Enquanto Você Dormia - Efeito...

By laribsss

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Quando você é enganado, traído e machucado até certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar ou esp... More

AVISO
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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45

Capítulo 15

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By laribsss

No sábado a noite houve um jantar, pra comemorar a volta de Melanie. Todos estavam avisados pra se atentar aos detalhes, inclusive Anne. Harry chamara a mãe pra conversar e explicara que seu casamento ia mal, por isso Melanie fugira pra New Jersey antes do acidente, e que o único modo dele não perder a mulher e o filho era se ela não se lembrasse. Ela não concordou a inicio, mas a aflição nos olhos do filho foi tão grande ao pedir aquilo que ela não teve como se negar. Madison e Sophia ajudaram Melanie a se arrumar. Era uma ocasião social, então pedia um pouco mais de atenção. Madison ajudou Melanie a se maquiar, ensinando-a a passar lápis de olho, rimel, uma maquiagem bem levinha porém bonita, ressaltando os olhos e os lábios. Das opções que Sophia escolheu, Melanie ficou com um vestido de seda vermelho vinho, fechado na frente porém com um decote nas costas. O cabelo foi arrumado, os cachos cheios de vida reunidos em um dos lados do ombro e sapatilhas pretas. Ao chegar na torre branca, Melanie se deslumbrou com a visão da casa, e Harry prometeu apresentá-la adequadamente mais tarde. Ela conhecia todos lá, se sentiu a vontade, exceto por...

Gemma: Melanie, essa é Perrie, nossa prima. – O sorriso de Melanie morreu no rosto, enquanto ela segurava seu copo de suco de melancia.

Perrie: Oi, Melanie. – Cumprimentou, o olhar parecendo esconder algo, mas aparentemente simpática.

Melanie: Oi, Perrie. – Disse, neutra. Não era o normal de Melanie. Fora calorosa com todo mundo agora.

Perrie: Você se lembra de mim? – Perguntou, estranhando.

Melanie: Não. – Admitiu, quieta. Madison estava sentada atrás de Melanie, parecendo uma sentinela, sem dizer nada.

Perrie: Estranho. Você parece não gostar de mim. – Disse, parecendo se divertir com isso.

Melanie: Você bateu no meu filho. – Disse, o rosto caindo pro lado. Madison sorriu de canto – É claro que eu não gostei.

Perrie: Oh. – Piscou, perante a hostilidade – Foi um acidente. Eu não fiz por querer. – Disse, imprimindo o máximo de sinceridade que conseguia na voz – Me desculpe.

Melanie não sabia o que era falsidade, ou hipocrisia. Ela piscou, considerando, e não viu o sorriso debochado de Madison, vestindo um prada preto, atrás de si. Gemma, usando um tomara que caia roxo, observava, quieta. Era muito interessante de assistir.

Melanie: Tudo bem. – Disse, por fim, e Madison fez uma careta desgostosa – Mas não repita. Nunca mais. – Disse, severa – Ou eu vou ter que interferir. – Avisou. Madison engasgou com o vinho.

Perrie: Tudo bem. – Disse, ainda com o sorriso falso, estendendo a mão. Melanie a cumprimentou, os olhos observadores.

Nate: Mamãe! – Chamou, entrando correndo na sala e Melanie se virou, ignorando Perrie olhando o menino que vinha rindo. Ele a alcançou e a abraçou pelas pernas, fazendo-a cambalear.

Melanie: O que foi? – Perguntou, divertida. 

Nate: Ganhei! – Disse, satisfeito.

Clair: Não foi justo! – Exclamou, emburrada. Clair, agora com 6 anos, quase 7, lembrava muito Madison, apesar de ter os olhos do pai. – Você saiu primeiro!

Nate: Não ia ser justo se eu saísse ao mesmo tempo. Suas pernas são maiores. – Rebateu, esperto.

Madison: Não briguem. Vem aqui, meu amor. – Chamou, e a menina veio, o cabelo liso balançando as costas e Madison a abraçou, sentando-a em seu colo – O que vocês tinham apostado?

Clair: Era pra eu chegar em você primeiro, mamãe. – Admitiu, derrotada. Nate alcançara Melanie primeiro.

Madison: Não fique assim. – Disse, dando um beijo estalado na menina – Como recompensa, vou te deixar comer o dobro de sorvete de sobremesa. – Sussurrou, cúmplice.

Clair: O dobro? – Perguntou, animada. Madison assentiu, sabendo que a menina não aguentaria nem comer sua porção, mas só de saber que podia comer o dobro a alegraria.

Gemma: Isso não é lá muito justo. Nate ganhou. – Disse, e Madison e Clair olharam, um olhar avaliativo, impressionantemente parecidos – Porque Clair ganha um brinde?

Madison: Porque ela é adorável. – Disse, dando de ombros e beijou a filha de novo. Nate olhou a mãe.

Nate: Posso comer o dobro também? – Perguntou, a cabeça tombada pra trás pra olhar Melanie. Melanie hesitou. Harry era bem cuidadoso com a dieta do filho.

Melanie: Vamos perguntar ao seu pai. – Disse, e o menino fez um bico desapontado.

Nate: Ele nunca me deixa comer sobremesa o suficiente. – Disse, emburrado.

Gemma: É que, pra você, suficiente significa "até minha barriga começar a doer". – Disse, divertida. Gostava de ser tia. Tinha as crianças em volta, mas não tinha a responsabilidade de ser mãe.

Nate: Se você pedir, ele deixa. – Disse, sacudindo a mãe – Toda vez que você beija ele e pede alguma coisa, ele dá. – Lembrou. Gemma gargalhou, acompanhada de Madison, e Melanie fez uma careta, sentindo o rosto esquentar.

Melanie: Eu vou pedir. – Disse, e o menino sorriu. Ela gostou de ver a carinha emburrada sumir – Vou encher ele de beijos, e hoje ele deixa. – Disse, cúmplice, e Perrie ergueu a sobrancelha.

Harry: Vocês estão planejando me comprar, ou é impressão minha? – Perguntou, parado na porta. Nate agarrou Melanie, com uma cara de quem foi pego no flagra.

Gemma: Exatamente. – Entregou, achando graça.

Madison: O que não é muito justo, sendo que ele já havia ganhado o jogo. Porque ele merece outro premio? – Debochou.

Melanie: Porque ele é adorável. – Repetiu a fala de Madison e mostrando a língua. Nate parecia satisfeito.

Nate: Pede, mamãe. – Sussurrou, achando ele que não estava sendo ouvido e puxando o vestido da mãe.

Harry: O que você quer me pedir, Melanie? – Perguntou, divertido. Estava totalmente feliz hoje, vestindo jeans, uma camisa branca e blazer. Cercado pela família, pelo filho, e por uma Melanie que despertara e que, por ajuda divina, não o odiava. Nate empurrou Melanie, que foi até Harry.

Melanie: Precisamos conversar. – Disse, apoiando a mão livre no peito dele. Perrie observava a cena, quieta demais pra ser bom. Gemma e Madison haviam se virado pra assistir.

Harry: Sobre...? – Perguntou, abraçando-a pela cintura.

Melanie: Sobre Nate merecer o dobro de sobremesa hoje. – Disse, toda meiga, piscando os cílios cobertos de rimel pra ele. Harry olhou Nate, que esperava perto do sofá, tão ansioso que chegava a ser fofo. Ele prendeu o riso, fingindo a avaliar.

Harry: Ele vai sentir dor de barriga mais tarde. – Negou, erguendo a sobrancelha pra ela.

Melanie: Por favorzinho? – Tentou, e ele negou com o rosto. Ela deixou o copo de suco na mesinha do lado e se esticou, selando os lábios dele – Sim? – Ele negou de novo e ela tornou a beijá-lo, mais demoradamente.

Harry: Não. – Disse, achando graça.

Melanie: Só hoje? – Pediu, se esticando pra beijá-lo de novo. Dessa vez não foi um selinho, ela realmente o beijou.

Melanie não pegara ainda o senso de que beijos assim, em publico, eram pra ser evitados. Ninguém ligou, Madison e Gemma haviam apostado naquilo, então assistiam. Pela primeira vez, Nate não interrompeu. Esperava, ansioso. Harry apertou o abraço dela, assumindo o controle do beijo, e ela suspirou, entregue. Terminou instantes depois, com selinhos.

Harry: Sua boca está com gosto de melancia. – Disse, divertido, selando os lábios dela, que esperava a resposta – Só hoje. – Permitiu, e ela sorriu, estonteante, se lançando no pescoço dele, que a ergueu do chão. Madison gargalhou gostosamente. Nate bateu palmas e saiu correndo com Clair de novo.

Gemma: Você é uma vergonha, meu irmão. – Disse, divertida, dando um tapa na mão de Madison, que estava estendida. Apostara 100 dolares que Harry resistiria.

Madison: Eu trabalho com a bolsa de valores, nunca aposte contra mim. – Disse, vitoriosa.

Gemma: Ele é meu sangue, as probabilidades pareciam boas. – Harry e Melanie nem ouviam, abraçados, ela rindo, divertida, balançando os pés no ar.

Harry: Ah sim, mamãe mandou avisar que o jantar está servido. – Disse, rebocando Melanie da sala no colo, e as outras se levantaram.

No fim a mesa estava cheia. Perrie, curiosamente, não falou nada, nem um ai, perante a cena apaixonada que assistira. Melanie precisava pensar que gostava dela. Seu plano dependia disso. Deixa então ela pensar que venceu, pelo menos por hoje.

**

Harry passara a comer exatamente o que Melanie comia, em forma de ajuda. Assim, enquanto a mesa toda se deliciava com um faisão ao molho de frutas vermelhas, Melanie e Harry comiam um prato modesto de purê de abobora, cozido na água e sal, e uma soja com pouquíssimo tempero. Melanie insistira pra Harry levar a dieta dele normal, mas ele insistia.

Sophia observou discretamente enquanto os dois comiam e o modo como ele ignorava o banquete ao redor pra incentivá-la e sorriu, satisfeita. Na hora da sobremesa, como Madison previu, os meninos não aguentaram comer o dobro de sorvete. Após algumas colheradas da segunda porção começaram a revirar o mesmo e ela sorriu, selando os lábios do marido. Liam deixou Melanie experimentar um pouco do sorvete, e ela e Harry se divertiram em sua bolha particular de novo, enquanto ela fazia careta com o gelado do sorvete e ele se divertia, dando a ela na boca. Depois, como de costume, os núcleos se separaram.

Louis: E então, como foi? – Perguntou, chegando ao núcleo masculino com uma taça de vinho na mão.

Harry: Como foi o que? – Perguntou, confuso, e os irmãos olharam Louis, também sem entender.

Louis: Vocês transaram ou não? – Perguntou, direto. Liam revirou os olhos e Niall riu, se virando pro irmão.

Harry: Isso é particular. – Disse, ultrajado.

Niall: Desde quando? – Perguntou, achando graça. Harry nunca fizera cerimônia com isso antes.

Harry: Desde agora. – Rebateu, irônico. Os outros três ficaram observando, esperando... – Tudo bem, não, não transamos. Nem vamos. – Disse, resignado.

Niall: O que foi que você fez? – Perguntou, se virando pra Liam, que engasgou com o vinho.

Liam: Eu não proibi! – Disse, secando a boca – Ela está bem, não fui eu. – Niall e Louis se viraram pra Harry, confusos.

Harry: Nós conversamos sobre isso ontem, ela tocou minha costas por baixo da camisa, estava tudo indo bem... Mas ela lembrou um apelido que usava comigo, anos atrás. – Disse, tenso, toda a alegria expurgada.

Liam: Do nada? – Perguntou, mais sério.

Harry: Eu acho que ela nem percebe que lembrou. Só fluiu. – Contou, dando de ombros.

Niall: Você já parou pra pensar que pode ter sido só vontade? Sem lembrar? – Harry franziu o cenho – É a mesma Melanie. Se ela te deu esse apelido antes, talvez tenha dado de novo sem se lembrar. – Cogitou. Harry analisou.

Louis: Faz sentido. – Disse, pensativo.

Harry: Faz... Mas pensem bem: Sexo era o laço mais forte que nós dois tínhamos. Talvez o único, era a única coisa que nos mantinha juntos. – Especulou, dando voz ao que estava na sua mente desde ontem – E também é a causa do trauma dela. Liam disse que qualquer coisa pode ser o gatilho. A probabilidade é grande de ser isso.

Liam: Pensando assim... – Disse, ainda avaliando.

Harry: Se eu fizer... Se eu me permitir... Ela pode se lembrar de mim. Pior, pode se lembrar de Zayn. – Disse, obstinado – Eu não vou ser egoísta a esse ponto. Não vou fazer isso.

Louis: Nunca? – Harry negou com a cabeça – Você vai trair ela? – Perguntou, indignado.

Harry: Não seja idiota, não trai ela enquanto ela dormia, quem dirá agora. – Dispensou, com um aceno.

Niall: Você vai virar celibatário? – Perguntou, incrédulo – Nunca mais vai tocar mulher alguma? Nunca? – Perguntou, incrédulo. Liam agora avaliava Harry, calado.

Harry: Se esse for o preço pra ela não se lembrar... Se for o preço pra ela não me odiar, então sim. – Disse, decidido – Eu não posso arriscar perdê-la de novo. Eu vou fazer qualquer coisa pra impedir. – Disse, decidido.

Liam permaneceu calado. Niall parecia surpreso. Louis parecia penalizado. Harry só tinha algo em mente: Se ela se lembrasse, ele a perderia de tudo. Tudo o que conseguira, tudo o que esse milagre lhe dera, o riso dela, sua inocência, sua companhia, a família que ele finalmente tinha, tudo isso seria perdido e trocado por angustia, solidão e magoa. Ele não ia arriscar, nem se o preço fosse se capar pra conseguir manter o foco. Parecia decididamente simples. Mas não era. Nate dormiu no carro, voltando pra casa, mas acordou ao chegar em casa. Melanie se trocara pra dormir, pondo seu pijama branco, short e blusa de algodão, e o menino acordou. Estava grudento pelo sorvete, todo peguento, e ela foi dar banho nele. Harry, que trabalhava, só se deu conta disso quando a algazarra alcançou o escritório. Ele saiu e sorriu ao ouvir o riso dela ecoando pelo apartamento, junto com o do filho. O sorriso morreu ao chegar o banheiro. Estava tudo inundado, das paredes ao chão, e Melanie e Nate travavam uma batalha dentro da banheira que transbordara com a ducha do chuveiro, o menino nu e ela de pijama. Melanie mirava a ducha nele, que atirava água nela com as mãos, os dois rindo abertamente. A água estava chegando no quarto.

Harry: Pelo amor de... HEY! – Melanie e Nate olharam, os dois ensopados, os cabelos grudados nos rostos, os olhos azuis idênticos surpresos. Harry se abaixou, fechando a torneira da banheira. – Olhem só pra isso.

Nate: Molhou um pouco. – Admitiu, se segurando na borda da banheira que transbordava, olhando o chão.

Harry: Um pouco?! – Perguntou, exasperado – Isso era pra ser um banho, ou o que?

Melanie: Eu dei banho nele! Direitinho! – Disse, molhada feito um pinto, e Harry a olhou – Está limpinho, pode olhar! – Jesus Cristo, estava lidando com duas crianças.

Harry: Ok, gastamos um pouco de água a mais, então. – Disse, apontando em volta. Havia água na pia, no espelho, nas toalhas, no vidro do Box, na parede, em tudo.

Nate: Não fica bravo, papai. – Disse, torcendo as mãos.

Harry: Não estou bravo, estou... – Ele gesticulou, olhando em volta, então recebeu um jato de água no peito. Piscou, olhando a roupa ensopada e olhou Melanie.

Melanie: Molhado. Você está molhado. – Disse, com os olhos arregalados, prendendo o riso. Nate olhou, ansioso, esperando a reação do pai. Em geral quando Harry dizia "não" pra uma coisa, era não mesmo.

Harry: Molhado? – Perguntou, secando o rosto. Melanie assentiu, esperando de novo – Eu vou te mostrar o que é ficar molhado. – Disse, com um sorriso plantado no rosto.

Ele a apanhou, fazendo-a cair dentro d'água, e a farra recomeçou. Melanie atirava água nele, que tentava mantê-la afundada (fora a cabeça) e Nate saltitava com a ducha, após abrir a torneira de novo, terminando de ensopar o pai. Aquilo durou por minutos. Harry capturou o menino de volta, colocando-o na água também, mas nisso uniu Nate e Melanie, que o puxaram, fazendo-o escorregar no chão pra dentro d'agua, causando um tsunami dentro do banheiro. No final ele estava tão molhado quanto os outros dois, e ria gostosamente também.

Harry: Cheg... – Recebeu um jato na cara, engolindo água e tossindo – CHEGA! – Disse, rindo.

Melanie: "Chega!" – Imitou, jogando água nele. Nate saltitava na água, molhando os dois, Jesus e o mundo com a ducha.

Harry: Nate... Nat... Nathaniel! – Exclamou, exasperado, capturando o menino, que ria – Pelo amor de Deus! Olhe, você vai se resfriar. Nós três vamos. – Melanie ria, cansada, amparada do outro lado da banheira. – Saia da água, se seque e vá... – Ele apanhou a toalha do lado da banheira... E esta estava pingando agua.

Melanie gargalhou gostosamente ao ver a cara do marido e Nate riu, travesso. Levou mais um tempo até Harry conseguir parar aquilo. Primeiro, toda vez que ele tentava sair, alguém o fazia escorregar de volta. Depois ele conseguiu sair e voltou com uma braçada de toalhas secas, mas ai Melanie e Nate haviam recomeçado. Por fim ele desligou a água, capturando o menino e tirando-o do banheiro, secando-o rapidamente e o enrolando na toalha.

Harry: Agora o senhor vai pro seu quarto e vestir o seu pijama. – Disse, enrolando a cabeça do menino na toalha após terminar de lhe secar os cabelos – E em seguida, cama!

Nate: Sim, senhor! – Disse, batendo continência e saiu marchando, um toco envolvido em toalhas brancas. Harry olhou, aturdido, o menino sumir no corredor e voltou pro banheiro.

Harry: Ele vai tentar começar uma guerra de água toda vez que você der banho. – Explicou, voltando ao banheiro – Quando ele tentar, você precisa cortar logo de inic... – Ele recebeu outro jato de água ao entrar no banheiro. Melanie o esperava, de tocaia, com a ducha na mão – Melanie! - Exclamou, exasperado.

Melanie: "Melanie!" – Imitou, apontando o jato descaradamente pra ele, que tapou o rosto com o braço.

Harry: Ah é? – Melanie assentiu, colocando a mão na cintura, e com a outra mantendo o jato na cara dele – Tá bom, então.

Ela deu um gritinho, se debatendo quando ele a agarrou, o jato de água girando loucamente pra cima e ele a içou pra fora da banheira, mantendo-a no ar enquanto fechava a ducha e a torneira. Ela se debatia feito um peixe fora d'agua, escorregando, então ele a colocou sentada no balcão da pia. Melanie se esticou pra abrir a torneira e conseguir outra fonte de água, mas ele a segurou.

Harry: Peguei você. – Disse, obvio, e ela fez um bico derrotado.

Só então ele veio reparar na situação dos dois. Ambos ensopados, ela sentada na pia com ele entre as pernas, usando um pijama que já fora branco um dia, agora estava molhado e transparente. Os seios dela estavam evidentes sob o tecido fino, os mamilos úmidos pela água em contato com o peito dele, os dois mais íntimos do que tinham estado em anos.

Ficaram em silencio, se encarando, a respiração ainda alterada pela luta, os lábios entreabertos, e de repente ele ficou ciente de cada pedaço do corpo dela, disponível e receptivo, em contato com o seu. É como dizem: Se você tem fé, se apegue nela.

Melanie podia não entender o significado, mas ela sentia. Sentia a tensão, o magnetismo, a atração quase palpável entre os dois. E Harry a queria. Ele não tinha percebido até então, fascinado com a inocência dela e com o milagre que era tê-la ali, mãe do seu filho, sua mulher, sem um passado podre cujo ele fazia parte assombrando-a, mas agora ele sabia. Cada fibra do seu corpo queria ela, por cada segundo dos últimos 5 anos, desde a ultima vez. Melanie o encava, os olhos de boneca grudados aos dele, os lábios entreabertos. Toda a leveza da brincadeira de segundos atrás sumira.

Harry: Melanie... – Começou, interrompido por ela, que se aproximou, inocente, beijando-o.

Os lábios dela estavam mais macios, pelo tempo na água, e ele gemeu de modo afogado, as mãos entrando nos cabelos dela, aprofundando o beijo. Não era o beijo normal dos dois, esse tinha mais fome, era mais agressivo... Ela gostou. Era difícil respirar, mas gostou. Ele a apanhou pelas coxas, puxando-a pra beira da pia e ela amparou as coxas na lateral do corpo dele, as mãos subindo pela camisa molhada e alcançando-lhe os cabelos, afoita, trazendo-o pra si. O corpo dela pareceu inflamar, ficar febril. Ela queria que ele a tocasse, que a apertasse firme. Ela não entendia a necessidade... Ele sim. Entendia o gosto dela, o toque firme da pele, entendia a fome, a necessidade...

"Você é forte, campeão."

"Eu confiei em você, e nem consigo acreditar que você desceu tão baixo. Eu tenho tanto nojo de você que não consigo descrever. Não venha atrás de mim. Apresente o documento, dê baixa no contrato, e acabou. Eu nunca mais quero ver você na minha vida."

Harry: Melanie... – Murmurou de novo, nos lábios dela, ela arfou, frustrada. Ele a soltou com cuidado, respirando fundo e dando um passo pra trás, apanhando uma toalha do lado – É melhor você se secar. Vai se resfriar. – Disse, se afastando e embrulhando ela com uma toalha, tapando-a.

Melanie: Fiz alguma coisa errada? – Perguntou, confusa. Ele sorriu de canto.

Harry: Claro que não, baby. Você é perfeita. – Disse, ainda sorrindo, acariciando a maxilar dela. O olhar dele, entretanto, parecia distante, concentrado em algo – Só saia do molhado, não quero que adoeça.

Melanie: Tudo bem. – Disse, com um biquinho confuso, descendo da pia.

Harry: Eu vou... Vou checar o Nate. E pedir pra Gail mandar alguém secar isso aqui. – Disse, sem encará-la – Eu já volto.

E saiu, deixando-a totalmente confusa e frustrada. De fato ele checou o filho, pondo-o na cama e quando Melanie acabou de se trocar (de novo), duas faxineiras entraram no banheiro com rodos, secando toda a bagunça. Ela se deitou, após secar os cabelos, e quando as faxineiras saíram ele voltou. Se secou e se trocou, entrando debaixo dos lençóis com ela.

Melanie: As vezes você fica estranho. – Disse, sonolenta, virada pra ele, que a observava, sereno.

Harry: Estranho estranho ou estranho engraçado? – Brincou, e ela sorriu.

Melanie: Estranho estranho. – Disse, quietinha, encolhida no abraço dele – Eu sempre acho que fiz algo que não devia.

Harry: Fico estranho porque estou muito feliz porque você acordou, e está aqui comigo. – Disse, beijando o nariz dela – Nunca fui tão feliz na vida. Não sei lidar com esse sentimento.

Melanie: Não éramos felizes antes? Antes do acidente? – Perguntou, rouquinha, e ele hesitou.

Harry: Antes não tínhamos Nate. – Respondeu, evasivo – Você está cansada. Durma.

Melanie assentiu, se aninhando no peito dele, e ele ficou quieto, observando o milagre em si que era vê-la cair no sono sozinha, sem remédio algum. O fantasma da imagem dela caída no chão da sala, os olhos abertos, desfocados, sangrando só porque caíra no sono ainda vivia na cabeça dele. E agora ela simplesmente ia perdendo pro sono, piscando pesadamente até adormecer, dormindo tranquilamente, calma. Ele não traria aquele horror de volta, não faria isso com ela. Não importa qual fosse o preço. 

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