Escolhida || Livro 2 da Trilo...

By gabsel_

173K 18.7K 2.6K

Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Dezessete

2.9K 340 31
By gabsel_

Pego meu arco no chão. Corremos para o primeiro andar. Eu forço minha visão para ver se há alguém lá fora. Minha cabeça quase explode de tanta dor que sinto.

Então, vejo dois corpos do lado de fora. Duas silhuetas vermelhas atrás da parede. Eles nos esperam, apontando suas armas para a porta.

Uma pontada de dor atinge minha cabeça e paro de forçar os olhos.

— Há dois deles nos esperando — sussurro para os outros. — Eu sei onde eles estão, posso sair primeiro e atirar neles. Além disso, não podem me matar, eles estão com seringas com alguma coisa dentro, provavelmente para me fazer dormir.

Vejo Harry abrir a boca para falar algo, mas nenhum som sai dela. Eu já até posso imaginar o que ele ia falar e sei o motivo que fez ele não falar.

Suspiro. Harry está realmente tentando se afastar. Não sei o motivo, mas imagino que esse "afastamento" tenha sido uma maneira menos iminente de término.

Todos me encaram por um tempo. Vejo Louis sem ninguém segurando seu braço e me surpreendo. É a primeira vez que o vejo "livre".

Por um momento, penso que todos vão recusar. Penso que vão se opor. Penso que vão agir igual Harry.

Demi engole o seco e dá um passo para frente.

— Tome cuidado — ela fala.

Sorrio para ela.

Corro em direção à porta, com o arco em mãos e a flecha ajeitada nele.

Saio da casa já com a flecha quase escapando do arco. Solto ela e a vejo ir em direção ao pescoço de um dos corpos que eu tinha visto através da parede. Ouço um disparo vir de trás de mim e meu coração quase sai pela boca ao ver o vidro de um dos carros explodir.

Me viro rapidamente e disparo outra flecha em direção a silhueta do soldado que disparou em mim.

Após isso, grito para todos saírem. Então, corremos em direção ao parque.

Mais tiros surgem do além. Balas pegam no chão e nos carros ao redor de nós.

Sinto uma enorme dor no ombro quando sou atingida por uma bala. Vejo meu ombro arder e sangrar. Solto um grito de dor. E então, sinto a dor diminuindo aos poucos, até sumir totalmente.

Me surpreendo. Acho que eu me regenerei mais rápido dessa vez. Minha regeneração está cada vez mais rápida. O que está acontecendo comigo?

Entro no parque em disparada. Piso em uma cerca no chão que provavelmente cercava o parque antes. Nós entramos no meio das árvores e as balas começam a atingi-las.

Corremos no meio das árvores, sem rumo algum. Olho para trás e vejo os soldados entrando no parque e passando pelas árvores, nos seguindo.

Um disparo acerta a árvore do meu lado. Pedaços de madeira pulverizados são lançados fortemente contra mim.

Esbarro sem querer com meu ombro em uma das árvores. Sinto uma forte dor me atingir, pois estava em alta velocidade. Cada disparo faz meu coração apertar. Olho para os lados e vejo vultos correndo ao meu redor. Não consigo identificar se são os meus amigos ou são os soldados.

Continuo minha corrida. Não consigo pensar em nada. Não consigo respirar. Não consigo parar.

Meus pés agem sozinhos, tentando fugir dos disparos ensurdecedores. Olho para trás e vejo alguns pontos de luzes vindo em nossa direção. Eles têm lanternas.

Me viro novamente. Nem contei quantos pontos eram. Cinco? Seis? Quatro? Dois? Minha mente se embaralhara completamente.

Saio do meio das árvores e percebo que estou em uma trilha que vai para a esquerda e para a direita. Se continuarmos segundo reto, iremos para o meio de outras milhões de árvores em uma descida bem inclinada

Vejo alguns vultos continuarem reto, seguindo em direção a descida. Eu apenas sigo os vultos, identificando-os como meus amigos, já que não estão atirando em mim.

Nos meus dois primeiros passos, meus joelhos quase dobram e eu quase caio, rolando a descida inteira. Passo por diversas árvores. Ouço disparos perto de mim. Meu coração quase explode. Sinto a adrenalina percorrer meu sangue.

Uma bala atinge outra árvore a poucos centímetros de mim. Os pedaços da árvore cortam meu rosto. Sinto uma dor ardente, que se passa segundos depois.

Não paro de correr. Meus pulmões ardem e imploram por ar. Eu começo a seguir outra direção, totalmente perdida e sem rumo. Balas passam zunindo diversas vezes por mim.

Sinto um tiro atingir minha perna. Uma enorme dor me atinge. Eu não consigo ficar de pé.

Caio e rolo no meio das folhas mortas e dos galhos caídos. Sinto uma dor gigantesca na perna. Provavelmente, a bala atingiu meu osso e o quebrou.

Sinto diversos cortes na pele por causa dos galhos no chão. Meu corpo só para quando se choca contra uma árvore.

Grito de dor. Por um momento, penso que vou desmaiar de tanta dor que sinto. Meus pulmões ardem como nunca.

Sinto a dor de minha perna começar a passar aos poucos. Tento me levantar, mas uma fraqueza nos meus braços me faz cair.

Olho para o alto do barranco que acabei de rolar e vejo duas luzes chegando. Um soldado me levanta, puxando meu rabo de cavalo, enquanto o outro tira uma seringa de um dos compartimentos em seu cinto.

Pego o braço do homem que puxa meu rabo de cavalo e o giro com toda a força. O homem grita de dor e me solta. O puxo para perto e quando o outro soldado vai enfiar sua seringa em mim, acaba acertando seu companheiro. Empurro o soldado que eu usei como escudo humano para longe e ele cai sozinho. Agarro a mão do outro soldado e o puxo. Ajoelho diversas vezes sua barriga e enfio uma flecha em suas costas com toda minha força.

Sinto uma enorme agonia ao sentir minha flecha perfurar sua pele e entrar profundamente em seu corpo. Rapidamente solto minha flecha dentro do soldado e o empurro para longe.

Vejo seu corpo cair no chão e rolar o resto do barranco, deixando seu fuzil para trás. Agarro a arma dele no chão e corro em disparada até o final da descida, chegando em outra trilha.

Meu coração está completamente acelerado. Olho para os lados e não acho meus amigos. Não sei mais o que fazer.

Ouço disparos vindos lá de cima do barranco. Me viro e tento procurar algum sinal de vida. Meu desespero me deixa totalmente desconcentrada.

Vejo uma luz descendo o barranco correndo. Um soldado. Ele aponta sua arma para mim. Rapidamente, levanto meu fuzil e seguro o gatilho fortemente. vários tiros saem seguidos de minha arma. Vejo o corpo do soldado rolar pela descida, sem vida.

Então, vejo diversas luzes aparecerem. Não perco tempo disparando em cada uma delas. Eu corro para longe delas.

Sinto a energia sendo gasta do meu corpo. Ainda sinto um pouco de dor por causa do tiro na perna, mas já estou curada.

Não paro de pensar onde estão os outros. Meu pulmão arde cada vez que meus pés tocam o chão.

A trilha segue em uma descida. Eu tenho que tomar cuidado para não escorregar e cair rolando de novo.

Quando a descida acaba, eu passo perto de um pequeno lago cheio de peixes mortos. Talvez os peixes não consigam resistir ao vírus.

Meus pés doem tanto, que sou obrigada a diminuir a velocidade. Olho para trás e percebo que deixei os soldados bem longe de mim. Não consigo mais os ver. Isso é bom. Mas ao mesmo tempo, é ruim. Onde estão os outros? E se eles foram atrás dos outros?

Preciso encontrá-los.

Fico algum tempo parada, para recarregar minhas forças. Respiro diversas vezes pela boca. Tento recuperar o máximo de ar possível. Tento me recuperar ao máximo. São segundos de descanso para minutos de corrida.

Então, eu começo a correr na direção que acabei de fugir.

O suor pinga de meu corpo e cai contra o chão. Não aguento mais ter que fugir. Ouço tiros ficarem cada vez mais distantes.

Quando eu chego perto do barranco novamente, vejo alguns movimentos lá de cima. Ainda há soldados descendo.

Miro minha arma para eles e disparo. Balas passam zunindo perto de mim. Atinjo um dos soldados e vejo sua silhueta rolar barranco abaixo. Não paro de correr, assim minha mira fica ruim, mas a mira deles também.

A escuridão me ajuda em me deixar invisível na visão deles, e isso faz com que eles errem todos os tiros que dão.

Ouço um grito de longe. Meu coração congela por segundos. Reconheço a voz de Demi. Foi ela quem gritou.

Minhas mãos tremem tanto, que não consigo mais estabilizar a arma na mão.

Vejo duas coisas pretas voarem em minha direção. Elas explodem no ar, levantando uma enorme nuvem de fumaça cinza.

Entro no meio da fumaceira e acabo ficando cega. Não paro de correr. Sigo na mesma direção.

Inalo a fumaça e sinto uma forte ardência nas narinas e no pulmão. Preciso me esconder.

De repente, colido contra uma parede de tijolos. Balanço a cabeça, tossindo. Tateio a parede até encontrar uma porta de metal. Atravesso a porta correndo e a fecho com tudo.

Uma enorme ardência atinge meus olhos, provavelmente uma reação atrasada da fumaça. Tossindo, eu me ajoelho no chão e jogo minha arma para longe. Coloco as mãos no rosto. Sinto lágrimas escorrerem do meu olho. Sinto medo. Sinto fúria.

Onde os outros estão? Será que estão bem?

Isso é culpa minha. A LPB está atrás de mim. Eles não vão parar de nos perseguir até eu me entregar. Eu preciso me entregar para tudo isso parar. Preciso ser capturada.

Respiro fundo, agora que meu pulmão não arde mais. Abro os olhos.

Analiso o local. O piso está todo sujo e grudento. Tem cadeiras jogadas no chão. Vejo uma televisão na parede. Provavelmente aqui era algum lugar onde os guardas deveriam ficar.

De repente, a lâmpada — que está pendurada por fios — acende. Levo um susto.

Energia? Como?

Então, a televisão liga. E eu vejo um rosto nada agradável. Um rosto no qual quero deforma-lo. Sinto vontade de entrar na tela da televisão e soca-lo.

Fecho os punhos com muita força. Cerro os dentes tão forte, que os sinto doer.

— Olá, Claire — diz Max.

Continue Reading

You'll Also Like

51.6K 3.9K 22
Emily tem 16 anos e mora em Spell um mundo mágico, esse livro conta um pouco de suas aventuras. Em Spell existe uma academia de bruxos é a mais famos...
106K 15.7K 73
Erin, tinha uma vida comum, era apenas uma garota vivendo em um dos muitos mundos que existem, até que, por uma brincadeira do destino, ela encontrou...
15.8K 1.5K 28
Ser "filha" do herói número 1, All Might, vulgo Toshinori Yagi, não é tão bom como todos pensam e P/n Yagi vai mostrar isso. Lidar com Daddy issues n...
397 56 18
"Por amor, ela irá conquistar a liberdade" Em um mundo dividido por raças, as Fadas vivem isoladas em seu reino cercado por uma grande muralha. Atrás...