*Jack a narrar*
Desde a chegada a Las Vegas, eu e a Jennifer temos andado mais próximos e com demasiada tensão sexual. Eu não desgosto, pelo contrário, eu quero muito! Quero muito mais do que fazê-la gemer o meu nome, quero fazê-la rir, quero tê-la só para mim e, resumindo, quero fazer a Jennifer a mulher mais feliz do mundo, porque ela o merece.
Assim que entro na casa de banho, em direção ao espelho, deparo-me com um perfeito rabo moreno numas cuecas pretas ligeiramente tapado por uma t-shirt. Relembrei-me que ela anda sempre de roupa interior preta ou pelo menos eu nunca vira outra cor. A Jennifer encontra-se a fazer a sua rotina de lavar dentes e cara, trauteia algo e tem vestida uma camisola minha. Nunca soube de alguém tão animado pela manhã mas ao mesmo tempo tão concentrado e descontraído numa habitual tarefa. Sorrateiramente fui até ela e dei-lhe uma palmada no rabo fazendo-a saltar, levando-me a trincar o lábio inferior.
- Estás parvo? –ela falou brutamente e limpou a boca
- Bom dia Jen –disse ao rir-me dela
Jennifer virou-se para mim e olhou-me em desaprovação. Isto podia tornar-se tão interessante...
- Bom dia imbecil –comenta e encosta-se ao balcão do lavatório –estou a ver que acordaste "bem disposto" –os seus finos dedos fizeram as aspas e ela olhou-me sarcasticamente
Gargalho e lavo a cara, depois de a empurrar para sair da frente. Tinha razão, podia ser interessante, mas só se ela quisesse.
- Uau...
Ignoro-a e limpo a cara. Nada melhor do que pagar-lhe na mesma moeda.
- Podias pelo menos...-ela fez silêncio e olhou-me –dar-me um beijo de bom dia, sei lá –põe a mão na anca e continua a observar-me. Olho-me ao espelho e começo a ajeitar o cabelo descontraidamente. Só mais um bocado Jack, aguenta-te!
Jennifer é das pessoas mais reservadas que conheço mas também das mais persistentes e, como tal, persistiu. E, quando dei por mim, estava encostado ao balcão do lavatório com a Jen de joelhos à minha frente a beijar os meus abdominais animadamente e brincar com o início dos meus boxers. Fez contacto visual comigo e colocou a mão por cima dos boxers bem em cima do meu membro ainda sem vida. Ok, desta é que eu não estava à espera...agora passou o dedo pela minha barriga e sorriu maliciosamente trincando o lábio. Não há álcool. Ambos sóbrios e conscientes disto e se ela quer, eu não o vou negar, pois eu quero ainda mais.
Sai dos meus pensamentos assim que senti a sua mão mexer no meu membro e massajá-lo. Olhei para baixo e observei a morena a fazer um óptimo trabalho descontraidamente. Suspirei numa espécie de gemido e ela trincou o lábio antes de me meter na sua boa. Trabalhou com a sua língua e naturalmente fez contacto visual comigo. Gemi quando a língua vermelha passou delicadamente na glande e não hesitei em levar a minha mão até à sua cabeça. Ela voltou aos movimentos de mãos e boca enquanto me olhava e foda-se, não há melhor que isto. As sensações visuais e os olhos nos olhos são das coisas que mais excitam um homem e a Jennifer sabe-lo. Agarrei o seu cabelo e ela retirou a minha mão dela impedindo-me o toque e o controlo. Era vingança. Isto era tudo por causa da noite anterior e eu fui estúpido ao pensar que ela queria isto tanto quanto eu. Merda, os meus pensamentos estão a estragar o ambiente e ela já reparou pela minha cara. Ela nunca faria isto por vingança, ela não é desse género de pessoa. Jennifer, como se nada fosse, levou-me ao orgasmo. Colocou os boxers no sítio e levantou-se encostando-se a mim a sorrir.
- Hum...-ela passou um dedo pelo meu peito e observou os meus lábios. Estava estático e em vez de a agarrar ou fazer algo, limitei-me a continuar apoiado na fria pedra a observá-la –gostei de te ouvir. Gostei de ouvir o meu nome.
Ela sorriu genuinamente e eu gargalhei de alívio.
*Jennifer a narrar*
O jeitoso moço à minha frente, que também poderia passar a ser conhecido como quem ri depois de eu lhe dar prazer e ter sido sincera, beijou-me os lábios e disse um bom dia. Sorri pelo seu gesto e pelo novo beijo de bom dia. Os meus braços rodearam o seu pescoço e os seus a minha cintura encostando-me mais a ele.
- Ah...se....- hesitou ao olhar-me - ambos gostamos de ouvir o outro gemer acho que devíamos faze-lo mais vezes –ele falou já mais confiante
Ri com o seu comentário, ou proposta, e juntei mais uma vez nos nossos lábios que encaixaram perfeitamente. Mexi-lhe no cabelo e sorri ao sentir a sua mão descer nas minhas costas.
- Jack, qualquer pessoa pode entrar e...
- Não te importaste com isso há uns minutos atrás –ele declarou rapidamente
- Ninguém te mandou andares a provocar-me constantemente! – beijei o seu apetitoso pescoço e voltei a encará-lo –e tu mereceste por isso caladinho. - ordenei e voltei a beijar-lhe o pescoço até à orelha sentido a sua pele a arrepiar-se.- vou comer algo
Dirigi-me até à cozinha. Ou melhor, eu tentei, pois Jack levou-me até ao sofá e deitou-se em cima de mim enquanto protestava a cerca dos beijos que lhe dera antes de sair.
- Jack não faças isso! –pedi desesperadamente ao sentir que ele fazia um chupão no meu pescoço.
Ele deixou escapar ar pelo nariz com o sorriso ou gargalhada que daria se não tivesse a fazer coisas impróprias com a boca e fez-me arrepiar mais um pouco. As minhas mãos foram para as suas costas e as minhas unhas cravaram-se na sua pele à medida que ele aumentava a força. Os meus olhos estavam fechados e eu trincava o lábio para me controlar.
(...)
Ouvimos barulho e presumimos que alguém tivesse acordado. Eu quis acordá-los para irmos aproveitar ou simplesmente não fazermos nada, contudo Jack convenceu-me a não o fazer e deixá-los descansar da noite 'porque eles são uns fraquinhos'. Gargalhei quando Jack usou aquele argumento, aquilo era algo que eu diria! Acabamos por ligar a TV e ficar a descansar mais um pouco embora eu continuasse com a ideia de ir fazer algo (mesmo que não soubesse o quê).
Eleanor entrou na parte da sala a passar a mão na cara ainda sonolenta. Parou ao ver-nos e deliberou observar-nos por momentos. Pensei em quebrar-lhe o pensamento, se é que ela pensava com a quase certa ressaca, mas estava a ser demasiado engraçado. Ela abriu e fechou a boca várias vezes mesmo não dizendo nada. Jack divertia-se tanto quanto eu e quando íamos dizer um bom dia Thomas fê-lo.
- Sim amor, eu também acho que aquele chupão lhe fica bem –Thomas proferiu e com um braço rodeou a sua namorada.
Agora era a minha vez de ficar de boca aberta. Levei a mão ao pescoço e semicerrei os olhos a Jack, ele deu de ombros e disse um alegre bom dia.
- Pois é...deixa ver –a rapariga aproximou-se de mim e afastou alguns cabelos do meu pescoço –Jack, tenho de te dar os parabéns!
Eleanor sorriu assustadoramente ao voltar a ver a marca e passar o dedo.
- Credo El! É só uma marca –tentei parecer indiferente. No entanto eu percebia a Eleanor, eu nunca aparecera com marcas, nunca autorizei ninguém e Jack foi o único que eu não impedi. Será isto amor?
- Exato! –Eleanor afastou as minhas pernas do colo do Jack e sentou-se no nosso meio olhando os dois –então é assim...
Thomas cruzara os braços a observar a sua admirada namorada e gargalhava espontaneamente.
- Jack, pede a Jenny em casamento tipo...-voltou a encarar os dois e eu olhei-a curiosa -antes que ela te mate!
Jack gargalhou, Thomas repetiu e eu não sabia o que fazer. Rir ou chorar de rir? É por estas e por outras que adoro esta miúda! Jack sabia bem do seu feito e depois de me ouvir a barafustar sobre o que fizera continuava a achar que tinha feito bem, vá-se lá saber porquê. Ele saiu de debaixo da manta e pousou um joelho no chão agarrando uma mão minha. Ele vai mesmo fazer isto? Eleanor começou a bater palmas e a dar pulinhos enquanto Thomas se sentava no sofá.
- Jennifer Azevedo –Jack clareou a garganta e eu arregalei os olhos –Jen, tu...
Fui obrigada a deixar a minha bela visão (Jack de boxer pretos aos meus pés) e olhar para El que me abanava freneticamente.
- Diz El –pedi-lhe
- Tu já viste? Olha –ela apontou para Jack, para onde eu olhava anteriormente. Lembrem-me senhores divinos para não arranjar outra Eleanor.- ele é o homem perfeito para ti! E para qualquer mulher...-ela suspirou e encarou Jack –então? Demoras?
Escusado será dizer que eu e Jack quase choramos de rir e Thomas quase nos seguiu.
- Tu namoras com o Thomas, queres melhor? –questionei enquanto me ajeitava no sofá
Ela deu de ombros como se afirmasse que ter o Jack não era má ideia. Thomas fingiu-se ofendido com uma mão no peito mas logo deixou a sua personagem.
- Tem cuidado, a Eleanor é bem capaz de te saltar em cima –Thomas afirmou e olhou para a sua namorada –eu continuo a amar-te!
- Aww! –fiz um coração com as mãos e revirei os olhos – fica a saber que o Thomas é melhor que o Jack. O Thomas cozinha para ti! –sorri a Thomas que sabia a minha admiração por ele e constatei o facto olhando para os olhos azuis de Jack. Pareceu-me ouvir o início de um discurso de Eleanor, todavia Jack foi quem falou.
- Eu tenho olhos azuis –dei de ombros a olha-lo –aturo-te! –repeti o gesto –sou moreno –bem, isto começa a afetar-me – e fiz-te um chupão!
Jack sorriu orgulhoso e eu atirei-lhe uma almofada. Ele tinha vencido mais uma vez!
***
Votem e comentem se vos agradar!