Enquanto Você Dormia - Efeito...

Door laribsss

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Quando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esp... Meer

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45

Capítulo 25

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Door laribsss

Após o aniversário de Harry, Melanie não retornou mais a terapia. Edward a magoara com seu comentário, e agora ela estava... De birra. Continuava as aulas, aprendendo as coisas que esquecera, mas não estudava mais a lesão que o acidente deixara. Harry não podia estar mais feliz. Quer dizer...

Harry: O que ele ainda está fazendo aqui? - Perguntou, indignado, certo dia. Tinha ido buscar Melanie, e passou pela porta da sala de Edward, que se despedia de uma paciente, sorrindo.

Liam: Ele trabalha aqui. - Disse, olhando algo em uma prancheta, concentrado.

Harry: Não trabalha não. Melanie o dispensou. - O orgulho na voz dele era mais que transparente.

Liam: Ele veio pra cá por causa dela, mas uma vez aqui apanhou outros casos. - Disse, concentrado no que lia - Melanie não é a única pessoa com problemas de memória por aqui.

Harry: Pois muito bem, ele não trabalha mais aqui. - Disse, simples. Liam ergueu a sobrancelha, apanhando uma caneta no bolso do jaleco - Eu acabei de demiti-lo.

Liam: Não demitiu, não. - Dispensou, divertido.

Harry: Porque não? - Perguntou, indignado.

Liam: Porque você não pode. - Disse, sorrindo, assinando a autorização que estava na prancheta e erguendo os olhos em seguida - O hospital é meu. - Lembrou, abrindo um sorriso enorme.

Harry: Na verdade, é nosso. - Ressaltou.

Liam: Harry... - Suspirou, colocando a prancheta na mesa da recepção, junto com outras - EU tive a idéia desse hospital. EU trabalhei pra construí-lo, da fundação aos retoques. EU o mantenho de pé, todos os dias, com meu suor. Teoricamente é nosso, porque o lucro é da família, mas em pratica é meu. - Harry o encarou de cara fechada - Logo, não tente levantar chapéu com o meu braço.

Harry: Porque quer mantê-lo aqui? - Perguntou, exasperado.

Liam: Porque ele é um ótimo neurologista, um bom médico, é útil. Eu já abri concessão pro caso de Melanie, não me peça excessos, sim? - Pediu, olhando as pastas das evoluções dos pacientes, aguardando autorização.

Harry: Concessão? - Debochou - Melanie é de maior. É a vontade dela.

Liam: Não use meu artifício contra mim. Fui eu que o criei, logo eu sei como derrubá-lo. - Disse, se virando pra encarar o outro com a sobrancelha erguida - Melanie é de maior, mas não está 100% em domínio de suas faculdades mentais sendo que não lembra dos anos que a trouxeram até aqui. Eu precisaria levar o caso pro responsável dela. - Começou.

Harry: Ou seja, o marido. - Disse, satisfeito.

Liam: Sim, só que nesse caso o marido está envolvido. Ele não é imparcial, porque tem interesse em um resultado, logo o procedimento é procurar um segundo responsável por Melanie... Que nesse caso é a mãe dela. - Harry fechou a cara - Não queremos isso. Irmão, não vou demitir Edward. Pegue sua esposa, continue sendo feliz com ela, e me deixe trabalhar em paz. - Dispensou, dando as costas e saindo. Harry ia retrucar, mas Melanie apareceu no fim do corredor, abrindo um sorriso estonteante ao vê-lo.

Houveram outras discussões, mas no fim ficou decidido que Liam ficaria com Edward, porém Edward não tinha autorização pra chegar perto de Melanie. As semanas foram passando de forma doce, com viagens em cada fim de semana, álbuns de fotos sendo montados, algumas novidades surgindo...

Harry: Duas. Isso. - Disse, ao telefone, sentado em sua sala - Hum... Creio que quatro ou cinco. Pro fim do dia. - Alguém entrou na sala dele - Sobre o outro assunto, preciso das plantas. Por hora faça isso. Certo. - E desligou.

Perrie: Mandou me chamar? - Perguntou, os cabelos da exata cor do de Melanie preso em um coque, usando uma calça social preta e uma camisa de botões branca, com saltos combinando com a calça.

Harry: Perrie... - Disse, pondo o celular na mesa e erguendo o olhos gelados pra ela - Porque diabos você tentou nos fazer perder dinheiro pra Darfur no dia em que eu deixei a reunião pra ir buscar Melanie? - Perguntou, frio.

Ops.

Perrie: Não seja tolo. Não tentei "nos fazer perder dinheiro". Só acreditei que os números estivessem equivocados. - Respondeu, sínica.

Harry: Você prometeu. - Rosnou, se amparando na mesa - Prometeu que não contaria nada a ela, prometeu que me ajudaria.

Perrie: Promessas são feitas para serem quebradas. - Disse, se apoiando na mesa. Estava sem paciência - Me diga, o que eu ganho com isso tudo, Harry?

Harry: Eu pago o que você quiser. - Disse, frio.

Perrie: Eu quero você. Eu sempre quis você, minha vida inteira. - Ele recuou, respirando fundo - Não parece ser um preço que você esteja disposto a pagar.

Harry: O que deu em você? - Perguntou, enojado.

Perrie: Cansei de facilitar. Se você acha que vai falar comigo e me amedrontar como se eu fosse uma inferior, pense de novo. - Disse, cruzando os braços - Cansei te ajudar, de te consolar, eu faço tudo por você e só me fodo. - Disse, irônica - Vamos ver como os dados rolam. - Disse, divertida.

Harry: Se você contar a ela, Pezz, eu vou destruir você. - Ela ergueu as sobrancelhas - Se me tirar ela, eu vou acabar com você, juro por Deus. Nossa família vai colapsar de dentro pra fora até não sobrar nenhum pedaço. - Avisou, o olhar letal - Lembre-se: Eu não vou ter mais nada a perder.

Perrie: Tenha um bom dia, Harry. - E deu as costas, saindo da sala.

Problemas, problemas... No fim da tarde, Harry foi buscar Nate com Melanie na escola. O menino veio, feliz e saltitante, pulando no colo da mãe. Harry os observou conversando animadamente no caminho de casa, e sorria com o entusiasmo dos dois.

Melanie: Hey, Tommy! - Cumprimentou, sorridente, descendo do carro. Thomas Phillips era o chefe da segurança contratado por Harry. No começo ele estranhou essa cordialidade, mas era difícil não gostar de Melanie.

Phillips: Olá, senhora Styles. - Disse, sério em seu terno escuro, segurando a porta do carro. Harry desceu em seguida. Parecia divertido.

Harry: Hey, Tommy. - Repetiu, segurando o riso. Os dois se encararam por um instante, rindo de leve depois.

Phillips: Boa tarde, senhor Styles. - Respondeu, travando o sorriso e fechando a porta do carro.

No elevador Harry ainda sorria. Melanie gostava de vê-lo assim. Ao chegarem na cobertura ela saiu com Nate, entretida, e Harry apanhou o menino no ultimo momento, segurando-o e impedindo a colisão.

Melanie: O que... - Ela olhou, então arregalou os olhos, tocando o vidro que antes não estava ali - Nós temos uma porta?! - Perguntou, radiante.

Harry encomendara isso mais cedo. Era uma porta dupla, de correr, como a de shoppings. Abria com o sensor quando a pessoa se aproximasse, a não ser que estivesse trancada, como agora. Ficava entre a sala do elevador e a sala de estar. Melanie olhou, maravilhada, enquanto ele tirou a chave do bolso e destrancou a porta. O sensor se ativou e a porta correu pros lados, abrindo-se. Nate não deu muita bola, entrando em casa, mas ela adorou.

Melanie: Temos uma porta! - Disse, maravilhada.

Harry: Tome. - Ele soltou algo do seu chaveiro - Sua cópia. Compre um chaveiro bem bonito e prenda nela. - Melanie assentiu, guardando a chave na mão - E tem mais, veja...

Ele passou com ela pra dentro e a porta se fechou. Ele trancou com o cartão e apertou um botão, que parecia um interruptor, na parede ao lado da porta. Não estava lá hoje de manhã. Quando ele apertou uma cortina cinza grafite correu dos lados, ocultando o interior da casa.

Harry: Que tal? - Perguntou, fazendo graça, e ela riu, radiante, pulando no colo dele. Ele cambaleou, rindo, e ela o beijou em resposta.

Era maravilhoso, tanto quanto o beijo; nada mais precisava ser dito.

**

Em setembro veio o aniversário de Nate. Melanie organizou a festa com tudo o que o filho tinha direito, com a temática de Os Vingadores (Nate gostava desse filme): Toda a decoração foi feita pela melhor agencia que o dinheiro pôde comprar, o salão estava perfeitamente decorado, incluindo atores vestido como os personagens do filme, até as mesas e todo resto. O bolo era enorme, com dois andares, branco. Em cima havia o emblema dos Vingadores, e ao redor haviam miniaturas perfeitas em glacê da mascara do homem de ferro, o martelo do Thor, o escudo do capitão América, as flechas do gavião arqueiro, além de miniaturas do Hulk e da Viuva Negra. Nate convidou os coleguinhas do colégio, e o espaço de festas ficou lotado (Harry preferiu manter a algazarra longe da casa da mãe). Na hora de bater os parabéns...

Harry: Você sabe o que fazer. - Disse, vendo a carinha indecisa do menino.

Melanie: Faça os seu pedido, querido. - Disse, sem entender a hesitação do menino. - O que você mais quer no mundo? - Incentivou.

Nate: Nada. - Harry franziu o cenho. Nate segurava as mãos dos pais e olhava a velinha em duvida - Eu já tenho tudo o que eu quero. - Melanie assentiu, entendendo, e Harry sorriu, sendo invadido por um sentimento de paz indescritível ao ouvir aquilo.

Harry: Peça pra que seja sempre assim, então. - Nate assentiu, satisfeito, e soprou as velas.

Ainda em setembro... Era fim de semana. Melanie estava na cama de Harry, lendo livros com Nate, e os dois adormeceram. A encomenda chegou no fim da tarde. Harry olhou, erguendo a sobrancelha, em duvida, mas... Enfim, malfeito feito.

Ele entrou no quarto, sorrindo ao ver a mulher e o filho dormindo, e colocou o filhotinho de Maltês branco (não crescia e era calmo, segundo o veterinário) na cama. O cachorro era pequenininho, cabia em uma mão, e tinha o pelo grande, branco, liso. Resumidamente fofo. Harry se sentou na poltrona do quarto e esperou. O cachorro cheirou o lençol, indo pra cima de Nate. Ele cheirou o menino, o focinho gelado fazendo o garoto se encolher, o que fez Harry rir, então foi pra cima de Melanie. Após cheirá-la se pôs a lamber o rosto dela, todo feliz.

Melanie: Hum... - Ela sorriu, com uma careta - Amor, Nate vai acordar. - Harry, que há pouco sorrira, fechou a cara de novo. O cachorro continuou, e Melanie se esticou - Harry... - Repreendeu.

Harry: Sim? - Perguntou, ultrajado, na poltrona, com a sobrancelha erguida. Melanie franziu o cenho. A voz estava distante demais. Ela apalpou, encontrando o cachorro, e arregalou os olhos.

Melanie: Eu não... Eu... - Ela tocou o rosto, exasperada. O cachorrinho olhava pra ela, abanando o rabinho freneticamente - NATE! - O menino se sobressaltou, fazendo uma careta - Nate, Nate abre os olhos! - O menino olhou, de má vontade, se sentando de um pulo em seguida.

A algazarra foi total. O cachorrinho pulava nos dois, o rabinho sendo uma sombra no ar de tão rápido que balançava. Latia pros donos, mas era tão pequenininho que o latido era quase um nada. Melanie e Nate adoraram. Harry assistiu a felicidade dos dois, sorrindo de canto.

Nate: Nós precisamos de um nome. - Decidiu, e o cachorrinho se virou ao ouvir a voz dele, pulando e tentando lambê-lo, o que o fez rir, se desviando.

Melanie: Sorte. - Decidiu, e Nate pensou por um instante. Parecendo aprovar - Nós todos temos muita sorte. E você tem cara de sorte. - Disse, acariciando o pêlo de Sorte, que se deitou de barriga e abriu as perninhas, querendo carinho.

Enquanto Nate se deliciava com o cachorro Melanie pulou da cama, correndo até Harry e pulando no colo dele, enchendo-o de beijos. Ele riu, divertido, abraçando-o.

Harry: Feliz? - Perguntou, soterrado de beijos.

Melanie: Feliz, feliz, feliz! - Disse, a voz aguda de tanta alegria.

Em outubro, a noticia da gravidez de Madison foi recebida aos brindes. Niall pagou pra fecharem o Oak Room, um dos melhores restaurantes da cidade, para celebrarem. Clair, a neta mais velha e a eterna princesinha da família, parecia feliz com a noticia; o pai e a mãe a amaciaram muito antes de tomarem a decisão.

Melanie: Parabéns. - Disse, sorrindo, vindo abraçar Madison, que sua vez estava radiante.

Madison: Obrigada. - Disse, sorrindo, então hesitou - O que foi? - Melanie a olhou, confusa - Conheço você, e essa sua carinha intrigada. - Ressaltou.

Melanie: Não é nada, é só que... Bem, eu não me lembro de ter Nate dentro de mim. - Ela tocou a barriga sem perceber - Eu acordei e ele estava aqui, mas já grande e... Se não fosse a cicatriz eu não teria nada que lembrar. - Disse, dando de ombros.

Madison: Sua gravidez foi muito problemática. Tivemos medo, muito medo, varias vezes. Medo de perder Nate ou você no processo. - Disse, séria, pondo o cabelo de Melanie atrás da orelha - Mas ainda assim, fora os momentos de susto, você era uma grávida linda. - Completou, sorrindo. Melanie riu de leve.

Melanie: Ok, não ligue pra mim, vá aproveitar sua noite. - Disse, a preocupação afastada do rosto.

Harry: Baby, você está monopolizando a... Bem, a grávida. - Editou, e os três riram.

A noite foi gostosa. Comemoraram até tarde. Todos estavam lá - incluindo Perrie - que ficou muito calada. Harry, que não deixava Melanie se afastar da vista dele, encarava a outra continuamente. Em um ponto Perrie encontrou esse olhar e ergueu a taça de vinho pra ele, em um brinde. Na saída da noite, após colocar um Nate adormecido e Melanie no carro, Harry se demorou do lado de fora.

Harry: Phillips. - O segurança, que conversava com o motorista de Harry, se aproximou, sempre de preto, com uma escuta na orelha - Não quero que a Srta. Edwards se aproxime de Melanie. - Ordenou, o vento forte da madrugada varrendo os dois - Se ela tentar se aproximar, detenha-a. Ela não pode ficar sozinha com a minha mulher.

Phillips: E se a Sra. Styles estiver acompanhada? - Confirmou, memorizando tudo.

Harry: Se ela tiver com alguém da família, tudo bem. - Perrie não conseguiria fazer nada com outro Styles perto dela - Mas ela não deve se aproximar sozinha de jeito nenhum. Melanie tem o foco de um colibri, distraia ela e a tire de perto sem que ela perceba. - Sugeriu, e Phillips assentiu.

Phillips: E se a Srta. Edwards insistir? - Confirmou, profissional. Harry hesitou, respirando fundo.

Harry: Use de violência, se for necessário. - Autorizou, duro - Avise ao resto da equipe. Ela não deve se aproximar da minha esposa. - Phillips assentiu e Harry entrou no carro.

Melanie nunca estava sozinha, Phillips e mais um segurança sempre estavam fazendo a segurança dela sem serem notados, mas essa era a primeira vez que ele recebia uma ordem de restrição contra um Styles. Era, no mínimo, preocupante. Revistas deram destaque quando a gravidez de Madison foi confirmada: A nova geração dos Styles crescia a um bom ritmo: Greg com 15, Clair com 8, Nate com 4, Juliet com prestes a fazer 2, e agora mais um a caminho. Em dezembro, pra tristeza de Melanie e Nate, o inverno chegou. Havia chuva, havia neve, frio, e não havia praia.

Harry: Mas vamos a Aspen. Na semana que vem. Você vai adorar. - Garantiu, vestindo um sobretudo nela. Estavam saindo; passariam a semana de natal na torre Branca, com Anne, depois todos partiriam para Aspen.

Melanie: Sei disso. Mas vou sentir falta de Hamptons. - Disse, com um olhar cúmplice, se estreitando contra ele, que sorriu. Depois do aniversário de um ano da data que Melanie "acordou", que os dois comemoraram com um jantar a sós em casa, estavam mais apaixonados que nunca, se é que era possível.

Harry: Sempre podemos voltar. - Murmurou, mordendo a orelha dela.

Nate: Mamãe, Sorte não quer entrar na caixa. - Disse, aborrecido. Harry suspirou e Melanie olhou, vendo o menino com o cachorro na mão e a caixinha de viagem na outra.

Harry: Vou colocar as malas no elevador. - Disse, derrotado, e Melanie riu.

Harry levou tudo, Melanie conseguiu colocar o cachorro na caixa, e estavam prestes a partir quando ele se lembrou que havia esquecido os documentos de Nate. Ele não gostava de sair sem isso. Voltou, deixando Melanie e Nate no elevador esperando, e apanhou os documentos na gaveta; encontrando outros que não deviam estar ali. Ele abriu o cofre, depositando o envelope, até que percebeu algo. Como não usava muito o cofre de casa, não tinha reparado em todos esses meses.

Um livrinho de anotações, com uma capa simples, preta: O diário dela.

Harry: Jesus Cristo. - Gemeu, olhando o corredor, mas não tinha ninguém. Ele folheou o diário, passando pela caligrafia dela. Ia dar fim naquilo, mas no redemoinho de acontecimentos, esqueceu.

- Harry?

Harry: JÁ VOU. - Respondeu, sério, fechando o cofre e indo pra sala da lareira. Alguns botões apertados depois a lareira estava acesa, o fogo consumindo a madeira a todo vapor. Ele apanhou uma espátula, prendeu o diário e o colocou bem no centro das chamas, observando-o queimar.

Melanie: Amor? - Chamou, entrando na sala. Ele se sobressaltou. - O que está fazendo?

Harry: Nada, só checando os documentos de Nate. Vamos embora. - Ela assentiu, tranquila, e após uma ultima olhada no livro que pegava fogo eles partiram.

Porém, alguns minutos depois, Perrie entrou no apartamento. Não havia ninguém lá, só Gail, que é quem trancaria a porta antes de sair pra passar o natal com a família. Perrie fora... Se redimir. Foi uma atitude impensada confrontar Harry sendo que ela não tinha arma alguma; precisava retroceder. Chamou pelo apartamento e estava indo embora, quando sentiu um cheiro de queimado. Preocupada com a possibilidade de algo ter incendiado, foi até a fonte da fumaça... E quase gritou ao ver que era. Vira Harry lendo aquilo exaustivamente na época que Nathaniel nasceu: Era o diário de Melanie. Com um aperto de um botão a lareira apagou as chamas, e ela resgatou o diário. Queimara as bordas totalmente, a capa quase toda, mas o couro protegeu o centro do diário. Bastava pra ela. Pelo visto, ela não estava mais desarmada agora.

**

Pro deleite de Anne, a casa logo estava cheia novamente. Ainda era dia 20, mas como precisavam organizar a viagem pra Aspen depois do natal todos se anteciparam. Harry conversara com Melanie, explicara que não havia como irem a Aspen sem ser de avião, e, depois de ele prometer abraçar ela o tempo todo, ela aceitou ir de avião. As crianças estavam alvoroçadas, adorando a convivência, e a casa estava cheia de vida. Cada um dormia em um quarto separado, exceto Eve, mas até os pais conseguirem colocá-los na cama...

Anne: Amanhã vamos sair todos pra comprar a arvore de natal. - Disse, em voz alta, e houve um silencio entre as crianças - Quem não acordar na hora não vai comigo.

De repente Greg sentiu sono, Nate resolveu não ser desobediente, Clair coçou o olho... Gemma riu gostosamente, enxotando os sobrinhos e o irmão pra cima. Eram fofos, em seus pijaminhas, se fingindo de cansados.

Melanie: Esqueci minhas jóias. - Disse, após fuçar a mala. Ela havia tomado banho e se vestido, e Harry saiu do banheiro, secando o cabelo, vendo-a com um biquinho.

Harry: E eu esqueci trezentas coisas. - Brincou, fazendo-a rir - Amanhã, depois do trabalho, eu passo lá e trago seu porta-joias.

Melanie: Hum... O que seria de mim sem você? - Perguntou, se fazendo e abraçando-o. Ele riu, passando a toalha em volta da cintura dela e a prendendo contra si.

Harry: Sorte que você nunca vai precisar descobrir. - Disse, no mesmo tom que ela, fazendo-a rir, e a beijou - Vou checar Nate. Se lembrar de mais algo que ficou lá, me avise. - Ela assentiu, e ele saiu.

As crianças dormiram cedo aquela noite. Os respectivos pais tiveram tempo e sossego pra tomar um ultimo drink e conversarem um pouco antes de irem dormir. Perrie estava de ótimo humor. Harry perdeu a hora na manhã seguinte: Simplesmente não programara o despertador.

Harry: Hum... - Melanie dormia no peito dele, toda bonitinha, aninhada ali. Ele olhou pro lado, procurando o despertador. Eram 9:15AM. - Jesus Cristo. - Disse, se soltando dela pra levantar.

Melanie: Não. - Protestou, abraçando-o forte - Ela se esticou, se espreguiçando, e viu ele olhando o celular, frustrado. Descarregara, por isso as ligações não o acordaram. - Bom dia. - Disse, selando os lábios dele.

Harry: Bom dia. - Respondeu, largando o celular e dando um selinho demorado nela, que sorriu, se estreitando no corpo dele. Em seguida riu de leve. Ele franziu o cenho - O que foi?

Melanie: Porque você sempre acorda assim? - Perguntou, a perna roçando na ereção matinal dele, que riu, divertido.

Harry: Deve ter a ver com o fato de que eu durmo agarrado com uma mulher linda. - Respondeu, mordendo o pescoço dela. A barba dele, por fazer, a fez cócegas e ela riu. - Estou atrasado. - Lembrou, se levantando, mas ela o segurou.

Melanie: Mas... - Disse, frustrada, e ele esperou, divertido, se levantando e pondo o celular pra carregar, ligando-o.

Harry: Mas...

Melanie: A casa está vazia. Os outros foram trabalhar, as crianças foram comprar a arvore... - Disse, corando. Ele prendeu o sorriso, estudando-a - Pensei em... Aproveitarmos. - Disse, após escolher a palavra.

Harry: Aproveitarmos? - Ela assentiu, na expectativa. - Preciso avaliar seu caso, senhora Styles, mas acredito que estamos em cima do prazo. - Disse, se fazendo de profissional enquanto a puxava pelas pernas.

Melanie riu, sendo arrastada pela cama e ele se curvou sobre ela, beijando-a. Ela suspirou, satisfeita, o corpo se moldando ao dele. Após alguns instantes ele baixou a boca, beijando o queixo dela, o pescoço, mordendo os seios sobre a blusa, descendo pela barriga... E ele parou no elástico da cueca. Nunca ia conseguir superar aquilo. Riu de leve, dando um beijo demorado na cicatriz dela enquanto baixava a cueca, o rosto sumindo entre as pernas dela em seguida. Em instantes Melanie gemeu, se curvando na cama.

O modo como a língua dele brincava com o clitóris dela, as vezes acariciando, as vezes sugando, enviava tremores pelo corpo dela. Ele a segurou pela coxa, a outra mão encontrando a intimidade dela, primeiro entrando um dedo e logo um segundo, e Melanie gritou. A sessão de "não podemos fazer barulho" da noite passada quase a enlouqueceu. Ela tinha as unhas cravadas no lençol, os lábios entreabertos, os gemidos se intensificando junto com a intensidade dos dedos dele, e cada gemido dela fazia ele ter vontade de se afundar nela até não poder mais. Quando ela por fim gozou ele continuou, fazendo-a gritar novamente, prolongando a sensação até que os olhos dela se encheram d'água . Terminando, enquanto ela se recuperava ele ajeitou a cueca dela, dando-lhe vários beijinhos e ficou observando-a até que ela abriu os olhos, o rosto corado, o olhar brilhante.

Harry: Bom dia, senhora Styles. - Repetiu, dando um selinho nela.

Melanie: Que? - Perguntou, entendendo a despedida e ele escorregou da cama antes que ela o convencesse a ficar.

Harry: Eu preciso trabalhar, baby. - Disse, em uma desculpa, e sumiu no banheiro. Ela desmontou na cama, respirando fundo. Aquilo ficava melhor a cada vez!

Harry foi direto pra ducha. Tomou um banho rápido, se secando, vestindo a cueca e passando pra pia. Ela ficou na porta, observando-o enquanto ele escovava os dentes e fazia a barba. Ele deu um selinho nela ao passar pela porta e foi se vestir. Cinco minutos depois estava pronto, calçando os sapatos enquanto fechava as abotoaduras. Foi quando ela o atacou de novo.

Harry: Baby... - Suspirou, quando ela o pegou pela gravata.

Melanie: Você podia ficar. - Disse, quase em um sussurro, e ele sorriu de canto.

Harry: Ficar e...?

Melanie: Ficar aqui, sozinho comigo... - Continuou, desfazendo o nó da gravata dele, que a observava, fascinado - Você não devia deixar sua esposa se ela não se sente bem.

Harry: Não está bem? - Perguntou, se fingindo de preocupado, entrando no jogo dela. Ela negou com a cabeça, fazendo bico - O que você tem?

Melanie: Sinto... - Ela formulou a palavra - Coisas. - Decidiu.

Harry: Que tipo de coisas? - Perguntou, falsamente interessado.

Melanie: Coisas... - Ela apanhou a mão dele, desviando da blusa e a levando até o próprio seio, fazendo-o apertá-lo. Harry observou o ato, os olhos sérios - Coisas pelas quais meu marido deveria se responsabilizar.

Harry: Entendo. - Disse, descendo a outra mão pelas costas dela, chegando até o traseiro e apertando-a contra si. Melanie sorriu, satisfeita - Parece uma urgência.

Melanie: E é. - Disse, solene, passando o nariz pelo pomo de adão dele, e em seguida os lábios entre abertos, o hálito arrepiando a pele dele - Quando eu melhorar, vou saber agradecer. - Sussurrou, arranhando a garganta dele com os dentes.

Harry ao olhou por um instante, umedecendo os lábios, e em seguida se esticou, apanhando o celular que chamava.

Harry: É minha secretária. - Disse, e ela passou o nariz pelo dele, a mão fazendo os dedos dele apertarem o mamilo dela. Ele sozinho o esfregou na palma da mão; estava rígido, dando ganas dele mordê-lo.

Melanie: Você pode ficar aqui e cuidar de mim. - Sussurrou, a mão livre descendo pela barriga dele até encontrar as calças, os dedos passeando pela ereção recém refeita dele, provocando-o - Ou ir lá com a sua secretária trabalhar. - Ele a encarou por mais um momento, deslumbrado, e atendeu o telefone.

Harry: Styles. - Disse, mecanicamente - Sim, eu sei. Tive um contratempo, minha esposa não se sente bem. Eu sei. - Ela mordeu a orelha dele, agora lhe acariciando o membro com a mão inteira por cima da calça. - E ainda vou demorar. - Ele pôde sentir o sorriso dela em sua orelha - Desmarque tudo o que estiver na minha agenda até as onze. - Ordenou, desligando o telefone e deslizando o terno pelos ombros. Ela se arrepiou de antecipação. Ele se demorou, tentando soltar as abotoaduras.

Melanie: Então? - Perguntou, sorrindo.

Harry: Descarada. - Disse, passando o dedão no lábio inferior dela. Estava vermelhinho, pedindo pra ser beijado.

Melanie: Vou te contar algo. - Sussurrou, mordendo o queixo dele - Tenho o maior tesão toda vez que te vejo vestido desse jeito. - Apontou, mordendo o lábio. Ele ergueu as sobrancelhas.

Harry: É? - Ela assentiu - Muito bem. - Ele sacudiu os ombros, pondo o terno de novo. - Vou cuidar de você. Mas essa sua roupa...

Harry apanhou a camiseta dela com as duas mãos, rasgando o algodão branco em dois, fazendo o corpo dela sacudir com o impacto. Melanie parou na frente dele, de cueca, os cabelos caindo sobre os ombros, os olhos em expectativa.

Harry: Venha aqui. - Disse, autoritário, e ela estremeceu - Aqui, Melanie. - Repetiu, e ela deu um passo a frente. Antes que pudesse reagir ele já a havia beijado, as mãos apertando a pele dela quase agressivamente, os lábios se devorando.

No andar debaixo...

Anne: Vamos, rápido vocês. - Disse, parando a porta. Clair e Nate entraram correndo. Na virada do quarteirão os dois disseram que queriam ir ao banheiro, então voltaram.

No andar de cima...

Melanie estava prensada na parede do lado da porta do banheiro, suspensa no ar, com Harry a sua frente. As estocadas dele faziam o corpo dela subir e descer, tamanha força, intensidade, e ela gritava. Já havia gozado duas vezes, e só fazia melhorar. Tentava abafar os gritos, mas a agressividade, a violência do corpo dele, das mãos dele... Harry grunhia, sentindo o modo como ela o apertava naquele ritmo, os seios dela raspando a camisa dele...

Harry: Vou te deixar toda machucada. - Sussurrou na orelha dela, fazendo-a arquear a cabeça - Toda dolorida. Toda vez que se mexer hoje, vai se lembrar de mim. - Rosnou, agarrando os cabelos dela, expondo sua maxilar e mordendo-a.

Melanie: Ai! - Gemeu, agarrada ao terno dele, agora destruído.

Harry: Gosta assim? - Ela assentiu - Olhe pra mim e me responda. - Ordenou, autoritário, puxando mais o cabelo dela. Ela abriu os olhos, focalizando-o. Tinha os cabelos arrepiados, o rosto suado pelo esforço, vermelhinho, os olhos dilatados.

Melanie: Gosto. - Respondeu, corando, e fechou os olhos de novo. Ele deixou, mordendo a curva do ombro dele - Gosto, gosto muito... Assim... - Gemeu, aturdida.

Nate: Mamãe? - Perguntou, a voz se aproximando no corredor. Os movimentos dos dois pararam imediatamente.

Melanie: Não. Não, não, não. - Disse, aturdida, agarrando os ombros dele, que olhava a parede, tentando pensar. - A porta está aberta. - Disse, alerta.

Harry: Enlace as pernas na minha cintura. Segure em mim, rápido. - Melanie obedeceu e ele girou, entrando no banheiro e trancando a porta. Em seguida a levou pra bancada, esticando o braço, abrindo o chuveiro e a pia.

Nate: Mamãe? - Repetiu. Estava dentro do quarto agora.

Harry: Responda. - Disse, só batendo os lábios e Melanie levou a mão até a água da pia, trazendo um gole a boca, bebendo pra clarear a voz. Ele sorriu de canto.

Melanie: Oi, meu bem. - Respondeu, e o menino se aproximou da porta - Estou tomando banho.

Nate: Onde está o papai? - Perguntou, tranquilo.

Melanie: Trabalhando. - Respondeu, respirando fundo. Sentia ele latejando dentro dela, quente, e queria se mover.

Nate: Com quem você estava falando então? - Perguntou, confuso. Ouvira Melanie gemer, e a inocência transformou aquilo em palavras.

Melanie: Não estava falando, estava... Estava cantando. Não. - Gemeu baixinho, quando Harry começou a se mexer. Devagar, sem força... Ela o estapeou, mas ele riu e continuou.

Nate: Tudo bem. Você quer vir com a gente? Peço pra vovó esperar. - Disse, tranquilo.

Melanie: Não! - Aquilo era mais pra Harry que pra Nate. Harry afundara a cabeça no ombro dela e continuava, se mexendo de modo raso, devagar - Não, pode ir, na volta eu vejo tudo.

Nate: Tudo bem então. Tchau mamãe. - E deu as costas, saindo saltitando.

Harry desligou o chuveiro e a pia, escutando os passos do menino até que o silencio voltou. Melanie o estapeou de novo, fazendo-o rir.

Melanie: Que está fazendo? - Perguntou, exasperada.

Harry: Cuidando da minha mulher. - Disse, ainda com aquele tom autoritário, apanhando-a pelo queixo - É meu dever, ou não? - Ele mordeu o lábio dela, puxando e soltando.

Ele a puxou pra beira da pia com um tranco, retomando a intensidade dos movimentos. Melanie gemeu demoradamente, deliciada. No fim ela gritou, agarrada a ele, tremula. Ele gozou chamando o nome dela, apertando-a contra si. Os dois ficaram largados na pia, arfando, ela acariciando o cabelo dele.

Melanie: Sabe a cota de experiências traumáticas? - Harry assentiu, preguiçoso - Estou preocupada com ela. - Harry riu, erguendo o rosto.

Harry: Linda. - Ele selou os lábios dela - Eu amo você. - Disse, acariciando o rosto dela.

Melanie: Pra sempre. - Disse, sorrindo. O elástico de dinheiro que ela usava como pulseira o tempo todo, usando-o pra espantar as lembranças, era a prova presente da verdade naquela promessa.

Harry: Eu estou atrasado, com a roupa destruída. - Disse, debochado consigo mesmo. O terno estava estragado, era capaz de ter até rasgado. Alguns dos botões da camisa haviam largado, e a calça estava toda amassada.

Melanie: Estou atrasado. - Imitou. Ele riu, saindo de dentro dela com cuidado. Doeu, o que a surpreendeu. Não era uma dor pra se preocupar, mas era desconfortável - Ai! - Gemeu, apertando o braço dele, que sorriu.

Harry: Vai lembrar de mim o dia todo. - Avisou, presunçoso, dando um ultimo beijo nela.

Melanie: Eu quero um banho. - Harry ergueu as sobrancelhas - Me dá banho? - Perguntou, satisfeita com a idéia.

Harry: Se eu for te dar banho, não trabalho hoje. E você já está dolorida. - Melanie fez bico. - Eu vou tomar outro banho, mas sozinho. Ande, desça daí. Você vai me fazer falir, mulher. - Brincou, jogando o terno estragado no cesto do banheiro e saindo atrás de uma muda de roupa nova.

Melanie sorriu, satisfeita, descendo do balcão. O ato de andar fez doer de novo, e ela fez uma careta... Então se lembrou da voz dele, no pé da orelha dela, autoritária, dizendo como aquilo era bom, como ele ia deixá-la depois... E ela sorriu. Podia bem viver com aquilo.

**

Perrie virou a noite lendo o que sobrou do diário de Melanie. As bordas das paginas estavam queimadas, de forma que várias frases ficavam sem final, mas dava pra entender o contexto. Leu sobre o ódio de Melanie e Harry, do jogo de mata-mata dos dois (ficou tensa nessa parte: Melanie sabia bem bolar emboscadas, Harry sobrevivera a elas de raspão), sobre as transas dos dois, as brigas, e cá pro fim chegou em Zayn. Ela colocara Louis pra vigiar Harry, que ridículo! O pavor e nojo de Melanie estavam estampados nas ultimas paginas, de uma forma tão intensa que fez a própria Perrie hesitar. Crescera protegida, amada pelos pais, sem nenhuma sombra de trauma, totalmente feliz. O que estava escrito naquelas páginas... Devolver aquilo, aquelas lembranças, fazer alguém que viveu aquilo se lembrar... Ela teve um sono inquieto aquela noite. Queria ganhar - ia ganhar - mas estava realmente sujando as mãos por Harry. Se não o amasse tanto, não iria tão longe. Acordou com a algazarra na sala. Aquela casa estava começando a ter crianças demais pro gosto dela. Após um banho e se arrumar, encontrou a geração mais nova dos Styles decorando um pinheiro enorme colocado na sala. As crianças adoravam Melanie.

Esta vestia uma calça moletom azul clara e uma blusinha branca, os cabelos presos, totalmente entretida.

Nate: As luzes são por ultimo, mamãe. - Explicou, separando a caixa. Melanie assentiu.

Clair: É, tia Mel. Primeiro vem os festões, depois os enfeitezinhos e as bolas e por ultimo as luzes. - Melanie assentiu, apanhando um festão prateado na mão.

Melanie: Ok, entendi. - Disse, sorrindo, e as crianças puxaram as caixas com os festões pra perto.

Logo foi uma festa. Haviam festões vermelhos e prateados, Greg e Melanie se revezavam enrolando a arvore, Nate ajeitava os lados, Clair ria, girando com um festão e Juliet, pequenininha, ria de tudo, batendo palmas e segurando o pedaço de um festão. Sempre que tentava chegar perto do fogo cruzado, Anne a trazia de volta. Perrie se sentou, sem opção, assistindo o show. Assim que os festões foram distribuídos, passaram pros enfeites.

Perrie: O que há com você? - Perguntou, saindo de seus pensamentos. Todos olharam, o barulho morrendo instantaneamente - Você. - Disse, apontando pra Melanie.

Melanie: Eu, nada. - Disse, com o cenho franzido, olhando a própria roupa - Porque?

Perrie: Está andando estranho. Quase mancando. - Melanie ergueu as sobrancelhas.

Melanie: Não, não estou. - Cortou, corada - Greg, me ajuda aqui. - Desviou do assunto, puxando a caixa com as bolas da arvore.

Perrie não entendeu, mas largou lá. Era problema dela. Durante o resto da manhã aquilo continuou a pleno vapor (e Melanie ainda andava estranho). A um certo ponto, depois do meio dia, a arvore estava quase pronta. Anne saíra com Juliet, fora mandar servirem o almoço. Uns últimos enfeitezinhos eram colocados na arvore. Esses eram de cristal, mais delicados, em formato de anjinhos e estrelas. Nate e Clair, no escanteio, observavam do sofá, enquanto Melanie escolhia qual e onde e Greg pendurava. Só que veio chamar a atenção de Perrie de novo: Melanie não parava quieta. Estava sentada no chão, mas toda hora trocava de posição. Parecia desconfortável. Por fim apanhou uma almofada, sentando em cima e testando. Pareceu resolver o problema, porque ela voltou aos enfeites, e sorria de canto. A resolução de qual era o problema atingiu Perrie como uma bolacha: Ela não estava mancando, estava dolorida. Nesse momento a porta se abriu, os Styles entrando, conversando e rindo. Melanie olhou, esperando, ansiosa, e por ultimo Harry entrou, puxando mais uma mala.

Ela sorriu abertamente, se levantando e correndo até ele, pulando em seu colo. No começo os outros faziam careta pra cenas como essa, mas agora aprenderam a aceitar.

Madison: Está ficando lindo. - Disse, após apanhar a filha no colo, lhe dando um beijo estralado.

Clair: A gente que fez. - Disse, orgulhosa, apontando Nate e Greg. Ia virar pra apontar Melanie mas Madison não deixou; sabia bem que Melanie estava engolindo Harry agora.

Madison: Vou te contar um segredo. - Clair assentiu, ansiosa - Fora os do papai noel, seu pai e seus tios trouxeram dezenas de presentes. - Sussurrou, e Clair arregalou os olhinhos inocentes - Os carros estão cheios. Mas shhh! - Ela colocou o dedo na boca - Segredo.

Clair: Segredo. - Disse, sapeca, e Madison a beijou de novo. Na porta, o beijo de Melanie e Harry terminava. Ele largara a mala pra poder carregar ela, que estava pendurada nele.

Harry: Oi. - Disse, por fim, sorrindo pra ela.

Melanie: Oi. - Respondeu, travessa - Senti saudade. - Disse, selando os lábios dele de novo.

Harry: Eu também, baby. - Disse, e ela pulou pro chão, esquecendo que estava dolorida e fazendo uma careta ao aterrissar que o fez rir, divertido.

Melanie: Ok, cale a boca. - Dispensou, empurrando o rosto dele e saindo de perto, fazendo-o rir.

Gemma: Te procurei na empresa hoje, o que houve? - Perguntou, sentando do lado de Perrie.

Perrie: Nada, tive que resolver uns problemas pessoais. - Disse, olhando Harry agarrar Melanie pela cintura, erguendo-a no ar. Ela o estapeou, mas ria gostosamente. - Reatei com meu namorado.

Gemma: Namorado? - Perguntou, deixando de observar a arvore de natal e piscando duas vezes, confusa - Que namorado?

Perrie: Zy. Você não o conhece. - Disse, por fim desviando os olhos de Melanie e Harry - Mas vou trazê-lo aqui pra ceia de natal. - Disse, com um sorriso cruel no rosto.

Podia ser sujo, mas ela ia usar todas as armas. Melanie nunca sentira pena de ninguém, então não era digna de tal misericórdia. Perrie hesitara, sim, mas agora sua mente estava clara de novo: Ela ia usar tudo, e Melanie ia perder.

Na noite do dia 24, a torre branca estava iluminada. Haviam luzes, meias na lareira, guirlandas, a arvore estava linda, as crianças, já arrumadas, brincavam pela casa. Anne, ao invés de estar afoita, se divertia. Os casais estavam espalhados pela sala, as mulheres demorando mais pra se aprontar, e a conversa se interrompia sempre que a trupe de crianças passava em um coro de "Jingle Bell". Juliet estava lindinha com um vestidinho vermelho combinando com um gorro de papai noel. Fora ela que colocara a estrela no topo da arvore (após meia hora de Liam explicando-a o que ela devia fazer com a estrela).

Gemma: O namorado de Perrie chegou. - Sussurrou, vindo apressada pra sala. Usava um vestido azul marinho, frente única.

Louis: É o que? - Perguntou, exasperado, enquanto Perrie, em um tomara que caia vermelho, ia abrir a porta - Namorado de quem, gente? - Gemma deu um tapa na cabeça dele.

Sophia: Eu ainda não acredito nisso. Cadê Madison? - Perguntou, inquieta.

Niall: Se arrumando ainda. - Disse, o olhar parado na porta.

Perrie sorriu, dando um selinho em alguém, e a pessoa entrou. Era um homem de estatura mediana, braços tatuados, cabelos lisos pretos e olhos castanhos claros. Usava uma calça preta e uma camisa preta com as mangas compridas dobradas dando visão as suas tatuagens, trazia uma garrafa de vinho, que entregou a Anne ao cumprimentá-la.

Perrie: Zy, esses são meus primos, Niall e Gemma, - Apresentou, apontando - Louis, noivo de Gemma, e Sophia, esposa do meu primo Liam, que não está aqui ainda. - Completou, sorrindo.

Zayn: É um prazer. - Disse, cumprimentando.

Perrie: Onde estão os outros? - Perguntou, simpática.

Sophia: Ainda se aprontando. - Disse, com a expressão de quem levou uma pedrada na nuca.

Madison: Pronto. - Disse, se aproximando. Usava um vestido preto, tomara que caia com uma saia cheia, os cabelos presos soltos pelos ombros. - E você é...?

Sophia: Zy, namorado de Perrie. - Disse, sorrindo, debochada.

Madison: De quem?! - Exclamou, antes de se controlar, e Niall ergueu as sobrancelhas pra ela. Louis gargalhou, antes de receber um beliscão de Gemma.

- JINGLE BELLS, JINGLE BELLS, JINGLE ALL THE WAY!

Perrie: Meu. - Respondeu, tranquila - Ok. Vou buscar vinho, fique a vontade. - Zayn assentiu. Ela se aproximou, fingindo beijar o rosto dele - Fique atento a escadaria, ela não vai demorar. - Sussurrou.

Zayn apenas sorriu pra ela, assentindo. Niall, fazendo as honras, puxou assunto, tentando ser educado. Madison hesitou por um instante, atordoada, e foi sentar com Sophia. No andar de cima, Harry vestia jeans preto e um suéter, bem a vontade, assim como os irmãos. Melanie usava um vestido ameixa, com um decote em V e a saia de pregas. Estava maquiada, o cabelo preso em um coque de lado, dois diamantes brilhando nas orelhas.

Harry: Você está tão linda que eu fico pensando se devo mesmo dividir a visão com os outros. - Brincou, beijando o ombro dela.

Melanie: Estou bonita? - Perguntou, os olhos brilhantes pousados nele. Sempre tinha medo de errar em alguma coisa e ficar como uma palhaça.

Harry: Estonteante. - Confirmou, e ela sorriu, passando batom. Era clarinho, só fazia dar um pouquinho de cor - Sabe, a gente podia se atrasar um pouco. Você está tão cheirosa... - Sugeriu, beijando o ombro dela de novo.

Melanie: Não podíamos não. - Cortou, rindo e se levantando. Ele sorriu, se sentando na cadeira onde ela estava, vendo-a calçar as sapatilhas roxas.

Harry: Sabe, você não devia sair e me deixar aqui, se eu não estou me sentindo bem. - Melanie riu, fazendo-o rir também.

Melanie: Não vai colar. - Avisou, dando tchau pra ele.

Harry: Ah, não? - Ela negou com a cabeça, saindo do quarto - Eu sei deu uma coisa que cola. - Sugeriu, partindo pra cima dela.

Melanie gritou e disparou correndo, ele bem atrás dela. No andar debaixo ouviram o grito e o barulho dos dois correndo.

Zayn: O que foi isso? - Perguntou, parando na beira da escada. Havia ido buscar outra garrafa de vinho.

Liam: Meu irmão e a mulher dele. - Perrie assentiu com a cabeça uma vez, sinalizando - No começo nós estranhávamos, mas nada que o tempo não resolva. - Dispensou.

Na beira da escada Harry alcançou Melanie, jogando-a atravessada no ombro. Ela gritou, estapeando-o e rindo. Ele desceu a escada trotando, fazendo-a se agarrar a ele.

Harry: Feliz natal. - Desejou, rindo e pondo-a no chão. Os outros fizeram uma careta e Melanie bateu nele, rindo - Oh. - Disse, reconhecendo - Olá, Zy. Não sabia que você vinha. - Cumprimentou.

Zayn: Nem eu, foi muito de ultima hora. - Disse, simpático.

Harry: Essa... - Ele recebeu um tapa na orelha de uma Melanie que acabara de se recompor e ria - Pára, mulher! - Rosnou, sorrindo e puxando-a pra si - É minha esposa, Melanie.

Zayn: Prazer. - Disse, observando.

Melanie sorriu, se virando nos braços de Harry, mas ao focalizar Zayn seu sorriso morreu. Sumiu, como a luz de uma lâmpada apagada. Ela recuou um passo, encarando o outro, o rosto subitamente tenso e Harry a segurou, confuso. Perrie sorriu, assistindo. Era uma reação estranha. Porém, pior que a reação inteira, era a angustia que estava nos olhos dela: Uma angustia que não havia passado por ali desde que ela acordara.

Harry: Baby? - Perguntou, preocupado. Melanie o encarou, erguendo a mão ao peito - O que há?

Melanie: Eu não... - Ela respirou fundo. Sentia um aperto no peito, algo que a sufocava - Não estou me sentindo bem. - Harry apanhou o rosto dela entre as mãos, encarando-a.

Zayn: Quer um copo d'água? - Perguntou, divertido.

Melanie: Não. - Ela se virou pra ele. O aperto que sentia piorou de novo - Me desculpe, nem o cumprimentei direito, eu só não... - Ela passou a mão na nuca. Tinha vontade de fugir, não sabia porque. As mãos tremiam, começou a soar frio do nada - Eu...

E desmoronou. Harry a agarrou no meio do caminho pro chão e ela tombou no braço dele, mole.

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