[...]
- Vai ficar me ignorando até quando? Já te pedi desculpas um milhão de vezes porra. – Justin resmungava enquanto andava de um lado pro outro no quarto do hospital. -
Depois que eu apaguei fiquei sabendo que eu havia "morrido" e voltado. Se eu tivesse morrido por causa de um parto eu faria o maior barraco no inferno até o diabo cansar de mim e me mandar de volta. Já estava de manhã e eu estava puta com Justin, até agora não havia visto a minha filha, a enfermeira disse que logo iria trazê-la para me ensinar como se amamenta e dar banho. Estava com frio na barriga para ver a coisa mais preciosa da minha vida.
- Becky... – Justin estralou os dedos na minha frente e eu voltei á realidade. –
- O que foi Justin... – Perguntei exausta, eu estava muito cansada. –
- Vai me perdoar? – Perguntou. –
- Não. – Respondi seca e antes que ele pudesse protestar, a enfermeira entrou no quarto carregando Marjo. Foi involuntária a forma que meus olhos se marejaram. –
- Aqui seu bebê. – Marjorie foi colocada em meus braços e eu a encarei. Seus olhinhos castanhos não negavam que era uma Bieber, ela me analisava curiosa e apertou suas pequenas mãozinhas em volta dos meus dedos. –
- Meu deus, como você é linda. – Disse sentindo uma lágrima teimosa descer sobre meu rosto. –
- Irei deixar você curtindo ela por cinco minutos, daqui a pouco eu volto para te ensinar a amamentar. – A enfermeira disse e eu assenti, ainda de cabeça baixa observando a princesa que estava em minhas mãos. –
- Não vai querer ver sua filha? – Perguntei rude á Justin. Ele estava sentado de longe um pouco curioso para ver o rostinho de Marjo, mas seus lábios colados um ao outro não negavam, ele estava ansioso. –
- E-eu...
- Vem logo, porra. – Resmunguei interrompendo e ele suspirou, colocando as mãos nos bolsos da calça e se levantou caminhando lentamente. Assim que virei um pouco meu braço para que desse visão ao pequeno rostinho, pude ver seu sorriso. –
- Caralho, ela é minha cópia. – Disse observando-a e pude ver orgulho em seus olhos. Pude ler em seu rosto o que ele queria falar...
"Eu que fiz, porra."
- Toma, segura ela. – Disse erguendo-a em meus braços e Justin recuou. –
- Está louca? Não sei segurar bebê... – Protestou e eu revirei os olhos. –
- Vai ter que aprender, não vou ficar com ela no meu colo 24h por dia Justin. Você é o pai dela e vai ter que me ajudar. – Respondi e ele suspirou. Tirou as mãos do bolso e pegou Marjorie. A forma que ele a pegava era engraçada, mas não correta. –
- Justin, ela ainda não consegue ficar com a coluna reta, deita ela no seu colo. – Disse e ele assim fez. Logo ele estava quase babando encima da minha filha. Ele se sentou ao meu lado na cama e me olhou. –
-Eu te amo Castro. – Disse rindo e eu revirei os olhos no humor. –
- Também te amo Bieber. – Nos beijamos e fomos interrompidos por um multirão de gente no nosso quarto. –
- Aê porra, a herdeira nasceu? – Ryan perguntou escandaloso, enquanto se aproximava igual um brutamonte. –
- Porra, não grita caralho, vai assustar a minha filha. – Justin resmungou e eu revirei os olhos ao ver Chaz e Christian nos rodando igual mosca na bosta. –
- O que foi? – Perguntei enquanto eles cochichavam. –
- Justin vai cair de ciúmes nessa garota, ela ta fodida quando for mais velha. – Chaz respondeu e eu tive que rir, era a verdade. –
- Cadê a sobrinha mais linda desse mundo? – Carla perguntou se aproximando junto das meninas e eu sorri. –
- Posso segurar? – Nancy perguntou e eu olhei pra Justin que logo á encarou com um olhar mortal. –
- Claro que não. Ela é minha. – Respondeu quase babando encima da Marjo e eu revirei os olhos. –
- Alá, sabia! Ciumento da porra. – Christian disse fazendo todos gargalhar. –
- Aí Drew, imagina quando tiver cheio de marmanjo encima dela.. – Ryan disse e eu fechei a cara. –
- Marie, da um jeito nesse seu homem antes que eu corte essa piroca mole dele. – Disse e ele gargalhou. –
- Piroca que já sentou. – Respondeu piscando o olho e eu bufei impaciente. Estava cansada pra caralho e aquele bando estava na nossa volta igual carniça. Dei graças á deus quando a enfermeira entrou no quarto e quase teve um enfarto ao ver a arma dos meninos na cintura. Ri mentalmente e ela me encarou assustada. –
- Irei te ensinar á amamenta-la agora... – Ela disse olhando em volta enquanto os meninos aproveitavam que ela estava morrendo de medo e fazendo pose de machões. Até mesmo Justin que estava segurando Marjo á encarava fazendo um olhar de medo. –
- Gente, mete o pé. – Disse e as meninas saíam ainda encantadas com a minha filha e os caras acompanhando rindo pelo fato engraçado. –
- Me da ela amor. – Me direcionei á Justin e ele me olhou. – Vai Justin, anda logo. – Disse levantando meus braços para pegá-la, mas ele recuou. –
- Qual é? Não posso segurar ela só mais um pouco? – Perguntou enquanto dava um leve beijo na pequena testa. –
- Não Drew, preciso amamentá-la, mas fica aqui no quarto comigo. – Pedi e ele assentiu, me dando a minha princesa.-
A enfermeira logo me ensinou passo á passo, doeu um pouco no começo, mas depois a sensação era até agradável, depois de amamentá-la, a coloquei para arrotar e depois a mulher me ensinou á dar banho na pequena Marjo.
- Vocês irão ficar com ela por mais meia hora, o doutor irá vir aqui conversar com vocês e acredito que daqui á algumas horas você receberá alta. – Ela disse e logo saiu do quarto. Marjo dormia calmamente em meus braços e eu não cansava de a encarar.
- Porque você já vai receber alta hoje? – Justin perguntou enquanto se deitava ao meu lado e passava seus braços cuidadosamente sobre minhas costas. –
- Porque é parto normal amor, geralmente as mulheres são liberadas no mesmo dia. – Respondi e ele abriu a boca entendendo. –
- Becky... E sobre a nossa lua de mel? Como vamos fazer com a Marjo? Podemos deixar ela com a minha mãe ou com uma das meninas e... – Olhei pra ele incrédula, fazendo-o parar de falar. – O que foi? – Perguntou sem entender. –
- Justin não podemos simplesmente larga-la com alguém e ir pra nossa lua de mel. Ela precisa do leite materno e de vários cuidados, não quero perder nenhuma parte do crescimento da minha filha. – Respondi e ele bufou. –
- Becky são só dois dias, as meninas dão conta... Qual é? – Revirei os olhos. Não acredito que ele já estava pensando em largar a nossa filha só pra fazer sexo em lugares diferentes. Não respondi e ele bufou, se levantando logo em seguida. Assim que ele caminhou em direção á porta para sair o médico entrou, fazendo-o dar dois passos pra trás. –
- Bom dia! – Finn disse educadamente e estendeu a mão para que Justin o cumprimentasse, mas ele não moveu um dedo. Finn ficou totalmente sem graça e caminhou em minha direção. –
- Como está a mais nova mamãe? – Perguntou e eu quis revirar os olhos, mas ele já estava sem graça pelo babaca do Justin, então sorri. –
- Bem...
- Primeiro quero lhe parabenizar pela filha linda... E quero te falar que notei algo muito estranho. – Franzi o cenho já prevendo o pior, mas ele deu um sorriso mostrando todos os seus dentes brancos como leite. –
- O que? – Perguntei curiosa e notei que Justin nos encarava encostado no canto do quarto. –
- Marjorie já abriu os olhinhos e isso é tão raro pra recém nascidos, principalmente quando nascem com síndrome, estou impressionado. – Disse e eu sorri. –
- Claro, eu que fiz. – Justin se intrometeu e eu revirei os olhos, estava demorando pra ele soltar isso. –
- Bom Becky... Vocês já podem ir, mas quero acompanhar o crescimento da Marjo, por isso vou te passar para o nosso melhor pediatra. – Disse sorrindo e ignorando totalmente o que Justin havia falado e eu notei o quanto ele era lindo, fiquei o encarando até que Justin limpou a garganta me tirando do transe. –
- Muito obrigada Finn. – Agradeci e ele saiu do quarto sem nem olhar pro Justin. –
- Bom saber que você quase comeu ele com os olhos. – Resmungou e eu bufei. –
- Era pra estarmos de bem um com o outro, mas nem no nascimento da nossa filha você coopera. – Respondi enquanto colocava Marjo encima da cama e colocava alguns travesseiros em volta dela para não cair. Justin apenas bufou e eu peguei a bolsa que as meninas haviam levado pra mim e fui ao banheiro me trocar. Era estranho me olhar no espelho e não ver aquela barriga de hipopótama. Coloquei um vestido largo e uma sapatilha e logo saí do banheiro. Justin estava com Marjo no colo já pronto pra sair e eu olhei em volta observando se não estava esquecendo de nada. Assim que saímos me lembrei do meu pai, ele provavelmente vai aparecer em casa hoje e eu não estarei lá e sim na mansão em Beverly Hills. Luiz ordenou que os seguranças levassem todas as nossas coisas para a casa nova e era pra lá que iriamos agora.
- Posso pegar ela? – Marie perguntou e Justin apenas balançou a cabeça negativamente. As meninas eram como irmãs pra mim e é claro que eu deixaria elas idolatrarem a minha filha, afinal elas eram como suas tias. –
- Me dê ela Justin. – Tirei Marjo de seus braços rapidamente antes que ele se recusasse e dei pra Marie segurar, logo as meninas se aproximaram e eu ouvi Justin bufar indo conversar com os caras.
- O que ele tem? – Nancy perguntou e eu levantei os ombros. –
- TPM masculina. – Brinquei e elas riram. –
- Caralho Becky, ela é tão linda. – Caitlin disse e eu sorri, só ai que percebi que sua namorada estava junto. Eu não tinha total confiança naquela ali, mas eu sabia que era só neura minha. Afinal, toda vez que alguém de novo entrava na minha vida eu suspeitava. Mas se Caitlin gostava dela eu também iria ter que gostar, já que aceitei Caitlin como uma das minhas irmãs.
- Minha vez. – Carla se pronunciou para pegar ela e Marie a entregou. –
- Qual é Becky, quero segurar ela também! – Ryan gritava enquanto se aproximava e eu revirei os olhos. –
- Ryan, precisa gritar tanto? Vai acordar a minha filha... – Resmunguei e ele abriu um sorriso. Ás vezes me perguntava se a mãe dele o deixou cair quando era pequeno e por isso ele ficou assim quando cresceu. –
- Caralho, Justin está insuportável... – Chaz chegou resmungando e eu balancei a cabeça concordando. –
- Espero que você resolva isso com uma boa foda Becky. – Ryan disse. –
- Vai se foder porra. – Respondi e Nancy me cutucou. –
- Marjo vai crescer num ambiente cheio de palavrões, a primeira palavra que vai sair da boca dela vai ser "que porra, mãe". – Disse e eu gargalhei. –
- Vou evitar falar perto dela, mas o pai com certeza vai ensinar a menina ser igual uma maloqueira. – Respondi e logo vi Justin vindo em nossa direção. –
- Vocês vão ficar aqui até quando? 2056? – Perguntou debochado e eu revirei os olhos pegando Marjo no colo de Marie. –
- Ah... Preciso falar com vocês, Nancy me ligue daqui á pouco e coloque a chamada para todas nós ouvirmos ok? – Perguntei e ela assentiu. Caminhei lentamente até o estacionamento e Luiz já nos esperava com mais três carros de segurança ao seu lado. Entrei no carro cuidadosamente e Justin se sentou ao meu lado, fechando a repartição que tinha entre o motorista e nós. –
- Você vai ficar com essa cara de cu até quando? Até a nossa filha completar quinze anos? – Perguntei irônica e ele suspirou passando os braços em volta dos meus. –
- Estou preocupado... – Disse e eu franzi o cenho. –
- Com o que?
- Está tudo calmo demais Becky, você é esperta, sabe que quando está tudo tranquilo desse jeito é porque vem coisa muito pior. – Disse olhando á janela e eu suspirei concordando. –
- Mas com quem deveríamos nos preocupar? – Perguntei e vi que Marjo se remexia no meu colo, estava quase acordando. –
- Sei lá... Mas não estou com uma sensação muito boa. – Ia respondê-lo, mas meu celular tocou e eu vi que era Nancy. Atendi e coloquei no viva-voz. –
- Fala piriga. – Disse e pude ouvir Carla rindo. –
- Porque pediu para que eu te ligasse? – Perguntou. –
- Porque preciso contar algo pra vocês... Estão todas me ouvindo? – Perguntei e todas responderam no mesmo instante. –
- Ok... Ontem o meu pai apareceu. – Disse e ouve uma leve pausa. Justin me encarou surpreso e eu sorri. – Ana Laura mentiu sobre ele ter morrido, ele está vivo porra, pele e carne. – Terminei animada e as meninas começaram á falar o quanto isso era legal e várias outras coisas. Depois de alguns minutos conversando, o carro parou de andar e só ai percebi que havíamos chegado.
Casa nova
Finalizei a ligação com elas e logo entramos em casa. Marjo dormia calmamente em meus braços, apesar dela ter se remexido no carro, mas ela era bem tranquila em relação á mim e ao Justin. Fui até o seu quartinho e á coloquei em seu berço, ligando á babá eletrônica logo em seguida. Fui pro quarto que já estava tudo arrumado e Justin já estava de boxer se preparando para entrar no banheiro. Cruzei meus braços em volta do seu pescoço e ele suspirou.
- Qual é Justin... Vem cá. – Disse manhosa e ele se virou de frente pra mim e me beijando. –
- Eu te amo, mas ás vezes você me tira do sério, puta que pariu tenho vontade de socar sua cara. – Resmungou e eu revirei os olhos. –
- Isso tudo só por causa da lua de mel? – Perguntei e vi ele passar á língua sobre os dentes. –
- Também... – Respondeu afundando o rosto em meus ombros e passei a mão em sua nuca acariciando seus cabelos. –
- Tudo Bem Drew... Me convenceu, acho que as meninas não irão se importar em ficar dois dias com ela, mas irei morrer de saudades da minha princesa. – Disse cabisbaixa e ele levantou a cabeça me encarando sorrindo. –
- Eu também irei morrer de saudades, mas são só dois dias. – Respondeu me beijando lentamente e eu aprofundei o beijo, logo descendo minha mão até seu pau e apertando levemente. –
- E pra onde vamos? – Perguntei baixo e ele balançou a cabeça negativamente sorrindo. –
- Não adianta me seduzir Becky, não vou te contar. – Disse se afastando e eu bufei. –
- Caralho, te odeio muito.
- Também te amo Castro... – Respondeu rindo e entrou no banheiro. Depois de alguns segundos encarando o nada resolvi entrar no mesmo. Tirei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro, Justin estava de costas pra mim e eu o abracei. –
- Justin...
- Hum?
- Você me ama? – Perguntei e pude ouvir um risinho. –
- Sim, por quê?
- Por nada... – Comecei a beijar suas costas e quando cheguei a sua bunda dei um beijinho de leve e a mordi. –
- Ai porra. – Resmungou e eu ri. – Me chupa. – Disse e eu revirei os olhos. Justin se virou de frente pra mim e eu o chupei. Ele puxou o meu braço e me encostou na parede, roçando seu membro na minha intimidade.
- Geme pra mim Becky... – Falou com aquela voz rouca no meu ouvido e eu já estava gotejando. –
- Justin... – Gemi baixinho e pude sentir seu sorriso malicioso se formando. Logo ele meteu na minha entrada rapidamente e eu gemi alto. Suas estocadas foram aumentando e ele gemia tanto quanto eu. Justin começou a beijar meus ombros e logo foi para o meu pescoço, dando chupões e mordidas.
- Puta que pariu... – Rosnou no me ouvido e eu me arrepiei toda, sentindo minhas pernas bambearem e a prévia do orgasmo chegar. Nossos ritmos estavam acelerados e Justin gozou dentro de mim recebendo o meu gozo logo depois. Ele ainda estava dentro de mim quando me deu um selinho e perguntou:
- Está cansada? – Balancei a cabeça negativamente e sorri malicioso. –
Não preciso nem dizer o que fizemos depois não é?
Assim que nos deitamos exaustos, Marjo começou a chorar e eu encarei Justin.
- Preparada para nossa vida de senzala? – Perguntou e eu gargalhei. –
- Nem um pouco.
Desculpe por esse capitulo sem conteúdo, mas estou morrendo de febre e dor de garganta. Mesmo assim espero que tenham gostado, um beijo e até o próximo.
xx