Simplesmente ame

By Joice-Lourenco

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Sinopse Melissa leva uma vida sem grandes emoções, enquanto vive praticamente escondida atrás do balcão da... More

Simplesmente ame
Prefácio escritor por Renata Martins
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Epílogo
Continuação...

Capítulo 7

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By Joice-Lourenco

Minha vontade era de sair correndo de lá, mas assim que ele pegou em minhas mãos e vi algo em seu olhar... Tudo mudou!

As coisas estavam tranquilas no sítio dos pais do Érique. Não houve mais nenhum sinal do Kevin pela região. Fizeram um alerta pelo bairro. Fotos foram espalhadas. Se alguém o visse, deveria ligar imediatamente para o sítio. Também foi feita uma cerca de arame farpado e, por onde olhasse dentro de casa, havia spray de pimenta.

Hanna estava entrando no sexto mês de gestação e o médico conseguiu ver o sexo do bebê. Uma menina! Ela ficou radiante com a notícia. A criança estava crescendo de maneira saudável, tinha cerca de 17 centímetros e seu coração batia firme e forte. Ainda não havia nome, mas ideias não faltavam.

Combinaram de fazer uma sessão de cinema na casa da árvore na sexta-feira. Era o primeiro dia de junho e feriado, perfeito para isso. Teriam o resto do fim de semana para fazerem o que quisessem.

O inverno ainda se mostrava presente, trazendo aquele frio que Melissa tanto gostava. Era ótimo para estar abraçadinha com alguém, e torcia para que tivesse algum momento desses com Érique.

Como combinado, ele foi buscar Melissa e suas irmãs. Vestia uma calça jeans e uma jaqueta clara dando destaque para sua pele morena. Ficava ainda mais atraente. Seu corpo era robusto, os cabelos curtos e levemente cacheados. Sorriu ao ver Melissa. Aproximou-se dela e deu um beijo em sua bochecha, como sempre fazia. Entretanto, ela sentia que aqueles inocentes beijos estavam se transformando em algo mais profundo. Como se, naquele segundo, trocassem um segredo, o qual ainda não havia sido revelado.

Em cima da hora, suas irmãs desistiram. Valéria disse que tinha um encontro e Fernanda não estava a fim de sair.

— Ah! Ainda tem a Hanna! — comentou enquanto entrava no fusca.

Érique a olhou sem graça.

— Ela também não vai. Está muito cansada.

— Poxa — Melissa deixou soltar. Ficaram pensando por alguns instantes.

De repente, ela fechou a porta do carro, certa do que iria fazer:

— Os filmes já foram alugados, então iremos nós dois.

Em resposta, ele acelerou, tentando disfarçar o sorriso que aquecia o seu coração. Passaram na casa dele primeiro. Sua mãe havia feito uma pizza para eles e ficou surpresa em ver apenas Melissa. Eles explicaram a situação, ela compreendeu, mas, ainda assim, levantou o dedo e falou seriamente:

— Juízo, vocês dois!

Os dois riram sem graça, pois nem eram namorados, então silenciosamente pegaram a pizza e foram à casa da árvore.

De dia, aquele lugar era maravilhoso. Pequeno, porém muito convidativo em sua própria simplicidade. Mas era noite, tudo muito escuro, parecia outro lugar. Tiveram que caminhar um pouco em uma trilha no meio do mato até chegarem lá. Ficaram lado a lado enquanto andavam, até que suas mãos se encontraram. Quer dizer, a dele procurou a dela como uma forma de protegê-la naquela escuridão.

Melissa sorriu ao sentir o toque quente de sua mão. Como isso era bom! Olhou para o lado e pela luz da lua pôde ver que ele também estava feliz. Voltou a olhar para frente antes que ele a pegasse o admirando.

Logo chegaram na árvore. Ela ficou em pé na entrada, apenas observando, havia colchões e muitos travesseiros. A ideia era de dormirem, no entanto, os planos mudaram. Sabia que sua mãe não a deixaria ficar ali, se soubesse que eram apenas os dois. Não mentiu, apenas as circunstâncias mudaram. E seria apenas para assistir uns filmes inocentes. A tia Suelen iria preparar uma cama para ela no quarto de Hanna. Estava tudo resolvido.

Érique colocou o DVD, enquanto Melissa cortava a pizza e enchia os copos com refrigerantes. Colocou tudo em cima de uma pequena mesa e levou até onde ficariam. Deixou a luz acesa, por precaução. Mas... O que estou pensando? Nunca nos beijamos...

— Me diz, você acha que elas armaram pra gente? — Érique perguntou, a encarando de longe.

Melissa sorriu sem graça, não esperava aquela pergunta. Ela ponderou por um momento. Não havia pensado nisso. Mas lembrando do sorriso das irmãs quando ela saiu de casa... Como não tinha pensado nisso antes?!

— Talvez — ela sussurrou dando de ombros, virando o rosto em seguida. Sabia que devia estar vermelha.

— Bom saber! — Érique respondeu, sentindo-se seguro.

Melissa não disse mais nada, apenas sentou, esperando-o colocar o DVD. Ele pareceu compreender o seu estado e sentou-se ao seu lado, servindo-se, enquanto assistiam aquela comédia. Não conversaram mais sobre aquilo. De alguma maneira, conseguiram deixar aquele clima de lado, e deram risada quase sem parar ao assistir o filme. Volta e meia comentavam alguma coisa. Estava sendo divertido terem a companhia um do outro.

O segundo filme era mais romântico. O que dizer? Melissa amava filmes assim. E qual mulher não gostava?!

Pensou que ele pegaria em sua mão durante o filme, mas não aconteceu nada. Seus olhos estavam fixos na TV como os dela. Mas seus pensamentos estavam agitados com aquilo tudo. Aquele poderia ser o momento perfeito para uma declaração e até um beijo, porém, nada aconteceu. Melissa frustrou-se, assim que acabou o filme, ele levantou-se e começou a arrumar as coisas. Ela fez o mesmo, suspirando. Nem beijo, nem declaração, nem abraço, nada... Uia.

Desceram da casa da árvore comentando algo ainda sobre o filme. Ele ficou parado e a olhou por um momento. Ela sentiu as mãos suarem. Será que seria agora o momento? Mas... Érique parecia um pouco estranho, quieto e sem graça. Não conseguia discernir.

Ele olhou para o chão por um momento e disse:

— Vamos voltar por outro caminho.

Ele estava nervoso. Por mais que quisesse fitar Melissa, seus olhos não conseguiam fazer isso por muito tempo. Não entendia o que estava acontecendo.

Ela ficou confusa com o jeito dele, mas não disse nada, apenas contemplou aquele silêncio na madrugada e o céu estrelado. O caminho parecia ser mais longo, mas não se importou. Ainda estava na companhia de Érique.

Subiram uma colina e Melissa ouviu um barulho que há muito tempo não escutava. Conforme iam andando o barulho aumentava. Sorriu quando seus olhos avistaram aquela linda cachoeira. A lua cheia iluminava aquele lugar de um jeito muito especial. As árvores, as flores, a água resplandecia com o toque daquela lua. Melissa não cansava de sorrir com a cena que via diante de seus olhos. Amava estar em lugares assim, sentir o vento suave tocar em seu rosto enquanto pequenos pingos da cachoeira se desmanchavam sobre sua face. Não se importava com o frio, era bom demais estar ali.

Érique reuniu coragem, apesar de ainda tímido e pegou na mão dela, surpreendendo-a. Ambos se olharam por alguns segundos, estavam tensos, embora o brilho no olhar fosse nítido. Deram um passo em direção a uma pequena ponte e naquele silêncio contemplaram a cachoeira abaixo deles. Era uma das três que havia naquele lugar.

Melissa não sabia o que fazer. Há tempos queria estar desse jeito com ele. Mas, agora, quando tudo estava acontecendo, ela simplesmente travou. Tudo bem que nunca fora de tomar atitudes em relação aos garotos, no entanto aquele silêncio a estava torturando. O que ele vai fazer? Vai me beijar ou vamos ficar só assim?

Érique suspirava enquanto sentia o suor das suas mãos. De repente soltou as mãos e as colocou no bolso, sem saber o que fazer. Agora ele havia conseguido deixá-la ainda mais confusa.

— Melissa... — ele começou a falar, sem saber ao certo o que dizer.

Ela o encarou seriamente.

— Estou nervoso — confessou sem graça.

— Por quê? — perguntou, percebendo o clima ficando mais intenso naquele momento.

Ele a fitou e pegou novamente em sua mão, beijando-a.

— Acho que você sabe. — Sorriu, recuperando a coragem.

Melissa também sorriu e se fez de difícil.

— Eu sei o quê? — Não aguentou e começou a rir da cara de Érique.

— Sua boba! — Aproximou-se do rosto dela, acariciando-o, e sussurrou perto de seu ouvido: — Não preciso falar, né?

Ela sentiu um arrepio que a fez fechar os olhos e, naquele mesmo instante, sentiu os lábios sendo tocados pelos de Érique. Não sabia descrever a sensação, era algo maravilhoso, envolvente. Foi um beijo doce e terno. Palavras não foram necessárias quando, naquele beijo, trocaram segredos que nem imaginavam.

Érique beijou carinhosamente suas bochechas. Entrelaçaram as mãos e continuaram a caminhar em silêncio, mas, agora, era outro tipo de silêncio, o da cumplicidade, da paixão, dos sonhos sendo realizados.

— E agora? — ele perguntou antes de entrar em casa.

— Tem que falar com os meus pais — Melissa concluiu, sabendo que era a coisa certa a fazer.

Alguns talvez achassem precipitado tomar essa atitude. Mas, naquele momento, ambos sabiam do que falavam, assim como o que queriam.

Nem todos os homenssão machistas ou mulherengos. Ainda existem os que querem compromisso deverdade. E, graças a Deus, Melissa achou o seu tesouro.

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