Oiii, nenéns! Que saudade eu tava de vcs. 😩💜 Cheguei e vou logo pedindo uma coisa: leiam os avisos pra não levarem bronquinha.
⚠️ AVISOS:
Capítulo 18+ Jk bottom (Pra quem pôs Essência em lista de leitura “jm bottom” "abo tradicional", já pode tirar pq eu nunca defini posições nessa fic)
Não existe mpreg aqui (assim como avisei desde o início da fic). Então n fiquem pedindo filhotes, pfv.
Playlist a critério de vcs. Boa leitura, nenéns. Cliquem na ⭐ pra votar no capítulo e comentem bastante.
#perfumedelobo
Cara, o cio é capaz de bagunçar os sentidos até do homem mais equilibrado. Imagina então como eu me senti quando essa onda de calor e instabilidade hormonal me atingiu? Sei lá, viu, parecia que eu estava em brasa viva e não houvesse o que fazer para aliviar a sensação desesperadora.
Menos, é claro, quando o Jungkook apareceu. A partir de então, os seus sentidos guiaram os meus, o seu cabelo trouxe para mais perto o aroma de café caramelizado que tanto me envolve, e o seu corpo enfatizou a sua presença marcante que aguçou ainda mais a minha vontade de avançar e me deliciar com cada pedacinho dele.
Quando já estamos na sua casa e tudo o que eu penso é em despi-lo, Jungkook me afasta por um momento, para me trazer um comprimido e um copo de água. Vê se pode? Eu querendo partir para a pegação e ele pensando em remédios. Sei lá, viu.
Para a minha sorte o cio ainda não está no ponto alto. Isso quer dizer que apesar de me sentir insano, ainda são os meus pensamentos que comandam, não os do Rowan. Em razão disso, tento respirar fundo e tomar a medicação que Jungkook me oferece.
ㅡ Vai ajudar com as suas dores. ㅡ Garante enquanto me observa beber água, e eu observo as veias roxas na pele pálida que se revela através da camisa aberta. Seu torso e peitoral estão cheios delas.
ㅡ Elas não somem mais. ㅡ Atento à minha olhada descarada, ele comenta incomodado.
Sei como é a sensação de desaprovar com algo no próprio corpo. Tendo isso em mente, deixo o copo na mesinha de centro e toco no seu peito, antes de afundar o meu rosto nele, inalando, beijando, enquanto deslizo a camisa por seus ombros, até que ela caia no chão.
ㅡ Você é totalmente lindo, professor ㅡ declaro baixo, abafado, mas o apertar das suas mãos em minha cintura deixa claro que ele ouviu.
ㅡ E você não tem noção do que faz comigo quando fala assim. ㅡ Jungkook me arranha, arrancando um gemido meu.
Embora eu não aguente mais esperar, preciso perguntar algo antes de me render de vez aos meus instintos.
ㅡ E as suas dores? Você está na fase terminal da doença, não precisa tomar alguma medicação pra que aguente?
"O melhor remédio é o amor, vamos logo levar ele para o nosso ninho, Jungkook".
Ankor parece atiçado demais com o meu cheiro. Em contrapartida, Rowan, que é quem está no cio, segue em silêncio como se poupasse suas energias, ou estivesse se contendo para que eu esclareça algumas coisas. Quase ouço sua respiração lenta tentando se manter controlada, na minha cabeça.
ㅡ Não existem mais remédios que façam efeito completo em mim. ㅡ Apesar do sorriso que tenta me tranquilizar, a face pálida do Jungkook escancara a sua situação delicada. ㅡ Então, se tudo der errado e eu morrer…
ㅡ Você não vai morrer. ㅡ O medo agora me me tortura mais do que as frequentes ondas de calor que não me deixam.
ㅡ Se… ㅡ enfatiza, tocando o meu rosto com a leveza de uma pena. ㅡ Se eu morrer, quero que você saiba que eu vou te amar até depois da morte
ㅡ Eu também… ㅡ Consigo responder antes de sentir uma fisgada no baixo ventre e grunhir. ㅡ Mas você não vai morrer, nós ainda vamos nos amar muito nessa vida. Agora me leva para o seu quarto.
Jungkook ri do meu jeito agoniado, mas me atende. Enquanto caminho de costas para o corredor e de frente para ele, retiro totalmente a sua camisa, acaricio a Medusa em seu ombro e deixo que ele me deite no nosso ninho. Mal consigo acreditar que estou no quarto do meu professor de canto, o homem mais impessoal e sexy da universidade, cujo sorriso é destinado a poucos e a intimidade concedida a menos pessoas ainda.
ㅡ No que você está pensando, estrelinha? ㅡ ele pergunta, cobrindo-me com o seu corpo. Os cabelos cheios desse brilho azulado que me seduz, molduram perfeitamente o seu rosto agora que estão soltos.
“Certeza que ele está pensando na saudade que está da pegada do alfa lúpus mais forte dos quatro cantos da terra”. Cara, nem sei dizer o quanto Ankor foi certeiro em sua afirmação.
ㅡ Estou sem paciência pra preliminares. ㅡ Desafivelo o seu cinto e desabotoo sua calça, com meus dedos trêmulos.
ㅡ Mas precisa achar essa paciência. ㅡ Jungkook me ajuda a retirar sua calça, passando-a pelas coxas grossas, até me deixar apenas com a visão da sua boxer e o volume nítido nela. Olha só que delícia. ㅡ Não vamos fazer nada com pressa.
Não posso prometer nada. Acho que o Ankor também não.
Rowan tem razão, consigo sentir a ansiedade do Ankor quando o Jungkook me encara com a intensidade do seu olhar nublado, antes de se inclinar sobre o meu corpo e me beijar. Seus lábios sugam os meus com veemência, ao tempo em que eu aperto a sua bunda com uma mão e arranho o seu peito com a outra. Sei lá, viu, quase não consigo acreditar que esse homem grande e forte é todo meu.
Ele interrompe o beijo para arrastar a barra da minha camisa para cima, ao que me olha enfeitiçado pelo meu corpo. Mal consigo segurar a expectativa quando seus lábios succionam os meus mamilos e eu me desfaço em suspiros altos. Jungkook não perde tempo e também distribui beijos por minhas coxas enquanto tira a minha calça.
Estamos os dois apenas de peças íntimas e sexos latejando de desejo um pelo outro. Atento a isso, puxo o seu corpo contra o meu, gerando um atrito delicioso que nos faz ofegar contra a boca um do outro, e ver o desejo estampado em nossa troca de olhares.
ㅡ Eu te quero tanto… ㅡ confesso em um sussurro quase tímido.
ㅡ E como você me quer? ㅡ indaga, ondulando o quadril em minha ereção.
Enquanto espera que eu responda, Jungkook se afasta apenas um pouco para poder remover a minha cueca. Em seguida, se põe de joelhos entre as minhas pernas e beija as minhas panturrilhas, apoiadas em seus ombros.
ㅡ Estou esperando que me diga, Jimin. ㅡ A urgência dentro de mim grita para que eu avance nele, mas meu lado tímido, ainda muito presente, queima pela forma como seus olhos devoram o meu corpo totalmente nu e inevitavelmente duro por ele.
ㅡ Quero… ㅡ Quase engasgo quando Jungkook desce os beijos para a parte interna das minhas coxas, antes de abocanhar toda a minha rigidez pulsante por ele. ㅡ Quero tudo… que você puder me dar.
A cada vez que ele me engole inteiro, mordo o meu lábio inferior para lidar com essa sensação sublime sem ser escandaloso. Meu corpo delira sob o seu toque preciso e o seu cheiro mesclado ao suor, parece brotar de cada poro apenas para testar a minha lucidez. Contudo, ele se afasta e limpa a boca com o dorso da mão, substituindo o toque da boca pelo da sua mão:
ㅡ Seja mais específico, estrelinha…
Diga logo de uma vez, iniciante. Diga que queremos possuí-lo como nunca ainda tivemos a oportunidade.
Olha só, não é fácil assim falar para um alfa que eu quero fodê-lo. Nossa sociedade enraizou isso como errado em muitas cabeças, não sei se Jungkook vai receber um pedido desse com naturalidade, ou ver como uma ofensa.
Contudo, quando Jungkook, retira a própria boxer e se senta nas minhas coxas, ofego com o contato da sua pele diretamente na minha. Já não consigo mais deixar o tesão ser encoberto pelo receio.
ㅡ Minha necessidade hoje é diferente… Por favor, não me ache estranho. ㅡ Respirando com dificuldade, tento chegar no assunto.
ㅡ Pode dizer, quero que se abra comigo. ㅡ Ele me provoca, encaixando as nádegas em minha extensão, ao que força o seu peso para me deixar com mais vontade. Vê se pode?
Em um lapso de controle, Rowan fala em meu lugar:
ㅡ E eu quero que VOCÊ se abra para mim, alfa.
ㅡ Quer que eu te engula igual como fiz com a minha boca? ㅡ ele sussurra atento à minha expressão ansiosa. ㅡ ...mas por outro lugar?
Rowan não se comporta igual a quando tivemos nossa primeira vez, seu instinto agora é animalesco, predatório, dominante. O desejo é latente demais para ignorar.
ㅡ Quero muito, mas só se você quiser também ㅡ respondo receoso. Não quero coagi-lo, impondo a minha vontade sobre a sua.
ㅡ É uma coisa nova pra mim, mas eu topo tentar… com você eu topo tudo. ㅡ Ele garante, em seguida, Ankor dá a sua própria opinião.
“Seja como for, vamos fazer isso logo. Estou pegando fogo”.
Não muito diferente, Rowan me faz sentir como se agulhas cutucassem todos os meus neurônios. Cara, meu lado racional quer ceder o tempo todo.
À medida que volto a beijá-lo, uso minhas mãos, cheias de urgência, para apertar a bunda durinha. Só interrompemos o ósculo quando ficamos sem ar. Então, o professor me devora com os olhos, antes de reclinar o próprio corpo e levar dois dedos à minha boca, num pedido mudo que eu atendo quando seguro os dois e os chupo. Umedeço o máximo que posso, vendo Jungkook fechar os olhos e suspirar.
Ele entendeu bem o que queremos, já está até imaginando como vai ser.
Cara, nem tenho neurônios para imaginar também.
Enquanto admiro o corpo nu do meu alfa, ele afasta os dedos da minha boca e se prepara na minha frente, penetrando-se com os dedos ao tempo em que me encara. As poucas mechas azuladas que cobrem o seu rosto, contrastam com o ar certinho e rigoroso que ele sempre mostra nas aulas, mas tão ausente agora.
ㅡ Sou tão sortudo por ter você, professor ㅡ afirmo, começando a lhe masturbar, em meu colo, devolvendo o seu olhar intenso.
ㅡ Vai se sentir mais sortudo ainda quando eu sentar em você.
Um arrepio perverso percorre a minha coluna, deixando-me com uma expressão abobalhada. Sei lá, viu, tenho certeza que isso é comprovado por esse sorriso malicioso que Jungkook esboça.
Então venha logo e sinta como também é sortudo, alfa.
Provando que ouviu o meu lobo, Jungkook atende e se encaixa em minha extensão, antes de descer o próprio quadril aos poucos. Rowan rosna em meu interior. Jungkook ofega, comprime os olhos, mas não para até a sua bunda encostar na minha pelve.
Sou capaz de ouvir o uivo do Ankor.
Sinto que estou prestes a gritar de tanto prazer, mas ergo a minha coluna quando o vejo levando uma mão à testa e fechando os olhos com força.
ㅡ Foi só uma tontura passageira. ㅡ Jungkook se antecipa em explicar.
ㅡ Se você não se sentir bem, tentamos outra hora. ㅡ Cravo as unhas em seu quadril, contendo o impulso de me mover.
ㅡ Se pararmos agora, talvez eu não me recupere pra tentar outra vez.
Meu cenho franzido em preocupação se contrai ainda mais quando Jungkook me faz ofegar, ao jogar o quadril para frente e para trás. Suas mãos grandes empurram o meu peito, para que eu deite na cama outra vez, e ele me cubra com o seu corpo. Dessa forma, começa a ondular o quadril, mantendo um ritmo que faz o cordão em seu peito balançar suavemente. A visão me impede de murmurar qualquer coisa. Só consigo olhar para ele e gemer baixinho.
ㅡ É… isso até que é gostoso, Jimin… ㅡ sussurra contra a minha boca, antes de voltar a me beijar.
Acaricio as suas costas e braços, enquanto sinto as suas mãos se embrenhando em meus fios acobreados. Sua língua dá voltas em minha boca e isso me leva à loucura. O cheiro de alfa lúpus, forte e viril se intensifica durante os minutos que se seguem. Jungkook parece incansável; eu então, nem se fala. Posso fazer isso durante todo o cio sem cansar, pelo menos é como me sinto agora. Senti-lo me pertencer tão intimamente é inebriante, divino, surreal. Seu corpo me dando calor, me amando no nosso ninho, é a minha coisa favorita.
A sua língua deslizando pelo meu rosto, deixando os seus feromônios em mim, faz evaporar a minha sanidade, mas é quando o professor desce os lábios por meu pescoço, riscando com os seus caninos, que sinto o meu coração querendo rasgar o peito.
ㅡ Quero tanto te marcar, estrelinha. Te ter só pra mim… de corpo e alma ㅡ murmura, ao tempo em que geme em meu ouvido, para me deixar completamente atordoado.
ㅡ Eu quero que me marque, amor. A minha vontade é de ser seu… por completo ㅡ afirmo em meio a suspiros de prazer. Jungkook não para de subir e descer com o quadril, ao passo em que eu também invisto o meu contra ele, fazendo um esforço descomunal para falar. ㅡ Não importa o quanto ainda somos diferentes… importa o quanto somos compatíveis. Quero você… pra sempre.
A conexão que sentimos nesse momento, manifestada através dos nossos gemidos e olhares devotos um no outro, transcende espaço e tempo. Enxergamos as nossas almas diante da ligação física, mental e emocional que estabelecemos.
“Eu te venero absurdamente, Rowan. Você é o meu paraíso”.
Eu amo tudo em você, Ankor. A minha alma é mais sua do que minha.
Com a visão turva de prazer, observo o corpo suado do Jungkook, exalando com mais intensidade o aroma de café caramelizado, que sempre me arrebata. E os seus cabelos compridos parecem espanar deliciosamente o meu rosto. Toco a sua barriga, cheia de veias escuras, traçando o caminho de algumas delas, até chegar na cicatriz suave que minha mordida em seu peito deixou dias atrás. Toco também no diamante amarelo em seu peito largo, com uma satisfação insana ao lembrar do que ele representa para nós.
“Amor eterno, pureza, fidelidade e constância”.
Sinto a sua ereção sendo acariciada pelos nossos abdomens e sorrio por isso. Todos os nossos membros e músculos trabalham em conjunto para dar prazer e amor um ao outro e nos levar ao ápice. Nossos lobos se declaram com palavras; nós dois, com olhares ardentes.
ㅡ Eu prometo ser leal a você, alfa. ㅡ A voz do Rowan se mescla à minha, em concordância. ㅡ Me marque.
Jungkook abre mais a boca e sorri com genuína surpresa. Sei que ele quis muito me ouvir dizer isso, o que é uma delícia e amacia o ego do meu lobo.
ㅡ Como você quiser, meu Kappa. ㅡ Então, me mostra as presas salientes, antes de vir em direção ao meu pescoço e cravá-las na pele sensível.
Dói, queima, paralisa e me excita ainda mais. Sou eu quem o penetro, mas sinto o seu domínio quando a sensação de queimação parece atingir o meu corpo inteiro. Inquieto tento me desvencilhar do seu corpo, mas como uma muralha de músculos Jungkook me prende entre o seu corpo e a cama, como se pedisse calma. De repente, tudo o que ele faz parece ser o que eu quero também. Cada gesto, cada comando.
Jungkook puxa o meu cabelo, mantendo a minha cabeça imóvel, e continua com seus dentes cravados, movendo-se mais rápido em cima de mim. Embora o meu pescoço sofra com as presas do alfa cravadas nele, nunca senti uma sensação maior de pertencimento como essa.
“Nunca fui tão feliz assim na vida”. Ankor parece extasiado.
A mão grande de Jungkook pega a minha e a leva à sua rigidez que pulsa por mim. Basta que ele sinta o calor da minha palma, para que se libere entre os nossos abdomens e solte o meu pescoço, ao abrir a boca e apertar os olhos, numa expressão genuína de alívio. Todos esses estímulos somados à sua visão gloriosa do meu professor sexy gozando, me levam ao limite, até que eu me derramo em seu interior com um gemido lânguido.
Abro os olhos espantados, assim que descubro que eu também sou capaz de atar o nó dentro dele. Jungkook ofega, provavelmente percebendo o mesmo que eu, e olha para baixo, contemplando os nossos corpos unidos. Seu peito se expande com força, pela respiração desarranjada e o seu corpo desaba sobre o meu, ao tempo em que me abraça apertado.
Vamos precisar ficar um tempo grudados, não saia de dentro do alfa ainda.
Mesmo sem fôlego, Jungkook começa a lamber o local onde me marcou, trazendo uma sensação anestésica à minha pele. Isso me faz relaxar e entrar num estado de letargia indescritível.
ㅡ Eu te amo… tanto. ㅡ A sua voz sussurrada e o seu hálito quente, rente à minha orelha, me fazem suspirar e abraçá-lo mais forte.
Sei lá, viu, nunca achei que alguém um dia pudesse ter tanto poder sobre o meu coração.
ㅡ Eu te amo mais… ㅡ afirmo, realmente acreditando nisso, até que o ouço rir contra o meu pescoço.
ㅡ Impossível… ㅡ Sua língua volta a pressionar minha pele, e isso faz o meu corpo esquentar outra vez.
Respiro fundo e me retiro do seu interior, após alguns minutos. Ainda me sinto quente, mas tento conter a minha selvageria interior no momento em que vejo um filete de sangue escorrendo do nariz do professor, e a sua mão o tapando para que não pingue. Um semblante sôfrego se apodera do seu rosto.
ㅡ O que você tem? ㅡ questiono preocupado.
ㅡ A minha gengiva dói, e a minha cabeça parece que vai explodir… parece que cravar os dentes em você é mais tóxico do que tudo que já fizemos antes ㅡ ele arqueja e se levanta da cama, gesticulando com a mão para que eu espere. ㅡ Já volto, não se preocupe.
A minha mãe alfa morreu depois de marcar a minha mãe ômega. A lembrança dessa informação volta a me atormentar, e o medo de que algo ruim aconteça se instala.
Jungkook quase corre para o banheiro e eu fico sozinho tentando lidar com a preocupação e com a febre que se apodera de mim, por causa do cio voltando a me torturar. Rowan está inquieto e a cada segundo que se passa, toma mais controle na minha mente.
O corpo do nosso alfa ainda nos rejeita. Precisamos marcar ele também e completar a nossa promessa de lealdade.
ㅡ Será que conseguimos fazer isso sem ele morrer? ㅡ questiono angustiado.
Não suporto ver o Jungkook se sentindo mal por algo que amamos tanto: nos tocar, trocar saliva, suor, sêmen, sentir nossos cheiros, feromônios, nos lambuzar com o nosso amor.
Vamos acabar logo com isso de vez, mas ele precisa ficar minimamente bem.
Enquanto conversamos ouço um som conhecido atravessando a porta do banheiro. Jungkook está vomitando. Tento focar em esperá-lo, respirando fundo. O problema é que mesmo diante da minha preocupação com o seu estado, a dor aguda e torturante volta a fazer o meu baixo ventre se contrair e queimar.
Pare, Rowan…
Não está no meu controle.
Maldito cio que não me deixa sossegado.
Rowan é tão forte e centrado que esqueço que ele também tem sua vulnerabilidade. Não quero agir no desespero, mas já estou duro como pedra outra vez e o meu lobo se desespera.
Preciso dele imediatamente.
Como se eu não tivesse mais controle das minhas ações, meus pés se movem e quando percebo já estou batendo freneticamente na porta do banheiro. No instante em que Jungkook abre, avanço em seu rosto e procuro a sua boca com a minha, sentindo de imediato o gosto do creme dental de menta nela.
Nossas respirações se embaraçam assim que nossas intimidades se tocam, desnudas, causando um arrepio gostoso tanto em mim, quanto nele. É o que percebo por seus pelos eriçados e a sua pele clamando por mim.
ㅡ A vontade já veio de novo? ㅡ ele pergunta, arfando, quando desço os meus lábios pelo seu peito e succiono a pele receptiva.
ㅡ Vontade não, necessidade. ㅡ Arrasto Jungkook pelos ombros e o empurro contra a cama. Nosso ninho. ㅡ Você está bem?
ㅡ Tenho que estar… ㅡ responde de olhos arregalados, surpreso com meu gesto brusco. ㅡ Você me olha como se quisesse me destruir agora.
ㅡ Eu vou. De um jeito bom. ㅡ Minha visão se torna mais temperada, quente, saturada. Meu lobo assume o controle da minha mente de forma gradual.
ㅡ Seus olhos ficam lindos quando brilham assim. ㅡ Jungkook começa a elogiar, mas é interrompido por um gemido que lhe escapa garganta a fora, ao me ter rebolando em seu colo. ㅡ Meus dois… diamantes amarelos… tão preciosos. ㅡ Vê-lo mal conseguindo proferir palavras simples, por causa do estímulo que o meu corpo causa no seu, faz o meu tesão lupino ir às alturas.
ㅡ Você também é lindo e vai ficar mais lindo ainda me recebendo de novo. ㅡ Arranho o seu peito musculoso, sedento para ver esse alfa grandão me pedindo para ir mais forte.
“Meu Kappa, me use como quiser”. Ankor me diz, sabendo que é isso mesmo que vou fazer agora.
Beijo-o de forma tão animalesca que o deixo sem ar, em seguida, succiono a clavícula onde certamente vão aparecer manchas roxas. Percorro a minha língua pelo seu peito inquieto, mordisco o abdômen que se contrai a cada contato, até que me afasto para poder virar o seu corpo, deixando-o de bruços.
Encho minhas mãos com a carne das suas nádegas e as aperto, antes de afastá-las para que eu volte a me enterrar dentro do corpo do alfa que eu amo. Ouço um queixume baixo, por isso tento ir devagar para que ele se acostume.
ㅡ Achei que você iria querer revezar… ㅡ Jungkook arqueja com a cabeça lateralizada no travesseiro e um sorriso desenhando a boca.
Toco em seus fios soltos, com mechas úmidas de suor, onde acaricio apenas até vê-lo fechar os olhos. Quando acontece, puxo o cabelo de brilho azulado, observando os seus olhos se comprimirem e ele soltar um gemido surpreso.
ㅡ Durante o meu cio você vai dar, bem gostosinho, para o seu Kappa. ㅡ Começo a acelerar minhas investidas, fazendo o seu corpo ter solavancos e suas mãos agarrarem a colcha da cama com força.
“E ainda faço sem reclamar”. Ankor uiva de felicidade, como o lupino obediente que é.
ㅡ Porra… ㅡ O professor xinga com a voz rouca. É muito satisfatório lhe ouvir falando um palavrão.
Quando mais me afundo, mais ele diz que gosta assim, pede para eu ir com força e me confidencia as suas expressões mais lindas de prazer. No nosso ninho, apenas comigo e para mim.
Cheio de um calor que não cessa, eu me inclino sobre Jungkook e busco a sua boca para um beijo lateral. Minha língua toca a sua, mas meus lábios mal conseguem se prender aos seus, tamanha é a nossa necessidade de gemer um para o outro. Minha gengiva coça, querendo marcá-lo, mas para fazer isso, quero olhar em seus olhos sem dificuldades.
Em razão disso, saio de dentro do seu corpo e o viro. Tento a visão da sua face sempre tão pálida, mas agora vermelha e suada, eu me aproximo e mordo seu lábio inferior, enquanto lhe penetro forte outra vez, e vejo sua boca se abrindo em um queixume fraco.
Seu rosto começa a ser tomado por vasinhos roxos, nas extremidades das bochechas e olhos. Estes que estão mais dilatados do que nunca, ganhando o tom negro que já vi outras vezes. Apesar de evidentemente sentir prazer, seu corpo se debilita mais a cada contato com o meu.
Jungkook abraça o meu quadril com as pernas, ondulando e se movendo junto comigo. Sem receio nenhum, ele pega a minha destra e entrelaça seus dedos nos meus. Com a outra mão, leva a minha canhota, adornada com a pulseira de diamantes amarelos, para tocar no cordão sobre o seu peito. Juntos vemos nossos diamantes juntos e nos devotamos a esse momento.
Ainda me impressiona como os nossos corpos e almas se encaixam tão bem.
ㅡ Olhe pra mim, meu alfa, meu amor. ㅡ Tendo a atenção dos olhos de tom azul-gelo, respiro fundo e tento me concentrar nas palavras que quero dizer, além das sensações indescritíveis que sinto agora. ㅡ Pra selar a nossa lealdade de vez, preciso te marcar também. Você aguenta?
ㅡ Só se você me fizer gozar de novo como da outra vez… ㅡ Apesar do sorriso que ele me oferece, a sua voz rouca é mais uma evidência de que Jungkook está muito cansado e no limite. ㅡ E aí se eu morrer, morro feliz.
Seu nariz parece prestes a pingar sangue outra vez, mas quando faço menção de parar para fazer algo a respeito, o professor segura o meu rosto com as duas mãos e pede, arquejando:
ㅡ Continua… estou tão perto. Me marca logo…
Não espero que ele piore para eu agir. Se preciso marcá-lo para que o processo seja concluído, preciso fazer logo. Tendo isso em mente, projeto as minhas presas e as cravo em seu pescoço, bem em cima da sua glândula de feromônios.
Tudo se torna intenso demais. A forna como penetro em seu interior, o sabor das gotas de sangue que escapam, mesclando-se ao suor da sua tez. Seu gemido rouco e sufocado alcançando os meus ouvidos, e a minha mente se unificando à sua, sentindo como se eu fosse a segunda camada da sua pele, do seu cérebro, do seu coração.
Sei lá, viu, nunca imaginei que um dia viveria algo assim.
Estou no meu limite, preciso me derramar por esse homem, esse lobo, esse ser que me completa. É por isso que o penetro com mais força, respirando com dificuldade em seu pescoço, liberando-o das minhas presas para lamber a região. Não resta outra saída, a não ser me deixar levar quando sinto o meu corpo tensionando, e gozo dentro do meu homem.
O cravar das suas unhas em minhas costas, rasgando-me a pele, antecede o momento em que o alfa resfolega e se libera também. Juntos diminuímos os nossos movimentos e nos permitimos relaxar mais uma vez no corpo um do outro, enquanto espero o nó desatar. Nossos peitorais praticamente se empurram por causa das respirações desreguladas.
“É assim que se vive”. Ankor parece satisfeito, mas exausto, ainda que o esforço físico não tenha sido dele.
Mesmo quando me retiro de dentro do Jungkook, ficamos em silêncio, deitados de frente um para o outro, apenas sentindo os nossos aromas acalmando os nossos sentidos ainda agitados.
ㅡ Como eu vivi todo esse tempo sem você? ㅡ Jungkook me encara com curiosidade e admiração despontando em seus olhos rodeados de vasinhos roxos.
ㅡ Não sei… ㅡ respondo sem entender como eu mesmo vivi tanto tempo sem ele.
ㅡ Sou tão sortudo por ter o seu amor ㅡ ele afirma.
Agora sei disso mais do que quando eu acreditava nas suas palavras, porque sinto tudo o que o meu alfa sente. O que quer dizer que não apenas sei que ele me ama, mas sinto nitidamente esse amor que é destinado a mim como se eu fosse o dono desse sentimento também.
Fecho os olhos sentindo as pontas dos seus dedos em minha face e suspiro, sabendo como Jungkook sente esse toque também.
ㅡ Só dizer que eu te amo com todas as minhas forças, parece insuficiente, professor. ㅡ Ergo minhas pálpebras enfeitiçadas pelo seu toque para encará-lo. ㅡ Eu te amo com a força do destino. Amo com a força do infinito.
De uma coisa temos certeza depois de nos marcarmos. Somos como se fôssemos um. Se antes parecia impossível que a gente se separasse, agora é real. Não sei como será o futuro, mas tenho certeza que estaremos juntos nele.
Aos poucos a sua pele vai ganhando um tom corado, saudável, o abdômen que acaricio nesse instante, começa a perder a colocação roxa nas veias, bem como acontece com os vasos escuros que surgiram em seu rosto. As pupilas voltam ao tamanho normal, as íris, antes de tom azul-gelo, agora exibem um azul vívido como o céu, assim como eram os da sua irmã. Até mesmo as olheiras somem, deixando-o com uma aspecto descansado.
E eu que achava impossível que o professor ficasse ainda mais lindo, fico de boca aberta, constatando que estava enganado. Olha só que delícia. Então é assim que eu o veria se o conhecesse sem a doença? Sei lá, viu, acho que eu teria me arriado ainda mais de paixão, porque esse Jungkook aqui exala vida.
ㅡ Por que está me olhando assim? ㅡ O professor pergunta, se divertindo com a minha expressão embasbacada. Sem ter ideia de que presencio a sua cura.
ㅡ Como você se sente agora? ㅡ sussurro, temendo que seja apenas impressão minha, apesar de saber que não.
ㅡ Eu me sinto incrível. ㅡ Ele suspira. Parece se referir ao momento que compartilhamos, não à sua saúde.ㅡ Por quê?
ㅡ Porque você, de fato, está incrível.
Maravilhado, testemunho bem na minha frente o belo resultado da busca pela solução de uma luta histórica, que já levou tantas pessoas à loucura e à morte. O resultado da luta por uma sociedade justa. Frente a algo tão grande, não consigo conter as lágrimas que molham o meu rosto.
É realmente incrível, iniciante. Nós conseguimos.
ㅡ O que aconteceu, estrelinha? ㅡ Jungkook indaga de cenho franzido, enquanto eu continuo lhe admirando como se visse a magnitude de uma estrela real na minha frente.
Reverbera em meu peito a mais genuína felicidade. Para deixar isso claro, sou categórico em dizer:
ㅡ Aconteceu a descoberta mais importante da raça híbrida; a cura da Vicissitude. E você é a prova viva dela, meu amor.
Gostaro?
Em maio vamos ter o último capítulo + epílogo, nenéns. Espero muito que vcs gostem.
Vou aproveitar pra divulgar os últimos pontos da rifa lá do insta. Quem quiser participar ainda dá tempo, só comentar aqui, ou chamar no insta @autoralune e garantir seus brindes, mesmo que não seja o ganhador principal. Um bjo e um tapa na bunda! 💜
Rifa atualizada:
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