Harry chegou no hospital sem Nate na manha seguinte. O menino custara a dormir, contando a Gail, eufórico, sobre a mãe. Depois, quando dormiu, teve febre. Liam já havia alertado: Febre emocional. A vida de Nate sempre fora tranqüila, pacifica, e agora vinha esse tsunami de emoções. Não demorou muito melhorou e ele se ferrou no sono, apagado. Harry sorria ao parar na porta do quarto mas Melanie... Chorava. Era evidente que chorava, mesmo que baixo. Entre o choro haviam alguns gemidos angustiados, algo que cortava a alma dele. Ele abriu a porta do quarto imaginando mil coisas: Ela lembrara tudo, chorava pelo que havia perdido, chorava de ódio dele... Mas ela só tinha um caderninho na mão, e um lápis. Melanie tinha aulas, e estava aprendendo a escrever. Não era fácil, principalmente pelo tremor nas mãos. Liam disse que era resultado do coma, que passaria, mas a frustrava demais.
Harry: Ei, ei, ei! - Disse, se apressando até a cama e parando as mãos dela - O que foi?
Melanie: Eu não consigo. Eu queria aprender logo pra poder ir pra casa, e ficar com você e com o Nate. - Disse, totalmente triste - Minhas mãos ficam tremendo e eu não consigo. - Completou.
Harry: Está tudo bem. É difícil pra todo mundo. - Ela o encarou e ele secou o rosto dela com os dedões, apaziguando-a. Melanie respirou fundo, encarando-o. O fato de ele estar ali a acalmava, de novo.
Queria que você me presenteasse
Um sonho escondido, ou nunca entregado...
Melanie: Eu sou burra. Olhe isso. - Ela apontou, desgostosa, o caderninho com as letras que ela tentara copiar.
Harry: Você não é burra. - Cortou, rígido - É só questão de tempo. O tremor vai passar. - Prometeu - Eu vou ajudar você.
Melanie: Onde está Nate? - Perguntou, dando falta do menino .
Harry: Ferrado no sono. Madison o trará mais tarde. - Melanie assentiu.
Melanie: Fique comigo. - Disse, triste, e ele acariciou o cabelo dela.
Harry: Sempre. - Prometeu, sincero, e ela sorriu de canto, abraçando-o.
Ele a abraçou de volta, confortando-a. Era tão frágil... Melanie fungou no peito dele, se sentido em paz novamente. Confiava em Harry. Se ele dizia que tudo ficaria bem, é porque era verdade.
Harry: Eu trouxe algo pra você. - Disse, mexendo nos bolsos.
Melanie: Chocolate? - Perguntou, com um sorriso de canto.
Harry: Não, chocólatra. - Brincou. Ela não entendeu a palavra, mas estava curiosa demais pra questionar. Ele tirou duas caixinhas de veludo da Cartier do bolso - São suas alianças.
Desses que não se abre diante de muita gente
Porque o maior presente é só nosso, para sempre.
Melanie: Duas? - Perguntou, secando o olho.
Harry: Essa... - Ele abriu a primeira caixinha. A aliança de noivado de Melanie repousava lá, sua beleza imune ao tempo, o diamante cintilando sobre o anel de prata - Foi a que eu te dei quando você aceitou se casar comigo. - Ele apanhou a mão direita dela, deslizando o anel no anular dela.
Melanie: É linda. - Disse, tocando o diamante. Ele sorriu: Havia conseguido distraí-la.
Harry: E essa... - Ele abriu a segunda caixinha, onde repousava uma aliança de ouro branco, desprezando a primeira caixa - É nossa aliança de casamento.
Melanie: É igual a sua. - Disse, apanhando a mão dele, e ele assentiu.
Harry: Eu aceito você como minha esposa, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...
Melanie: ...Na saúde sendo pouco provável... - Disse, amarga consigo própria e ele a repreendeu com o olhar.
Harry: ...na riqueza e na pobreza, para te amar e te respeitar... - Ele deslizou a aliança no anular esquerdo dela - Por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.
Melanie: Isso foi bonito. - Disse, sorrindo pra ele.
Harry: Queria que fosse original, mas é o que se diz quando se casa com alguém. - Admitiu, e ela riu - Por todos os dias da minha vida... Senhora Styles. - Repetiu, beijando a mão dela por cima da aliança.
Quero doar seu sorriso a lua para que
De noite, quem a olhe, possa pensar em ti.
Melanie: Foi bonito mesmo assim. Obrigada. - Disse, sorrindo pra ele. Depois ficou quieta.
Harry: O que foi? - Perguntou, pondo o cabelo dela atrás da orelha.
Melanie: Eu meio que... - Ele esperou - Eu queria que você me beijasse agora. - Disse, encolhidinha, e ele abriu um sorriso enorme.
Harry: Você pode me beijar, quando tiver vontade. - Explicou, e ela piscou duas vezes, confusa.
Porque seu amor para mim é importante.
E não me importa o que digam as pessoas, por que...
Melanie: Eu posso? - Perguntar confusa.
Harry: Sempre que você quiser. - Esclareceu. Ela assentiu, pensativa, mas ele se inclinou, beijando-a.
Outro beijo carinhoso, doce. Afastou as aflições da cabeça dela, a fez se sentir feliz. Melanie acariciou o rosto dele, que não aprofundou muito o beijo, selando os lábios dela continuamente, o que a fez sorrir. Vendo o sorriso dela ele sorriu também, enchendo-a de beijinhos pelo rosto, o que a fez rir.
Harry: Sobre isso... - Disse, tirando uma caneta do bolso - Vamos aprender juntos.
Melanie: Você já sabe escrever. - Disse, confusa, deixando ele se deitar atrás dela.
Harry: Só com essa mão. - Disse, mostrando a mão direita - Com a outra não sei mais que você. - Melanie considerou por um instante, e sorriu.
Ainda com ciúmes sei que me protegias
E sei que ainda cansado o seu sorriso não me deixaria.
Melanie e Harry passaram as próximas horas praticando. Ele era uma bosta escrevendo com a mão esquerda, mal conseguia produzir garranchos, o que fazia os dois rirem, enquanto ela progredia plenamente. No final da manhã Madison chegou, com Louis, Gemma, Sophia carregando Juliet, Liam e um Nate revoltado.
Nate: Isso não é justo. - Declarou, emburrado pro pai, parado na porta do quarto.
Harry: Eu falei pra você ir dormir cedo. - Disse, achando graça.
Nate: Então me deixa dormindo e vem embora. Sujeira, papai! - Acusou, bravinho.
Harry: Olha o respeito. - Repreendeu, sério. O menino hesitou, ainda emburrado, mas não voltou a fazer.
Melanie: Não briguem. Ei, me dê um abraço. - Disse, abrindo os braços e Nate correu pra ela, sorridente, subindo na cama, e abraçando-o. Harry beijou o cabelo dela, que mimava o menino. - Você dormiu bem? - Nate assentiu - Comeu direitinho?
Amanhã sairei de viagem e levarei sua presença
Para que seja nunca ida e sempre volta...
Nate: Comi, mamãe. - Disse, todo feliz nos braços da mãe. Melanie o encheu de bitocas, o que o fez rir.
Louis: Esse garoto tem pique. Quando acordou e percebeu que tinha sido deixado pra trás, armou uma revolução. - Contou, divertido.
Madison: Sujeira. - Citou o que Nate repetira o caminho todo, e Harry sorriu.
Nate: Me dá, tio Louis? - Pediu, e Louis entregou um álbum de fotos a ele - Eu trouxe pra você ver todo mundo. - Disse, feliz, e Melanie sorriu.
Nate: Essa é a Clair, minha prima mais velha. Esse é o Greg, meu tio... - Começou, mostrado as fotos, e Melanie prestou atenção, olhando tudo.
E se chegar a hora do fim, que seja em um abismo.
Não para me odiar, e sim para tentar voar, e...
Harry: Alguma novidade? - Perguntou, deixando Nate ter o momento dele com a mãe.
Liam: Nenhuma. Mas hoje é segunda, e logo ela terá de ir pra fisioterapia. - Lembrou, abraçado a Sophia.
Nos próximos minutos os adultos conversaram enquanto Nate atualizava a mãe com suas fotos, satisfeito com o interesse de Melanie no que ele falava. Eles chegaram na parte do álbum que era de Harry e Nate, desde que o menino era pequenininho. No inicio Harry parecia cansado nas fotos, mas conforme o menino crescia sua devoção por ele só se mostrava mais aparente. Melanie gostava.
Gemma: Eu mesma vou a Darfur. - Declarou, atualizando Harry. Ele estava queimando trabalho de novo, mas precisava saber - Vou dar a eles o que estão pedindo. - Disse, com um sorriso meigo demais pra ser bom.
Madison: Não creio que seja uma boa idéia. - Disse, cautelosa. O que Gemma tinha de intempestiva, tinha de impiedosa.
Louis: Concordo. - Disse, abraçando a noiva.
Gemma: É um complô? - Perguntou, ultrajada.
Sophia: Não, é uma medida de precaução. Eu iria, mas Eve é muito pequena. - Disse, olhando a menina no colo de Liam.
Harry: De qualquer forma, está nos atrasando há semanas. Não tive tempo de olhar isso com o devido interesse mas nesse passo nós...
Harry foi interrompido por Melanie, que se virou, beijando-o. Ele piscou duas vezes, confuso, mas segurou a maxilar dela, devolvendo o beijo de modo afetuoso, doce. Nate tinha uma carinha de nojo. Gemma tinha uma careta surpresa. Liam, que já havia visto aquilo, sorria. Sophia e Madison pareciam divertidas. Louis parecia ter levado uma bolacha. Acontece que Harry dissera a Melanie que ela podia beijá-lo sempre que quisesse - ela queria agora. Ela suspirou dentre o beijo, se moldando a ele, que se inclinou, aprofundando o beijo. Madison e Sophia sorriam agora. Gemma tinha as sobrancelhas erguidas, mas parecia divertida. Nate continuava com uma caretinha de nojo. .
E se te negam tudo, essa extrema agonia
E se te negarem a vida, respire a minha!
Louis: Porque não vendem bebida alcoólica nesse hospital? - Perguntou, derrotado, se virando pra Liam. A situação era meio constrangedora.
Liam: Porque não é um bar. - Disse, obvio.
Gemma: Então... - Disse, desgrudando os olhos do irmão, que abraçara Melanie, totalmente focado nela - Como vai Clair? - Perguntou, objetiva, que virando pra Madison, que piscou, confusa.
Madison: Bem! - Disse, recuperando o tato - Está com o pai, Niall gosta de levá-la a escola.
Nate: Parem com isso. - Disse, com uma careta, cutucando os pais. O beijo de Melanie e Harry acabou com um selinho, e a sala respirou, aliviada.
Harry: O que foi isso? - Perguntou, em um murmúrio, sorrindo pra ela, os dois rostos próximos demais.
Estava atento a não amar antes de te encontrar...
E descuidava da minha existência e não me importava!
Não quero mais me machucar amor, amor, amor...
Melanie: Você disse que eu podia, quando eu quisesse. - Disse, com um sorriso travesso, os olhos azuis brilhando - Eu quis. - Ele se inclinou, selando os lábios com os dela repetidamente.
Louis: Ai, meu Deus. - Gemeu, e Gemma o cutucou.
Harry: Saiam daqui. - Resmungou, enchendo-a de selinhos. Melanie sorria abertamente.
Nate: Não, você ficou com ela a manhã toda, é minha vez! - Disse, com uma exasperação fofa. Melanie e Harry o olharam, e ele fez uma careta de nojo - Porque vocês fazem isso?
Melanie: Porque é bom. - Disse, antes que Harry pudesse responder. Ele sorriu e Madison riu, deliciada.
Amor negado, amor roubado e nunca devolvido...
Meu amor tão grande como o tempo, em ti me perco!
Nate: É nojento. - Assinalou, segurando seu álbum de fotos.
Harry: Você é muito pequeno pra entender. - Esclareceu.
Louis: Não me sinto forçado. - Disse, e Gemma riu.
Harry: E não é, vá embora. - Louis bateu pé, debochado e Harry se inclinou, beijando Melanie de novo. Ela riu, deliciada, retribuindo.
Louis: Jesus Cristo. - Disse, derrotado, e Gemma o abraçou.
Sophia: Nós vamos embora. Viemos deixar Nate. - Harry selou os lábios dela e os dois se separaram de novo.
Louis: E eu preciso beber. - Declarou, decidido.
Gemma: São 11 horas da manhã, você não vai beber porcaria nenhuma. - Ralhou e Louis piscou, surpreso. Harry e Liam se estouraram de rir, deliciados. Melanie sorriu com o som do riso dele.
Liam: Eu avisei! - Advertiu, maravilhado. - Mas você quer casar com ela, então tá.
Gemma: Avisou o que? - Perguntou, erguendo a sobrancelha. Harry gemeu.
Sophia: Ok, pra fora, todo mundo. - Disse, empurrando o marido pra fora.
Gemma: Nem tente, avisou o que? - Ameaçou, indo atrás do irmão. Louis a seguiu.
Madison: Bem, está entregue. - Disse, saindo do quarto - Vou evitar a terceira guerra, com licença. - Ela saiu no corredor - Gemma! - Ralhou, a voz se distanciando. Sobraram Nate, Melanie e Harry no quarto.
Nate: É nojento. - Concluiu, decidido.
Melanie: Não é não, quer ver? - Perguntou, sorrindo ameaçadoramente pra ele. Harry a imitou.
Amor que me fala com seus olhos aqui em frente
E é você... O maior presente.
Harry e Melanie atacaram Nate, que gritou, cobrindo o menino de cócegas e beijinhos. Logo eram nada mais que um pai e uma mãe mimando e brincando com o filho pequeno, cobrindo-o de amor e de cuidados, fazendo-o feliz. Como devia ter sido desde o inicio.
**
As semanas foram se passando de um modo... Doce. Nate ingressara na escola, o que o irritava, porque ele queria ficar com a mãe, mas o agradava porque podia contar pra ela tudo que aprendera no dia quando ia vê-la no hospital a noite. Melanie continuava progredindo, e a cada dia estava mais apegada a Harry. Era agradável de se ver.
Melanie: Você não vai ficar? - Perguntou, tão decepcionada que dava dó. Harry chegara mais cedo, e ao invés do jeans e camisa que vestia no normal usava o um conjunto de terno preto e uma gravata grafite. Niall o acordara debaixo de gritos essa manhã: O trabalho da empresa estava se acumulando em pilhas.
Harry: Preciso trabalhar. - Disse, acariciando o rosto dela. Melanie não entendia o compromisso ainda. Só sabia que Nate vinha menos porque precisava estudar, e agora Harry não ficaria.
Melanie: Vocês enjoaram de mim. - Constatou, deprimida.
Harry: Não! Shh, não, baby, não. - Ele ergueu o rosto dela, fazendo-a encará-lo - Juro que não, mas preciso trabalhar. Não faço isso desde que você acordou. - Melanie continuou quieta, com um biquinho - Olhe, assim que você terminar a fisioterapia, estarei aqui. Eu saio do trabalho as 17h. - Ele pensou, se organizando - E vou passar meu horário de almoço aqui também. - Decidiu. Da empresa pro hospital deviam dar uns 15 minutos. Meia hora de ida e volta, sobrava uma hora com ela.
Melanie: Então você vai pela metade? - Perguntou, parecendo confusa, e ele sorriu.
Harry: Eu vou, mas vou deixar meu coração aqui. - Disse, acariciando o rosto dela, que sorriu - Cuide dele até eu voltar, sim?
Melanie: Tudo bem. - Disse, com um sorriso conformado.
Harry: Te trouxe algo. - Disse, enfiando a mão no bolso do terno. Tirou um celular de lá e Melanie franziu o cenho. Não sabia o que era. - Isso é um celular. Eu também tenho um, olhe. - Ele apanhou o próprio no outro bolso, mostrando. O de Melanie era bem mais simples. Enquanto o dele era um preto, fininho, touchscreen, o dela tinha botões e era prata - Comprei o mais simples que eu encontrei, assim você não vai ter problemas pra usar. - Ele deu pra ela segurar.
Melanie: O que eu faço com isso? - Perguntou, virando o celular na mão.
Harry: Eu salvei o meu numero na chamada de emergência. Se você apertar o numero 1 e o botão verde... - Ele mostrou pra ela - O seu celular vai chamar o meu, e você vai poder falar comigo. Depois que você aprender direitinho eu compro um melhor pra você. - Prometeu.
Melanie: Mesmo se você não estiver aqui? - Perguntou, confusa.
Harry: Mesmo se eu não estiver aqui. Tente. - Disse, e ela assentiu, olhando.
Melanie apertou o numero 1 e em seguida o dedo tremulo alcançou o botão de discar. No mesmo momento apareceu na tela "Harry, calling" e o celular dele acendeu e vibrou na mão dele. Ela olhou, encantada, e ele sorriu. Era simples, mas pra ela era uma novidade, e a possibilidade de falar com ele quando não estivesse era maravilhosa.
Harry: Você pode me ligar qualquer hora. Sempre que quiser. - Disse, quando ela ergueu os olhos.
Melanie: E eu posso falar o tempo que quiser? - Harry assentiu.
Harry: Se você tentar ligar e o celular não acender, você precisa colocar ele pra carregar. - Ele enfiou a mão no bolso, tirando um carregador preto - Peça ajuda a qualquer enfermeira, e ela coloca ele pra carregar. - Melanie assentiu, apanhando o carregador e sentindo-o entre as mãos.
Melanie: Se eu ligar qualquer hora? - Confirmou, e ele assentiu.
Harry: Eu vou atender. - Confirmou, selando os lábios dela com um beijo estralado.
Melanie: Mesmo se for de noite? - Disse, os olhos azuis sondando-o.
Harry: Eu vou atender. - Repetiu, dando outro selinho nela. Melanie riu.
Melanie: E se eu não tiver nada pra dizer? - Perguntou, rindo do jeito bobo dele.
Harry: Eu vou atender. - Disse, sorrindo, seguindo-se de outro selinho - Vou atender, atender, atender... - Ele a encheu de beijinhos, fazendo Melanie soltar um gritinho, risonha.
Melanie: Você não tinha que trabalhar? - Perguntou, se contorcendo pelas cócegas que ele que fazia. O aparelho escapou do dedo dela e o aparelho começou a apitar. Os dois olharam, como duas crianças que aprontaram e ele pulou da cama. Ela olhou a porta, preocupada - Ai, meu Deus.
Harry: Liam vai me matar, Liam vai me matar, Liam vai me matar... - Disse, catando o aparelho no chão. Ela estendeu o dedo tremulo pra ele, que prendeu o aparelho que parecia um pregador de roupa grande de plástico branco no indicador dela. Após alguns segundos, o aparelho parou de apitar.
Melanie: Ele tá vindo! - Disse, puxando Harry e escondendo o celular, vendo, pela vidraça, Liam, de jaleco branco, se aproximando do quarto apressadamente.
Liam parou na porta, desconfiado. Olhou o aparelho, que funcionava normalmente, em seguida pra Melanie e Harry, que tinham duas expressões inocentes, apesar dela ter os olhos um pouco mais arregalados - parecia prender a respiração pra não rir.
Liam: Você. - Disse, apontando pra Harry - Fora daqui. - Ele apontou pra rua, e Harry revirou os olhos. - E a senhora está atrasada pra terapia. - Ralhou.
Harry: Eu volto no almoço. Qualquer hora, lembra? - Melanie assentiu com o rosto e ele selou os lábios dela.
Liam: Fora! - Brincou e Melanie e Harry riram.
No fim ele foi embora, e ela foi levada pra terapia. Ambos tinham um sorriso bobo no rosto e ela tinha seu celular agarrado na mão, como se aquilo fosse mantê-lo ali. Quem diria que justamente um carro caindo numa ponte seria o remédio pra aqueles dois?