Letters To Camila - Segunda T...

By switch5hearts

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[FINALIZADA] Muitas pessoas sonham em serem grandes e terem seus sonhos realizados, porém fortuna e sucesso n... More

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Old Lauren
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Talk, Game and Letter
Another One
A Rude Reply
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Here We Go Again
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The Truth
Brave, Honest, Beautiful
Goodnight
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Dinner For Two
Be Honest
Sorry, Sweetie
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Show Time
See You Soon
Jaureguers and Camila
The New Old House
I'm Gonna Kill You, Dinah
Like a Sledgehammer
The Losers
Personal
Good For You
Jaureguers
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Keep Calm
You're Not Alone
Better Together
Take Care
Music, Pijamas and Kisses
We Have a Problem
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Short Hair
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Bad News?
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Pictures
I Do
Love You Goodbye
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Dear Grace
The Cameras
Our Family
Big Sister
Matching Tattoos
Letters
LETTERS TO CAMILA VAI VIRAR LIVRO!!!!

Welcome Back, Tori

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By switch5hearts

N.A: Para esse capítulo fique legal é essencial que vocês escutem as músicas que eu indicar hoje: Already Gone da Kelly Clarkson, Yesterday da Leona Lewis, Like a Star e depois This is Love da Corinne Bailey Rae, Love Me Like I Do da Ellie Goulding, Lovesong da Adele, Earned It do The Weeknd, Body Party da Ciara e Dance For You da Beyoncé. Nessa ordem, vai valer a pena, sério!

Não esqueçam de comentar e votar, isso só me instiga a escrever (e me faz rir, amo os comentários).


Eu havia ficado ocupada o dia todo, das nove da manhã até as onze o ensaio para a apresentação que iria acontecer no dia seguinte e o resto do dia havia ficado presa no estúdio por conta da gravação das últimas músicas do álbum, minha garganta estava extremamente dolorida e minha voz mais rouca do que o normal já que eu havia passado mais de cinco horas repetindo notas altas e outras que mesmo não exigindo muito por serem repetidas várias vezes acabaram deixando minhas cordas vocais exaustas.

Cheguei em casa um pouco mais tarde do que previsto, porém tinha tempo suficiente para me arrumar e busca-las para o jantar.

Tori e Hannah haviam chegado na tarde de hoje em New York, Dinah e Camila foram busca-las no aeroporto, o casal ficaria hospedado em um hotel perto da casa de Camz, já que o quarto de hospedes da casa de Camila ainda não tinha uma cama.

Confesso que havia ficado impaciente o dia todo, estava ansiosa para rever Tori e finalmente ter a oportunidade de conhecer sua esposa, saber sobre as novas coisas sobre a sua vida e principalmente ter mais uma amiga por perto novamente, ainda mais uma amiga como ela, que sempre trazia alegria a todos ao seu redor.

Abri a porta do apartamento e subi as escadas, diminuindo meus passos ao escutar a risada de Ally, ergui a cabeça e pude vê-la deitada no sofá da sala, suas pernas estavam para cima e ela tinha o telefone no ouvido. Não demorei nada para notar o sorriso sincero e bobo que brincava em seus lábios. Fiquei ali parada, esperando que ela notasse a minha presença em algum momento, mas eu só escutava suas respostas e suspiros apaixonados, Allyson estava caidinha pelo cara que havia conhecido na festa de Dinah. Quando minha melhor amiga finalmente notou a minha presença suas bochechas começaram a ficar vermelhas e ela não demorou nada para sentar direito no sofá, soltei minha bolsa no chão e comecei a fazer barulhos de beijos e olhares sugestivos, recebendo uma almofada em troca.

- Eu tenho que desligar, a gente se fala mais tarde. – Desliga o telefone rapidamente – LAUREN VOCÊ É RIDÍCULA! – Se levanta semicerrando os olhos.

- O AMOR ESTÁ NO AR! – Grito enquanto ria.

- DEFINITIVAMENTE, AS FOTOS DO JOGO PROVAM ISSO! – Solta uma gargalhada e eu lanço a almofada que ela havia jogado em mim de volta.

- TOUCHÉ. – Faço uma careta, prendendo outra risada.

As fotos do jogo saíram na mesma noite que haviam sido tiradas, entretanto elas continuavam tendo uma enorme repercussão, parecia que as pessoas só sabiam falar sobre aquilo em todos os lugares, os sites publicavam reportagens sobre a nossa noite e um pouco sobre o que eles achavam que sabiam sobre o nosso relacionamento. Além das mais variadas fotos de nós de todos os jeitos no jogo haviam saído fotos de nós rindo e conversando no restaurante e até mesmo um vídeo de Camila dando os lanches para um dos paparazzis, o que a fez ficar com uma excelente imagem diante do público e das pessoas por de trás da mídia.

Claro que nem tudo é um mar de rosas, mesmo ficando com uma boa fama na mídia, alguns dos meus fãs continuavam com seu amor encubado por Camila, comentavam coisas realmente maldosas sobre ela –algumas em suas fotos no Instagram-. Os comentários no Twitter variavam de dizer que nós só estávamos juntas por conta de agora eu ser rica e ela querer tirar proveito disso, assim como diziam que a imagem de boa moça era tudo uma excelente atuação para conseguir me ter de volta. Me magoava muito o fato de meus próprios fãs não aceitarem a minha felicidade e muito menos dizer palavras maldosas sobre uma pessoa que eu gosto tanto.

Percebi que havia enrolado muito já, baguncei os cabelos de Ally e me despedi da mesma, correndo pelo corredor para entrar no meu quarto, somente para separar minha roupa antes de tomar meu banho. Já havia pensado na roupa na parte da tarde, havia visto minha estilista pessoal e ela havia me instruído qual roupa usar. Dinah tinha feito uma saia longa branca que tinha aberturas nas laterais possibilitando que minhas pernas ficassem livres e dando um ar sensual, junto dessa saia optei por vestir um top cropped preto rendado e todo detalhado que iria não iria cobrir muita coisa, o que me faria vestir uma jaqueta de couro preta por cima.

Terminei de separar a roupa e corri para o banheiro, estava doida para tomar um banho quente que iria me relaxar, estava um pouco cansada por conta do longo dia que eu havia tido. Não demorei tanto no banho, entretanto o mesmo não aconteceu na hora de secar meu cabelo e fazer minha maquiagem. Só comecei a me apressar quando meu segurança alertou sobre a hora e em seguida questionou se deveria mandar Travor busca-las, após responder sua mensagem corri para vestir minha roupa.

Já pronta peguei minha bolsa-carteira, checando se tudo o que eu precisava estava lá dentro, quando constato a hora seguro a saia com uma das mãos e saio correndo apressada para fora do quarto, quase trombando com Ally, que também já estava de saída.

- Parece que alguém tem um encontro... – Ela estava em um lindo vestido branco justo com detalhe rendado por cima.

- Nós duas temos! – Revira os olhos.

- É o cara do aniversário de Dinah? – Questiono enquanto caminhávamos lado a lado para descer as escadas.

- Esse mesmo!

- Deveria traze-lo na nossa reunião dessa semana, todo mundo vai estar aqui.

- Para vocês assustarem ele? – Solto uma gargalhada, já no final da escada.

- Nós não iriamos assusta-lo, apenas iriamos ameaça-lo caso ele te machuque. Talvez David conte de alguns podres seus, mas só se ele for um cara legal! – Ally ri, escondendo seu sorriso com as mãos.

- Aí Deus, vou apresentar Troy depois de ter certeza que ele gosta mesmo de mim, caso eu apresente antes existe uma grande chance dele se assustar! – Mostro a língua e nós rimos – Bom encontro.

- Você também, se cuide!

Enquanto estava no elevador aproveitei para mandar uma mensagem para Travor, que iria busca-las, eu já estava atrasada. Assim que as portas se abriram dei de cara com Big Rob, que sorriu e levou sua mão enorme para as minhas costas, elogiando minha roupa e conseguindo tirar um sorriso da minha pessoa. Antes de sairmos pela porta da frente meu segurança me alertou sobre como estava a situação do lado de fora, apenas acenei para o porteiro e caminhei em direção a saída, abaixando minha cabeça para que os flashes não machucassem tanto meus olhos.

Desde quinta de manhã eles estavam loucos, apenas esperando eu me encontrar com Camila de novo ou sair sozinha, na esperança que eu fizesse qualquer besteira e consequentemente conseguissem uma foto boa para fazer uma nova reportagem com uma manchete absurda, eles queriam qualquer furo de reportagem para vender muitas revistas e conseguir muitos acessos em seus sites.

Big Rob teve uma enorme dificuldade para mantê-los afastados de mim, entretanto pelo carro estar bem na frente do prédio não demorei quase nada para estar dentro. Assim que a porta se fechou eles cercaram o carro e colaram as câmeras nos vidros tentando tirar fotos minhas enquanto Big Rob dava a volta para entrar no banco do motorista. Extremamente irritada com o barulho das câmeras para todos os lados espalmei uma das minhas mãos no vidro e abaixei ainda mais minha cabeça. Odiava quando eles cercavam o carro desse jeito, me sentia extremamente sufocada e como se eu fosse uma atração bizarra exposta para ser fotografada por desconhecidos.

Entrar no restaurante foi bem fácil, afinal não havia ninguém para atrapalhar meu caminho, entretanto eu sabia que seria terrível sair do restaurante, até a hora de sair eles já teriam descoberto que Camila estava comigo e iriam fazer de tudo para tirar uma foto de nós. Já na entrada a gerente me aguardava com um largo sorriso, com toda a gentileza do mundo a mulher me guiou até a mesa, quando me aproximei da mesa já havia um garçom para puxar a cadeira, sentei e cruzei as pernas, ficando à espera delas.

Instrui o garçom quais vinhos deveriam ser servidos com o decorrer da noite, o homem prontamente concordou com a cabeça e se afastou, bem a tempo das lindas mulheres que eu esperava se aproximarem.

- Ah, hey vocês! – Me levanto animada, dando um largo sorriso enquanto abraçava Tori, que parecia um pouco sem graça.

- Hey, Laur... – Devolve o abraço apertado e eu sorrio de olhos fechados – Nossa, fazia tanto tempo que eu não te via... – Se afasta delicadamente.

Seus cabelos loiros pareciam um pouco mais compridos, porém continuavam enrolados e naquele volume que agora dava um ar de juvenil e até mesmo sexy para ela. Tori estava um pouco mais branca do que eu me recordava, sua maquiagem destacava seus olhos castanhos claros e brilhantes, assim como as suas maçãs do rosto que demonstravam o quanto ela havia emagrecido. Vestia um vestido preto tubinho, que cobria o seu busto e dava um ar de pessoa refinada, a jaqueta de couro preta dava o ar estiloso de sempre, calçava com saltos altos pretos e estava simplesmente deslumbrante.

Nós vivíamos grudadas antes de todos os acontecimentos com Alejandro ocorrerem. Vero, ela e eu erámos inseparáveis e sempre aprontávamos todas juntas. Tori teve muita dificuldade de assimilar tudo o que aconteceu com sua família naquela época e acho que a raiva que sentia do pai foi distribuída um pouco para Camila, e me ver significava ver Camila, o que Tori optou por evitar.

- Isso é verdade, nós não nos víamos desde que sai de Miami! – Me recordo e ela sorri assentindo – Ah e você deve ser Hannah?!

- Eu mesma, é um prazer te conhecer, Tori falou muito de você... – Sorrio gentil, a abraçando brevemente.

A mulher ao seu lado fazia jus a ser esposa de minha amiga. Tinha cabelos castanhos um pouco arruivados bem lisos e não tão compridos quanto os meus, um pouco mais curtos, suas sobrancelhas finas davam destaques aos seus olhos castanhos intensos e ela tinha um sorriso charmoso nos lábios, mostrando suas covinhas. Hannah também vestia um vestido colado em seu corpo, porém era na cor azul, vestindo um casaco preto –que não demorou a ser retirado pelo garçom- e saltos altos pretos.

- Hey, Camz... – Sussurro com um pequeno sorriso quando vejo que elas estavam indo se sentar.

Aproximo nossos rostos e Camila cola nossos lábios, em um selinho longo, assim que nossos lábios se separam dois sorrisos aparecem, sua mão procura a minha e nós entrelaçamos as mesmas, caminhamos em direção a mesa e os garçons ficaram responsáveis de nos ajudar a sentar. Antes de se afastarem as taças foram preenchidas com o vinho e um deles perguntou se mais alguém gostaria de dar a jaqueta, indo embora quando Tori e eu negamos com a cabeça.

Sem me conter analiso a roupa de Camila. Ela estava chique, simples e maravilhosa. Vestia uma saia branca justa, seu top cropped preto era mais comprido que o meu já que deixava apenas a linha do seu umbigo aparecer, sem falar que era de mangas compridas e de um tecido diferente. Seu cabelo estava completamente liso e por conta disso parecia ainda mais cumprido. Em seu rosto uma maquiagem simples e que destacava seus olhos, sem parecer exagerado, estava presente.

- Então, como foi a viagem? – Questiono colocando o guardanapo no meu colo.

- Incrível! – Tori sorri – O céu estava tão maravilhoso.

- Assim como a baba de Tori no meu ombro após quinze minutos de voo! – Hannah brinca e ninguém consegue conter a risada – Essas pessoas que dizem que a magia acaba depois do casamento, não sabem o que estão dizendo, definitivamente! – Continuo rindo, eu já havia gostado da esposa de Tori.

- Deve ter sido uma linda cena. – Camila comenta e Tori mostra a língua para a meia-irmã.

- Eu vou me lembrar disso! – Aponta para as duas e eu rio.

- Não seja vingativa, meu amor... – Hannah segura a mão de Tori e a beija em seguida.

Com apenas aqueles poucos minutos com o casal pude perceber o quão felizes eram, podia ver a cumplicidade e o amor exalando em cada gesto, palavra e da troca de olhar do mais simples até o mais intenso. Hannah olhava para Tori com um brilho acolhedor nos olhos, já Tori não conseguia dirigir o olhar para sua esposa sem sorrir para a mesma. O amor delas era quase palpável de tão perceptível.

Percebi que eu havia me calado conforme tinha aqueles pensamentos, sorri de canto e encarei a linda mulher ao meu lado, Camila encarava o casal a minha frente do mesmo jeito que eu a pouco tempo atrás. Conforme Tori e Hannah contavam sobre como as coisas estavam no Canadá para nós, pousei minha mão no colo de Camila, tendo sua mão por cima da minha rapidamente e recebendo um carinho em seguida nas costas das mesmas.

Velhos hábitos são difíceis de largar, antes Camila e eu sempre precisávamos estar nos encostando, acariciando ou nos beijando por simplesmente sermos um casal extremamente meloso e que precisava demonstrar o amor de todas as formas possíveis. Agora Camz sempre encostava em mim ou eu encostava nela, apenas para garantir que estávamos uma ao lado da outra e que não era uma mera lembrança dos velhos tempos.

As entradas, que eram sempre padrão, foram servidas depois de alguns instantes. O garçom ofereceu mais vinho e todas nós negamos com a cabeça já que todas as taças continuavam com o líquido que ele havia colocado da primeira vez, antes de sair deixou cardápios do menu para que nós pudéssemos escolher o prato principal.

- Como andam as coisas, Lauren? – Tori questiona, levando a comida até a boca.

- Bem corridas, estou gravando um novo álbum então está tudo bem cansativo, só não vai ser mais corrido que quando o CD ser lançado. – Sorrio bebendo o vinho.

- Pretende em ir ao Canadá para divulgar o CD? – Hannah pergunta interessada.

- Eu não decido essas coisas... – Sorrio de canto – Eles escolhem os locais e eu vou, minha agenda é projetada pela minha equipe, não posso me meter nisso. Mas geralmente a divulgação ocorre pelos Estados Unidos, então passamos para o Canadá e depois começamos a viajar mais longe. – Percebo Camila desviar o olhar quando falo isso.

Mesmo não tendo se pronunciado sobre esse assunto tanto ela quanto eu sabíamos que iriamos ter que ficar separadas por um bom tempo, minha carreira profissional ocupa minha vida toda e eu tenho certeza que com muita conversa e preparação mental nós duas conseguiríamos passar um tempo afastadas para que eu fizesse a alegria dos meus fãs.

- Entendi... – Tori sorri – Sabia que eu fui em todos os seus shows em Montreal?! – Arqueio as sobrancelhas e sorrio.

- Isso aí é verdade, ela sempre me levou junto! – Hannah comenta.

- Deveria ter me procurado depois do final de algum show, ou me mandado uma mensagem, jurava que você continuava em Miami.

- Tori foi fazer faculdade no Canadá... – Camila me lembra – Deixou Miami na mesma época que você...

- Mas eu ainda sinto saudades de Miami. – Tori comenta, sorrimos – Principalmente das noites de luau e todas as festas na casa da Veronica! – Disso eu também morria de saudades - Lembra daquela vez que a Vero dormiu na beira da piscina enquanto tomava sol e nós duas a levantamos pela toalha para joga-la na piscina?! – Solto uma gargalhada concordando com a cabeça.

- A vez que vocês enterraram Ally na areia também foi legal. – Camila começa a rir baixo.

- E aquela vez que Tori dormiu em cima da mesa de bilhar e se cobriu com a boia vazia no aniversário de dezessete anos da Camila! – Me recordo e Camz ri um pouco mais alto ao meu lado.

- Hum, aquela festa foi bem divertida... – Camila sorri de canto enquanto bebia o vinho.

Camila, provavelmente, se referia ao fato de que naquela festa foi a primeira vez que as coisas realmente esquentaram entre nós, afinal passamos a noite toda nos beijando atrás da sala de jogos com direito a mãos bobas e algumas marcas no pescoço. Mas esse foi apenas um dos vários motivos que fizeram aquela festa ser uma das melhores de toda a minha adolescência.

Começamos a relembrar de várias coisas e Hannah parecia bem interessada, porque aparentemente Tori não havia mencionado as aventuras que passávamos todas juntas, Camila contou do resto dos nossos amigos e toda a turma que a gente andava juntas na época do colégio e coisas do tipo, gerando um assunto sem fim.

Quando percebi que ninguém mais queria as entradas peguei o cardápio e comecei a sugerir os melhores pratos, Camila se curvou em minha direção e encostou sua cabeça em meu ombro enquanto analisava os pratos que ela poderia escolher. Enquanto escolhíamos, ela planta um beijo no meu ombro, em um gesto carinhoso.

- Gosto desse seu novo perfume... – Sorrio – É estranho, achei que você tivesse alergia a perfume!

- Esse é especial, não dá alergia na minha pele. – Ela sorri concordando com a cabeça – Já escolheu o que vai querer? – Pouso minha mão em seu joelho e ela vira a página do cardápio.

- Você deveria escolher por mim, não sei o que pedir. – Ri sem graça.

Estava gostando muito de como as coisas estavam entre Camila e eu, nós havíamos conversado por mensagem sobre toda essa loucura de exposição e ela estava lidando muito bem, por mais que Dinah me contasse que as vezes ela surtava um pouquinho com toda a loucura, podia ver que Camz se estava dando tudo de si para que o que quer que nós fossemos ter desse certo, ao menos daquela vez. Gostava do fato das coisas estarem indo devagar, dando tempo para nós duas acostumarmos com tudo, inclusive as rotinas com horários estranhos que nós duas temos. Gostava do fato de não precisarmos rotular o que nós temos uma para a outra. Gostava dela deixar que eu decidisse o que queria para nós.

É como se nós estivéssemos nos conhecendo novamente e aguardando então os finalmente para descobrir qual vai ser o desfecho da nossa história de amor.

Não demoramos para pedir o nosso jantar, cada uma escolhendo um prato diferente, entregamos os cardápios e voltamos a conversar sobre qualquer coisa, aproveitando a música ao vivo que o restaurante proporcionava, era um homem sentado em um piano tocando uma música ambiente gostosa.

Acabei descobrindo que Hannah era Tenente da Aeronáutica, ela explicou bem resumidamente o que fazia e podia ver que ela estava muito feliz com o seu trabalho e muito realizada. Tori não poupou elogios e disse que era muito legal sempre vê-la em uniforme e ver pessoas com um certo medo de Hannah por conta da expressão séria que predomina seu rosto grande parte do tempo, entretanto, de acordo com a loira sua esposa era a pessoa menos ameaçadora dentro de casa, ainda mais quando estava cuidando dos sobrinhos.

Camila e Tori entraram em uma conversa animada sobre qualquer assunto enquanto eu conversava com Hannah sobre o que eu sabia do Canadá, a esposa de Tori era bem patriota e podia ver que ela amava muito a cidade aonde vivia, já que de tempo em tempo recomendava um novo lugar para eu visitar, fosse restaurante ou hotel para ficar.

Nosso jantar chegou e pude ver logo de cara que todas elas aprovaram o visual dos pratos, assim como o gosto logo após a primeira garfada. Expliquei como havia conhecido aquele restaurante e sobre o chef do local, um cara mais velho que acabou se tornando um grande amigo já que eu sempre fazia questão de chama-lo para agradecer pela comida.

- Você vai para o meu apartamento mais tarde? – Camila questiona enquanto o garçom retirava os pratos, e olho por um instante.

- Se você deixar... – Brinco e ela sorri, revirando os olhos.

- Por qual motivo e razão eu não deixaria? – Sorri com a ponta de língua entre os dentes.

- Gostou do jantar? – Pergunto depois de alguns instantes, acariciando sua coxa.

- Sim, estava maravilhoso! – Comenta mudando completamente a expressão.

- Eu sinceramente não sei o que estava melhor: o risoto ou acompanhamento do prato! – Tori declara e eu sorrio – Talvez a companhia... – Sorrio ainda mais largo e ela ri, animada.

Esse havia sido um dos jantares mais agradáveis que eu havia tido em muito tempo, a companhia realmente havia sido maravilhosa, a comida estava excelente e não tinha o que reclamar já que não havíamos sido incomodadas por ninguém, podendo assim aproveitar o jantar em paz.

- Nós deveríamos pedir alguma sobremesa. – Faço um sinal com a mão e um garçom não demora para se aproximar.

Após várias sugestões nós acabamos escolhendo diferentes tipos de sobremesas, eu acabei optando pela minha sobremesa favorita do restaurante, pedindo gentilmente para que o garçom informasse ao chef que eu estava no local.

Uma das minhas partes favoritas do restaurante definitivamente eram as apresentações dos pratos, as formas que eles vinham perfeitamente montados e mesmo sendo tão lindos não deixavam de ser muito gostosos, sem falar que eles realmente satisfaziam, o que geralmente não acontece muito em restaurantes chiques.

Quem havia feito questão de trazer nossas sobremesas havia sido o chef Paolo que ficou animado em conhecer minhas amigas e lisonjeado por todas elas gostarem de sua magnífica comida, por conta do local estar lotado Paolo não pode ficar muito tempo nos fazendo companhia. Pude ver Camila arregalar os olhos quando finalmente viu o tamanho de sua sobremesa, apenas ri e ela me encarou totalmente chocada e sem saber o que dizer, entretanto começou a saborear o doce que parecia estar muito bom. Tori elogiou mil vezes sua sobremesa de morango, a qual dividia com Hannah, já que sua esposa não era uma grande fã de doces e não quis pegar uma só para si.

Tori e eu começamos a falar sobre música, algo que nos aproximou desde sempre e um assunto que sempre nos prendeu por horas e mais horas, garantindo até mesmo novas músicas no passado. Rapidamente pude ver que o rosto de Tori mudar completamente, apenas em falar sobre aquele assunto, seus olhos brilhavam ainda mais e minha velha amiga comentava sobre suas antigas composições.

Me recordava de várias e várias vezes acabar ajudando Tori a compor algumas músicas e principalmente cantar com ela em várias festas que nossa turma fazia, a música sempre fez parte do meu círculo de amigos e sempre vai fazer.

Quando o assunto deu uma pausa Camila fez um sinal para Tori, elas pediram licença e se levantaram para ir até o banheiro, pude observar que o jeito que ambas andavam era bem parecido, o que me fez rir baixo por constatar que elas tinham mais em comum do que imaginavam ou percebiam.

Não tivemos tempo de ter aqueles segundos constrangedores com a esposa de minha amiga, fiz questão de elogiar Tori e principalmente relembrar do talento indescritível da mesma, quando toquei nesse assunto Hannah começou a falar sobre Tori e coisas que minha amiga não havia mencionado quando conversámos minutos atrás.

Aparentemente no primeiro um ano e meio de faculdade Tori tentou fazer coisas envolvendo música de alguma forma, tanto que ela pagava o dormitório de sua faculdade com o dinheiro que ganhava cantando em barzinhos, entretanto acabou se revoltando por não ser valorizada após não receber mais seu pagamento desses locais e acabou desistindo de tocar para o público.

- Esses tempos voltei a instiga-la a cantar novamente, mas ela não me escuta... – Suspira derrotada – Eu havia chegado em casa e sua linda voz ecoava pelos cômodos, não era uma música que se escuta na rádio ou qualquer coisa do tipo, era uma composição dela e ela cantava para quem quisesse ouvir naquele momento...

- Você acha que se oportunidades surgissem ela voltaria a tentar? – Pergunto como quem não quer nada.

- E-Eu não sei... – Hannah me encara por alguns instantes – Provavelmente, ela só precisa que alguém de fora fale algumas palavras instigantes.

- Eu posso fazer isso, não garanto nada, mas eu faço. – Sorrio de canto – Tenho certeza que antes de vocês voltarem posso fazer a cabeça dela. – Rio baixo, já tinha um plano em mente.

Hannah me contou que as vezes escutava a esposa cantando e compondo músicas de madrugada, mas não tocava nesse assuntou ou questionava se Tori iria tomar uma providência para conseguir realizar seu sonho, porque quando fazia acabavam brigando por conta de ser um assunto que ainda magoa muito Tori.

Tori Kelly havia feito o que um dia mandou eu nunca fazer: desistiu dos próprios sonhos.

Quando vimos que elas voltavam do banheiro acabamos mudando drasticamente de assunto, optando por falar de esportes, Hannah falou sobre hóquei e eu comentei que preferia basquete, Camila se meteu dizendo que amava basebol.

Percebi que todas elas já haviam acabado de comer suas sobremesas, também percebi como Tori e Hannah pareciam cansadas, eram longas horas de voo e elas não tiveram a oportunidade de descansar já que resolveram atender o pedido egoísta de uma amiga que queria matar as saudades. Chegamos à conclusão que deveríamos pedir a conta, assim fizemos, chamei o garçom e lhe entreguei o meu cartão de crédito.

- Lauren o que você está fazendo? – Hannah arqueia as sobrancelhas.

- Pagando a conta? – Rio bem-humorada.

- Ela sempre faz isso... – Camila revira os olhos – Nós sempre discutimos para ver quem vai pagar e o mínimo que ela vai deixar você fazer é dividir a conta. – Me olha feio, franzo o cenho.

- Mas é claro, o convite foi meu, eu pago. – Comento como se fosse obvio.

- Bom, se é assim, faço questão de ao menos dividir! – Hann sorri educada – Agradeço a gentileza, porém não acho justo com você. – Sem se preocupar com o preço estende o seu cartão e encara o garçom – Divida a conta.

Naquele momento singelo pude me sentir extremamente bem. A algum tempo atrás caso fossem outras pessoas, as más companhias que me cercavam, nenhuma delas fariam questão de dividir a conta, eles se aproveitavam da minha bondade para tirar proveito de tudo, eu arcava com todas as contas de todas as pessoas e fazia isso sem reclamar, apenas por querer ser aceita por eles e consequentemente os ter por perto. O fato dos meus amigos não me tratarem como uma celebridade até nisso só mostrava o quão incrível eles eram, diferente das pessoas nojentas que me rodeavam, eles não queriam meu dinheiro, apenas a minha amizade.

Nos levantamos depois que mandei uma mensagem para meus seguranças dizendo que estávamos de saída. Para poupar Tori e Hannah de um estresse e pavor desnecessário achei melhor que nós nos despedíssemos dentro do restaurante, Rick as levaria em segurança para o hotel onde estavam hospedadas.

- Eu ligo para vocês, posso levar vocês para sair quando Camila estiver trabalhando! – Sugiro animada – E não quero ouvir desculpas, vocês têm que estar na minha festa onde todo o pessoal vai estar.

- Eu não perderia por nada. – Tori ri divertida, entrelaçando sua mão com a de Hannah.

- Boa noite... – Camila beija a bochecha delas e acena, parando ao meu lado enquanto Rick as guiava para fora do restaurante.

Tivemos que dar um tempo antes de sair, enquanto esperávamos a aprovação de Big Rob ajudei Camila a vestir o seu casaco e até mesmo ganhei um beijo por isso. Quando Travor entrou caminhamos em direção a saída, acenei para as pessoas que haviam nos atendido e abracei a cintura de Camila, para ajudá-la passar pelo corredor de fotógrafos que teríamos que enfrentar.

Assim que a porta foi aberta os barulhos dos flashes ficaram altos, assim como os gritos deles.

- OLHEM PARA CÁ!

- VOCÊS ESTÃO LINDAS HOJE, DEEM UM SORRISO!

- É VERDADE QUE HAVIAM OUTRAS PESSOAS COM VOCÊS?

- CAMILA HOJE VOCÊ NÃO VAI DAR COMIDA PARA NINGUÉM? – Reviro os olhos e a ajudo entrar no carro.

- COMO ESTAVA O JANTAR?

- Teria sido tão melhor se vocês não estivessem aqui agora! – Entro no carro e Big Rob fecha a porta do carro.

Enquanto Travor afastava os parasitas do carro Big Rob entrava no mesmo e já dava a partida para que pudéssemos sair de lá. Camila deitou a cabeça em meu ombro e suspirou pesado, eles deviam incomoda-la mais do que me incomodavam.

- Você deveria parar de responde-los... – Camila sussurra, ainda com a cabeça deitada em meu ombro – Eles estavam sendo gentis dessa vez e não estavam dizendo coisas maldosas...

- Gentis? Eles estavam bloqueando nossa saída e empurrando todo mundo. – Falo em um tom irritado, não acredito que ela havia ficado do lado deles.

- Tudo bem, Laur. – Suaviza ainda mais o tom de sua voz – Só não quero que você se meta em confusão com eles, só isso. – Suspira cansada.

O caminho foi um pouco longo, por conta da hora e do dia na semana haviam muitos carros pelas ruas, porém assim que Big Rob parou o carro abri a porta e puxei Camila pela mão, caminhando apressadamente em direção a entrada do prédio. Iria subir para passar mais um tempo com Camila, nós havíamos tido a oportunidade de conversar a sós e muito menos trocar alguns beijos e eu sabia que ela queria isso tanto quanto eu.

Esperamos o elevador e ele não demorou para chegar, tornando o percurso ainda mais rápido até o apartamento de Camila. Por já estar com a chave em mãos não demorou nada para abrir a porta de seu apartamento, que estava quente e extremamente reconfortante, tiramos a jaqueta e casaco, os deixando em cima do sofá.

- O que acha de tomar vinho? – Questiona retirando os saltos.

- Não sei... – Nós já havíamos bebido no restaurante – Acho que mais uma taça não vai fazer mal... – Sorrio de canto.

Camz caminha em direção a cozinha e fica na ponta dos pés, fazendo sua saia subir um pouco, pega duas taças dentro do armário, depois caminha sem qualquer pressa a pequena adega que tinha ao lado da geladeira e ficava em cima de uma bancada de mármore preto. Me debruço na bancada que separava a sala da cozinha e olho para o lado, vendo "buscar Tori no aeroporto as 3:45PM" anotado na parede especial, com o desenho de dois aviões e algumas nuvens, me fazendo rir baixo.

- Porque está rindo? – Para de pé na minha frente, colocando as duas taças e servindo vinho nas mesmas.

- Nada, só estava pensando aqui. – Sorrio, pegando uma das taças e dando um gole.

Da bancada da cozinha optamos por ir até a sala e nos sentarmos no sofá, para ficarmos mais à vontade. Camila não soltava sua taça de jeito maneira, seus olhos castanhos intensos me encaravam fixamente o tempo todo e o carinho que sua mão livre fazia em minha coxa me deixava arrepiada.

- Não sabia que você gostava de beber... – Sussurro risonha após ver ela acabar com a segunda taça.

- E eu não gosto... – Murmura colocando a taça em cima da mesinha de centro – Só bebo socialmente ou quando estou nervosa... – Pensa um pouco mais – E quando eu quero comemorar também...

- E qual foi o motivo de hoje? – Sussurro olhando para seus lábios, subindo meu olhar para seus olhos.

- Vejamos... – Coloca as pernas em cima do sofá e coloca uma almofada sobre o colo – Estou feliz de Tori e Hannah terem vindo para cá, nós termos ido jantar todas juntas me deu vontade de comemorar, o jantar é algo social então foi por esse motivo também e porque você me deixa extremamente nervosa... – Ri, mordendo o lábio inferior, ela estava levemente alterada – Esses olhos verdes me encaram e eu sinto minhas pernas tremerem... – Acaricia meus lábios com a ponta dos dedos – Acho que eu bebi além da conta hoje por você estar mais linda do que o normal e me deixar três vezes mais nervosa do que já me deixa...

Podia sentir um sorriso besta brincar em meus lábios, talvez fosse culpa das várias taças de vinho que eu havia tomado naquela noite ou talvez fosse porque as palavras de Camila tinham o efeito de me deixar boba, talvez fosse os dois.

Camila não parecia ter uma certa noção do que estava falando, nem sequer um pingo de vergonha, ela apenas falava as coisas sem pensar. O que me fazia querer rir por algum tempo, Camz estava solta e falava mais coisas hoje em dia, entretanto não falava esses tipos de coisa, é como se ela falasse a primeira coisa que viesse em sua mente naquele momento.

- Eu te deixo nervosa? – Sorrio de canto ao ver ela se levantando.

- Muito... – Me olha sob seu ombro, soltando uma risada baixa enquanto caminhava em direção a cozinha.

Me levantei e fui atrás de Camila, ela encheu as taças vazias com água e fechou o vinho, deixando o mesmo por cima da bancada, ficou de costas por alguns instantes e então se virou, caminhando em minha direção, acariciando meu rosto.

– Ainda mais depois de me rejeitar tantas vezes, mas eu não te culpo... – Trago a saliva e ela suspira – Eu odiei tanto ficar longe de você e ainda odeio ficar longe de você, odeio. – Sorrio, acariciando seu rosto.

Agora eu sabia que quando quisesse que Camila fosse extremamente sincera sobre tudo era só dar algumas taças de vinho para ela.

- Mas agora nós ficamos separadas apenas por algumas horas... – Murmuro vendo ela de olhos fechados para aproveitar o carinho que fazia em seu rosto.

- Que mais parecem eternidade. – Suspira – Eu sou tão idiota. – Franzo o cenho, totalmente confusa – Eu não sei como tive a coragem de fazer o que eu fiz... – Abro a boca lentamente e respiro fundo, um pouco desconfortável com aquele assunto - Você não sabe a saudade que eu senti do seu corpo colado assim no meu, do seu cheiro... – Roça o nariz no meu pescoço após puxar um pouco o meu corpo para mais perto do seu, fecho os olhos aproveitando aquele contato – Da sua voz rouca, da sua presença, da sua risada, da forma única que você pronuncia meu nome e me olha... dos seus beijos – Entreabro meus lábios e sua boca roça superficialmente na minha – Do seu toque... – Cola seu corpo ainda mais no meu e inconscientemente aperto sua cintura, a segurando firmemente contra mim, dando um apertão gostoso – De você.

Encaro seus lábios e analiso cada canto delicado do seu rosto, encarando seus olhos, que brilhavam, entretanto pareciam tristes. Camila encosta sua testa na minha e suspira pesadamente, acariciando minha nuca e roçando nossos narizes em seguida.

- É tão ruim e estranho existir sem te ter... – Deita a cabeça em meu ombro – É algo que eu nunca mais quero saber como é... eu preciso tanto de você... – Fala com a voz meio embargada e eu suspiro – E não é para apoio emocional, é para te dar tudo o que você ainda não tem, é para te amar de todas as formas possíveis que você pode ser amada, é para te fazer rir quando mais ninguém consegue e não deixar que ninguém te machuque jamais... – Levanta a cabeça e sorri, mesmo com algumas lágrimas rolando pelo seu rosto – Porqueeu te amo... porque eu nunca deixei de te amar e nunca vou, é humanamente impossível isso acontecer.

- Camila... – Sussurro totalmente sem fala.

- Não me exclua da sua vida, deixa eu tentar te fazer feliz... deixa eu fazer da forma certa, dessa vez. – Beija o meu queixo, seguido da minha mandíbula – Eu não quero ficar sem você, Lauren, e essa não é garota mimada de sete anos atrás... mas uma mulher de vinte e três anos completamente e perdidamente apaixonada por você, que está disposta a fazer qualquer loucura para te ter de volta...

Aquelas palavras haviam feito meu coração acelerar e minhas pernas fraquejarem, totalmente sem fala acabei optando por tomar uma atitude que provavelmente conseguiria colocar em gestos o que eu não sabia colocar em palavras naquele momento.

Eu a beijei.

Suguei seu lábio inferior e abaixei o meu corpo, levando minhas mãos na parte de trás da sua coxa, a erguendo e a prensando contra a parede. Camila abraça o meu pescoço e invade minha boca com a sua língua quente com gosto de vinho, nossas línguas se procuravam, Camz puxava o meu cabelo e eu prensava meu corpo contra o seu. Meu peito queimava em brasa com tamanha intensidade do beijo, eu não queria, porém precisava respirar, por conta disso afastei gradativamente nossos lábios.

Foi um beijo intenso e demorado, foi como se nenhum beijo que nós já tivéssemos dado chegasse aos pés desse... foi como se todos eles tivessem sido ensaios e esse houvesse sido o beijo final da peça. Havia sido como se nós tivéssemos sido obrigadas a esperar aquilo durante uma eternidade.

- Você nunca foi de se declarar... – Sussurro olhando no fundo dos seus olhos, ela sorri com a boca extremamente vermelha.

- Você nunca me deixava falar, estava ocupada demais se declarando sempre... – Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas e ela ri baixinho, acariciando as mesmas – Eu mudei, Lauren... não brinquei quando disse isso... a menina de anos atrás e a mulher de agora são pessoas completamente diferentes. – Delicadamente vou a colocando no chão – As coisas vão ser diferentes agora, não estou me referindo a vida que temos, mas como somos. Nós crescemos, amadurecemos e tivemos novas experiências na vida.

- O que você está querendo dizer?

- Que você não vai amar sozinha! – Segura meu rosto, olha no fundo dos meus olhos – Que eu vou dar todo o amor do mundo para você, não vou ter qualquer vergonha de mostrar e demonstrar o quanto eu te amo, para você ou qualquer outra pessoa... – Sorri de canto – Eu estou afirmando que vai ser muito melhor do que foi a anos atrás e que eu vou lutar todos os dias para o que tenhamos de certo...

Fico em silencio, totalmente sem palavras. Camila me analisava um tanto quanto ansiosa, apenas aguardando uma resposta que eu não sabia se tinha nesse momento. Se eu dissesse que estava 'ok' com isso significaria que voltaríamos a namorar?

- Eu não sei o que dizer... – Sussurro e ela morde o lábio inferior.

- Diz que você dá uma segunda chance para nós... – Beija o meu queixo e eu prendo a respiração – Vamos começar da estaca zero, não precisamos dar nome ao que temos...

- Camz? – A chamo e ela me encara – Achei que já estivéssemos fazendo isso... – Ela ri e eu sorrio, colando nossos lábios novamente.

E naquele momento, em sua cozinha, com todas as declarações e vendo a sinceridade e apreensão em seus olhos pude notar que o que ela dizia era a mais plena verdade. Camila se declarou com toda a convicção e amor que tinha e isso bastou para que eu soubesse que ela faria de tudo por mim, mas dessa vez sem sair do meu lado.

A ergui novamente do chão e prensei ainda mais seu corpo contra o meu, suas pernas abraçaram o meu tronco e suas mãos arranharam meus ombros superficialmente enquanto nossos lábios se chocavam em um beijo bruto e avassalador. Quando acariciei suas coxas pude perceber que sua saia havia subido com os movimentos que havíamos feito, Camila puxou meu cabelo de uma forma delicada e firme ao mesmo tempo para que nossos lábios se separassem alguns instantes.

Nossas mãos exploravam cantos antes já explorados do corpo uma da outra, corriam desesperadas por um contato maior nas peles e ansiosas para o que poderia acontecer nos próximos minutos.

Suas pernas me pressionavam ainda mais contra ela, enquanto nossos lábios se esmagavam em um beijo que tentava transmitir todo o desejo e vontade que sentíamos uma da outra, minhas mãos escorregaram pela cintura e alcançaram sua bunda, dando um apertão gostoso e demorado. Camila sorriu contra os meus lábios e mordeu os mesmos. Fui descendo seu corpo até que seus pés encontrassem o chão novamente, minha mão buscou o zíper de sua saia branca e não demorou para encontra-lo, fazendo com que a peça fosse parar no chão da cozinha em questão de segundos.

As pernas de Camila não eram mais tão finas como antes, eram um pouco mais cheinhas e ainda mais sexys. A lingerie que ela usava me fez arfar. Era rendada, minúscula e branca. Fiz com que seu corpo ficasse pressionado entre a bancada e o meu corpo, rocei meu nariz em seu pescoço e mordi o lóbulo da sua orelha enquanto brincava com o elástico da sua calcinha.

Meus beijos desceram para o seu pescoço, dando delicados beijos demorados que a faziam suspirar e esticar seu pescoço para que eu pudesse alcançar mais lugares. Senti suas unhas curtas arranharem meu abdômen, até que elas finalmente chegaram na minha saia e começaram a desce-la.

Quando finalmente me vi livre da minha peça ergui Camila, que capturou meus lábios para que iniciássemos um novo beijo, dessa vez mais calmo e muito mais sensual do que os outros. Coloquei Camila sentada em cima da bancada e fiquei entre suas pernas, para que pudesse alcançar melhor seus lábios, ainda não satisfeita com a aproximação de nossos corpos e puxei para mais perto da beirada, sentindo sua intimidade quente se chocar com o meu abdômen.

- Lauren. – Rosna puxando meu cabelo – Meu quarto fica... – Sugo seu ponto de pulso e seus dedos se enrolam em minhas mechas, puxando meu cabelo.

- Vou descobrir. – Rio, colando nossos lábios novamente.

Camila subiu em meu colo novamente e não demorei para começar a andar pelo ambiente, como precisava tocar algumas coisas ao meu redor com minhas mãos para que não batêssemos em nada ela ficou completamente agarrada em mim. Seu corpo estava extremamente quente e já podia sentir o quão úmida estava, apenas com o roçar de sua intimidade contra a região do meu ventre conforme nós andávamos.

Estava tão entretida com nosso beijo que não dei conta que havia parado de caminhar para encontrar onde quer que fosse o quarto, entretanto Camila percebeu isso, desceu do meu colo e me empurrou contra a parede do corredor, me fazendo encara-la meio atordoada. Antes de tomar qualquer decisão seus lábios percorreram meu pescoço, o beijando demoradamente em certos pontos.

Seu cabelo estava bagunçado, seus lábios extremamente vermelhos e um tanto quanto inchados por tamanha intensidade dos beijos, suas bochechas ganhavam uma coloração avermelhada e eu podia perceber que seus olhos atingiam quase uma coloração negra. Suas mãos delicadas foram até a barra de seu top cropped preto, o puxando para cima e o lançando para o chão.

Camila definitivamente tinha um corpo de mulher. Seus seios estavam maiores, não de uma forma exagerada, mas do tamanho perfeito e compatível para seu corpo. Suas curvas acentuadas deixavam bem claro que o sangue latino corria em suas veias. O cabelo perfeitamente bagunçado, os lábios carnudos e sua lingerie formavam um conjunto perfeito, ela era uma das mulheres mais sexys que eu já havia acontecido, e definitivamente a mulher que eu mais havia desejado em toda a minha vida.

Antes que pudesse atacar seus lábios mais uma vez e até mesmo toca-la Camila me deu as costas e começou a caminhar de uma forma provocativa em direção ao que deveria ser seu quarto. Não a segui, me permiti observar a minúscula calcinha valorizar ainda mais sua bunda redonda e perfeita.

Cega de desejo andei apressadamente em sua direção, entrando no novo cômodo e fazendo meu corpo se chocar contra o seu. Quando a puxei contra mim pude senti-la estremecer, uma de minhas mãos segurava possessivamente sua cintura, enquanto a outra jogava seus cabelos para o outro ombro, possibilitando a área que eu queria beijar e morder ficasse exposta.

Meus lábios plantavam beijos suaves e demorados na região perto de sua nuca, minha mão esquerda subia e descia pela lateral do corpo de Camila enquanto minha mão direita permanecia em sua cintura. A percebi começar a ficar impaciente, então tomei uma atitude simples e que seria muito prazerosa, fiz com que Camila começasse a roçar sua bunda contra mim.

Depois de algum tempo eu nem precisava mais guiar seus movimentos, ela os fazia sozinha. Minhas mãos corriam por determinadas áreas de seu corpo, mas acabaram optando por irem para outros lugares. Minha mão direita subiu por todo seu abdômen até que encontrou seu seio ainda coberto pelo sutiã branco rendado, que só atrapalhava naquele momento. Minha mão esquerda desceu em direção ao seu ventre, a pressionando ainda mais contra mim e arranhando levemente aquela região enquanto descia cada vez mais.

- Porra. – Rosna arranhando a lateral da minha coxa quando minha mão esquerda finalmente entra em contato com a sua intimidade.

Camila estava quente, extremamente molhada e pronta para receber qualquer caricia que eu achasse que combinaria melhor naquele momento. Meus dedos escorregavam sem cerimônia entre suas dobras, hora ou outra subiam para seu clitóris dando apertões e até mesmo fazendo movimentos circulares, arrancando gemidos baixos dela.

- Eu não consigo te ouvir... – Mordo seu ombro, ameaçando penetrar.

- Lauren... – Fala meu nome meio ofegante.

- Mais alto. – Aperto seu clitóris com uma certa força e suas unhas enfincam em minhas coxas, arranhando as mesmas.

- Lauren. – Seu gemido saiu em alto, perfeito e em bom som.

- Bem melhor assim. – Retiro minha mão de dentro de sua calcinha e ela se vira rapidamente, completamente descrente do que eu havia feito – Quero essa boca gostosa contra a minha.

De uma forma bruta colo nossos lábios e ergo do chão, dando alguns passos até que eu finalmente a coloco deitada na cama, ficando por cima. Chupei seu lábio inferior e antes que eu tentasse afastar nossos lábios Camila abraçou meu pescoço, fazendo com que nosso beijo continuasse. Enquanto nos beijávamos suas mãos começaram a tatear a região dos meus seios, alisando o tecido do top cropped que eu ainda usava, até que seus dedos delicados logo encontraram o zíper da peça, a descendo e então retirando do meu corpo.

Voltamos a nos beijar em poucos segundos, uma de suas mãos permanecia em minha nuca a outra havia parado em meu seio, massageando o mesmo. Tentávamos o tempo todo proporcionar o prazer uma da outra e consequentemente saciar nossos desejos sexuais.

Toda vez que tentava afastar meus lábios dos de Camila ela pressionava sua boca contra a minha, durante nosso beijo fui me ajeitando entre suas pernas, então pressionei meu joelho contra a sua intimidade e mexi o mesmo, só então conseguindo com que ela soltasse os meus lábios para gemer baixinho e resmungar algumas coisas. Tomei essa deixa para retirar seu sutiã e o jogar em qualquer canto do quarto.

Meus lábios foram parar entre os seios de Camila, distribuindo beijos demorados e mordidas nas laterais dos seios. Completamente impaciente ela leva a mão até a minha cabeça e guia minha boca em direção ao seu mamilo, a procura de ainda mais prazer. Não demorei nada para capturar o mamilo rígido de Camila com minha boca, passei a dar atenção ao outro com a minha mão, que fazia movimentos lentos e circulares com a mão espalmada, vez ou outra apertando delicadamente o seio para em seguida apertar seu mamilo com apenas dois dedos.

- Você está quente... – Camila sussurra enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo.

- Está um pouco calor... – Sorrio beijando sua clavícula.

Sem que eu perceba sua mão estava entre as minhas pernas, me acariciando por cima da última peça de roupa que ainda tinha em meu corpo, estremeci com seu toque delicado e quase superficial. Quando seus dedos ágeis afastaram minha calcinha e começaram a passear pela minha intimidade pude sentir meu corpo reagir a cada toque com uma intensidade enorme.

- Muito quente... – Sorri de olhos fechados, começando a me masturbar.

Deixei que ela me tocasse, enquanto isso eu beijava todos os lugares que conseguia alcançar, mordendo alguns pontos apenas para escutar seus gemidos se misturarem com os meus. Eu não queria que ela ficasse mais tempo me tocando porque sabia exatamente o que iria acontecer caso fizesse, eu não transava a muito tempo e quão molhada eu estava só comprovava o quão sensível eu estava a um contato mais íntimo.

Para recuperar minha dominância na situação contra a minha vontade retirei a mão de Camila de dentro da minha roupa intima, coloquei suas mãos para cima de sua cabeça e contra a cama para que ela não voltasse a tocar em mim naquele momento. Desci meu corpo e aproveitei a distância entre nós para me livrar da última peça que eu tinha em meu corpo, me curvando perto das pernas de Camila em seguida para retirar a última peça que me impedia de ter uma visão privilegiada do seu corpo completamente nu.

Camila estava com as mãos em cima da sua cabeça e me encarava com uma expressão que revelava o quão ansiosa ela estava para que eu tomasse uma atitude por vê-la nua e completamente entregue para mim, não demorei para tomar essa atitude.

Comecei afastando delicadamente suas pernas, beijando sua coxa, principalmente a parte interior delas. Meus beijos subiram para a sua virilha, sem qualquer paciência minha língua percorreu todo o seu sexo de uma única vez, arrancando um grito de Camila. Com o auxílio dos meus dedos abri melhor seus lábios maiores e pude lhe proporcionar um enorme prazer apenas com aquilo. Suas mãos foram para a minha cabeça e começaram a me empurrar cada vez mais contra o seu sexo, em busca de saciar o seu desejo e finalmente chegar ao seu orgasmo, algo que não demorou para acontecer.

- E-Eu... – Seu corpo tremia um pouco por conta dos espasmos causado pelo orgasmo – Meu Deus, Lauren...

- Nós não acabamos ainda. – Sorrio beijando seus lábios e ficando por cima dela.

Minha mão desceu em direção ao seu sexo e meus dedos começaram a masturba-la novamente, eles escorregavam facilmente e a cada gemido baixo de Camila só comprovava o quão sensível ela se encontrava. Meus dedos subiam e desciam, repeti o movimento várias vezes até que sem que ela esperasse a preencho com dois dedos, conseguindo arrancar outro grito e ter suas unhas enfincadas em minhas costas.

Meus dedos faziam movimentos frenéticos, com uma velocidade extremamente prazerosa que a fazia gemer o meu nome e arranhar minhas costas. Suas mãos desceram arranhando minhas costas até que chegaram minha cintura, me ajeitando de uma forma que fosse possível eu roçar nela para conseguir algum prazer, mas decidi me concentrar em proporcionar prazer para Camila, que já estava extremamente excitada novamente, fazendo com que meus dedos escorregassem facilmente para dentro dela.

Quando percebi sua respiração começar a ficar mais ofegante e suas mãos puxarem ainda mais o meu cabelo diminui o ritmo dos dedos até que os tirei de dentro dela, me curvei colando nossos lábios e enquanto isso me ajeitei melhor, fazendo com que nossas intimidades finalmente se encontrassem. Gememos e estremecemos juntas com o contato.

Comecei a me mexer para criar um atrito gostoso entre nossos sexos, mas como Camila fazia questão que nossos corpos ficassem extremamente grudados nossos seios também passaram a se encontrar conforme nos movimentávamos. Fomos mudando de posições para que ficasse mais prazeroso para ambas as partes. Camila conseguia estar mais excitada do que eu, isso só tornava o atrito dos nossos sexos ainda mais gostoso e mais intenso. Em uma última investida e um choque bruto entre nossas intimidades meu corpo caiu por cima do de Camila.

Nossas respirações ofegantes se misturavam, meu coração batia extremamente rápido e eu podia sentir uma felicidade indescritível me consumir naquele momento. Juntei minhas forças e me joguei ao lado de Camila, subindo um pouco para poder deitar minha cabeça em um dos travesseiros.

- Isso foi incrível... – Murmura aninhando seu corpo ao meu.

- Coloca incrível nisso. – Rio pelo nariz e a olho.

Seus olhos castanhos brilhavam intensamente e seu sorriso conseguia ser maior que o meu. Seus dedos acariciavam meu abdômen me causando cosquinha. Tiro a mecha que escondia uma parte de seu rosto e a beijo.

- Você não sabe quantas vezes eu imaginei isso... – Confidencia.

- Você imaginou a gente transando, Sra. Cabello? – Arqueio as sobrancelhas e ela ri, com as bochechas vermelhas.

- O que? Não... - Mente na cara de pau - Eu me refiro a esse momento, o momento pós-sexo. – Sorrio brincando com uma mecha de seu cabelo.

- Agora você não precisa mais imaginar... só vivenciar. – Colo nossos lábios mais uma vez e então os separo, abrindo meus olhos para olhar no fundo dos seus – Não vamos mais viver no passado... cansei de sofrer e viver nele, vamos apreciar o presente.

- Como quiser, Sra. Jauregui. – Morde minha bochecha, me arrancando um sorriso – Temos a noite toda para apreciar o presente. – Declara maliciosa.

Não queria pensar no que poderia ter sido de nós, o que nós poderíamos ter vivenciado nesses seis anos e muito menos o que perdemos estando separadas por todo esse tempo. Queria viver o agora, sem chorar pelo passado e sem temer pelo futuro.


-X-

N.A: Então... acho que ninguém esperava por essa akjsdbkajbsd olha se esse hot ficou uma verdadeira bosta vocês me desculpem, só que eu não sou muito lá essas coisas escrevendo isso e juro que tentei fazer o melhor possível -não estava no clima para escrever algo do tipo, estava irritada pelo capítulo ter sido apagado-, mas espero que vocês tenham gostado(:

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