Renascimento de Uma Dinastia...

By VonLeporace

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Despertei em uma galáxia em guerra em um corpo que não me pertence, não entendo como aconteceu, mas estou no... More

Capítulo 0 - Universo e Personagens
Capítulo 1 - Despertar
Capítulo 2 - Piratas
Capítulo 3 - Reparando a Tumba & Problemas com Orks
Capítulo 4 - A Batalha Começa
Capítulo 5 - A Batalha Começa PARTE 2
Capítulo 6 - Meses de Tempestade
Capítulo 7 - Meses de Tempestade PARTE 2
Capítulo 8 - Gol D. Loota
Capítulo 9 - Chefe contra Chefe
Capítulo 10 - Infiltração
Capítulo 11 - Festejando a Noite Toda
Capítulo 12 - Fim da Festa
Capítulo 13 - Os Deveres de um Overlord
Capítulo 14 - Adeus Hidrus Quintus
Capítulo 15 - Hidrus Quartus
Capítulo 16 - A Fé Que Nos Move
Capítulo 17 - O Daemon na Máquina
Capítulo 18 - Problemas Técnicos
Capítulo 20 - ­Como Matar um Overlord?
Capítulo 21 - Corações Caóticos

Capítulo 19 - Avanço de Planos

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By VonLeporace

Observei como minha Guarda de Honra avançava em direção aos inimigos em nosso caminho.

A Guarda Traidora e cultistas juntaram forças para impedir meu avanço e tomar a cidade mais facilmente, embora eles só tenham conseguido me atrasar, mas não posso dizer o mesmo pelo resto da cidade.

Observei as ruas de Tismator através dos olhos de meus Espectros, e vi como a força inimiga combinada lentamente superava os Arbites e Forças de Defesa Planetária.

Não que os defensores fossem incompetentes, mas era uma questão de números e capacidade ofensiva, eles foram pegos despreparados. Ordenei que alguns dos meus "Marines", espalhados pela cidade, auxiliassem os defensores até que os reforços chegassem.

Gostaria de acelerar meu avanço em direção à catedral, mas os civis que estavam sob minha proteção me atrasavam.

Olhando para trás, vi os diversos homens, mulheres e crianças sendo protegidos pelos meus Marines, que usavam seus corpos como grandes escudos contra o fogo inimigo.

Hm... Preciso deixá-los em algum lugar e seguir em frente, mas onde? Controlei meus Espectros e vasculhei a cidade em busca de um local seguro. Alguns minutos se passaram até que encontrei o que procurava.

Um grande prédio cercado por barricadas de carros e com Arbites protegendo os civis que entravam. Fiz com que o Espectro entrasse e saísse da realidade, atravessando a parede e observando o interior do prédio.

Vi centenas de pessoas se refugiando lá dentro, encolhidas de medo, rezando, abraçando suas famílias, discutindo com as outras, ou querendo sair do refúgio para ajudar.

Mas as Irmãs Hospitalares que cuidavam dos feridos em macas improvisadas as impediam, não querendo aumentar o número de feridos. Os Bolters e equipamentos cirúrgicos afiados que as Irmãs carregavam faziam com que as pessoas tirassem as ideias estúpidas de suas cabeças.

Falando nas Irmãs Hospitalares, fico feliz em ver que elas sobreviveram ao ataque, elas faziam seu melhor para ajudar com o equipamento médico que tinham.

Ordenei que o Espectro patrulhasse os arredores do abrigo e me avisasse no caso de uma emergência. Então, abriu um mapa da cidade em meus sistemas e marquei a localização do abrigo, recebendo a rota mais rápida até o local.

BOOM!

Uma explosão chamou minha atenção. Mudando meu foco, vi como os Exterminadores ignoravam o Fogo Las e balas dos Cultistas e Guardas, e avançavam a uma velocidade cegante em direção às linhas de fogo inimigas.

O Tanque Leman Russ disparando foi provavelmente a fonte da explosão. Um dos Exterminadores balançou seu escudo, atingindo o projétil que se aproximava e o refletindo de volta para o tanque.

A tripulação do tanque tentou saltar para fora do veículo, mas não foram rápidos o suficiente. O projétil atingiu a arma principal do tanque, perfurando a blindagem e detonando logo em seguida em uma bola de fogo e estilhaços.

Os estilhaços flamejantes perfuraram aqueles que estavam perto o suficiente, matando ou ferindo mortalmente os Guardas e Cultistas.

Isso permitiu que os Exterminadores fechassem a distância sem problemas e massacrassem seus inimigos em um banho de sangue, pintando suas lâminas de vermelho.

Olhando para trás, vi os civis desviando o olhar ou assistindo à exibição com desgosto, mas havia aqueles sorrindo com a morte daqueles que lhes causaram mal.

Talvez eu deva revisar como lidarei com adversários quando houver pessoas por perto, quero que meu "capítulo" seja visto positivamente pelo público e o Imperium maior.

Deixando isso de lado, nós passamos pelos restos flamejantes e ensanguentados em nosso caminho e avançamos em direção ao abrigo. Nada digno de nota ocorreu durante a caminhada, as ruas arruinadas estavam quietas, com explosões e disparos ecoando ao longe.

Apenas encontramos os resultados das batalhas que ocorreram, fachadas de prédios destruídas, veículos flamejantes queimando, buracos de balas e crateras de explosões por todos os lados, e as centenas de cadáveres pintando as ruas de vermelho, alguns de combatentes com suas faces presas em fúria, ou civis com olhares de pânico.

Estranhamente, esse tipo de visão não me incomoda tanto assim, mas não sei dizer se é o lado Necron insensível tomando conta, ou se estou me acostumando à violência e à morte. Se eu ainda fosse humano, eu provavelmente vomitaria.

Aqueles que ficavam em nosso caminho eram facilmente despachados por meus Exterminadores ou Marines.

Sinceramente, acho que só deveria me preocupar se as armas de Melta, Plasmas ou Poder começarem a aparecer, ou então a artilharia capaz de rachar um planeta.

Mas até lá, seguirei devagar e com cuidado, afinal, minha dinastia não possui pressa no campo de batalha. Aproveitei esse momento de paz para reler minha lista de afazeres em meus sistemas.

1 – Perguntar para Angron se ele está bravo.

2 – Estapear a careca de Gabriel Seth.

3 – Trocar, roubar, ou conseguir o clone de Fulgrim de Trazyn.

4 – Fazer meus próprios Space Marines.

5 – Coletar plantas para o meu futuro jardim.

6 – Encontrar a cabeça de Konrad Curze

7 – Encontrar o corpo ou a cabeça de Ferrus Manus.

8 – Trazer de volta o conceito de NFT e bitcoin, enganar toda a galáxia e desaparecer com o dinheiro.

9 – Criar um podcast com Trazyn e Nemesor Zahndrekh.

10 - Destruir os planetas, estrelas e luas que compõem o horóscopo e acabar de uma vez com essa besteira.

DING!

Um barulho indicou que chegamos a nosso destino, viramos a esquina bem a tempo de ver dois Arbites, um masculino e outro feminino, despachando um grupo de cultistas com suas Espingardas, e a julgar pela montanha de cadáveres na rua, eles estão fazendo isso há tempo.

Os Arbites tomaram cobertura atrás de uma das barricadas e dispararam uma chuva de chumbo, suas armas atirando com estrondos ensurdecedores, e despedaçando os cultistas em uma chuva de tripas e gritos agonizantes.

Um dos cultistas conseguiu escalar a barricada, mas ele não chegou longe, pois o Arbites feminino reduziu sua cabeça a uma mancha vermelha no chão com um golpe de sua Massa de Poder.

"Saudações!" Falei, me aproxima da barricada.

Ambos os Arbites apontaram suas armas em minha direção, mas sua disciplina com o gatilho os impediu de atirar.

"Astartes?" O Arbites masculino perguntou, me mantendo em sua mira.

"Exatamente, chamo-me Akatosius Uthacello, Mestre de Capítulo dos Cavaleiros Fantasmas. Estávamos passando pelo sistema quando notamos a comoção no planeta, então decidimos ajudar." Expliquei, apontando para os meus Marines e refugiados que se aproximavam.

Alguns minutos de silêncio se passaram, os Arbites discutiram algo que eu não conseguia ouvir, e falaram com alguém atrás da barricada, então eles falaram.

"Vocês podem se aproximar, ainda temos espaço para mais algumas pessoas." A Arbites feminina falou, apontando para o prédio logo atrás.

"Agradeço por sua cooperação!" Respondi, caminhando em direção ao abrigo.

Um caminhão se moveu, liberando uma secção da barricada e permitindo que nós passássemos. Avistei mais Forças de Defesa Planetária e Irmãs Hospitalares do outro lado, lidando provavelmente com outros cultistas que chegassem perto demais.

Ordenei que meus Marines se afastassem, permitindo que os civis fossem atendidos pelas Irmãs e levados para dentro do abrigo, não antes de me tratarem como um anjo, me cobrindo de agradecimentos e rezas.

Isso me deixava com os Arbites e as Irmãs Hospitalares, que logo se aproximaram de mim.

"Não esperávamos a chegada de vocês Astartes, mas a ajuda é bem-vinda. O Imperador deve ter guiado vocês até aqui, isso é um alívio para os olhos." A Irmã Hospitalar falou, provavelmente a líder do grupo.

"Posso dizer o mesmo, afinal, a sua beleza é um colírio para meus olhos cansados." Flertei, me curvando levemente e oferecendo minha mão à Irmã.

Um silêncio constrangedor tomou conta do local enquanto todos me encaravam com olhos arregalados e bocas abertas, pelo menos aqueles cujos elmos não cobriam completamente o rosto.

"Perdão." A Irmã Hospitalar respondeu, saindo de seu estupor.

"Só estou dizendo que aprecio a beleza da maravilhosa donzela em minha frente." Falei novamente, mantendo o mesmo tom e pose de antes, mas não obtive reação e permaneci parado como uma estátua.

A Irmã Hospitalar olhou em volta, confusa com a situação. As Irmãs próximas deram de ombro, enquanto outras acenavam e davam um sinal positivo para a Irmã Hospitalar.

"Desculpe-me, mas você está me confundindo com outra pessoa? Isso é algum tipo de teste?" A Irmã Hospitalar perguntou desconcertada.

Analisando meus arredores, percebi que os Arbites, Irmãs e civis me encaravam com a mesma confusão e desconcerto da Irmã Hospitalar. Rapidamente reajustei minha postura, tossindo em meu punho enquanto tentava salvar a situação estranha.

"N-não, acredito que houve um pequeno desentendimento, mas deixando isso de lado, qual é a situação aqui?" Perguntei nervosamente, respirando fundo, ou pelo menos tentando.

Isso serviu de deixa para que os Arbites se colocassem na conversa e me relatassem a maioria do que já sabia.

"Os hereges tomaram conta das comunicações, então estamos incapazes de pedir reforços, as defesas automáticas da cidade estão atirando em qualquer um que tente entrar por algum motivo. Onda após onda, de hereges estão tentando superar os focos de resistência pela cidade, com armas e veículos modificados. Como se isso não fosse o suficiente, traidores portando equipamento da Guarda Imperial e verdadeira capacidade ofensiva se juntaram aos hereges, superando nossas defesas e situando a Catedral de Santa Alexia."

Hm... Nada de novo, talvez eu deva ir até a catedral e...

"Mestre de Capítulo! Sei que você pode me ouvir! Venha para a Basílica da Águia Dourada e venha sozinho! Sabemos que você e seus falsos anjos planejam arruinar nossos gloriosos planos, e não podemos permitir isso, não é mesmo? E para garantir que você virá..."

BANG!

"SOCORRO! ALGUÉM NOS AJUDE!"

"...É melhor se apressar, sabemos que você se importa, mas meus irmãos não são pacientes como eu e... MORRA HEREGE!... OLCINIA, FOGO DE SUPRESSÃO... GENA... Alguém acabe com aquelas adoradoras do Falso Imperador!"

Esqueça, abri o mapa da cidade e procurei pela basílica, marquei a localização e recebi a rota mais rápida.

"Parece que preciso ir, o dever me chama. Espero que vocês não se importem se eu deixar meus irmãos aqui." Falei para todos os presentes.

"Você planeja aceitar as demandas do cultista?" A Irmã Hospitalar me perguntou surpresa com a transmissão que ecoou pela cidade.

"É uma armadilha, obviamente." O Arbites masculino disse.

"A vida de inocentes está em risco, mostrarei a esses hereges a fúria do Imperador. E não se preocupem, tenho minhas próprias maneiras de lidar com situações difíceis." Respondi acariciando a cabeça dos dois Arbites como se fossem crianças.

Deixei os Arbites chocados de lado e me virei para a Irmã Hospitalar.

"Espero encontrá-la novamente em uma situação mais amigável, minha bela dama." Falei, me curvando exageradamente.

"O QUÊ?!?" A Irmã Hospitalar exclamou, mas eu já estava correndo para longe dali em direção à basílica.

"Liga-me mais tarde!" Gritei de volta antes de desaparecer em uma esquina.

-XXXXXX-

Assim que tomei distância o suficiente, entrei em um beco e enviei um comando.

A realidade se partiu e seis portais no formato de caixões se abriram em minha frente. Um Marca da Morte pisou para fora de cada portal, o olho no centro de seus rostos gerando o buraco na realidade antes de sua luz intensa diminuir e o portal se fechar.

Os Marcas da Morte se ajoelharam em minha frente com um punho acima do peito e falaram simultaneamente em uma voz monótona.

"Essas unidades aguardam suas ordens, Lorde Ulthagakh."

"Quero que vocês se posicionem nos prédios cercando a Basílica da Águia Dourada, permaneçam longe dos olhos inimigos e aguardem por minhas ordens."

"Sua vontade será feita, Lorde Ulthagakh." Os Marcas da Morte responderam, se levantando enquanto seus olhos ciclópicos brilhavam, rasgando a realidade e abrindo um portal para sua dimensão de bolso, desaparecendo logo em seguida.

Agora que os Marcas da Morte seguiram em frente, decidi lidar com a mensagem que aparecia em meus sistemas.

Alerta, energia do warp detectada!

Essa mensagem pisca em meus sistemas faz algum tempo, só não ativei meu Ankh na potência máxima devido à falta de tentativa de corrupção e aos civis que eu protegia, prefiro evitar fazer com que crianças tentem arrancar os próprios olhos.

Vislumbrei algo brilhante no canto de meus olhos, então me virei rapidamente com minhas armas preparadas, mas não havia nada lá. Entretanto, o ponto brilhante continuava no canto de minha visão, me virei repetidamente, tentando focar na coisa que fugia de meu foco.

Pensei em assumir o controle de um escaravelho e ver os meus arredores de uma perspectiva diferente, mas a coisa decidiu aparecer como se soubesse de minhas intenções.

Com uma virada final, fiquei frente a frente com uma bola de luz dourada. Inclinei minha cabeça em confusão. De onde essa coisa veio? Não encontrei nenhum portal por perto, e não havia daemons correndo pelas ruas.

Eu deveria ativar meu Ankh e banir essa coisa para o Imaterium? A bola de luz se afastou de mim, como se soubesse o que eu estava pensando.

Hm... Estendi minha mão e tentei agarrar a bola de luz, mas ela desviou de meu aperto repetidamente. Desisti de meus esforços e analisei a massa de energia com curiosidade.

Caos faz parte do warp, mas nem tudo dentro do warp faz parte do caos, essa coisa não parecia me desejar mal, mas eu tinha minhas preocupações.

"Meu Lorde, estamos em posição." Um dos Marcas da Morte falou em meus sistemas, chamando minha atenção.

Assumi o controle do Marca da Morte e observei o mundo através de seus olhos. A Basílica da Águia Dourada era majestosa, uma obra de arte de arquitetura gótica feita de mármore escuro, pedra, ouro e metal que envolvia um pátio retangular.

E em cima de um domo no topo da basílica, havia uma grande águia de duas cabeças, feita de ouro puro e apontando suas asas em direção aos céus.

Mas o que chamou minha atenção foi o número de Guardas Traidores me esperando nas secções da basílica com vista para o pátio, eles se escondiam nos telhados, próximo às janelas e atrás de pilares.

Também havia um grupo de pessoas ajoelhadas uma do lado da outra, com as mãos atrás das costas e sacos pretos cobrindo suas cabeças. As pessoas usavam coletes cheios de fios e luzes piscando, provavelmente bombas, enquanto um Guarda Traidor ficava de pé atrás de cada pessoas.

Bem, preciso lidar com o que é mais urgente no momento. Me importar com os humanos acabará me matando, mas não importe o quanto eu tente agir como um Necron, não consigo apagar aquela chama humana dentro de mim.

Deixei a bola de luz de lado e marchei em direção à basílica, mas percebi que a massa de energia me seguia.

"Se você quiser me acompanhar, então que seja, mas banirei você com meu campo nulo se tentar alguma coisa."

Estranhamente, a bola de luz pareceu entender o que eu disse.

-Esconderijo dos Cultistas-

"Meu Lorde, o falso anjo se aproxima da basílica!" Um cultista sentado em frente a um cogitador falou para o Demagogo na sala de controle do esconderijo.

"Perfeito, envie nossas falhas para lidar com o maldito que ousou desafiar nossa deusa e as adoradoras do falso imperador na catedral." O Demagogo respondeu.

"Sim, Meu Lorde!" O cultista exclamou, repassando as ordens em um dispositivo de vox.

-XXXXXX-

Os cultistas em uma secção isolada do esconderijo receberam as ordens e correram em direção a um painel de controle.

Pressionando diversos botões e alavancas nesse painel, portas metálicas se abriram e fecharam nos esgotos, criando passagens diretas para áreas diferentes da cidade.

Então, todos os cultistas se encararam em silêncio, trocando uma mensagem não falada.

Recebendo uma série de acenos, um dos cultistas puxou uma alavanca no painel de controle, fazendo com que grandes portões gradeados se erguessem em um canto escuro da câmara de esgoto.

Todos os cultistas deixaram a câmara sem perder tempo, apertando um botão em um painel na parede e fechando uma porta reforçada atrás de si.

Então, a câmara ficou em silêncio, o único barulho sendo o estalo metálico rítmico dos portões se levantando. Quando os portões se ergueram completamente, dezenas de olhos brilhantes surgiram na escuridão.

-XXXXXX-

"Está feito, meu Lorde." O cultista respondeu para o Demagogo.

"Ótimo, agora..."

Subitamente, as luzes do esconderijo se apagaram e se reascenderam repetidamente, equipamentos queimaram e saíram do controle, monitores explodiram, enviando vidro e faíscas para todos os lados, cabos arrebentaram e lâmpadas estouraram.

Os cultistas gritaram em surpresa, ou dor, no caso dos eletrocutados e atingidos por estilhaços. Então, tão rápido quanto veio, a energia retornou ao normal como se nada tivesse acontecido.

"Quero um relatório e controle de danos, agora!" O Demagogo ordenou.

Os cultistas cumpriram as ordens imediatamente, equipes de reparo correram para consertar ou substituir os equipamentos destruídos, enquanto os cogitadores que sobreviveram ao dano eram reiniciados.

"Meu Lorde, nós perdemos o Centro de Comunicações e as defesas pararam de atirar! Os reforços inimigos chegarão logo!" O cultista relatou enquanto música sagrada tocava de fundo.

O Demagogo fechou seus punhos em fúria, a energia do warp estalou ao seu redor, distorcendo levemente a realidade enquanto sua carne pulsava por debaixo da pele, fazendo com que seus robes ondulassem enquanto o barulho de ossos se rearranjando ecoava pela sala.

Então, o Demagogo respirou fundo, recitando uma oração ao Príncipe do Prazer enquanto pensava em seus próximos passos. A energia do warp desapareceu, a realidade retornou ao normal, e a carne pesadamente mutada parou de se contorcer.

"Meu Lorde, o que nós faremos?" O cultista perguntou.

"O que nós faremos? Adiantaremos nossos planos! Minhas Lâminas Abençoadas e eu iremos até a catedral e esmagaremos as adoradoras do imperador cadáver e entregaremos seus corpos quebrados para nossos homens se divertirem! Desvie nossas forças para a catedral! Onde está Sabathiel e aquele maldito Astartes?!?"

"Não precisa gritar, nós estamos aqui." Uma voz sádica feminina respondeu, entrando no centro de comando.

"Onde diabos vocês estavam?!?" O Demagogo demandou, apontando seu cajado para a Irmã Traidora e o Cavaleiro Cinzento que a acompanhava.

"Garantindo que o cerco à catedral continue. Esses seus cultistas podem ouvir suas ordens sem questionar, mas sou eu que lidero a Guarda Traidora, eles são meu Bando de Guerra, não seu. E infelizmente, eles precisam ser lembrados do que acontecerá caso falhem." Sabathiel respondeu.

"Hump! Espero que você não desapareça novamente, chegamos longe demais para voltar agora!"

"Você chegou longe demais! Tenho meus próprios recursos para sobreviver e prosperar. Mas isso se tornou fazer ou morrer agora que você se revelou para o mundo, não é mesmo?" Sabathiel respondeu, sorrindo de orelha a orelha, revelando seus dentes afiados e língua de serpente.

"Não pense que morrerei como um tolo! Liderei esse culto durante décadas, o vi crescer e prosperar! Dei meu sangue, suor e lágrimas para chegar onde cheguei!"

"Nosso beneficiador não pensa da mesma forma."

"Slaanesh não..."

"Não estou falando do Deus do Caos." Sabathiel interrompeu o Demagogo.

"O que você quer dizer?" O Demagogo perguntou confuso.

"Você não acha que construir esse pequeno culto foi fácil demais? Olhe em volta, todos esses feiticeiros, cultistas, armas e equipamentos, você não acha estranho toda essa corrupção caótica existir em um planeta tão cheio de fé no Imperador?"

O Demagogo ficou em silêncio, pensando profundamente sobre tudo que o levou a este ponto. Seus olhos se arregalaram por trás de seu véu escuro, enquanto suas mãos tremiam em frustração.

"Gostaria de ver você dizer essas palavras quando eu transformar esse planeta em um Mundo Daemon." O Demagogo respondeu com raiva mal contida.

"Claro, claro, só quero que você se lembre de que existe uma fila de pessoas nesse planeta esperando por uma vaga em sua posição. Temos todo o tempo do mundo, ao contrário de você. Agora, se nos der licença, tenho um esqueleto para matar, logo me juntarei a você na catedral." Sabathiel respondeu, deixando o centro de comando e o Demagogo furioso para trás.

-Basílica da Águia Dourada-

Bem, aqui estou eu. Meus Marcas da Morte estavam posicionados e os Espectros estão por perto, fora da realidade, mas prontos para agir. Vejamos o que me espera.

Pisei no pátio e caminhei em direção à majestosa basílica. Eu adoraria ter visitado esse lugar em uma melhor oportunidade, mas agora era tarde demais para isso. Talvez eu consiga fazer um tour apropriado quando tudo se acalmar.

Não demorou muito para que todos os Guardas saíssem de seus esconderijos e apontassem suas armas em minha direção. Esse não pode ser o plano deles, será preciso muito mais que algumas Lasguns para me matar. O que eles estão escondendo?

"Vamos, o que vocês estão esperando? Atirem ou falem o que querem!" Exclamei, abrindo meus braços em desafio.

Subitamente, um portal do warp se abriu do outro lado do pátio e duas figuras surpreendentes saíram do portal, uma Irmã de Batalha e um Cavaleiro Cinzento, mas com armaduras cobertas de iconografia do caos, majoritariamente Slaanesh.

"Por que a pressa? Você nunca ouviu o ditado? A pressa é a inimiga da perfeição." A Irmã de Batalha falou animadamente, sentada no ombro do Space Marine.

"Desculpe-me, mas estou trabalhando com horário, e você está me fazendo perder tempo com esse joguinho!" Respondi, apontando minha alabarda para a Irmã.

"Rude, isso é forma de tratar uma dama?!?" A Irmã perguntou, sua face se contorcendo em indignação.

"Dama? Não estou vendo nenhuma dama aqui!" Respondi, colocando minha mão em minha testa para proteger meus olhos da luz solar e olhando em volta.

"Ei, você! Você viu alguma dama por aqui?!?" Perguntei para um Guarda Traidor no lado esquerdo do pátio, fazendo-o saltar levemente.

O guarda olhou em volta nervosamente, enquanto a Irmã de Batalha o fitava com ódio.

"E você? Você viu alguma dama?" Perguntei para outro guarda, esse me observando pela janela da secção direita da basílica.

Sorri internamente quando o Guarda não respondeu e a Irmã de Batalha rosnou de raiva.

"Julgando pela falta de resposta, acredito não haver uma dama aqui." Zombei, da Irmã de Batalha, acenando para meus arredores enquanto avançava pelo pátio da basílica.

"Pare aí mesmo, não dê mais um passo!" A Irmã de Batalha exigiu, erguendo um dispositivo retangular. Simultaneamente, os Guardas removeram os sacos das cabeças dos reféns.

"Esse é o seu plano? Usar as vidas dessas pessoas como garantia de que ficarei parado enquanto vocês atiram em mim?" Perguntei, ordenando que os Marcas da Morte preparassem para atirar.

"Não, isso seria tolice, sei que é preciso muito mais que isso para acabar com você, assim como sei do que seus homenzinhos de lata são capazes. É melhor você não fazer nenhuma estupidez, pois as bombas explodirão se eu morrer ou o detonador for destruído." A Irmã de Batalha respondeu, estalando os dedos.

O Cavaleiro Cinzento ergueu uma mão trêmula, envolta em energia psíquica, ergui minha Alabarda, me preparando para o combate, mas nenhum ataque veio.

Runas roxas e brilhantes flutuaram acima do pátio, girando velozmente em uma chuva de raios coloridos enquanto se aproximavam do chão com um zumbido agudo.

Um grande círculo brilhante cheio de runas reluzentes surgiu no pátio quando o feitiço toucou o chão, se expandindo e formando um tipo de arena comigo no centro.

"Agora conheça seus desafiantes!" A Irmã de Batalha gritou animadamente, erguendo seus braços em direção aos céus.

Um barulho abafado ecoou ao longe, gradualmente ficando mais alto. Subitamente, o chão começou a tremer ritmicamente, com o barulho de metal e pedra destruídos tornando-se audível, junto ao que parecia ser gritos e rosnados.

O barulho ficou cada vez mais alto, enquanto os tremores aumentavam. Fortaleci o aperto em minha Alabarda e assumi uma posição de luta, me preparando para o que estava por vir enquanto tentava adivinhar a identidade de meus inimigos.

Daemons? Demônio Maior? Motores de Guerra? Tive minha resposta alguns segundos depois.

CRASH!

Duas enormes criaturas destruíam o prédio principal da basílica com um estrondo, enviando uma chuva de pedra, ouro e metal em direção ao pátio. As criaturas avançaram velozmente, cada uma grande como um Dreadnought.

Seus passos pesados abriram buracos no chão enquanto rosnavam e gritavam incoerentemente, suas bocas escorriam saliva por entre seus dentes afiados e grandes feito espadas, desejando por sua próxima vítima, enquanto seus olhos vermelhos e ensandecidos escaneavam seus arredores freneticamente, procurando por algo para descarregar sua ira.

As criaturas entraram no círculo e pararam seu avanço, me encarando prontos para atacar. Aproveitei a oportunidade para analisar as duas criaturas.

A primeira era quadrúpede, com garras grandes e afiadas em cada um dos cinco dedos no fim de seus membros, de pele vermelha brilhante, coberta de buracos escuros e gangrenados, ferimentos infectados, pústulas estouradas e escorrendo uma gosma amarela, e espinhos saindo de sua coluna vertebral.

A criatura tinha duas pinças ensanguentadas saindo dos braços extras em suas costas, abrindo e fechando repetidamente no ar com estalos metálicos enquanto sua língua balançava em sua boca deformada, cheia de dentes tortos, manchando o chão de saliva.

A segunda criatura era bípede, mas caminhava de forma curvada, semelhante a um primata de pele azul com quatro dedos terminados em garras escuras em cada membro.

Suas costas estavam cobertas de tentáculos rosados que chicoteavam o ar violentamente, enquanto um terceiro braço malformado terminado em tentáculos se arrastava pelo chão fracamente.

A criatura não tinha olhos ou maxilar, mas sim dois grandes chifres saindo de sua cabeça enquanto sua língua permanecia pendurada frouxamente em sua boca.

Ótimo, duas crias do caos para matar! Pelo menos não é um Demônio Maior, não estou pronto para enfrentar algo desse calibre ainda.

Mas é para isso que estou treinando, possuo o melhor corpo possível, mas me falta técnica e experiência. Hora de descobrir se meu treinamento infernal está valendo a pena.

"Permita-me explicar as regras, elas são bem simples, na verdade. Se você pisar fora do círculo, as bombas explodem, se algum dos seus homens de lata se meteram na luta, as bombas explodem, se você trapacear de alguma forma, as bombas explodem, se os meus bichinhos morrerem, as bombas explodem." A Irmã de Batalha falou, sorrindo sadicamente.

"Seriamente? Não há nenhum prêmio se eu ganhar?" Perguntei, ativando meu Ankh e fazendo as Crias rosnarem de dor.

"Só existem três destinos para aqueles que provocam a ira de um Deus do Caos: corrupção, morte, ou algo pior! E o Príncipe do Prazer quer o seu crânio brilhante em uma bandeja de prata! Você também pode acabar com sua farsa e usar todos os recursos à sua disposição, mas você se revelaria para toda a cidade, não é mesmo?"

"Bem, você é uma pessoa difícil de se negociar."

"O que posso dizer? Adoro um bom espetáculo, ataquem!" A Irmã de Batalha comandou.

As Crias do Caos rugiram furiosamente, avançando com suas garras prontas para me despedaçar. Simultaneamente, avancei enquanto girava minha alabarda, o lado Necron gritando de felicidade ao duelar com tamanhas criaturas.

FIM DO CAPÍTULO

Antes que você vá, gostaria de apresentar as novas armaduras dos Space Marines do Capítulo dos Cavaleiros Fantasmas.

Mestre de Capítulo / Overlord

Sargento / Imortal

Irmão de Batalha / Guerreiro

Por enquanto é isso, até o próximo capítulo!

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