Enquanto Você Dormia - Efeito...

By laribsss

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Quando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esp... More

AVISO
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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45

Capítulo 17

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By laribsss

Os dias se passavam, sem muito o que alterar. Melanie era radiantemente feliz. Nate era feliz. Harry estava feliz. Aquele apartamento nem parecia o que fora anos atrás, não havia espaço pra sombras ali. Melanie dormia abraçada ao marido, agarradinha nele, e ele adquirira o vicio de assisti-la pegar no sono. É valido ressaltar que Harry estava resistindo bravamente. Seu corpo estava tenso, revoltado com a ofensa de tê-la em seus braços todas as noites e nem tentar nada, mas ele ignorava. A felicidade que sentia valia mais que aquilo. Então, uma noite qualquer, ele acordou e estava sozinho na cama. Aquilo nunca acontecera. Ele tateou, sonolento, e olhou o relógio. Ia dar 02 da manhã. Se levantou, hesitante, e foi até o banheiro. Nada. Começou a se preocupar - esse era seu instinto normal - e se ela tivesse se lembrado? Não, ela teria acordado ele debaixo de tapas, no mínimo. Saiu do quarto, preocupado, então a voz dele o alcançou. Era baixa, tranquilizadora. Vinha do quarto de Nate. Ele entreabriu a porta, observando. O menino chorava.

Melanie: Shhh, não chore. - Disse, aflita, e Nate esfregou os olhinhos. Melanie estava ajoelhada do lado da cama, de cueca e blusa brancas, os cabelos caindo em uma cascata chocolate pelas costas. Nate estava sentado, todo encolhidinho em seu pijama azul - Conte pra mim.

Nate: Não quero. - Disse, com um soluço abafado.

Melanie: Não, bebê, não chore. - Ela secou o rosto dele - Você teve um sonho ruim? - Perguntou, acariciando os cabelos dele, que assentiu - O que foi?

Nate: Você tinha... Você tinha dormido de novo. - Assumiu, caindo no choro outra vez e se lançou pra ela, abraçando-a - Não quero que você durma de novo, mamãe. - Disse, abafado no cabelo dela. Melanie o abraçou, ninando-o.

Melanie: Eu não vou, meu amor. Eu prometo. - Disse, beijando o cabelo dela. Ver o menino naquele estado lhe apertava o coração - Lembra que eu te falei que ia ficar com você pra sempre agora? Eu vou. Não precisa ter medo. - Consolou, acariciando os cabelos do menino - Não vou dormir daquele jeito. Nunca mais. Eu sinto muito, Nate. - Se desculpou, abatida.

Nate: Me promete? - Perguntou, se erguendo pra encará-la. Ela secou o rosto dele de novo, os dois pares de olhos azuis idênticos se encarando.

Melanie: Com a minha vida. - Prometeu, do mesmo jeito que Harry costumava prometer as coisas a ela. Ele sorriu na porta. - Está tudo bem.

Harry: Melanie? - Chamou, e ela se sobressaltou. Nate olhou o pai, esfregando o olho - Acordei e você não estava. - Justificou, rouco de sono, entrando no quarto.

Melanie: Nate teve um... - A palavra fugiu. Peso, pesado... - Pesadelo! Ele teve um pesadelo. - Lembrou, satisfeita - Eu ouvi e vim ver. Não queria te acordar.

Harry: Tudo bem? - Perguntou, olhando o filho, que esfregou o olho, se agarrando a mãe de novo. - Ainda não se acostumou em dormir aqui, não foi? - Brincou, se abaixando e beijando o cabelo do menino. - Vou buscar um copo d'agua. - Melanie assentiu.

Harry foi até a cozinha, respirando fundo pra se acalmar. Nate passara a vida dormindo com ele, e agora que Melanie chegara e tivera que ir pro próprio quarto, as vezes tinha pesadelos. Ele lamentava o quanto o menino havia sofrido pela ausência da mãe. Encheu o copo d'água, e quando voltou Melanie tinha subido na cama, Nate deitado ao seu lado, com a cabeça em seu peito.

Melanie: Vou ficar com ele até que durma de novo. - Disse, enquanto um Nate já mais calmo bebia a água que o pai deu - Durma. - Harry assentiu.

Harry: Não fique acordada até tarde. - Disse, se abaixando pra beijar o filho de novo - Eu vou saber. - Brincou, e selou os lábios dela.

Ele abaixou a luz do quarto, saindo e levando o copo, enquanto Melanie ninava o filho. Ele voltou pra cama, se deitando, mas desacostumara a dormir sozinho, de modo que ficou vagando entre o sono não sabia por quanto tempo, até que ela voltou. Se esgueirou na cama, quietinha pra não acordá-lo, e ele sorriu, abraçando-a e puxando-a pra si.

Melanie: Ele dormiu. - Disse, satisfeita consigo mesma.

Harry: É só falta de costume de dormir sozinho. Vai passar. - Garantiu, dando um beijo apertado na maxilar dela.

Melanie: Me sinto culpada. Ele sonhou que eu tinha entrado em coma de novo. - Disse, tristinha, dando de ombros.

Harry: Você não escolheu o que aconteceu. - Se bem que foi ela que empurrou os dois da ponte... - Foi culpa de nós dois. - Disse, decidido.

Melanie: Eu vi o vídeo. - Disse, quieta. Estava aprendendo a usar a internet, e achara no youtube o vídeo do acidente dos dois, feito pelas câmeras de segurança da ponte - Por que nós fizemos aquilo? - Harry hesitou, olhando os dois olhos azuis no escuro. Tinha medo de falar demais.

Harry: Nós tínhamos discutido. Você ficou brava, e queria me deixar. - Maquiou, cuidadoso - É claro, eu fui atrás de você. Perdemos o controle, caímos da ponte, você bateu a cabeça e passou tempo demais debaixo d'água, por isso entrou em coma. - Disse, dando de ombros.

Melanie: Eu ia deixar você? - Perguntou, acariciando o rosto dele.

Harry: Ia. Se eu não te conhecesse bem demais, teria perdido você. Você ia sair do país. Eu meio que enlouqueci. - Admitiu, se lembrando. Essa parte era verdade. Ela tocou o rosto dele, desfazendo a tensão.

Melanie: Não fique assim. Não vou deixar você. Nunca mais. - Prometeu, e ele sorriu.

Harry: Jura? - Perguntou, beijando a mão dela.

Melanie: Juro juradinho. - Ela vira isso em um desenho que assistira com Nate, e pegara mania. Ele riu gostosamente.

Harry: Certo, eu acredito. - Disse, e ela sorriu, satisfeita - Está tarde. Me dê um beijo, e vá dormir.

Melanie riu, deliciada e se atirou nele, beijando-o. Ele riu durante o beijo com a afobação dela. Ela tinha esses acessos de alegria as vezes, e era delicioso de assistir. Só que era noite, estava escuro, eles estavam sós, e ela se jogou em cima dele pra beijá-lo. De repente, isso era tudo o que ele tinha ciência. Ele enlaçou o cabelo dela entre as mãos, a outra puxando-a pela cintura e ela suspirou, surpresa. Não era ruim. O corpo dela se moldou ao dele, por instinto, respondendo a chamada, e ela correspondeu ao beijo. Os dois rolaram na cama, ele esquecendo de se apoiar nos braços e ela arfou, o peso dele comprimindo-a na cama. Era... Gostoso. Ele largou a boca dela, faminto, mordendo o lábio, o queixo, a maxilar, a orelha, e ela sorriu, arranhando-o por instinto. A nuca dele se arrepiou com aquilo. Ele subiu uma mão pela barriga dela, afastando a alça da blusa e se enchendo com um seio dela. Ela olhou o ato, curiosa, então ele prendeu o mamilo dela entre os dedos, beliscando-o em uma pressão deliciosa, e ela gemeu com a sensação desconhecida. Ele inspirou ao ouvir o gemido dela, baixando o rosto pro colo dela, mordendo o decote da blusa, distribuindo beijos chupados ali. Os mamilos dela estavam rígidos sobre o tecido, tensos, pedindo por atenção - atenção essa que ele queria muito dar, então Melanie sentiu os movimentos dele se tornando mais brandos. Acalmando-se. Ela suspirou, frustrada, abrindo os olhos. Ele tinha a cabeça no peito dela, arfando audivelmente, mas as mãos estavam no lençol, agarrando em punho. Perdera o controle. Quase estragara tudo.

Ele ergueu o rosto, atormentado, e encontrou o olhar confuso dela, que lhe acariciou o cabelo. Ele rolou pro lado, gemendo brevemente - a excitação presa estava começando a doer - e ficou olhando o teto, respirando fundo, se convencendo que aquilo não era mais uma opção.

Melanie: O que foi? - Perguntou, preocupada. Ele parecia transtornado, como se reprimisse algo. Após algum tempo ele virou o rosto, o cabelo arrepiado pelos carinhos dela, os olhos atormentados.

Harry: Estou com medo de perder você. - Admitiu, em um murmúrio, olhando-a. Se garantira que não faria aquilo, decidira, entretanto agora estivera a um passo... Ele era fraco perto dela.

Melanie: Eu prometi. - Lembrou, se inclinando pro lado dele, que ficou tenso com a aproximação. - Não vou te deixar.

Harry: Eu sei que prometeu. - Disse, acariciando a maxilar dela. Ela tinha os lábios inchados pelo beijo, mas os olhos estavam preocupados. O corpo de Melanie estava frustrado pela interrupção, mas a preocupação dela falava mais alto. Ela não sabia do que estava se privando - ele sim.

Melanie: Então? Não fique assim. - Disse, acariciando o rosto dele.

Harry: Eu amo você. - Disse, beijando a mão dela - Se existe algo concreto sobre mim, é que eu te amo. - Ela sorriu de canto.

Melanie: Eu também amo você. - Ela gostava de ouvir ele dizer que a amava. Se aproximou, selando os lábios dele, que se retesou.

Harry: Vou tomar um banho. - Decidiu, beijando a testa dela e se sentando. Ela olhou, confusa. Ele nunca tomava banho a essa hora.

Melanie: Agora? - Perguntou, estranhando, e ele assentiu Com esse sentimento de que vou esquecer, Estou apaixonado agora.

Harry: Durma, meu anjo. - Disse, após descer da cama, beijando-a novamente. Melanie se acomodou no seu lugar, confusa porém conformada, e viu ele sumir no banheiro.

Harry perdeu o tempo debaixo da água fria. Por ser madrugada, estava mais fria que o normal, chegava a machucar. Ficou com a testa amparada na parede, a água gelada batendo na nuca, os olhos verdes abertos, distantes. O corpo dele parecia febril, mesmo sobre a água gelada. Ele não sabia quanto tempo mais ia segurar isso... Não, ele não sabia COMO iria segurar isso. Teria que dar um jeito. Por fim saiu, se vestindo e secando o cabelo. Ao voltar pro quarto Melanie havia pego no sono, os cabelos esparramados em volta, parecendo literalmente um anjo. Ele voltou pra cama e ela o abraçou, dormindo. Ele suspirou, beijando o cabelo dela, e demorou a dormir. Precisava vencer aquela queda de braço... Só não sabia como ia fazer isso.

**

Vale ressaltar que Melanie estava tendo ajuda extra com a terapia: Madison e Sophia. As duas se organizaram, fazendo um roteiro, explicando coisas que mulheres deviam saber. Melanie tinha um caderninho, onde anotava tudo que achara importante. Ela passara a atormentar o pobre do Harry, tentando repetir a experiência, mas ele a bloqueava como podia. Era frustrante.

Sophia: Certo, acho que vencemos o banheiro. - Melanie olhou seu caderninho, checando - Higiene pessoal, depilação, dentes, cabelos, unhas, tudo ok? - Melanie assentiu.

Madison: Faltou menstruação. - Apontou, estudando o guia de estudo que elas programaram. Estavam na casa de Anne, era fim de tarde, haveria outro jantar de família.

Melanie: Isso eu já sei. - Garantiu, passando as folhas. Já ficara menstruada varias vezes desde que seu organismo se recuperou do coma - Absorventes, remédios pra cólica, de 5 a 7 dias por mês, todos os meses. - Confirmou.

Madison: Isso. Tem umas coisas que podem ajudar. - Disse, pensativa. Melanie olhou. - Chocolate, por exemplo.

Melanie: Chocolate? - Perguntou, confusa.

Madison: É direito de toda mulher se entupir de chocolate quando está menstruada. E sorvete também. - Garantiu, solene - Ajuda com a tensão.

Melanie: Cho-co-la-te... - Disse, tentando escrever. Ainda era difícil, o tremor passara mas a mão dela não se adaptava com a caneta direto, parecia dura.

Sophia: Tranquila. - Disse, e Melanie assentiu, respirando fundo. Após alguns instantes conseguiu escrever.

Madison: Bom, com isso acho que fechou. - Disse, riscando o item da lista - Olhe Melanie, eu sei que você ainda espera que nós expliquemos o que é sexo, e nós estamos tentando. - Melanie esperou. Madison queria gritar. Qual era o ponto dela precisar passar por isso se o próprio Harry tinha desistido?

Sophia: Veja a complexidade da coisa: Você tem um filho e nem sabe como o fez. - Tentou explicar, e Melanie ergueu as sobrancelhas.

Melanie: Eu sei como fiz meu filho. - Disse, com a sobrancelha erguida, e Madison abaixou o caderno.

Madison: Deus me perdoe e me proteja... Como você fez, Melanie? - Perguntou, perante a incapacidade de falar de Sophia.

Melanie: Como todo mundo, né? - As duas esperaram - Eu tive uma relação sexual. - Sophia agarrou Madison, parecendo a beira do choro. A outra parecia ter visto um macaco tocando flauta, perante a expressão - O espermatozóide fecundou o ovulo, que se desenvolveu por nove meses, e Nate nasceu. - Disse, simples.

Sophia: Eu... - Ela olhou Madison, que agora parecia estar olhando o macaco voltando e tocando guitarra dessa vez - Você...

Melanie: O que isso tem a ver? - Perguntou, confusa. Madison piscou, afastando a imagem do macaco na cabeça.

Madison: Você sabe o que é sexo. Acabou de falar. - Disse, atordoada.

Melanie: Não, eu sei o que é relação sexual. Isso se faz pra ter filhos. - Disse, inocente.

Sophia: Vai virar testemunha de Jeová agora? - Perguntou, ainda agarrada ao braço de Madison.

Melanie: Virar o que? - Perguntou, cada vez mais confusa.

Madison: Ok, ok, calma. - Disse, se sentando direito - Relação sexual e sexo é a mesma coisa. - Disse, observando a outra. Melanie piscou, confusa.

Melanie: Mas o livro falava que relações sexuais tem o intuito de procriação. - Ela viu os olhares confusos das outras - Bem, quando Harry disse que tínhamos um filho, eu pedi ao terapeuta pra me explicar, e ele me trouxe o livro.

Sophia: Que livro era esse? A bíblia? - Perguntou, imobilizada no lugar.

Madison: Cale a boca. - Disse, empurrando a outra - Bem, serve pra procriação, mas na maioria das vezes se faz porque é bom. Muito bom. - Assinalou

Sophia: Depravada. - Condenou, ainda em choque.

Madison: Olha quem fala. - Rebateu.

Melanie: Não se tem um filho toda vez que se faz sexo? - Perguntou, buscando uma folha limpa no caderninho. Sophia negou. - Se faz então porque é bom? - Confirmou.

Sophia: Porque dá prazer. É um momento seu e dele, algo intimo, e a sensação física é realmente muito gostosa. Se as pessoas tivessem um filho a cada transa, eu já teria parido uma cidade. - Considerou, com uma careta.

Madison: Pervertida. - Jogou de volta, olhando Melanie.

Melanie: Aquilo é bom? - Perguntou, trazendo a mente a explicação do livro.

Madison: Eu não sei o que você viu nesse tal livro, mas é. Muito bom. Você tem esse tempo onde você pode tocar ele, em geral não tem roupas no caminho, e você pode beijá-lo, senti-lo, e depois tem o sexo sem si, que é o que você deve ter visto. - Disse, e Melanie escutava, quieta - A sensação em si é gostosa, e no final você atinge um orgasmo, no mínimo. Não me peça pra descrever a sensação, não conheço ninguém que saiba fazer isso. - Melanie assentiu, abaixando a cabeça e começando a escrever.

Sophia: Eu li dezenas de livros, consultei profissionais... E ela já sabia. - Disse, derrotada, olhando pra frente - Ok.

Madison: Estou pensando em ter outro filho. - Anunciou, e Sophia piscou, saindo do seu transe.

Sophia: Do nada? - Perguntou, admirada.

Madison: Não, de uma relação sexual. - Disse, debochada - Clair está grande, eu já passei dos 30, eu e Niall queremos e podemos ter outro. Não falei nada ainda. Estou considerando. - Disse, satisfeita.

Mas Melanie não ouvia direito. Escrevia tudo o que tinha ouvido, pra não esquecer nada depois. Madison falou que o toque era bom... Melanie se lembrava do toque de Harry, da única vez que ele a tocou. Ela gostara. Continuou lá, escrevendo, absorta. Tinha muito no que pensar. Na outra sala...

Niall: E ai, como está? - Perguntou, e Harry suspirou, cansado.

Harry: Enlouquecendo. - Admitiu, torturado - Eu baixei a guarda uma vez, quase perdi a linha, e ela gostou da sensação. Agora vive tentando me fazer repetir. - Disse, acariciando a têmpora - Não é como se eu precisasse de mais incentivo.

Liam: Já falei a você o que acho disso. Você não vai conseguir. - Harry rosnou - E não há uma garantia de que ela vá lembrar. Você podia tentar aos poucos.

Harry: Não vou arriscar. - Disse, decidido.

Louis: Quanto tempo faz? - Perguntou, com um copo de vinho na mão. Harry sorriu da própria desgraça.

Harry: Uns cinco anos. - Niall fez uma careta e Louis engasgou com o vinho.

Liam: Meu irmão... - Suspirou, cansado.

Harry: Eu aguentei esse tempo todo, vou aguentar o resto. - Disse, tranquilo. - Encerrou o assunto. - Cortou, vendo Melanie, Madison e Sophia vindo na direção deles. Melanie, pensativa, se aproximou, e ele a fez sentar em seu colo - Uma flor pelos seus pensamentos.

Melanie: Hum? Não, nada. - Disse, ainda distante. Os casais se dispersaram, conversando, e eles tinham privacidade.

Harry: Devia ter oferecido um chocolate. - Considerou, e ela riu.

Melanie: Bobo. - Disse, apaixonada, se inclinando pra beijá-lo.

Harry: Escute, tem um remake de Singin' In The Rain na Broadway que está com ótimas criticas. Vou te levar pra assistir no sábado a noite. - Disse, e ela sorriu.

Melanie: Singin' In The Rain? - Repetiu, e ele assentiu.

Harry: É um musical. Você vai gostar. Fiquei em duvida entre esse e Moulin Rouge, que está ótimo também, mas achei que você ia preferir algo mais alegre. - Disse, e ela sorriu. - Você está distante. - Percebeu, colocando o cabelo dela atrás da orelha.

Melanie: É um bravo mundo novo. - Citou, e Harry sorriu.

Harry: Não use muito as frases de Gemma. A maioria não é original. - Sussurrou, e ela sorriu - Não se atormente com essas coisas, baby. Você vai aprender, tudo ao seu tempo.

Melanie: Andar antes de correr. - Disse, agora citando ele.

Harry: Exatamente. - Disse, lhe dando um beijo estalado. - Venha, vamos atrás de Nate. É bem provável que ele precise de um banho. - Nate brincava com Clair e Greg, sob a supervisão de Gemma, nos fundos. Eve, pequenininha ainda, dormia em um dos quartos.

E ela foi. Se sentia estranha. Madison dissera que era bom, que homens gostavam, mas fazia meses e Harry não tentara nada. Ele a estava rejeitando? Nem isso ela sabia dizer. Por fim Nate veio correndo do pai, risonho, e se atirou no colo dela. Harry os alcançou depois, tirando os dois do chão, o que a fez gritar, rindo, o assunto brevemente espanado na cabeça. Precisava parar pra pensar nisso sozinha, em paz. De fato, era um bravo mundo novo.

**

Nate ficou chateado a principio por não ir com os pais, mas passou assim que ele percebeu que dormiria na casa da avó e que Greg estaria lá. A combinação Greg + Nate não era lá muito saudável: Greg, apesar de adolescente, ainda era uma criança por dentro, e Nate... Bem, Nate era Nate. Mas Anne sorriu, tranquila, e o apaziguou, então depois de Melanie encher o menino de beijos e recomendar que eles se comportassem, partiram. Melanie, resumidamente, adorou a Broadway. Harry fez o motorista parar meio distante do teatro e os dois caminharam juntos, ela fascinada com as luzes e agarrada ao braço dele, como se tivesse medo de se soltar e se perder em meio de tudo aquilo. Ele a parou no meio de tudo, beijando-a, e foi recepcionado com um beijo risonho. Naquela noite Melanie assistiu Singin' In The Rain, encantada com a musica (ela adorava musica), as cores, tudo, e ele assistiu ela. Já conhecia a peça, mas o fascínio dela, o brilho dos olhos, o riso alegre... Já faziam meses desde que ela acordara, mas ele não deixava de se deslumbrar. Depois da peça ele a levou a um restaurante: Liam finalmente permitira que ela comesse normalmente, e os dois jantaram entre conversas e risos, ela se deliciando com os pratos, querendo provar de tudo e na metade ficando cheia, exatamente como Nate. Ao chegarem em casa o riso dela era radiante, e ele sorria vendo a animação dela, com as mãos nos bolsos da calça.

Melanie: ...E depois ele simplesmente saiu na chuva, bem, Liam me disse que se você anda na chuva você pode se resfriar, mas ele começou a dançar! - Disse, tagarela, girando no quarto. Usava um vestido azul turquesa com um decote simples e a saia bem elaborada, combinando com as sapatilhas, os cabelos presos em um coque. Harry sorria, tirando o celular do bolso e pondo na mesa de cabeceira enquanto empurrava os sapatos e as meias.

Harry: Você já disse isso. - Disse, divertido. Melanie revivera a peça o caminho todo. Varias vezes. Cada interpretação era melhor que a outra.

Melanie: Eu sei, mas... - Ela hesitou, procurando palavras, então agarrou as barras do blazer dele, fazendo-o cambalear - Podemos voltar? - Perguntou, ansiosa, fazendo-o rir. Parecia incrivelmente com o filho quando falava daquele jeito - Vamos, podemos? E podemos levar Nate? Ele vai adorar! - Insistiu.

Harry: Não sei. - Brincou, fazendo charme, e viu o olhar ansioso dela.

Melanie: É muito caro? - Perguntou, parecendo preocupada. Ela não tinha dinheiro, e se acabasse com todo o que ele tinha? Harry riu gostosamente.

Harry: Eu posso pagar, acredite. - Disse, sorrindo de canto, e ela piscou, assentindo - Vamos voltar lá. E levar Nate. - Ela abriu o sorriso do Gato de Cheshire - Se...

Melanie: Se...? - Perguntou, ainda agarrada no terno dele, amassando o tecido.

Harry: Se você me der um beijo. Até Nate já sabe que quando você me beija consegue as coisas. - Disse, com uma careta, e ela riu, se atirando no pescoço dele, que cambaleou, tombando na cama.

(dê play no vídeo.)

No inicio foi um beijo terno, doce, como costumava ser, então Melanie se estreitou contra ele, aprofundando o beijo. Ele suspirou, uma das mãos entrando nos cabelos dela, apertando-a contra si... E após um instante o beijo começou a morrer. Por parte dele. Ela suspirou, deprimida. Pensara e chegara à conclusão de que ele não a queria. A idéia a entristecia.

Harry: O que foi? - Perguntou, após tirá-la de cima de si. Melanie negou com a cabeça, magoada e se sentou, tirando as sapatilhas. Ele franziu o cenho, se sentando do lado dela - Hey! O que houve? - Perguntou, apanhando o queixo dela e vendo o rosto que há instantes estivera radiante, agora tristonho.

Melanie: Você não me quer. - Disse, e ele entendeu: A rejeição estava machucando ela.

Harry: Não existe um modo em que eu não te queira, não diga bobagem. - Disse, acariciando a maxilar dela, que se virou pra ele, fazendo-o suspirar. A cada dia aquilo ficava mais difícil.

Melanie: Mas você não... - Ela balançou a cabeça. Era tão confuso! - Homens gostam de sexo. Você disse que gostava, quando eu perguntei da primeira vez. - Juntou, e ele observou ela chegar à conclusão errada - Você fez com outra pessoa? - Perguntou, erguendo os olhos pra ele.

Harry: Não! - Negou, imediatamente, ela piscou, aliviada. A idéia a incomodava. - A ultima mulher que eu toquei foi você, anos atrás, antes do acidente. - Disse, sincero.

Melanie: Você me queria antes. Antes do acidente. - Argumentou, observando.

Harry: Era diferente. Totalmente diferente. - Descartou.

Melanie: Diferente como? - Perguntou, os olhos sondando-o. Ele suspirou, torturado.

Harry: Melanie... A única coisa que nos mantém juntos é a sua inocência. - Disse, acariciando o rosto dela de novo.

Melanie: Não, eu amo você. Isso nos mantém juntos. - Disse, e ele sorriu de canto - Você tem medo de que eu volte a ficar com raiva de você? Como eu estava antes do acidente? - Harry a olhou, hesitante.

Harry: Tenho medo que você me odeie. - Disse, sincero, os olhos tristes - A sua inocência... Você não saber... - Ele estava falando demais - Se você souber, vai me odiar. Eu não suportaria.

Melanie: Mas eu sei. - Ele ergueu os olhos. Que diabo falara? - Eu pesquisei. - Harry piscou, confuso - Eu sei como se faz sexo. - Disse, segura.

Harry: Você assistiu pornô? - Perguntou, agora achando graça.

Melanie: Tentei, mas Madison não deixou. - Admitiu, derrotada, se lembrando. Ele riu - Mas o importante é que eu sei! - Mostrou, obvia - E eu não odeio você.

Harry: Não podemos. É demais pra arriscar. - Ela suspirou, frustrada.

Melanie: Tudo bem. - Aceitou, pensativa, e ele percebeu que estava magoada de novo. Ele respirou fundo, tentando clarear a cabeça. Como explicar aquilo?

Harry: Acredite, eu estou desesperado de desejo por você. - Disse, após pegar o queixo dela de novo, fazendo-a encará-lo. O verdade espelhada nos olhos dele era inegável.

Melanie: Você me deseja? - Ele riu de leve consigo mesmo.

Harry: Feito um louco. - Admitiu, sincero.

Ela assentiu, e engatinhou, se ajoelhando na cama e beijando-o de novo. Ele se ajoelhou também, contendo os braços dela durante o beijo. Melanie bem tentou - ela vinha tentando esses meses - mas ele não reagia a ela como da primeira vez. Era como um carro: Ela tentava dar partida, mas o motor falhava.

Melanie: Está me magoando, Harry. - Admitiu, agora ela interrompendo o beijo, o cenho brevemente franzido. Cada vez que ele a rejeitava ela se sentia diminuída, triste, fora a frustração. Ele a olhou, agoniado.

Harry: Estou protegendo você. - Respondeu, imediatamente.

Melanie: Me rejeitando? - Perguntou, incerta, e ele respirou fundo.

Melanie já tinha desistido. Não ia insistir mais nisso, era cansativo, tentativa após tentativa. Ele a observou por um instante, o olhar triste, cabisbaixo, e ao mesmo tempo tão perfeita na frente dele...

Harry: Vou estragar tudo. - Murmurou pra si mesmo, torturado.

Ela ia encará-lo, então ele a beijou. Não era um beijo calmo, apaziguador: Esse incitava a mais. Era o que ela tivera estivera tentando esse tempo todo. Mal acreditava. Ela o abraçou pelo ombro e ele a abraçou pela cintura, apertando-a contra si, roubando-o lhe o ar, os lábios devorando os dela. Aos poucos ela se sentiu esquentar de novo, o corpo respondendo ao beijo dele e ele desceu a boca faminta pelo pescoço dela, os beijos deixando rastros quentes e molhados pela pele dela, que arfou, as mãos indo aos cabelos dele. Ela abriu os olhos, sentindo a mão dele tatear as costas dela em busca do zíper do vestido, que logo se afrouxou. Ele a soltou, afastando as alças do vestido, fazendo-o deslizar pela pele dela, deixando-a de sutiã e calcinha, ambos da mesma cor do vestido, na frente dele. Harry olhou o corpo dela por um instante, quase convulsionando de vontade. Ela viu o olhar dele, sorrindo de canto.

Melanie: Você me deseja. - Concluiu, sorrindo, fascinada, e ele ergueu os olhos, encarando-a.

Harry: Mais que tudo no mundo. - Murmurou, a mão indo ao cabelo dela com cuidado, soltando os grampos que o prendiam, fazendo os cachos longos caírem pelas costas dela. Ele apanhou um punhado do cabelo dela, aspirando o perfume, em seguida passando o nariz pela lateral do pescoço dela, fazendo-a se arrepiar - Isso é errado. - Se condenou, em um murmúrio, o nariz passando por trás da orelha dela.

Melanie: Não é. - Negou, e ele a abraçou de novo.

Harry: Senti tanto sua falta, tanto... - Murmurou, desconexo, a boca encontrando a dobra do pescoço dela novamente.

Pelo menos algo ele tinha claramente em mente: Melanie, graças a Deus, não se lembrava da primeira vez dela, logo era como se fosse essa. Ele não a machucaria, e se por algum milagre ela não lembrasse de nada, essa seria a primeira vez dela, e seria como deveria ter sido. Ela empurrou o terno dele, que deixou, em seguida abrindo a camisa, que logo foi removida. Ela sentiu uma das mãos dele lhe alcançar o seio e prendeu a respiração. Ele desviou da renda azul e encheu a mão com um dos seios dela, acariciando-o saudosamente, sentindo o mamilo se tornar teso em seus dedos. Melanie sorriu com a sensação nova, acariciando os cabelos dele, que ainda tinha a boca na pele dela, em seu colo, beijando, mordiscando.

Harry: Foram feitos exatamente para as minhas mãos. - Elogiou, os dedos acariciando-a languidamente. Ela sorriu de canto; a idéia de ser feita sob molde pra ele a agradava.

Melanie: Mais uma prova de que isso é certo. - Disse, satisfeita.

Ele abaixou o rosto, levando o seio dela a boca, e ela arfou, acariciando as costas dele... Exatamente como anos atrás. Mas ele parara de se atentar a detalhes. Cristo, estava faminto! Precisava se lembrar o tempo todo que apesar de ser o mesmo corpo, não era a mesma Melanie. Ele teve carinho com ela, ao contrario do que era antes. Os seios dela logo ganharam marcas vermelhas, assim como as costas dela, que tinham as marcas dos dedos dele. Ele finalmente abriu o sutiã, desprezando-o e os dois caíram na cama, ele por cima dela. Os beijos desceram pela barriga, os dentes arranhando de leve, a língua brincando com o umbigo, se demorando na pequena cicatriz no pé da barriga dela, a marca que ficara da cesariana de Nate, adorando-a com seus lábios e fazendo o caminho de volta, de modo apaixonado, sedento, mas com a calma que a inocência dela exigia. A certo ponto ele mordiscou um mamilo dela, prendendo-o entre os dentes e Melanie gemeu alto, se curvando na direção dele, as unhas apertando-o.

Harry: Não fique em silêncio. - Murmurou, soltando o lábio que ela prendia - Preciso saber o que você sente, o que você gosta, o que precisa. - A voz dele, exatamente como anos atrás, a fez estremecer, uma contração deliciosa atravessando o corpo.

Melanie: Sinto... - Ela procurou organizar a cabeça. Sentia muita coisa agora. - Sinto uma inquietação. - Concluiu, e ele ergueu o rosto do pescoço dela, encarando-a - Aqui. - Ela tocou o baixo ventre, logo abaixo do umbigo, e ele sorriu.

Harry: É ruim? - Perguntou, mordendo a orelha dela, a linha da maxilar e o queixo, em seguida distribuindo beijos mordidos pelos cantos da boca dela, mas nunca na boca em si, deixando-a ansiando.

Melanie: Não. - Respondeu, corada sem entender por que, se esticando pra beijá-lo. Ele sorriu de novo.

Harry: Daqui a pouco eu estarei aqui. - Disse, apertando a mão dela que ficara em cima do ventre - Bem fundo, dentro de você. - Murmurou, perto da orelha dela e Melanie gemeu com a sensação. Ele sorriu de canto, sabendo que, apesar de não se lembrar, ela gostava que ele falasse durante o sexo.

Melanie se esticou de novo, beijando-o, e dessa vez ele não se esquivou. O beijo era apaixonado, ansioso, roubava o ar dela. Ele desceu a mão, passando pela calcinha dela, que instintivamente travou as pernas, ele deixou os lábios dela, abaixando pra morder o ombro dela, que arfava.

Harry: Tudo bem. - Murmurou, vendo ela se arrepiar com o mínimo contato da voz dele - Me deixe sentir você. - Instruiu, e ela obedeceu aos poucos. Ele alcançou o clitóris dela com o dedo, massageando-o e ela arfou com a sensação desconhecida.

Melanie: Ah. - Arfou, tensa, a boca inocente deixando a pele do ombro dele. Harry mordeu a parte da frente do pescoço dela, subindo caminho e beijando-a de novo.

Ele teve paciência com ela, cuidado, uma calma que seu corpo estava longe de ter, mas que ela tinha direito. Estava tão duro que machucava, mesmo tendo aberto a calça, mas aquilo precisava ser feito direito: Era a primeira vez que fora roubada dela. Após alguns instantes Melanie gemeu alto na boca dele, as unhas se cravando em seus braços, e ele sorriu dentre o beijo. Continuou estimulando-a, esticando o orgasmo até que ela gozou de novo, deixando a boca dele em busca de ar. Ele gostava disso, da sensibilidade dela. Agora entendia a repercussão em torno de sexo. Aquilo era... Ela não encontrava palavras. Ela virou o rosto e viu que ele a observava, parecendo fascinado, e o rosto já corado ficou ainda mais vermelho.

Harry: Vermelha feito um pimentão. - Disse, mordendo o nariz dela, o que a fez rir de leve - Foi bom? - Perguntou, beijando onde mordera. Ela assentiu, os olhos azuis confusos, ansiosos - Você confia em mim?

Melanie: Com a minha vida. - Citou a resposta dele, que ergueu uma sobrancelha pra ela, sorrindo de canto, e abriu um sorriso lindo, apaixonado.

Harry: Você é quente e apertada por dentro, sabia? - Murmurou, descendo os dedos pra testar a intimidade dela, encontrando-a molhada, pra sua plena satisfação - Ah, eu me lembro bem. Costumava me apertar feito um punho, eu adorava. - Disse, um único dedo avançando na intimidade dela, quase entrando-a e voltando. Melanie tinha os olhos fechados, o rosto no ombro dele, tremula. - Você ainda quer fazer isso? - Perguntou, beijando a orelha dela.

Melanie: Quero. - Se apressou a dizer, assentindo, e ele sorriu.

Harry: Toque em mim. - Disse, apanhando a mão tímida dela e pondo em seu peito.

Melanie: Eu não sei como. - Admitiu, como quem se desculpa.

Harry: Reaprenda. Me conheça outra vez. - Murmurou, os dedos brincando com a intimidade dela, agora entrando só um pouquinho e voltando. A intenção dele era acostumá-la com a sensação, pelo menos um pouco.

Melanie passou a mão na maxilar dele, descendo pelo pescoço, deixando um beijinho no pomo de adão, e seguindo pelo peito dele. Harry era forte, ela já o havia visto malhar. Deixou suas mãos acariciarem ele, conhecendo-o de novo como ele instigara. A inocência dela o excitava ainda mais, se é que era possível. Harry suportou o quanto pôde, então a beijou, passando pra cima dela. O que restou de roupas dos dois foi removido as pressas durante o beijo. O coração de Melanie batia violentamente, parecendo querer escapar do peito,mas ela confiava nele. Gostava do modo como o peso dele a comprimia na cama, do calor do corpo dele junto ao dela, do perfume... Ele apanhou o queixo dela, fazendo-a encará-lo e selou os lábios com os dela.

Harry: Eu amo você. - Murmurou, selando os lábios com os dela de novo, e novamente, até que o beijo aconteceu. Melanie lera tudo o que encontrara sobre aquilo: Sabia o que ia acontecer, mas se descobriu nervosa. Estava excitada, respirando a arfadas, o corpo febril, quente, a mente nublada de desejo, porém nervosa, insegura. O beijo dele, curiosamente, a fez se sentir segura, em paz.

Ele teve calma com ela. Os dois se beijaram por minutos a fio, os corpos apenas se sentindo, e o corpo dela reagiu sozinho, se adaptando ao peso dele, as pernas por fim enlaçando sua cintura, as mãos tremulas nas costas dele, sentindo-o, adorando-o. Harry deu tempo a ela, pra que se acostumasse com ele, pra que o reconhecesse, e no final os corpos dos dois responderam: A ereção dele, presa pela boxer preta, fazia pressão nela. Melanie, já excitada, sem perceber o que fazia, começou a se mover sobre ele, os quadris dela reagindo quase sozinhos. Ele deixou os lábios dela por um instante, deixando-a respirar, beijando o nariz dela, os olhos, o rosto, mas ela mesma o trouxe de volta, a mão em seu cabelo, afoita, recomeçado o beijo. No meio desse ele se mexeu, interrompendo o contato com ela, que ficou frustrada, tempo suficiente pra se desviar da cueca. Harry a tratou como se ela fosse virgem - e, de certa forma, ela era - testando-a com os dedos novamente, e após se certificar que ela estava mais que pronta, ajeitou o quadril dela debaixo de si. Melanie, ao senti-lo, não conseguiu dar continuidade ao beijo. Tudo bem, ela havia insistido por aquilo há meses, mas era tudo novo pra ela. Ela afundou a cabeça no ombro dele, que beijou o dela ternamente, possuindo-a aos poucos. Obviamente não machucou - não havia por que - mas ela precisava se acostumar com aquilo. Passada a tensão inicial ela abriu os olhos, ainda com o rosto no ombro dele, olhando pra frente, tentando captar tudo o que sentia agora. Após alguns instantes Harry estava inteiro dentro dela, e ele se permitiu tombar a cabeça no ombro dela, arfando audivelmente. Deliciosamente apertada, como sempre fora. Ele sabia que precisava dar tempo a ela, mas o corpo dele gritava pra que ele abandonasse a calma, transasse com ela com força, até perder os sentidos. Ele ignorou, se privando, apenas sentindo.

Harry: Cristo, Melanie. - Gemeu, atordoado, a voz rouca pelo tesão reprimido.

Melanie se sentia cheia, como se não houvesse mais espaço dentro dela. Não era ruim. Ele ficou quieto, deixando ela se adaptar, e depois de alguns instantes ela mesma começou a se remexer debaixo dele - a excitação a deixava inquieta. Ele virou o rosto, encarando-a, hesitante, mas ela sorriu pra ele, o rosto corado. Ele sorriu de volta, erguendo as sobrancelhas em uma pergunta muda e ela respirou fundo, assentindo. Ele segurou os quadris dela, tomando impulso e começou a se mover, ainda devagar, de modo suave. Melanie arfou com a onda de prazer que sentiu com aquilo.

Na cabeça dela vieram varias imagens desconexas: Naquele mesmo quarto, os dois se encaravam com raiva, então avançaram um pro outro, se beijando agressivamente, as mãos dele rasgando o vestido dela... Os dois deitados sob uma esteira desligada... O chão da sala, ele sobre ela, então ele se sentou, sem interromper os movimentos dos dois, beijando-a... O piano, e parecia haver raiva nos movimentos, era estranho... Tudo era desligado, flashes rápidos, não dava tempo dela memorizar direito...

E fugiram da cabeça dela, porque ela não conseguia mais pensar em nada. Tudo que ela conseguia sentir ou pensar era ele, porque ele estava em todas as partes. Ele foi ganhando pressão, força em suas investidas, e o prazer que aquilo proporcionava não deixava espaço pra qualquer tipo de pensamento. Ela gemeu demoradamente, mordendo o lábio e cravando a unha nas costas dele - não queria machucá-lo, era instintivo - e ele grunhiu de satisfação, beijando-a novamente. Como antigamente, os dois eram muito bons na cama. Em pouco tempo encontraram sintonia, ela rebolando de acordo com as investidas dele, os corpos se encontrando de modo sincronizado. Harry se proibiu de gozar por um bom tempo - aquilo tinha que durar - mas Melanie era sensível demais. Ela gozou varias vezes sobre ele, cada vez se tornando impossivelmente apertada, contraindo-o dentro de si em uma tortura deliciosa. Melanie sentiu algo se formar em seu ventre, e teve medo da intensidade que aquele orgasmo teria.

Harry: Deixe vir. - Murmurou nos lábios dela, deixando o beijo e arranhando os dentes pela maxilar dela. Os movimentos dos dois já tinham o ritmo normal, algo que exigia certo esforço dele pela força e a rapidez. Apesar do ar condicionado os dois estavam soados, vermelhos - Eu queria que você pudesse sentir como é estar dentro de você agora. - Melanie gemeu com a voz dele, atordoada pelo monte de sensações que tinha - Apertada, como sempre foi, quente, macia... É tão bom, Melanie. - Murmurou, mordendo a orelha dele.

E o orgasmo dela veio, fazendo-a gritar. Ele se permitiu assistir aquilo: Ela prendendo a respiração, o rosto corando mais ainda, os olhos fechados e o cenho franzido, agarrada a ele. Ele prolongou o orgasmo dela o quanto pôde, então não conseguiu mais segurar o próprio. Gozou demoradamente, chamando o nome dela de modo sôfrego, depois caindo sobre o corpo dela, exausto, satisfeito, se sentindo meio dormente, e ela acariciou os cabelos dele, olhando o teto. Depois de alguns instantes, quando o êxtase do orgasmo se afastou dos dois, o medo voltou a ele. E se...?

Ele ergueu o rosto, os olhos apreensivos olhando-a, e ela olhava o teto, absorta nos próprios pensamentos. Ela baixou os olhos, encarando-o, e os dois ficaram em silencio por um instante.

Harry: Você está bem? - Perguntou, sondando-a.

Melanie: Sim. Eu estou... Confusa. - Ele quase chorou de alivio - Mas eu sempre estou confusa, então meio que dá no mesmo. - Disse, dando de ombros com um sorriso de canto.

Harry: Com o que você está confusa? - Perguntou, tirando uma mecha de cabelo do rosto dela.

Melanie: Me sinto estranha. Meus sentimentos estão bagunçados, me sinto... Frágil. - Admitiu. O corpo dela estava fisicamente relaxado, mas os sentimentos dela estavam em desordem, e ela nem sabia por que.

Harry: Se arrependeu? - Perguntou, acariciando o rosto dela, sorrindo quando ela se apressou a negar com a cabeça - Você gostou? - Ela corou, prendendo um sorriso, os olhos azuis de boneca arregalados, travessos, e ele riu. - Eu também. Vai ficar tudo bem. - Garantiu, dando um selinho carinhoso nela.

Melanie: Me abrace. - Pediu, ainda se sentindo frágil, e ele assentiu.

Harry se livrou da cueca e levou os dois pra debaixo do edredom, pousando a cabeça dela sobre seu peito e abraçando-a com firmemente. Ela suspirou, satisfeita, abraçando-o de volta. Era disso que precisava: Ficar quietinha ali, nos braços dele, enquanto sua cabeça voltava ao lugar certo.

Harry: Sabe que eu amo você, não sabe? - Perguntou, beijando o topo da cabeça dela, e ela ergueu o rosto, sorrindo e encarando-o.

Melanie: Eu também amo você. - Disse, feliz, sorrindo pra ele.

Harry: Você está cansada. - Disse, tocando a ponte do nariz dela. Ela tinha os olhos, apesar de atentos, meio sonolentos - Durma. Eu estou aqui.

Ela afundou a cabeça no peito dele, e aos poucos relaxou, adormecendo. Ele ainda ficou acordado por um tempo, pensativo. Arriscara demais tentando... Mas graças a Deus tentara. Entendia por que ela não lembrara: Eles tinham feito amor, não basicamente sexo. Dessa vez houve carinho, cuidado, e nada da raiva e do rancor que havia antigamente em meio a transa. Eles nunca haviam feito amor antes, então ela não tinha o que lembrar. Ele sorriu com a idéia. Agora podiam ter uma vida normal, normal e feliz, juntos. Era muito mais do que ele jamais pudera pedir.

Melanie dormiu poucas horas aquela noite. A mente dela estava agitada: Eram cores, sons e sensações novas demais pra administrar. Quando acordou Harry dormia, ainda abraçado a ela, mas visivelmente apagado. Ela se aconchegou no peito dele, observando-o dormir. Em geral era ele que fazia isso: Ela dormia primeiro, logo não tinha como ver. A verdade é que mesmo antes, ela nunca tinha a oportunidade de velo assim: Quando dormia ele perdia toda aquela autoridade, aquela segurança irrefutável de quem sabe o que quer e já conseguiu isso, e ficava... Humano. O rosto sem expressões, relaxado, ressonando brevemente. Ela passou um bom tempo ali, assistindo-o. Então algo incomodou, enquanto ela olhava. Era algo por trás dos olhos dela, ou algo assim. Não era uma lembrança exatamente, porque era falha, vinha em pedaços...

Ele estava dormindo, mas ela não estava abraçada a ele. Ela trancara a porta. Estava fugindo de alguém? Não sabia dizer. Os cabelos dela eram curtos... Uma memória. Ela piscou, tentando clarear a mente, mas não adiantou. Ela se aproximou, subindo sorrateiramente na cama e desamarrando a calça do pijama dele. Estranho, porque ele estava dormindo. Ela se aproximou, e algo em ter conseguido chegar ali a dava vontade de rir, mas ela não sabia o que...

Havia um branco, um vácuo... Ela apanhou o membro dele na mão com cuidado, colocando-o na boca. Pouco tempo depois ele acordou, arfando, surpreso. Ele gemia. Desse som ela lembrava com clareza, porque por algum motivo era importante que ele gemesse, quanto mais alto melhor, era isso que ela tinha ido procurar ali... E a Melanie sem memória gostou do som. Ele parecia gostar daquilo. Ela se distraiu, e a memória fugiu como um elástico solto. Com sorte, antes dela perceber o modo como ele a tratou em seguida, como se fosse algo descartável. Melanie piscou, irritada, mas não conseguia chamar a lembrança de volta. Só havia o vazio. Ela olhou Harry de novo - estava olhando ele quando a lembrança veio - e nada. Ela suspirou, frustrada. Nunca ia conseguir lembrar de tudo se as coisas viessem a ela em flashes pequenos e falhos como esse. Harry continuava dormindo, inocente do que acontecia ali (se soubesse talvez tivesse um ataque cardíaco). Ela parou, pensativa. Nas suas pesquisas sem fim lera. O que ela fizer na lembrança, memória ou seja lá o que fosse se chamava "sexo oral" (embora Sophia tenha chamado de "boquete" uma vez, antes de levar um chute de Madison), e ela lera sobre isso, mas o som dos gemidos dele ainda ecoavam na cabeça dela. Na pesquisa não indicava nada sobre isso. Ela o olhou dormir, pensativa, então o descobriu com cuidado, saindo do braço dele, que caiu, frouxo, sobre a cama. Ela se aproximou, curiosa, apanhando o membro também adormecido dele na mão com cuidado. "Me conheça outra vez", ele dissera. Ela o tocou, os dedos curiosos e inocentes acariciando-os totalmente sem jeito, os olhos pensativos acompanhando a ação... E aos poucos ele foi ganhando vida nos dedos dela. Melanie se empolgou com isso. Olhou Harry, e ele ainda dormia. Curioso.

Ela o tateou desde a base e durante toda a extensão, como se quisesse memorizar, então se abaixou, pondo o cabelo atrás da orelha e passou a língua na cabeça do membro dele. Não havia gosto. Ela tentou de novo, nada. Ele continuava endurecendo, mas fora isso não havia nada. Ela lambeu pelas laterais, acompanhando as veias que haviam ali... Sem gosto. Ela o colocou na boca, a mão segurando a base, a língua acariciando-o, e a sensação era boa. Engraçada, fazia ela querer rir, mas gostosa. Ela se lembrou de como fazia na lembrança, e começou a repetir. Não era difícil. Harry a observava, quieto. Havia acordado no momento que ela o lambeu pela primeira vez. A assistiu ganhar ritmo, o olhar sempre curioso, parando algumas vezes e parecendo satisfeita por vê-lo endurecer, e logo voltando. Ela era muito inexperiente, apesar do entusiasmo... E inocente também: Os dentes dela raspavam o membro dele perigosamente. Ele deixou o quanto pôde - estava bom, e ele gostava de olhá-la, não queria se denunciar - mas depois de um tempo, conforme ele ia endurecendo, se tornou realmente doloroso.

Harry: Hum... Baby. - Chamou, desconfortável, apanhando os cabelos dela com cuidado, e ela o olhou, surpresa - Cuidado com os dentes. - Instruiu, e Melanie piscou, pensativa. Ele viu ela cobrir os dentes com os lábios e recomeçar.

Dessa vez não houve objeção. Aos poucos ela foi ganhando jeito, levando-o até a garganta, brincando consigo mesma. Harry suspirou, afundando na cama. Após aqueles anos de absolutamente nada, isso era o céu. E aos poucos os gemidos dele vieram, pra absoluta satisfação dela. Ele segurava o cabelo dela, tirando-o do rosto, e gemia livremente, as vezes chamando o nome dela. Só que ouvi-lo gemer a excitou. No começo não foi nada, mas depois começou a incomodar... E ela o soltou, agora totalmente ereto, engatinhando pra cima dele. Harry entendeu a intenção dela e a ajudou. Melanie montou nele, sentando em cima de uma só vez, sem premissas e ele gemeu, satisfeito. Ela parou um instante, as mãos apoiadas na barriga dele, os olhos fechados, deliciada com a sensação. Não sabia exatamente como fazer aquilo. Ele apanhou as mãos dela, ajeitando-as na barriga dele e ensinando-a, guiando-a pela cintura, e ela foi tentando guiar os movimentos... Mas sempre que o prazer se tornava um pouco maior ela parava pra sentir, parecendo frustrada quando a sensação passava. Ele riu, se sentando e ajeitando-a no colo, assumindo o controle. Ela sorriu, satisfeita, abraçando-o pelo pescoço e beijando-o. Naquela posição ela podia senti-lo melhor, e o deslumbrava o modo como ela se entregava a ele, sem receio, confiando inteiramente. Quando acabou ele se recostou na cabeceira da cama, com ela sentada em seu colo e apoiada em seu peito.

Harry: Pensei ter te deixado dormindo. - Disse, rouco, sorrindo de canto e brincando com uma mecha do cabelo dela. Ele olhou o relógio da mesa de cabeceira, estava quase amanhecendo.

Melanie: Eu acordei e... Bem... - Contar a Harry que havia lembrado algo nunca era bom, e ela não queria que ele ficasse tenso - Deu vontade.

Harry: Do que mais você está com vontade? - Perguntou, achando graça.

Melanie: Agora nada. - Disse, satisfeita. Se sentia relaxada, o corpo satisfeito.

Harry: Vou te mostrar uma coisa. - Disse, tocando o nariz dela, que assentiu.

Melanie não gostou quando ele a deitou na cama, mas ele passou pra cima ela dado um selinho nela e beijinhos pelo colo, barriga, parando por mais tempo novamente na cicatriz da cesariana dela e descendo, abrindo as pernas dela e segurando-a pela coxa. Melanie piscou, surpresa, quando a língua dele encontrou o clitóris dela, mas não houve muito tempo pra pensar porque a sensação que aquilo causou foi maravilhosa. Ao contrário dela, ele sabia o que fazia. Logo ela gemia, agarrada ao lençol, o corpo de contorcendo na cama. Não era a mesma coisa que sexo, mas era delicioso. Harry já conhecia o corpo dela, então levá-la ao orgasmo foi fácil, sensível que ela era. Ela gritou, mordendo o lábio, e quando o corpo se acalmou ela fazia o caminho de volta com beijinhos leves pelo corpo dela. Algo a inquietou, observando-o.

Melanie: Porque eu tenho isso? - Perguntou, tocando a cicatriz na barriga, e ele olhou.

Harry: Nate saiu por aqui. - Disse, acariciando a cicatriz fina no pé da barriga dela.

Melanie: Eu estudei... - Pensou alto, e se lembrou do método da cesariana. Só que ela achou que a pele voltava ao normal depois - Entendi. - Disse, após um instante.

Harry: Você estava dormindo quando ele ficou pronto, e tivemos que fazer uma cesariana. - Explicou. Ela assentiu - Se te incomoda, posso mandar tirarem.

Melanie: Tirarem? - Perguntou, confusa.

Harry: É. É uma cicatriz pequena, acho que uma cirurgia plástica só resolveria. - A idéia de Melanie voltar pro centro cirúrgico não o agradava - É claro que precisaríamos consultar Liam.

Melanie: Não me incomoda. - Na verdade, agora que ela sabia o que era, sentira carinho pela marca - Eu só queria saber o que era. Deixa ela ai. - Disse, e ele deitou a cabeça no colo dela.

Harry: Curiosa como sempre. - Disse, sentindo ela acariciar seu cabelo. Era gostoso ali - Estou te machucando?

Melanie: Não. - Ela gostava do peso dele sobre o corpo dela - Durma. - Disse, imitando-o, e ele riu.

Harry: Posso fazer isso. - Considerou, cansado, com um sorriso de canto - Você está bem? - Perguntou, erguendo o rosto pra olhá-la. Ela assentiu.

Melanie: Eu te amo. - Disse, fazendo-o sorrir abertamente e beijou a testa dele - Durma.

E ele obedeceu. Dessa vez os dois adormeceram juntos, ele sobre ela, a cabeça em seu colo, e ela entre os travesseiros, abraçada a ele. Felizes e apaixonados, como deveria ter sido desde o inicio.

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