Enquanto Você Dormia - Efeito...

By laribsss

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Quando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esp... More

AVISO
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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 45

Capítulo 44

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By laribsss

Anne fez Perrie ir ao hospital (Liam a atendeu com cara de quem queria terminar o trabalho de Harry), mas não havia dano maior. Logo ela se livrou da tia e, pensativa, voltou pra casa. Surpresa foi chegar lá e encontrar Zayn arrumando suas coisas. Tinha ido ao pronto socorro, que colocara uma espécie de tala na ponte do nariz dele, e tinha fundas marcas roxo escuro em volta do mesmo, alem de um olho. O nariz ainda sangrava brevemente.

Perrie: O que você está fazendo? – Perguntou, cansada. Nela só ficaram marcas roxas no formado de dedos ao redor do pescoço.

Zayn: Vou sumir por um tempo. – Disse, obvio, levando um lenço ao nariz. Ele ia do closet até a mala, trazendo braçadas de coisas.

Perrie: Porque levou um par de murros? – Zayn riu, parando o que fazia, e a olhou.

Zayn: Você é muito burra ou muito ingênua pra achar que ele não vai voltar aqui pra terminar o que começou, Perrie. Não dá pra esperar que sua tia apareça toda vez. – Disse, obvio. – Se você fosse inteligente, daria um tempo até a areia baixar também. Já conseguiu o que queria.

Perrie: Eu quero ele. – Ressaltou, observando. – Ela foi só uma complicação.

Zayn: E ele, obviamente, quer você morta. Eu me informei na portaria e com alguns funcionários: Melanie não foi embora. Se eu bem a conheço, ela está pesando os dois lados antes de tomar a decisão, com medo de errar, de magoar alguém. – Disse, voltando a arrumar a mala – Enquanto isso ele fica travado, sem poder avançar ou voltar, e a culpada disso é você.

Perrie: Eu não vou fugir. – Determinou, cruzando os braços.

Zayn: Bem, deveria. Eu vou, porque eu gosto de viver. Ele tentou te estrangular porque você fez ela lembrar do passado. Só que o passado que ela lembrou sou eu. Logo, dá pra imaginar quem é o proximo da fila. Me diverti com Melanie, mas não é um motivo pelo qual eu pretenda morrer. – Disse, debochado, fechando uma mala.

Perrie: Não me convenceu. – Ele a olhou, parecendo não dar a mínima.

Zayn: Continue aqui, e a única coisa que você vai ter dele é o nome na sua certidão de óbito, no campo que diz "causa da morte". – Disse, debochado – É preciso saber jogar, Pezz. As vezes recuar é necessário. – Encerrou, voltando ao closet. Ela ficou na porta do quarto, pensativa.

Melanie chegou em casa exausta. Seu cérebro devia estar fumaçando de tanto pensar e não chegar a conclusão alguma. Ela empurrou os sapatos (sentira falta dos saltos, mas não podia negar que andar de sapatilha era bem mais confortável) e se jogou no sofá, ficando lá por bem meia hora. Sem pensar, sem se mover, sem nada, apenas olhando as tramas da madeira da mesinha a sua frente, o cérebro em modo de economia de energia. É, isso era bom. Então o elevador apitou, e a agitação tomou conta da casa. Melanie ouviu a voz das crianças antes de sair do estado de torpor, erguendo a cabeça pra olhar. Gail ria, Nate falava algo e Blair o ignorava. Ela usava uma fantasia rosa, uma coisa estranha que parecia um vestido amarrado no ombro com asas de plumas atrás.

Nate: Mamãe! – Exclamou, vendo a cabeça de Melanie sobre o braço do sofá. Ela o olhava meio boba, como se não tivesse tido tempo todos esses anos pra memorizá-lo: O cabelinho liso da cor do de Harry, os olhos iguais aos dela, a expressão decidida no rostinho.

Ela se lembrou do pânico na ponte. Primeiro ao perceber que não conseguiria fugir dele, depois dos dois caindo no ar. Quando atingiu a água tentou se soltar do air bag, sair do carro nadando, mas estava sufocada. A água entrava pelo seu nariz e boca e o air bag terminava de sufocá-la. Quanto mais ela lutava, menos adiantava. Não havia descrição pra aquele tipo de agonia, então perdeu as forças, a falta de oxigênio cegando-a e então a certeza de que iria morrer... Olhando Nate agora, ela sabia que valera cada segundo.

Melanie: Venha aqui. – Chamou, em um murmúrio, esticando a mão pra ele. O menino largou a mochila e foi até ela. Melanie passou a mão no cabelo dele, olhando-a, maravilhada. Vivera com ele todos esses anos, mas só agora podia vê-lo de verdade. E era perfeito.

Nate: Blair está sendo chata de novo. – Acusou.

Melanie: Está? – Perguntou, rindo de leve. A voz dele era gostosa de ouvir.

Nate: Ela quer ser uma estatua da liberdade fada. – Disse, obvio.

Melanie: O dia de ação de graças. Claro. – Faltava um mês pra ação de graças. A escola deles faria um mini desfile, e aparentemente a estatua da liberdade iria de rosa – B? – Chamou, e logo menina apareceu, dando pulinhos.

Foi outro deleite. Blair estava toda fofa com sua roupinha, e ao invés da tocha da estatua ela tinha uma varinha de fada. Tinha os mesmos traços de Nate, os olhos idênticos, os cabelinhos caindo na altura dos ombros, a franjinha lisa sobre a testa.

Blair: Mamãe! – Disse, toda orgulhosa, correndo pra Melanie vê-la.

Melanie: Uau. Você está linda! – Disse, rindo consigo mesma e apanhando a menina no colo. – Estou com vontade de morder vocês dois! – Exclamou, orgulhosa consigo mesma, olhando os dois.

Nate: Ai meu Deus, de novo não. – Murmurou, tentando escapar da mãe, mas Melanie o puxou de volta.

Logo os três eram um bolo de gritinhos e risos no sofá. Melanie se sentia... Em paz. Nate ria, se esquivando das mordidas da mãe e Blair pulava no sofá, cutucando os dois com sua varinha. Logo os três caíram no chão, as barrigas doendo de rir.

Melanie: Olha, vou te morder de novo. – Avisou e Nate riu, caído do lado dela - Vem cá! – Ela se sentou, capturando uma Blair que tentava fugir, risonha. A menina deu um gritinho.

Nate: Ih. – Disse, olhando a asa da menina. Na brincadeira entortara. Melanie olhou, apreensiva. Sabia o que aquilo significava. Blair olhou pro lado, vendo o pedaço da asa quebrada.

Blair: Puxa. – Murmurou, com uma expressão de partir o coração, tocando o pedaço de pluma. O bico de choro já estava armado.

Melanie: Querem saber? – Perguntou, apressada. – Vamos sair! E comprar asas! Isso, comprar asas de todas as cores, porque olha... – Ela se abaixou, como se fosse contar um segredo – As fadas mesmo trocam de cor de asa todos os dias. – Blair a olhou, os olhinhos já cheios d'agua.

Blair: É? – Melanie assentiu.

Melanie: E essa só era rosa. – Disse, fingindo avaliar – Falta lilás, amarela, verde, azul, violeta, e mais uma porção de cores. – Contou, e a menina fungou, olhando a asa.

Blair: Tá bom. – Disse, conformada, secando o olhinho.

Melanie: E querem saber? Vamos jogar bola também. – Nate arregalou os olhos. Melanie prometera esse jogo havia semanas, quando ele ganhou a bola de futebol americano, mas nunca deu tempo – E depois vamos tomar sorvetes enormes. Andem, vão trocar a farda por uma roupa mais confortável. Você não quer estragar seu vestido de estatua da liberdade, quer? – Perguntou, e Blair se levantou de um pulo.

Nate: Mamãe, papai não deixa a gente tomar doce antes de jantar. – Lembrou. Melanie piscou; desde que os meninos chegaram, ela conseguira esquecer o fator Harry.

Melanie: Hoje ele não vai ligar. Vá se trocar. – Nate assentiu e saiu correndo, alegre.

Gail: Senhora, eu não acho prudente sair com os garotos assim. Está anoitecendo. – Aquilo era uma recomendação de Harry da primeira até a ultima letra.

Melanie: Eles são meus filhos também. – Disse, dura e clara – Vão sair comigo. Por favor, ajude Blair a se vestir. – Gail assentiu e saiu.

Vinte minutos depois Blair vestia um conjuntinho de moletom rosa e Nate, um azul, segurando sua bola nova. Melanie trocara de roupa, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo e colocando uma calça moletom cinza, uma camiseta branca e tênis.

Nate: Vamos, vamos, vamos! – Blair saltitava também. Melanie revirava as gavetas – O que está procurando? – Perguntou, ansioso.

Melanie: Um carro. – Admitiu, então abriu uma gaveta com um porta chaves. Se lembrava daquela gaveta. Levou apenas um instante pra achar a chave certa do Audi que ela sabia estar na garagem, e saíram.

Era um alvoroço total. Nate falava de futebol, Blair falava sobre fadas e Melanie só ria dos dois. Pararam no estacionamento, onde Melanie colocou Blair no chão um instante pra prender a cadeira de bebê no banco de trás e colocar a menina. Uma vez que Nate estava com o cinto de segurança, saíram, um alvoroço gigante dentro do carro: Vozes e risos se combinando. Harry estava saindo do escritório quando o telefone tocou. Não ia atender, mas mudou de idéia no ultimo instante. A ligação caiu e ele abriu a mensagem de voz. Durava apenas alguns segundos. Era Phillips.

- Senhor, ela deixou o prédio levando as crianças.

Uma ida no wallmart garantiu uma sacola de asas de fadas de todas as cores imagináveis, incluindo uma rosa iogurte que Blair já vestia. Nate não deu bola a irmã, olhando uma luva de futebol, e Melanie comprou pra ele também. Na saída compraram grandes sundaes e sentaram no capô do carro pra comer (Melanie pra dar a Blair, ou a menina se sujaria toda). No fim os três partiram rumo a uma pracinha que ficava perto da encosta da baía. Havia um gramado enorme e dava pra ouvir o mar. Já anoitecia quando os três chegaram lá.

Melanie: Ok, você aqui. – Disse, pongando a menina nas suas costas.

Nate: Como você vai jogar com ela assim? – Perguntou, calçando a luva.

Melanie: Não posso deixar ela no chão. A bola pode bater nela. – Ressaltou, ajeitando Blair.

Os três bem tentaram, mas Melanie não conseguia fluir com Blair agarrada no seu pescoço. Isso sem contar que estava dolorida da noite anterior; era como um lembrete vivo de Harry na ausência dele. No fim a menina foi pro chão, e Melanie e Nate brincavam com arremessos altos. Blair saltitava entre os dois com suas asinhas, pouco se importando com o jogo. Melanie levou uma surra de Nate. Harry e o menino já haviam jogado bastante, e ela nunca tentara. Falando em Harry, esse ria dos tombos dela, observando a distancia.

Melanie: Ei, não fique se gabando. – Disse, se levantando da ultima tentativa de agarrar a bola.

Nate: Você é ruim até de arremesso, mamãe. – Disse, e Melanie se levantou.

Melanie: Te ensinam isso na educação física, não é muito justo. – Disse, obvia. – Não, agora vai.

Ela se concentrou com a bola na mão, respirando fundo e arremessou. Com força demais, a bola sobrevoou o menino, indo parar longe. Ela colocou as mãos na boca, arregalando os olhos e Nate riu gostosamente. Harry também. Era um desastre.

Nate: Não tem nada a ver com educação física. – Disse, ao voltar com a bola.

Melanie: Claro que tem. Manda ver. – Nate arremessou a bola e Melanie se jogou pra pegar. Alcançou a bola, mas voou no chão, embolando na grama – EU PEGUEI! – Gritou, erguendo a bola.

Nate: Você caiu, mamãe. – Disse, achando graça.

Melanie: Não importa, eu peguei. – Defendeu, com a mão na cintura – Você e seu pai sabem porque foram ensinados. Eu não. Blair também não vai ser. – Ela olhou em volta, largando a bola – Ai, meu Deus. – Murmurou, girando em círculos – BLAIR??? – Chamou, apavorada.

Harry: Enquanto eu aprendia a jogar, sua mãe aprendia a ser líder de torcida. – Se revelou, trazendo a menina. Blair o vira escondido e dera um jeito de desviar da mãe e correr pro pai. Melanie deu um longo suspiro, colocando a mão no peito – Procurando por isso? – Perguntou, divertido.

Melanie: Cale a boca. – Dispensou, apanhando a filha.

Harry: Posso jogar? – Perguntou, tirando o terno. Nate assentiu, pulando de animação.

Melanie: Não está ocupado demais espiando? – Perguntou, irônica, e ele a encarou, divertido – Levou quanto tempo pra me achar?

Harry: Não seja boba, amor, eu sabia onde você estava desde que saiu do prédio. – Disse, doce, beijando a testa dela. Os dois riram, fazendo careta em seguida.

Harry e Nate sabiam jogar. Só de sacanagem, Melanie resolveu atrapalhar. Tirava o menino do lugar, ficava pulando entre os dois (Blair adorou essa parte), e em certo ponto pulou nas costas de Harry, tapando os olhos dele.

Melanie: Ok, continue se gabando agora. – Nate ria e Blair olhava, curiosa.

Harry: Não é muito justo. – Ressaltou, irônico, tentando se esquivar dela.

Melanie: Não é sua vez de arremessar, Nate? – Perguntou, divertida, e Nate assentiu. A bola passou pelos dois, voando longe e Melanie soltou os olhos de Harry – Acho que foi ponto dele. – Disse, satisfeita.

Harry: Acho que foi. – Disse, de cara fechada, mas segurava ela. Nate comemorava o ponto, divertido, e Blair batia as asas entre os dois – Dá licença? – Perguntou, apontando pra ela.

Melanie: Não, estou bem aqui, obrigada. – Os dois se encararam por um instante, um esperando que o outro desistisse, e ele assentiu.

Harry: Tá bom. – Ele se ajoelhou no chão de repente. Com o vácuo da queda ela terminou soltando ele, que se levantou, vitorioso, indo atrás da bola.

O jogo seguiu por alguns instantes, então Melanie passou no meio, agarrando a bola e saiu correndo, rindo. Blair correu atrás dela, um bolinho rosa, e Harry colocou as mãos na cintura.

Nate: Não vale correr assim com a bola! – Exclamou, e Melanie se virou, já longe, rindo e arremessando a bola pra cima – Papai!

Harry olhou por um instante então disparou atrás dela. Melanie arregalou os olhos e aproveitou da vantagem que tinha, fugindo dele. Nate e Blair foram atrás, divertidos. Não demorou nada ele a alcançou, apanhando-a pela cintura e erguendo-a do chão.

Harry: Isso conta como ponto meu? – Perguntou, ofegante pela corrida.

Nate: Não, a bola não estava no ar. – Dispensou e Harry assentiu, fingindo que ia jogar Melanie no chão.

Ela deu um gritinho, se agarrando a ele, mas antes do impacto ele a segurou, dando um beijinho na bochecha dela e rindo. Melanie o empurrou, dando um jeito de imobilizá-lo no chão e Blair se jogou em cima do pai com um pulo, fazendo Harry grunhir com o impacto. Melanie se jogou também, e em seguida Nate, deixando-o soterrado.

Melanie: Não era você que queria mais filhos? – Perguntou, atravessada em cima dele, que estava vermelho pelo peso.

Ele a atacou com cócegas, o que a fez recuar, rindo, e de repente ela estava por baixo, sob ataque dele e de Nate. Blair ria, olhando tudo, sentada. As pessoas que passavam por ali olhavam e sorriam pra cena. Aquela não parecia ser uma família em problemas, muito menos desmoronando. Será que parecia? 

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