Impossível Resistir - Serie P...

Af ValKaline

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Muito jovem, Julianne Saunders, sofreu uma perda inesperada e aprendeu do jeito mais difícil que a vida pode... Mere

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
AVISO
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo

Capítulo 20

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Af ValKaline

Julia

Eu abri meus olhos quando o calor dos raios da manhã preencheu o quarto. As cortinas entreabertas permitiam apenas uma leve luz. Minúsculas partículas brilhantes de poeira dançavam em frente à janela, tornando o ambiente agradável e calmo.

Este era um bom jeito de acordar.

Pensei comigo mesma, sentindo-me feliz e relaxada envolvida pelo corpo do homem da minha vida. Devagar os eventos da noite anterior adentraram meus pensamentos, trazendo um sorriso preguiçoso aos meus lábios sonolentos.

A grande mão pousada em minha cintura roçou minha pele de leve, fazendo meu estômago formigar. Envolvi sua mão com a minha, traçando os relevos e depressões sobre ela. O desejo se acendeu em meu corpo apenas com esse toque. Eu queria me virar e beijar Jude até nós dois perdermos os sentidos.

Entretanto, outras necessidades vieram a tona, e meu estômago grunhiu concordando.

- Estou com fome. - sussurrei.

Ele inalou profundamente o meu cabelo. Eu quase podia vê-lo sorrindo enquanto fazia isso.

- Fome, é? - perguntou.

- Sim. Morrendo.

- Então precisamos resolver isso já.

-Uhum... - eu sorri.

- Volto já. - O colchão se mexeu quando ele levantou.

Enquanto Jude ia até a cozinha, decidi me levantar e ir ao banheiro. Era melhor estar com um hálito mais adequado caso ele desejasse me beijar. Espero que ele faça.

Parei no meio quarto, levando um minuto para olhar à minha volta. Era a minha primeira vez na casa de Jude. Ontem não pude prestar atenção em muita coisa, mas hoje percebo que a decoração é de muito bom gosto. Dá para ver claramente um toque feminino em cada canto.

Enquanto eu olhava em volta, ficou impossível me livrar da sensação desconfortável na boca do estômago. Algo sussurrava em meu ouvido que Jude não era o autor.

Tudo era claro. Das paredes ao teto. Era aconchegante o modo como as cortinas brancas estavam em sintonia com as roupas de cama, como se fosse uma extensão de ambas. O abajur sobre a mesa antiga no canto do quarto dava um toque exuberante e elegante, e a brisa fresca fazia a cortina fina dançar sobre ela. O banheiro era igualmente ornamentado. Cheio de toques femininos.

Toques de Laura.

Mordi o lábio inferior, e fechei os olhos. Mentalmente ordenando que esses pensamentos fossem embora. Era óbvio que em algum momento o fantasma da ex-namorada de Jude pairaria sobre nós. Eles estiveram juntos por tanto tempo, que seria impossível que ela simplesmente sumisse de sua vida sem deixar rastro. Eu teria que aprender a lidar com isso. Jude era meu agora.

Lavei o rosto, e procurei pela escova de dente de Jude. Ao abrir o armário, eu encontrei. Duas. Voltei a fechar a porta sem pegar nenhuma delas. As leves inclinações nas cerdas me disseram que ambas já haviam sido usadas. Improvisei uma escova de dente com o dedo, e enxaguei minha boca. A todo tempo me questionando porque raios, Jude ainda mantinha as coisas de Laura em seu armário do banheiro. Será que também haveria roupas dela na cômoda ou no guarda-roupa?

Um leve mau humor começou a me dominar. Eu queria não ligar para essas coisas. Provavelmente Jude se esqueceu de devolvê-las ou simplesmente jogá-las fora.

Caminhei até sua cômoda, com o objetivo de encontrar alguma coisa que pudesse cobrir meu corpo ainda nu. Meu inconsciente me lembrou que essa era apenas uma desculpa para meu propósito real. Correndo o dedo pelo móvel frio e liso, eu pedia silenciosamente que não houvesse nada exceto as coisas de Jude ali. Sinceramente, não consigo imaginar minha reação se houver calcinhas vermelhas de renda dobradas entre camisolas pretas sexys.

Respirei fundo, e puxei a primeira gaveta. Minhas mãos estavam tremendo, como se dali de dentro pudesse pular uma cascavel pronta para me dar o bote. Graças a Deus, apenas camisas ordenadamente dobradas e separadas por cores enchiam-na. Soltei o ar que, sem perceber, estava segurando. Eu estava sendo ridícula. Na segunda gaveta havia cuecas boxers. Pretas em sua maioria. Sorrindo, peguei uma e vesti. Em seguida, abri novamente a primeira gaveta e puxei uma camisa verde escura.

Antes de fechá-la, notei pelo canto do olho um objeto azul claro que se sobressaía entre as cores escuras das outras camisetas. Pegando a pequena caixinha em minhas mãos, meu coração parou uma batida. O nome Tiffany&Co. inscrito em letras prateadas brilhantes no alto fez com fosse difícil respirar. Não precisava abrir para saber o que encontraria ali dentro, mas fiz mesmo assim. Um fino e delicado círculo de ouro branco era a única coisa que segurava um lindo diamante solitário. A pedra tinha formato de floco de neve e ostentava brilho em todas as direções. Absolutamente lindo.

Eu estava estagnada encarando aquela obra de arte. Ironia em sua pior forma. Eu sabia exatamente para quem era aquele anel. Encontrá-lo aqui, guardado, fez meu coração se partir. Quase posso ouvir os pedaços se quebrando. De repente tudo ficou claro.

As duas gavetas restantes eram dela. Só dela. Roupas, perfumes, produtos de higiene. Tudo especificamente arrumado e organizado. Tornei a fechá-las sentindo o peso da realidade cair sobre meus ombros.

Ouvi passos atrás de mim, e me virei.

Jude entrou no quarto sorrindo e segurando uma bandeja cheia de comida. Eu não fazia ideia do que tinha ali. E agora isso não importava. A fome já estava esquecida. O sorriso lentamente deixou seus lábios quando ele percebeu o que eu tinha nas mãos.

- Julia... - ele começou, mas parou em seguida. Tornou a abrir a boca, masa fechou novamente. Parecia não saber o que falar primeiro.

- Estava planejando me perguntar alguma coisa? - o sarcasmo era evidente na minha voz.

Ele deixou a bandeja sobre a cama, e deu dois passos em minha direção. - Julia, eu posso explicar.

- Eu espero que sim. - minha voz soou surpreendentemente calma. -Aproveita e explica também por que tem coisas da sua ex, espalhadas em todo canto. Por acaso não passou pela sua cabeça devolvê-las ou queimá-las quando terminou com ela meses atrás?

Seu rosto assumiu uma feição confusa. - Eu... eu poderia fazer uma dessas coisas.

- Por que não fez? - exigi.

- Bem, por que eu não... - disse ele devagar. Sua cabeça caiu, e ele a balançava de um lado para o outro num gesto frustrado. - Você achou que eu estava... Que eu tinha... Ah, meu Deus.

Eu o encarei em alerta.

-Jude, o que você está tentando dizer?- parei e respirei - Ah, meu Deus! Eu não... Vocês ainda estão... juntos?

Minha boca se encheu de um gosto amargo. Eu fiquei lá olhando em estado de choque. Meu coração idiota ainda esperava que, nos segundos que se seguiram, Jude se levantaria com um imponente "Não. É claro que não. Está louca?". Só que não houve nada. Apenas silêncio.

O bolo na minha garganta era doloroso. Forcei-o para baixo. Eu precisava de uma resposta.

- Jude?

- Teoricamente.- disse ele, ainda olhando para baixo.

Eu estava enjoada.

- Teoricamente? Que merda isso quer dizer? - retruquei.

Jude respirou fundo e passou as duas mãos pelo cabelo. Isso queria dizer frustração dupla.

- Quer dizer exatamente isso. Julia, - ele levantou a cabeça. Seus olhos castanhos queimavam. - eu preciso que acredite que você é tudo que eu penso. E isso vem acontecendo há algum tempo. Não vou me desculpar por isso. Eu quero você. E apenas você. Mas...

Aí está, o grande e temeroso "mas".

- Mas?

- Mas, eu ainda não tornei oficial com... com Laura.

E, boom!

Uma bomba silenciosa explodiu entre nós. Apesar do impacto, tudo parecia estar em câmera lenta. E eu estava assistindo de camarote. Embora meus ossos e membros tenham estilhaçado, eu não sentia nada.

Jude sentou-se na extremidade inferior da cama, e segurou a cabeça entre as mãos. Meus olhos olhavam para ele, mas não o viam. Tudo era uma névoa embaçada.

- Diz alguma coisa. - pediu.

Vendo que minha reação deveria ter sido grande, não foi. Fez-me pequena e me calou por dentro.

-Você me disse que tinha terminado com ela. Você mentiu?

Jude ergueu a cabeça, encarando-me. - Eu nunca disse isso.

- Você disse sim. Você... - foi quando percebi meu erro - não disse.

Ele me olhou sem entender. Mike havia me dito que Laura se mudara para Itália. Então, Dave e eu concluímos que ela e Jude não estavam mais juntos. Jude tinha razão. Ele nunca chegou a me dizer.

- Por que não me contou, então?- perguntei.

- Assumi que você já sabia.

- Que eu já sabia? - disse eu, friamente - Você deve pensar o melhor de mim se achou que ficaríamos juntos nessas condições.

Jude ergueu as sobrancelhas. - Isso não pareceu grande coisa na primeira noite que dormimos juntos. Achei que estivesse bem com isso.

Meu queixo caiu e eu cambaleei para trás como se eu tivesse levado um tapa. Eu não podia acreditar nos meus ouvidos. Isso foi realmente, incrivelmente, estúpido.

- Merda. - ele fez uma careta - Isso foi a coisa errada a se dizer.

- Ah, jura?

- Julia, olha - ele se levantou, e deu um passo em minha direção. Instintivamente recuei, colidindo com a cômoda. Percebi que ela era única coisa que me mantinha de pé. Seu olhar caiu triste, porém ele não insistiu. - Eu ia terminar com ela. Eu vou.

- Por que não fez?

- Eu não queria fazer isso por telefone. Por favor, se coloque no lugar-

- Não! - eu o interrompi com raiva - Não me diga para me colocar no lugar dela. Não seja tão cretino a esse ponto.

Jude correu uma mão pelo cabelo e fechou os olhos. Em seguida, os esfregou com os dedos. Quanto a mim, me preparei para o que viria a seguir.

- Julia, eu conheço Laura há anos. - seu rosto endureceu - Ela estava lá quando perdi meu avô. Apoiando-me. Eu não podia acabar com tudo assim. Seria muito baixo. Até mesmo para mim.

Eu não sabia o que dizer. Não podia dizer que ele estava errado nisso. De maneira nenhuma. Entretanto, ele errou comigo. Isso não dava para contestar.

Jude olhou para trás, como se procurasse alguma coisa. Então, caminhou rapidamente até o criado mudo e retirou um papel de dentro da única gaveta. Olhou para ele por alguns segundos, e o estendeu para mim, em seguida - Aqui.

Forcei meu braço a levantar, e meus dedos seguraram o que ele oferecia. Austin-Bergstrom International Airport escrito em negrito no alto da página chamou minha atenção.

- Você está indo para a Itália? - perguntei, quando o nome do país pulou na frente dos meus olhos.

- Sim.

Desviei os olhos do papel. - Mas agora? E a banda? O festival?

- Foda-se o festival. Julia, quando você vai entender que isso aqui - ele fez um gesto com o dedo entre nós - é o que mais importa. Você vem primeiro.

O ar deixou meu corpo em um suspiro alto. Eu me sentia cansada e frustrada.

- Não. Isso não funciona assim. Você deveria... deveria ter ficado longe de mim.

- Acredite em mim, eu tentei. - ele suspirou - Tentei resistir a isso. A nós. Eu quis ficar longe de você. Mas, no final, foi impossível.

Eu o encarei.

- Mas, ela foi embora. Como vocês podem ainda estar namorando? - olhei para cima, buscando alguma coisa. Intervenção divina, talvez.

- Ela não foi embora. Está apenas concluindo um curso. Isso é tudo.

- Ela vai voltar então?

- Sim.

Apesar de ardência em meus olhos, eles estavam surpreendentemente secos. Não havia uma lágrima sequer. Para falar a verdade, acho que eu tinha chorado tanto nos últimos meses, que elas finalmente cessaram. A raiva aos poucos ia sendo substituída por uma dor fria. Que me entorpeceu por dentro.

- Você me fez acreditar que o que tínhamos era especial. - falei - Mas, agora só parece que fui um estepe. Alguém para você passar o tempo, enquanto esperava sua noiva.

Jude cambaleou para trás como se eu tivesse acertado seu peito com alguma coisa. Ele fez uma pausa, e então olhou fundo nos meus olhos.

- Julia, como pode dizer uma coisa dessas? Eu te fiz promessas. Será que não se lembra?

- E quanto a esse anel? - agitei a caixa na sua frente - Isso também soa como uma promessa para mim.

- Eu pretendia pedi-la em casamento. Você sabe disso. - eu não sabia. Mas, não valia a pena discutir isso agora. - Meu pai queria-

- Seu pai? E quanto a você, o que você quer, Jude?

A pergunta pairou no ar. Densa. Como uma presença física entre nós.

Toda essa situação parecia curiosamente inevitável. As peças estavam todas lá. Eu tinha sido tão estúpida tentando não vê-las. Imaginando que tudo estava certo dessa vez. Que as coisas estavam onde deveriam estar. Não para Julia. Nunca para Julia. Meu inconsciente reprimia.

Comecei a andar pelo quarto, recolhendo e vestindo minhas roupas. Encontrei minha blusa caída e ensopada no chão do banheiro. Decidi continuar com a de Jude.

- O que está fazendo?- Perguntou, seus olhos me acompanhando em cada movimento.

- O que você acha? Dando um fora daqui. Eu não consigo nem olhar para você agora. Será que percebe a situação de merda que criou? A posição que você me deixou? Eu me tornei tudo que eu mais odeio.

- Julia, não diz isso. Eu me sinto um idiota. Absolutamente impotente e esmagado por uma montanha de culpa. Embora culpa do que, eu nem sequer consigo determinar.O que nós fizemos foi errado em tantos níveis. E ao mesmo tempo foi tão certo em muitos outros.

Suas palavras me esmagavam.

- Nós não. Você. Você errou. Você sozinho conseguiu transformar algo belo na coisa mais horripilante.

Eu falei sem pensar. Isso não era inteligente. Me arrependi daquelas palavras no exato momento que elas saíram da minha boca. Mas, naquele momento o orgulho não me deixaria voltar atrás. Então, eu as mantive. Entretanto, o peso delas foi suficiente para derrubar o homem a minha frente.

Eu passei por Jude, atravessando a porta do quarto, em direção a saída.

- Julia, espera. Não vá. - ele suplicou - Eu... Eu... Eu te amo.

Ao som daquelas palavras, eu parei. Meu coração deve ter desistido. O sangue não fluía. Minhas mãos e meus pés estavam dormentes e gelados. Eu balancei minha cabeça. Não me virei quando proferi a próximas palavras.

- Você não tem ideia de como esperei ouvir essas palavras. - direcionei um olhar cansado sobre o ombro - E você escolheu o pior momento possível para dizê-las.

Jude começou a dizer mais alguma coisa enquanto eu girava a maçaneta. Contudo, as palavras se perderam no ar, assim que a porta se abriu. Eu parei, petrificada, olhando para a garota parada do outro lado. Laura.

Meses se passaram desde a última vez que eu a vi. Mas, eu a reconheceria em qualquer lugar e a quilômetros de distancia. Seu cabelo loiro morango estava preso, deixando os traços finos do seu rosto mais visíveis. O que não ajudou. Laura era alta, de modo que eu precisava olhar para cima para encontrar seus olhos. Temerosa, eu assim fiz. Eles estavam impassíveis e frios. Ela me olhou de cima a baixo. As pupilas verdes se tornaram chama viva quando ela se deu conta do que eu estava vestindo. De repente, eu não sabia o que fazer. Me preparei para sua reação. Laura apenas continuou me olhando do alto, com ar superior.

Desviando o olhar para Jude, percebi que ele também não a esperava. Seus olhos estavam arregalados e o rosto estava branco. Parte de mim queria correr em sua direção, e protege-lo. Entretanto, o outro lado, que eu só conhecera a pouco, encontrou algum prazer naquela cena. Jude precisava lutar suas próprias batalhas.

- Espero que a companhia aérea faça reembolso. - disse eu, pouco antes de sair. Deixando-os sozinhos.

Passei por Laura sem olhá-la. Só quando as portas do elevador se fecharam, me permiti respirar novamente. Não sei dizer há quanto tempo ela estava parada ali. Ou pior, o quanto ela havia escutado. Pelo olhar em seu rosto, eu diria que ela ouvira o suficiente.

Quando meus pés chegaram a calçada, fechei os olhos e puxei uma respiração longa e profunda. Satisfeita quando o ar primaveril expandiu os meus pulmões, eu abri os olhos. Os carros continuavam passando na rua, as pessoas continuavam a se mover. Algumas delas quase esbarravam na garota patética e mal vestida parada no meio da calçada, sem notá-la. O sol ainda estava alto no céu. Não havia nuvens escuras de chuva. Tudo seguia seu ritmo normal. O mundo só tinha parado de girar para mim.

Meu celular começou a vibrar insistentemente no bolso da minha calça. Me senti tentada a lançá-lo a uma distancia que me garantiria o ouro nas próximas olimpíadas. Entretanto, quem bem isso faria?

- O que? - atendi, incapaz de demonstrar um resquício de empatia sequer.

- Seja lá quem foi o culpado por atropelar o seu gatinho, juro que não tive nada a ver com isso. - uma voz feminina saudou do outro lado.

- Monica?

- Claro que sim.

Eu não queria falar com ninguém agora. Na verdade, eu só precisava de um tempo para mim. Ficar comigo mesma.

- Julia? Ainda está aí?

- Sim. Me desculpe - respirei fundo - Dia péssimo.

- E olha só estamos no meio. Quer falar sobre isso?

- Não mesmo.

- Tudo bem. Você e eu somos muito parecidas. Mas, acho que eu tenho uma coisa que pode te animar.

- Eu duvido.

- Sou portadora de boas notícias. - disse ela, ignorando meu mau humor - Confie em mim.

O que eu tinha a perder? Eu já estava ferrada mesmo.

- Tudo bem, Mon. O que é?

- Abra seu email.


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