Unforgettable

By semnexo

11.7K 673 76

Uma polícia recentemente formada que trabalha com um atraente tenente. Uma miúda aventureira e que não poupa... More

Bodies without soul
No matter what, run
Saída sem sucesso. Corrida com regresso?
Mera coincidência?
'Just Friends'?
Feelings? Of course not...
Good morning sunshine
I'm on fire!
"Tem um bom dia Jack!"
Trabalho com prazer
'Love's a game, wanna play?'
Have a nice day!
Saudade.
Again?
Ajuda sem êxito
Encontro matinal
Intrometidos têm pouca sorte
Heaven and Hell
Uma questão de pormenores
'Hard' party
"Tipo, um encontro?"
The date
Isolados
"Já temos resultados"
Festival
Jennifer, a assassina
Surprise!
Ciúmes?!
'Menina Jennifer'
'Agente James'
Let's go to the beach?
Estudo Acompanhado
Really?!
Fode-te Bruce!
Adeus Bruce!
Cinema bebé?!
Normal day
Queima das Fitas
Graduação
Prom
Admirada Jenny
Uma manhã
Croissants e fruta
White Party
Bebidas a mais
Saturday
Bloody sunday
The end
'Before you fall in love with me'
Hello Vegas!
És um cavalheiro!
Amigos de longa data
Vegas Night
3º dia em Vegas
Portuguese party
Um ótimo 'bom dia'
Male dance
Fuga inevitável?!
Última noite
'Diz-lhe que sim'
Nota de Autora Inicial
Nota de Autora Final

Viciada?!

112 5 0
By semnexo

Depois de um dia de trabalho e o merecido banho, fui até ao campo em que Jack treina. Convidou-me para ir jantar com ele e acabamos por combinar encontrar-nos no seu treino. Decidi vir assistir e vivenciar (mesmo que não vá jogar) uma nova modalidade. Sentei-me numa das cadeiras pretas das grandes bancadas e avisei Jack, com uma mensagem, que já tinha chegado.

Pouco demorou a avistar o jeitoso equipado e pronto para mais um duro treino.

- Pensava que vinhas mais tarde –ele falou ao dar-me um beijo na bochecha

- Decidir que ver homens quase a matarem-se não me faria mal –sorri-lhe e ele gargalhou

- Correu bem o dia?

Jack pegou nas minhas mãos e brincou com elas.

- Sinto-me cansada mas correu bem. E o teu? Gostam de ti na empresa?

Questionei-o ao lembrar-me que ele já trabalhava numa empresa e exercia a sua adorada profissão de arquitecto. A sua expressão mudou ao ouvir a palavra cansada, todavia logo mudou ao falar de si. Estava tudo a correr bem e depois de uma excelente semana em Vegas não podíamos pedir melhor.

- Não morras –disse ao dar-lhe um beijo na linha do maxilar e larga-lo do abraço.

- Eu sei que não vives sem mim –gargalhou e depositou um beijo na minha testa –se tiveres frio podes ir para a sala de convívio ou assim

Não contrapus ou protestei. Não tinha forças para isso. Trabalhar por turnos é cansativo, ser da polícia é cansativo, correr riscos é cansativo; contudo, é o que eu gosto. Sorri quando ele me olhou mais uma vez antes de ir e compus o meu casaco. Estava vento e estava fresco, como era habitual nesta terra.

O treino começou e os meus pensamentos fluíram. A minha última viagem trouxe-me muita coisa e uma delas foi a minha adorada adrenalina que me acompanhou em grande parte das horas passadas nos Estados Unidos. Viajar é trocar a roupa da alma e a minha alma está de roupa nova. Não posso deixar que o cansaço vença e assim farei. A fadiga passa com algum café e relaxamento, nada de preocupante ou novo.

(...)

- Onde queres ir jantar? –Jack inquiriu ao colocar a mão na minha perna enquanto mantinha o olhar fixo na estrada

- Podíamos ir ao meu restaurante favorito?! –convidei um pouco entusiasmada.

Ele concordou e os seus dedos mimaram a minha perna. Jack era suave e delicado e eu sentia-me reconfortada. Estava quente e com a cabeça encostada no vidro, acompanhada de um leve sorriso.

- Vamos lá preguiçosa?

O carro estava estacionado e desligado e nenhum saiu. Penso que a vontade dele ficar dentro do carro, apenas a descansar e a trocar uns quantos carinhos, era igual à minha. Todavia, se fossemos já jantar, depois poderíamos fazer isso sem sermos interrompidos pelos barulhos das nossas barrigas. Inclinei-me para ele e prendi a sua cara nas minhas mãos. Beijei-o tenuemente e um sorriso criou-se nos lábios carnudos de Jack.

- Vamos –quase sussurrei. Afastei-me e vesti o meu casaco.

- Vem cá –a sua mão puxou o meu braço e, consequentemente, a mim. Deixei-me ir.

Os seus lábios contactaram mais uma vez os meus. Uma ótima sensação. A sua mão acariciou a minha bochecha e eu não quebrei o beijo. Prologuei-o e pouco depois acabei-o com um sorriso.

- Achei que...estavas a precisar –ele coçou o seu pescoço meio envergonhado e eu gargalhei. O ambiente ficou mais 'leve' e ele menos constrangido.

- És formidável –disse antes de sair e levar com o vento frio.

(...)

- Jennifer, és viciada em adrenalina?- Jack quebrou o silêncio, talvez não da melhor forma. Ri com a sua pergunta e encarei-o. –Estou a falar a sério

Viciada em adrenalina? Isso é possível? Eu não o sou. Não sou viciada em nada! Nem em desporto. Porque qualquer vício, por mais saudável que seja, é mau. Os vícios são maus. A palavra é má.

- Não. Sabes que eu detesto vícios –proferi.

- Por isso é que eu estou preocupado –ele falou com outro tom de voz, mais baixo, mais meigo, mais frágil. O Jack está realmente preocupado e a pensar que eu sou uma viciada em adrenalina, uma estúpida hormona.

- Não precisas, eu estou bem –disse-lhe com um sorriso. Viciada numa hormona.

- Mas...eu li um artigo sobre isso e acredita, tens de ter cuidado

- Jack! –tentei não gritar. Várias palavras preenchiam a minha cabeça e começavam a afetar-me. Vício.

- Ouve-me por favor –Jack deu-me as mãos depois de guiar a minha cara na sua direção –sofreste algum trauma ou assim? Preciso que sejas sincera...-a sua voz quase quebrou. Engoliu em seco e voltou ao seu discurso –não precisas de falar sobre isso, apenas diz se houve ou não.

- Pode-se dizer que sim –respondi de olhar fixo nos pés.

Viciada.

Adulterada.

Estragada.

Deteriorada.

Arruinada.

- Hum...-abraçou-me por uns momentos e, depois de um beijo na testa, olhou-me nos olhos –por causa de algum trauma ou stress, as pessoas podem ficar com vontade de correr perigo. Ao fazerem-no e experimentarem novas coisas, algumas substâncias químicas são libertadas trazendo novas emoções e todas essas coisas que tu sabes...uma das consequências é o cansaço...

O meu cérebro rebobinou a minha vida, deixando de ouvir Jack. Realmente sentia-me cansada de vez em quando chegando a nem querer saber do telemóvel, sem muito sentido (ou com toda a razão), e sempre que experimentava algo queria mais.

- Não –sussurrei ao soltar-me dos braços de Jack.

- Jen, não vás –ele voltou a agarrar-me –não te ponhas em perigo!

Jack revirou os olhos e eu dei um risinho. Ele sabia que não adiantava, sabia que o seu pedido era um pouco parvo. Sabia demais até. Eu devia ter tido mais cuidado, ele não iria ficar sem fazer nada enquanto esperava que uma parva decidisse namorar com ele. Contudo, o que ele dizia não podia ser verdade! Eu não podia ser viciada em adrenalina. Eu sofri alguns traumas e muito stress em Portugal mas nada de mais, isso não podia ter-me exposto ao perigo porque eu sempre gostei do perigo.

- Tu não tens culpa –os seus lábios suaves tocaram na minha bochecha –eu posso te mostrar o artigo, explica a parte das substâncias e quais as funções e também tem citações de um psiquiatra...

- Por favor –apertei o corpo de Jack e falei, interrompendo-o.

Era demais. Um psiquiatra!

- Posso dormir contigo?

Ele sussurrou, após uns minutos de silêncio. Jack percebera que era demais para mim. Que eu não aceitaria. Que era uma ofensa. Que eu estava cansada e precisava de perigo...

Assenti que sim e beijei-lhe o pescoço num ato carinhoso levando-o a sorrir.

(...)

Dias passaram e o assunto sobre o perigo não voltou. Jack tem passado algumas noites na minha cama, assim como o domingo, no qual estivemos uma tarde no meu quarto; coisa impossível para a Jennifer Azevedo, mas a verdade é que aconteceu e eu não me importaria de repetir. Acho que isto é amor. Fazer coisas que nunca pensamos, que não gostávamos mas passamos a adorar.

- Podíamos ir até à praia –pedinchei enquanto fazia desenhos no peito de Jack.

- Está a chover!

- Não disse que era para apanhar sol –beijei-lhe os lábios –fazíamos surf ou assim

- O tempo está horrível e estamos tão bem aqui –Jack acariciou o meu braço, mostrando a sua enorme vontade de sair de casa.

- És tão...-olhei para o teto em busca das palavras certas.

- Lindo?! –o jeitoso deitado na minha cama completou.

- Convencido –sorri ao sentir os seus lábios no meu pescoço –de qualquer das maneiras, vais ter de sair da cama

Afastei-me dele, preparando para me evitar o seu meio engenhoso de persuasão.

- Tu és tão chata Jennifer! –protestou sentando-se encostado à parede. Cruzou os braços de amuado.

Levantei-me e ri da sua atitude.

- Vou preparar qualquer coisa para comermos oh jeitoso

Sai do quarto apenas com a t-shirt de Jack e caminhei até à cozinha em busca de algo rápido para fazer. Queria tanto não ter saído da beira de Jack, mas o meu estômago é excelente a pedir comida e eu não lhe posso negar algo tão bom.

O problema não seria grande se umas mãos não me agarrassem impedindo qualquer movimento. O calor do corpo quase nu de Jack fez-me reaquecer e a sua respiração na minha orelha fez o meu coração derreter.

- Amo-te mais do que nutella –ele sussurrou-me

- Isso é porque não há nutella –respondi-lhe ao virar-me –e não venhas com falinhas mansas, nós precisamos de comer!

Jack gargalhou e beijou-me lentamente. Deixei-me levar nas sensações fornecidas pelo incrível ser humano e o meu corpo não tardou a responder. Ter alguém ao nosso lado não é de todo mau. E, embora eu adore ter o Jack comigo, ainda não consigo assumir um compromisso.

- Eih eih! Ainda há comida cá em casa, não precisam de se comer –Eleanor comentou num tom brincalhão fazendo-nos separar.

- Estou a seguir os exemplos do casalinho –Jack desafiou El.

Eleanor tossiu e como sempre ajudou há brincadeira.

- Nah nah...muito mal feito... -abanou a cabeça em reprovação – Até vos explicava como é mas o Thomas não está cá

- Menina Eleanor, que modos são esses? –repreendi a mais nova que ainda se ria com Jack. –juizinho!

Eleanor levantou as mãos em rendimento e Jack soltou-me lentamente, dramatizando a dor de me deixar. Eu é que devia de me queixar! Assim tenho muito mais frio e ele é um maravilhoso aquecedor humano.

- Logo vou fazer noite, podes brincar com o Thomas à vontade –declarei da forma mais inocente que conseguia enquanto preparava algo para comermos e ouvi Jack a rir encostado ao balcão.

- Não sei como te aturo há tanto tempo –El suspirou –olha, devias tapar o teu amor porque uma pessoa não é de ferro ok? Agora divirtam-se muito que eu não vos quero interromper mais.

Olhei Jack e depois para Eleanor que se despedia com um beijo atirado ao ar. Jack repetiu o gesto e logo me puxou para ele.

- Ouviste?

- Tu não perdes uma oportunidade pois não? –falei já em frente a Jack e beijei-lhe o pescoço lentamente.


***

Votem e comentem se vos agradar!


P.S.: para quem não sabe há mesmo viciados em adrenalina! podem pesquisar se não se acreditarem :)



Continue Reading

You'll Also Like

9.9M 615K 88
Um homem insuportável de um jeito irresistível que faz um sexo que deixa todas de pernas bamba, Tem todas as mulheres que deseja aos seus pés mas te...
288K 35.6K 46
Após vários dias em coma, Malu acorda em uma cama de hospital, sem lembrar nada sobre seu passado. Sua única companhia - além de colegas de quarto es...
88.1K 5.4K 44
Ele decide ajudar ela a investigar a morte de seu pai, porém ele quer algo em troca. -Nada é de graça meu bem. -O que quer?-Pergunto -Você. Ela só nã...
1.1M 157K 93
Trilogia COMPLETA ⚠ ATENÇÃO! Este é o segundo livro da trilogia A RESISTÊNCIA, a sinopse pode conter spoilers. Após descobrir que Emily faz parte da...