deixe levar pela vaidade de chegar perto de um homem. Quero apenas beijar aquele que será meu marido. Que me amará, me respeitará. Que me fará feliz. Suprindo a falta de minha mãe. Sendo meu amigo como tu tens sido. Senhor! Aceite esse contrato. E me dê forças para suplantar todo mal e tentações que viram. Isso te peço em nome de teu filho que vive e reina para sempre. Amém!

Atravessei a rua, passei na calçada e no gramado em frente ao prédio de 2 andares da escola Bordon. Havia muitos alunos conversando, rindo e brincando. Correndo uns atrás do outros. Daqui a pouco começa as provas e eles estão aí, falando do jogo de ontem, da briga no meio do campo. Animadoras de torcida exibem sua maquiagem excessiva as sete da manhã. Coisa habitual.

Entro na escola e vou em direção ao meu armário, n° 3. Ele fica bem perto da porta de entrada. Vejo Liam e sua turma entrar. Muitas garotas já ficam todas nervosas com sua presença. Gritos, pulos e balançar de cabelo na tentativa desnecessária de um olhar dele: Agem como se ele fosse o rei. Uma das garotas, uma morena muito bonita, chega perto dele e fala algo em seu ouvido. Em resposta ele aperta sua bunda e a beija. Nojo! Apenas o que sinto. Não sei como gostei desse cara. Ele é tudo o que eu abomino. Sabe, meus pais tiveram um casamento cristão. Foi lindo! Ele se guardou para ela e ela para ele. Oraram, buscaram resposta da palavra dEle para confirmar sua união e Deus confirmou. E aí estou eu aqui. Meu pai diz que minha mãe e eu somos o maior presente de Deus para ele, apesar dela já não se encontrar em vida.

Pego o livro de física dentro do armário e espero a turma dele passar e é inevitável não sentir a mistura de perfumes que dá nausia. Liam e parado na porta por uma loira, que não sei o nome, mas sei sua fama.

- Com licença! - digo em tom baixo mas ele escuta.

- Claro Lya! - diz movimentando um dos braços como um cavalheiro.

- Obrigada! - agradeço. A loira não movimenta um músculo para sair da frente. Tudo bem que eu pedi a ele mas poxa. Seja educada!

Logo sento na minha cadeira, a penúltima do canto direito. Liam e os amigos sentam no fundo. Últimas cadeiras do canto esquerdo.
Professora Alexandra entra e inicia a aula. Logo a 1 hora e meia passa e vem o próximo professor. Aula de artes. Aula rápida apenas 40 minutos. Terminada a aula, junto minhas coisas e saio da sala. Vou até o armário pegar meu livro de inglês. 2 horas de inglês e 1 hora de literatura inglesa, com a mesma professora. Apesar de gostar da matéria, eu não gosto da professora. Talvez seja por que Liam e ela já tiveram algo. Bom, é o que todos dizem. Ela sempre facilita as coisas para ele. Da respostas de questionários que ela passa, e sinto um leve arrepio ao ver o seu decote; Da pra ver o pé dela através dele.

Terminando a aula, saímos para almoçar.
Saio da sala e vou para o refeitório. Enfrento uma fila enorme, e se torna maior ainda com a turma do time de futebol americano passando na frente e respectivamente as suas namoradas, peguetes, chamem do que quiser, pois elas não são fixas, animadoras de torcida. Quando está quase chegando a minha vez, vejo a Kita, minha melhor amiga.

Ela está no terceiro ano e eu no quarto ano. Ela tem cabelos pretos e é branca como o leite. Olhos azuis e é mais alta do que eu.

- Oe! Ainda vai comer? - pergunta surpresa. Sou a última da fila.

- Sim! O time de futebol e as meninas animadoras de torcida, passaram na frente e acabei ficando por último. - disse pegando meu prato.

- Eita! Vou lá na sua casa hoje, pode?

- Claro! Tenho uma música pra te mostrar. - sorri me sentando em uma mesa quase vazia.

- Ah que bom! Tô doida pra ouvir. Mas eu tenho uma novidade. Importante! - disse.

- Está bem! Te espero mais tarde.

- OK! Bom almoço! - ela diz e o sinal toca. Demorei tanto pra pegar o almoço que já terminou o intervalo de 30 minutos. - Eita, vai chegar atrasada para a ultima aula.

- Não tem problema. Sr Thompson já sabe o porque do meu atraso. Já está até acostumado. - Rimos.

Estou terminando de comer e resta apenas a turma do Liam, eu e risos e gargalhadas. Não vejo a hora de terminar de comer.

Uma das meninas me vê. A morena dantes na entrada. É Laís Sánchez. Morena, olhos verdes, com curvas delineadas. Deus caprichou em!
Ela vem em minha direção. Pronto vai começar. Ai meu Deus me ajuda a não me irritar e voar em cima dela. Me da calma e paciência.

- Ta fazendo o que aqui esquisita? - diz apoiando-se na mesa. O que eu to fazendo? Mas que pergunta. Não ta vendo o prato, os talheres e a comida?Calma Lya, calma. Paciência com as pessoas. Você é serva de Deus, tem que dar bom testemunho.

- Estou comendo, mas já estou saindo. - disse dando a penúltima garfadada.

- Não querida, você já terminou. Sai! - disse pegando meu prato e me deixando com o garfo na mão. Ouço risadas vindas do fundo do refeitório.
Me levanto calmamente e me dirijo ao lugar onde põe os utensílios usados. Coloco o garfo e saio. Posso ver ele indo ao encontro dela. Vejo de relance, eles se abraçarem, e o olhar dele encontra com o meu.
Como pode uma pessoa ser tão ruim.
Não acredito que me apaixonei por ele.

- Foi a última da fila de novo Srta Sanger? - Sr Thompson diz irônico.

- É um imã. Quando estou na fila, todos passam na frente. - disse e ele sorriu de canto. O sr Thompson é um ótimo professor de exatas.

〰🔹〰

Já em casa, faço um lanche, lavo a louça e faço todo o serviço da casa. Ponho a roupa pra lavar na máquina e vou fazer meus exercícios de exatas e uma redação sobre Liberdade de expressão.

Terminando os deveres escolares vou estender as roupas, minhas e do meu pai. São 17:46 vou adiantar o jantar. Hoje Kita vai vir aqui em casa e eu tenho curso de espanhol as 19:20.
Faço arroz, salada de batata e frango frito. Meu pai ama esse prato. Vou tomar um banho pois já são 18:17. O curso não é tão longe, é apenas 10 minutos de carro da minha casa. Mas tenho que esperar o ônibus ainda. Kita ainda não chegou, mas não posso esperar por ela.

Quando estou me vestindo após o banho, ouço barulho da porta. Meu pai chegou.
Coloco uma saia jeans clara, um pouco acima do joelho. Uma camiseta branca e uma jaqueta jeans. Deixo meu cabelo solto, ele vai até a cintura. E eu quero que cresça mais.
Desso a escada e vejo meu pai já de calça e blusa social. Ele vai a igreja. Tem culto terça, sábado e domingo.

- Boa noite, pai! - o cumprimento assim que termino de descer a escada.

- Boa noite princesa! Vai para o curso? - disse arrumando sua pasta.

- Sim! Kita esteve aí? Ela falou que viria, mas até agora, nada!

- Não! De repente ela ta vindo aí!

- Uhum! Só não posso esperar. Tchau! - dou um beijo em seu rosto e abro a porta.

- Então está bem. Vai com Deus!

- Amém! Fica com Ele!

〰🔹〰

Fui andando para o ponto e um carro, preto, se aproximou. Estranhei sua atitude é até levei um susto ao ouvir Kita gritar: Buh!

- Haha! Muito engraçada! - rio irônica. - Fiquei te esperando e cadê?

- Foi mal. Esse aqui é o Dan, um amigo meu. - disse referindo-se ao motorista. Ele a olhou contrariado.

- Oi! Preciso ir, meu ônibus chegou. Depois me liga pra falar do seu " amigo " - movimento os dedos em sinal de aspas. Kita sorri em confirmação.

Entro no ônibus e vou para o curso. Uma hora e meia de curso passaram rápidas. Eu sou apaixonada por idiomas. Falo francês, um pouco de japonês. Espanhol é minha mais nova paixão.

Chego em casa por volta de 21:20. Meu pai está na varando tocando sax. Falo ele e subo. Tomo um banho e coloco um vestido meio curto, apenas pra dormir. Sou bem rígida comigo por conta da doutrina da igreja. Tudo em um comprimento decente. Mas pra dormir eu uso um vestidinho na altura da coxa. É um vestido cinza de manga comprida.
Escuto um barulho lá fora. Olho pela janela e vejo uma caminhonete azul. Carro do Liam. É a turma dele. Para minha infelicidade, ou plano de Deus, Laís mora em frente a minha casa.

Se dirigem todos para a casa dela, menos o Liam. Ele vem em direção a minha. Me assusto. Desço as escadas rápido e logo estou na porta. Ponho a mão na maçaneta, mas não abro. Espero, espero, e nada. Descido abrir e dou de cara com ele. Lindo! A luz pousa sobre ele perfeitamente, fazendo seus olhos negros brilharem. Seu rosto com uma leve barba. Apoiado com uma perna na varanda que da um degrau de diferença para a rua. Está de calça jeans escura, blusa branca e jaqueta de couro preta. Seu cabelo perfeitamente cortado, e penteados para atrás. Qu-que reação é essa? Lindo? Oi Lya?

- Oi! - ele diz. Não consigo pronunciar uma palavra. - Eu estava falando com seu pai sobre o instrumento.

Meneio em confirmação.

- Quer jantar pequeno Liam? Lya fez um ótimo jantar. Salada de batata! - diz meu pai quebrando o silêncio.

- Eu amo salada de batata, mas não, obrigado Sr Sanger.

Meu pai chamava ele assim desde que o salvou de um afogamento.

- Venha, vamos ficar muito feliz se jantar conosco. - diga por si só! - Não é Lya?

- É! - disse com pouco entusiasmo. Mas ele abriu um leve sorriso, como de quem aceitou o convite. - Eu fiz um frango a mais. - completei.

- Olha! - disse meu pai. - Coisa de Deus então. Ele já sabia que viria! -
Mais uma vez ele abriu um sorriso, porém esse era maior que o outro.

- Ah pai! Só não fala muito de Deus por que ele não gosta de crente. - falei olhando para ele. Entrei sem dar chances do meu pai, ou ele, falar algo.

- Me sentei a mesa na cozinha, e, de onde estava sentada, pude ver meu pai se despedindo dele. Liam de costas indo em direção a casa da Laís. Meu pai entrou com aquela cara. Ferrou. Sermão vindo. E não. A pior coisa aconteceu. Meu pai ficou em silêncio. Meu pai em silêncio. É salve-se quem puder!

Sentou a mesa quieto. Comecei a arrumar seu prato.

- Quer mais um pedaço de frango? - disse, temendo pela resposta. Ele não iria deixar passar essa.

- Esse pedaço devia ser para o Liam! Mas.. - disse brincando com os talheres.

- Ele não veio por que não quis! - disse baixo, quase imperceptível, mas ele ouviu.

- Como ele iria vir, se você o destratou? Eu não te dei educação? - disse calmo.

- Sim pai! Mas eu aturo ele na escola e agora em casa também? - disse me sentando para comer.

- Lya, você ainda não o perdoou? - disse me encarando.

- Pai eu sei o que eu sofri! Ele me humilhou na frente de todos, sem ter um pingo de pena de mim, e eu tenho que ter dele? - falei num desabafo.

- Sim! - disse em tom mais bravo. Meu pai não costuma ser assim. - Sim, pois você tem Deus. Você tem o amor e o consolo de Deus! Ele não! Você sofreu? Ele também! Mas você ainda tem a mim e principalmente, tem a Deus!

Uma lágrima escorreu de meu olho esquerdo sem que eu ao menos pudesse evitar. Não gosto de chorar e muito menos na frente do meu pai. Sua palavras pesaram em minha consciência. Ele tem razão, eu devia entender.

Levantei e fui para a escada.

- Não vai jantar? - perguntou.

- Não, obrigado. Perdi a fome! - disse, subindo as escadas. Ouvi ele dizer que era pra eu comer um lanche depois. Entrei no quarto, fechei a porta e me joguei na cama. Meu pai tinha razão. Eu não o perdoei ainda! Mas, faz tanto tempo! Por que eu não consigo tirar essa mágoa!

Neste momento o som alto ecoa dentro do meu quarto. Laís está dando mais uma festinha.

〰🔹〰


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