Escolhida || Livro 2 da Trilo...

Par gabsel_

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Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... Plus

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Doze

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Par gabsel_

O jatinho é incrivelmente rápido. Nunca vi algo tão rápido assim na minha vida. O avião parece um borrão cortando o céu acima de nós.

Os disparos saem das metralhadoras do jatinho e os vidros de uma caminhonete por perto estouram.

— Temos que entrar em algum lugar!— grito.

Corremos em direção a uma loja por perto. Atravesso a porta rapidamente. Piso em cacos de vidro e jóias caras. Os outros entram logo em seguida.

Ouço o som dos motores do jatinho passarem por cima de nós novamente. Como ele consegue ser tão rápido e não perder o controle? Com certeza deve ser um piloto completamente profissional.

Analiso o lugar onde entramos e vejo jóias no chão, balcões destruídos e manequins no chão. Percebo que estamos em uma joalheria destruída.

Jóias que um dia já custaram mais de dez mil reias, hoje não valem absolutamente nada.

Nós pisamos em cima de vários anéis e cacos de vidro pelo chão, avançando para o outro lado da loja, onde tem uma porta dos fundos.

Passamos pela porta e saímos em um beco com dois caminhos. Eu olho para um deles e levo um enorme susto com um som que vem do céu. Eu olho para cima e vejo o avião disparando um de seus quatro mísseis que estão presos em suas asas. O míssel voa em direção ao caminho que eu estava olhando. Uma explosão ocorre e eu me protejo com os braços. Um estrondo ocorre seguido de um clarão enorme.

Meu coração quase sai pela boca. Meus tímpanos quase estouram. Sinto pedaços do asfalto e do concreto atingirem minha pele e me arranharem. Um calor percorre meu corpo inteiro. Após não sentir mais nada perfurando minha pele, eu abaixo meus braços e olho para o local atingido. O fogo se alastra no chão e pedaços de concreto bloqueiam todo o caminho que eu estava olhando.

Sem nenhuma outra opção, seguimos para o outro caminho. Eu fico na frente de todos. Fico olhando para trás diversas vezes para ver se todos estão me seguindo.

O avião passa cortando o céu acima de nós novamente. Os meus tímpanos quase explodem novamente com o barulho dos motores de tão perto da terra que o jatinho está.

Não entendo. Eles não podem me matar e estão atirando em mim? Esse piloto quase me matou quando atingiu aquele míssel a poucos metros de mim. Ele poderia ter me acertado se quisesse... Ele poderia ter lançado o míssel dentro da joalheria. Mas ele não fez isso. Por quê? O que ele quer?

Corremos para fora do beco e seguimos na rua que saímos. Olho para cima e vejo o grande pássaro de ferro dar uma volta e vir em nossa direção. Corremos na direção posta e então tiros pegam no asfalto na nossa frente. Pedaços de concreto voam para todos os lados. Os tiros seguem para o nosso lado e destroem o concreto a minha direita. Somos forçados a ir para a esquerda e entrarmos em uma casa.

Abrimos o portão da casa e entramos na garagem. Corremos para dentro da casa e então paramos. A casa é um pouco escura pelas janelas estarem fechadas. Nós estamos na sala com metade dos móveis quebrados e cheios de pó.

Meus pés doem. Minha cabeça dói. Meus órgãos doem.

Respiro ofegantemente, igual todos ao meu redor. De repente, meu coração falha uma batida quando um corpo pula de um dos cantos escuros da casa. O zumbi vem em nossa direção, mas Harry lhe dá um tiro no meio da testa. O corpo do zumbi vai para trás e desaba no chão.

Meus pulmões imploram por ar. Meu suor pinga no chão e deixa um buraco no meio da poeira no chão.

— Ele está errando tudo! — fala Harry em meio a respiração ofegante. — Até mesmo eu, que não entendo nada de aviões, já teria acertado pelo menos um de nós!

— Acho que temos sorte do piloto ter uma mira ruim — fala Ari.

— Não faz sentido... — digo. — Um piloto que dirige um negócio desses tão rapidamente e não bate... Ele não deveria ter uma mira ruim...

Não consigo terminar o que estava dizendo. Tiros começam e atravessam o teto, pegando no chão bem perto de nós.

Somos obrigados a voltar nossa corrida. Dessa vez, Dylan vai na frente. Ele nos guia até uma janela do outro lado da sala e nós pulamos por ela. Seguimos em um beco sem saída e ultrapassamos uma das portas dos fundos que tem nas paredes do beco.

Entramos em uma cozinha, onde um zumbi ataca Dylan por ele estar na frente. Eu e Ari puxamos o zumbi para longe de Dylan. Niall dispara na cabeça dele.

O som dos motores aumentam em cima de nós e passam zunindo. Continuamos nossa corrida até o final da cozinha. Saímos em um restaurante. Passamos por cima de corpos mortos e mesas caídas, até chegarmos na porta do restaurante.

Assim que todos saíram do restaurante, nos deparamos com uma rua estreita. O avião passa em cima da rua com suas asas quase raspando nos edifícios baixos da rua. Duas metralhadoras atiram contra o chão e mais um de seus mísseis abandona uma de suas asas e corta o ar, indo em nossa direção.

Meu coração quase sai pela boca ao ver aquele enorme míssel seguir em nossa direção. Fico paralisada.

Vejo o míssel se aproximar cada vez mais. Meu pulmão se esvazia. Não tem como sobrevivermos a isso. Acabou.

Penso em minha irmã. Eu não vou conseguir salvá-la. Eu falhei. Eu morri.

Mas então, o míssel passa por cima de nossas cabeças. Sinto o calor da calda de fogo que o míssel faz. O seu rastro de fumaça fica por cima de nós.

Me viro rapidamente, para ver onde o míssel irá pegar e eu vejo ele atingir o final da rua, fazendo um dos carros por perto explodir e um rastro de fogo no final da rua inteira. Não tem como passar por ali.

Sinto um alívio pelo míssil não nos atingir. Mas então percebo o motivo que ele não está nos atingindo. Agora ficou óbvio para mim.

Ele não está errando seus disparos. Está acertando com precisão.

— Me sigam! — falo.

Corro em direção a um dos estabelecimentos por perto. Meus pulmões ardem a cada pisada que dou no chão.

Entramos em algum tipo de bar ou lanchonete iluminada pela luz do sol que entra pelas janelas. Não presto muita atenção no local, além da bancada totalmente destruída e do chão cheio de corpos mortos.

Nós paramos e então começamos nossas respirações ofegantes. Quando consigo colocar um pouco de ar nos pulmões, eu tento explicar:

— Ele não está tentando nos matar — falo. — Está desviando o nosso caminho.

Todos me encaram. O avião passa por cima do estabelecimento.

— Para onde ele está nos levando? — pergunta Demi.

— Provavelmente em alguma armadilha — digo.

O avião passa novamente por cima do estabelecimento. O seu som indica que o jatinho está bem mais perto que antes. Sinto o chão vibrar quando o avião passa.

— Mas que droga! — fala Louis, e eu me surpreendo com a sua voz. Não imaginei que ele fosse falar alguma alguma coisa. Ele nunca fala. — Por que ele fica passando em cima da gente?

— Ele deve estar tentando nos identificar. — fala Dylan. — Esses jatinhos tem detector de calor. Ele deve estar tentando nos encontrar.

Eu o encaro. Isso significa que nem dentro de abrigos nós estamos seguros. Temos que arranjar um jeito do jatinho parar de nos perseguir.

Despistar ele é uma missão impossível. Talvez deva ter alguma maneira de derruba-lo. Disparar nele é uma maneira descartada, já que ele deve ser completamente blindado.

— Tem o metrô — fala Niall. — Podemos ir pelos túneis do metrô. São bem abaixo da terra, acho que o jatinho não vai conseguir nos perseguir lá.

— Mas a estação não é muito perto daqui — fala Harry. — Ele pode desviar o nosso caminho facilmente, disparando mísseis na nossa frente.

Eu o encaro. Tenho uma ideia, mas sei que nenhum deles vai aprovar. Eles provavelmente vão pensar que é a outra de mim que está pensando isso. Mas não é ela dessa vez. Sou eu.

A ideia pode ser uma completa loucura, mas não é tão ruim.

Mantenho-me calada. Não quero que eles fiquem bravos comigo outra vez...

— Podemos distraí-lo — fala Harry. — Se nos separarmos, ele provavelmente irá atrás de Claire. Eu posso ir com ela e vocês seguem para o metrô em caminhos diferentes. Podemos alcançar vocês depois que distrairmos eles. O que acham?

O jatinho passa praticamente raspando no teto do estabelecimento. Alguns copos caem das mesas da tremedeira que o avião causa.

Respiro fundo. A ideia de Harry não é ruim também. Pode dar certo.

— Tem certeza? — pergunta Ari. — Isso parece muito perigoso.

— Confie em mim. — fala Harry. — Vai dar certo.

Alguns parecem indecisos. Eles não gostam do plano de Harry, mas como ninguém consegue bolar algo melhor, esse plano continua.

De repente, disparos começam a atravessar o teto e meu coração para por um segundo. Harry manda todos se dispersarem. Então, o plano começa.

Eu e Harry saímos pela porta da frente. Nós corremos pela rua. Meu pulmão volta a arder. Minhas pernas começam a doer.

Tento ignorar tudo isso e continuo correndo o máximo que posso com Harry. O ruim disso, é que Harry fica bem para trás quando corro nessa velocidade.

Olho para frente e vejo que não falta muito para a rua terminar, mas que há uma esquina um bem perto de nós. No final dessa rua, eu vejo um prédio enorme. O meu plano funcionária com aquele prédio...

Não. Vamos seguir o plano de Harry.

Corremos para a esquina e quando vamos para a outra rua, o avião passa por cima de nós. Mas ele não dispara. Eu e Harry paramos,

Olhamos o jatinho dar uma volta e então começar a ir para outro lado. Ergo as sobrancelhas.

— Ele está indo atrás deles — digo. — Sabe que eu vou voltar se ver eles em perigo...

Harry me encara. Ele não sabe bem o que falar. Eu não sei bem o que fazer...

Plano do Harry? Voltar? Meu plano?

O avião dispara e então um de seus mísseis boa para a rua de trás, onde provavelmente um deles está.

Meu coração quase explode. Eles precisam de ajuda. Eles estão em perigo.

— Claire, você não pode voltar... — Harry fala. — Sabe que é uma armadilha...

Olho para o prédio no final da rua. Olho para Harry.

Meu coração bate fortemente. Eu não sei o que fazer. Lágrimas enchem meus olhos. A adrenalina percorre meu corpo e faz meu coração bater mais rápido. Sinto as gotas de suor percorrerem meu rosto.

Preciso decidir se devo salvar meus amigos e deixar eles bravos comigo ou deixá-los morrer orgulhosos de mim.

Olho para Harry. Me desculpa.

Eu o empurro para dentro de uma vitrine quebrada de uma das lojas e grito:

— FIQUE AÍ!

Ele dá um passo para frente, mas não sai da loja.

— Confie em mim — falo.

Então, eu corro em direção ao final da rua. Ouço o motor do avião passar por cima de mim e então eu olho para cima, vendo bem a tempo o jatinho dar uma volta. Ele não sabe o que estou fazendo. Ele vai vir atrás de mim.

Continuo a minha corrida. Meu plano está dando certo. Pelo menos por enquanto.

Tento acelerar cada vez mais meus passos. Consigo entrar em uma velocidade que compete com a velocidade do jato.

Vejo o prédio se aproximar a minha frente. Se eu continuar nessa velocidade, tudo vai dar certo.

O avião fica atrás de mim. Eu corro o mais rápido que posso. Ultrapasso os limites de corrida de um ser humano normal. Meus pés pegam fogo. Meus pulmões pegam fogo. Eu estou pegando fogo.

Não paro meu passo. Não diminuo a velocidade.

O avião está bem em cima de mim, mas eu consigo mantê-lo acima de minha cabeça. Quando percebo que já estou bem perto do final da rua, eu dou o passo final de minha corrida e paro.

O piloto provavelmente não viu que estava se aproximando de um prédio. Ele estava com toda a sua atenção em mim.

Quando o jatinho percebe que tem um prédio enorme na sua frente, seu bico tenta subir, mas não adianta nada. A ponta do avião invade o prédio. O jato atravessa o prédio inteiro, abrindo um enorme buraco em seus últimos andares. Após passar para o outro lado do prédio, o avião cai, levando junto consigo milhares de coisas de dentro do prédio — inclusive zumbis e pedras de concreto.

O jato vai para o chão girando e quando o atinge, ele se transforma em uma explosão em formato de cogumelo.

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