Arrebatados ✔

By PricaWenzel

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Após um trauma na adolescência a última coisa que Anahí quer é regressar para a fazenda de sua família. Agora... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Epílogo
Agradecimentos:
Bônus: Final Alternativo
Nota da Autora:

Capítulo 03

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By PricaWenzel

Anahí entrou na casa sendo arrastada por Chloe e quando deu por si já estava subindo as escadas que davam no segundo andar da casa. Chloe abriu a porta e apontou.

- Esse é meu quarto.

Any sorriu admirando o quarto lilás.

- Essa aqui é minha boneca predileta, se chama Anna. - Chloe mostrou a boneca pra ela. - Ela tem cabelos ruivos igual a Anna do Frozen por isso o nome.

- É linda! - Any sorriu.

- Aqui é onde eu durmo! - subiu na cama. - Esses são meus livros de dormir. - apontou a prateleira presa a parede em cima da cama. - Ali são meus outros brinquedos, meu armário e meu banheiro. - foi apontando enquanto falava.

- É lindo, um verdadeiro quarto de princesa. - sorriu.

- E agora está na hora da princesa dormir. - Alfonso interrompendo entrando no quarto.

- Ah! - Chloe murchou sentando na cama.

- Ah nada já esta tarde mocinha. - Alfonso se aproximou e a cobriu.

- Eu volto outro dia ta Chloe?! Se seu irmão não se importar. - encarou Alfonso acuada.

- Tudo bem! - ele assentiu e voltou-se pra irmã. - Boa noite. - beijou a testa dela.

- Boa noite tato. - sorriu. - Boa noite Any. - fechou os olhos.

- Boa noite. - sorriu olhando os dois da porta.

Alfonso cobriu a irmã e outra vez ficou acariciando os cabelos dela por alguns segundos. Anahí sorriu se sentindo uma intrusa e também com inveja de Chloe. Queria que Alfonso a colocasse pra dormir daquele jeito também. Se bem que... Ela ponderou admirando os braços dele, as costas, os músculos bem definidos... Ele poderia fazer algumas coisas com ela antes.

- Vamos?!

- Ham?! - Any piscou e viu que Alfonso estava de pé na frente dela.

- Vamos, ela já ta quase dormindo. - sussurrou apontando Chloe.

- Ta! - sussurrou de volta e deu as costas.

Alfonso apagou a luz deixando apenas a do abajur acesa. Com cuidado ele fechou a porta e os dois desceram.

- Desculpa se vou soar indiscreta, mas soube do acidente dos seus pais. - Any o olhou sem jeito.

- Ainda estamos tentando nos acostumar. - sussurrou.

- Mas você facilita as coisas pra Chloe. - sorriu. - Ela tem sorte em ter um irmão como você!

Alfonso sorriu surpreso com um elogio.

- Obrigado. - a encarou e Any abaixou a cabeça sem jeito. - Mas to curioso em saber porque você veio aqui.

- Preciso que me dê o endereço de Ramon Gardela. - respondeu indo direto ao ponto.

- O que? O que você quer com esse cara?

- Ele atropelou o potro da fazenda do meu pai, mas ninguém lá quer fazer algo a respeito.

- E você quer? - cruzou os braços incrédulo.

- Sim e você vai me ajudar! - sorriu erguendo o queixo.

- Começou a querer dar ordens de novo. - suspirou. - Olha aqui madame eu não sei onde esse cara mora, só sei que ele é sócio do Clube da Espora.

- Esse clube ta aberto, hoje, ele ta lá agora?

- Sim é um clube masculino, onde os donos das fazendas se encontram pra um tentar tirar vantagem um em cima do outro. - explicou.

- Ótimo me leva até lá ou então me dá o endereço. - sorriu animada.

- Você não entendeu só tem homens nesse lugar, você nunca vai conseguir entrar. - Alfonso respondeu.

- Hum entendi, só homens entram lá então? - mordeu o lábio pensativa.

- Sim e infelizmente é o único lugar que eu sei que aquele cara frequenta, eu não sei onde ele mora.

- Sem problemas, me empresta uma roupa sua e a gente vai pra lá.

- O que?

- Você é surdo cowboy? Me empresta uma roupa sua, eu vou ficar parecendo um homem e vou conseguir entrar lá. É simples. - sorriu.

- Não, não é simples, tem seguranças lá. E outra mesmo que você se passasse e enganasse os seguranças como homem, você só pode entrar lá como sócio ou acompanhado de algum sócio.

- Você é sócio de lá? - o encarou e Alfonso suspirou sem responder. - Com certeza você é sócio. Resolvido eu entro com você, agora anda me dá sua camisa. - se aproximou.

- Por que quer minha camisa? - se afastou quando ela fez menção de abrir seus botões.

- Porque ela ta usada, vai disfarçar melhor meu perfume feminino do que uma limpa. - explicou. - Anda Herrera, me dá logo essa camisa. - foi pra cima dele e abriu um dos botões.

Alfonso se afastou e suspirando tirou a camisa ele mesmo. Ao terminar jogou a peça pra ela.

- Hum nada mal, você cheira bem pra um cowboy metido. - Any provocou com um sorriso no rosto.

Alfonso revirou os olhos fingindo que o elogio disfarçado de ironia não o havia afetado.

- Vira de costas, por favor. - ela pediu segurando os dois primeiros botões de sua blusa.

Alfonso fez o que ela pediu, mas em certo momento a curiosidade falou mais alto e ele virou pra trás espiando-a. Anahí estava de costas ainda desabotoando a blusa.

Quando ela abriu todos os botões Alfonso viu os ombros dela sendo descobertos, revelando as costas. Ele quase perdeu a linha ao ver o fecho do sutiã preto e teve que segurar a vontade de se aproximar. Pegou-se desejando retirar o restante das roupas dela.

Anahí apoiou a blusa no sofá e pegou a de Alfonso. Ao fazer isso ele viu que ela tinha uma tatuagem na região das costelas do lado esquerdo. A visão durou poucos segundos, mas ele pode reconhecer naqueles traços negros a figura de um cavalo. Aquilo o surpreendeu e ele tratou de virar de costas.

- Pronto! - ela o chamou segundos depois.

Alfonso se virou ainda atônito com tudo que havia sentido. A blusa obviamente ficara grande em Anahí a ponto das mangas engolirem as mãos dela e cobrirem o shorts que ela usava.

- Deixa eu te ajudar! - se aproximou e enrolou as mangas da camisa.

- Obrigada! - ela sorriu ficando com as mãos estendidas.

Ao enrolar as mangas Alfonso notou que ela tinha tatuado no pulso direito a letra "E" entrelaçada ao símbolo do infinito.

- Por que você tem essa tatuagem no pulso?

- Por nada! - ela respondeu afastando as mãos e puxou as mangas escondendo a tatuagem.

- Você fez na mesma época em que tatuo o cavalo?

Anahí o olhou de cara feia e Alfonso se tocou que havia falado demais.

- Você estava olhando em me vestir?

- Foi sem querer e foi de relance. Eu só reconheci o desenho. - ele ergueu as mãos defendendo-se.

- Se eu te pegar me espiando de novo...

- Fica tranquila ta legal, você nem é tudo isso que ta pensando. Só fiquei curioso e vi a tatuagem, me interessei muito mais pelo desenho do cavalo do que... Pelo resto. - a apontou com desdém.

- Seu seine arschloch (filho da mãe)! - Any xingou ofendida.

- Olha aqui sua patricinha não vai me intimidar me xingando nessa língua esquisita.

- É alemão pra sua informação, mas posso xingar em italiano ou francês se quiser mon seigneur (meu senhor).

- Acho que gosto mais de você quando está de boca fechada. - devolveu.

- Ah é? Então pegue uma de suas calças pra eu vestir, porque não dá pra entrar no clube usando esse shorts e quanto antes formos lá, mais cedo me livro de você.

- Se eu não quiser? - cruzou os braços.

- Prefere que eu arranque as suas calças? - ergueu as sobrancelhas.

- Patricinha metida. - Alfonso xingou, mas sem escolhas acabou subindo pro quarto.

Anahí era insuportavelmente irresistível. Como ele queria amarrá-la e possui-la até que todo aquele ar de superioridade se esvaísse e ela ficasse totalmente entregue à ele e suas vontades.



Dulce encarou Christopher quando o mesmo entrou no quarto.

- Sua irmã cadê?

- Não faço ideia e o pior é que ela saiu com o meu carro. - suspirou frustrado.

- Será que aconteceu alguma coisa?

- Se tivesse acontecido já estaríamos sabendo, as noticias voam aqui. - se aproximou da cama e a beijou.

- Eu achei a Any tão diferente, você não?

- Ela esta praticamente outra pessoa, ou pelo menos assim ta tentando aparentar. - Ucker suspirou.

- Queria que ela ficasse aqui com a gente, queria que fosse como antes.

- Eu também, mas acho que ela só vai ficar o dia em que conseguir se perdoar pelo que houve.

Dulce suspirou e deitou a cabeça no peito do marido. Ucker a abraçou e acariciou sua barriga.

- Não adianta se preocupar com a Any, meu amor, ela sempre fez o que quis da vida e agora está pior.

- Tem razão! Boa noite, meu amor.

- Boa noite. - a beijou e a abraçou com força.



Alfonso estacionou o carro e Anahí encarou a fachada do prédio que parecia uma boate. O letreiro piscava em azul e as letras inclinadas formavam os dizeres: Clube da Espora. Em cima do letreiro havia um enorme chapéu de cowboy e embaixo do nome do lugar um laço circundando toda a frase.

- É aqui? - Anahí sorriu e o encarou.

- Sim, mas antes de entrarmos quero que uma coisa fique clara. - segurou o braço dela. - Se a minha vizinha ligar pra falar da Chloe, ou qualquer coisa der errado a gente vai embora no mesmo segundo entendeu?

Anahí encarou os dedos dele fechados em torno do seu braço se arrepiou sentindo as ondas elétricas a percorrerem. Lutando contra o que estava sentindo ela o encarou.

- Ok, faremos como você quiser. Eu to bem assim? - se encarou no espelho.

- Sim, se não abrir a boca ninguém vai perceber que você é uma garota. Tente agir como um homem.

- Como eu faço isso? - sussurrou quando Alfonso abriu a porta e saltou do carro.

- É só me imitar e tentar não rebolar como uma garota madame.

- Não me chame de madame. - xingou descendo do carro.

Alfonso foi na frente e Anahí foi atrás ajeitando o chapéu e se certificando que seu cabelo não estava aparecendo. Colocou a mão no cinto e numa tentativa de andar como um homem, caminhou com as pernas abertas. Alfonso olhou pra trás e ao vê-la acabou rindo.

- Boa noite Roy! - Alfonso cumprimentou o segurança de pé na porta.

Anahí parou ao lado dele de cabeça baixa pra esconder o rosto.

- E o rapaz quem é?

- E ai?! - Anahí tentou fazer uma voz grossa e masculina. - Tudo em cima? - deu dois tapinhas do braço de Roy.

- Ele esta comigo. - Alfonso respondeu nervoso e puxou Anahí pelo braço.

- Ok, podem passar. - Roy olhou Anahí desconfiado antes de liberar a entrada.

- Ficou maluca? - Alfonso sussurrou olhando-a de cara feia.

- Eu fiquei nervosa, achei melhor cumprimentá-lo. - sussurrou.

- Se continuar assim vão nos descobrir em um minuto. Fica de boca fechada. - Alfonso mandou.

- Ta cowboy, já entendi. Boa fechada! - respondeu e para enfatizar fingiu que passava o zíper pelos lábios.

- Vamos procurar uma mesa. - a puxou pelo braço.

- Achei que a gente tava procurando o tal Ramon.

- E estamos, mas precisamos de uma mesa. - respondeu e a conduziu.

- Ta não me puxa eu vou sozinha. - sussurrou puxando o braço pra longe dele.

O lugar cheirava a essência masculina, cigarro, álcool e cerveja. As mesas eram todas de madeira em formato redondo com bancos que pareciam troncos de árvore. Porém a maioria dos homens circulavam pelo local em busca de bebidas. Foi com surpresa que Anahí viu um palco onde algumas garotas dançavam de lingerie, chapéu e botas. Todas elas seguravam chicotes de montaria nas mãos e algumas batiam os chicotes no chão ou então nas mãos ou no rosto de alguns homens que estavam ali.

- Só homens entram aqui, sei dessa!

- Shiu! - Alfonso repreendeu a encarando.

Anahí fechou a cara que estava coberta pelo chapéu e seguiu atrás de Alfonso, tentando se comportar como um homem. Afastando as pernas ela caminhou fazendo um aceno de cabeça e tocando a aba do chapéu para os homens que passavam por ela e a cumprimentavam.

- E ai! - ela dizia pra alguns.

- Anahí! - Alfonso ralhou a puxando pra perto dele.

- Foi mal! - ela respondeu acuada ainda fazendo uma voz grossa.

- Para com isso que ta ridículo.

- Seu grosso, eu...

- Olha ali está quem você veio procurar. Ramon Gardela. - apontou para o segundo andar.

Anahí ergueu a cabeça e reconheceu o rosto de Ramon o tinha visto algumas vezes na fazenda do pai.

- Conheço esse cara.

- Ele já vivia aqui quando você morava com seus pais então.

- Sim. Meu pai o odeia desde que me conheço por gente.

- Bom ele deve ter suas razões. - Alfonso deu de ombros a olhando.

- Eu vou lá.

- Ficou maluco. - a puxou pelo braço de novo. - Não pode subir lá agora.

- Por que não?

- Eles se juntam ali para fazer quebra de braço. Não sei o que farão com você se te pegarem lá.

- Então o que eu faço?

- Vamos arrumar uma mesa e esperar. Quando Ramon já tiver consumido álcool o bastante e conseguido grana o suficiente, ele vai descer e ai você conversa com ele. - Alfonso orientou.

- Ta bom!

- Enquanto isso, presta bem atenção. - segurou o queixo dela olhando-a nos olhos. - Não. Sai. De. Perto. De mim. - pontuou cada palavra. - Entendeu?

- Entendi! - ela assentiu hipnotizada com aqueles olhos verdes a encarando de perto.

Alfonso sofreu o mesmo efeito com aqueles olhos azuis. Jurou a si mesmo que se não estivessem em um local cercado de homens, com Anahí vestida como um, ele a teria beijado.


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