Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.

By wttpdatena

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Richard Ríos, astro do futebol do Palmeiras, tem uma noite de paixão com uma mulher misteriosa, sem saber que... More

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By wttpdatena

A NOITE FOI UMA BATALHA PERDIDA com o sono fugindo de mim como um fantasma indomável. Cada vez que fecho os olhos, as palavras de Maitê ecoam em minha mente como um mantra incessante, repetindo-se sem piedade.

"Vamos agir como profissionais", sua voz ressoa, cada sílaba uma punhalada de realidade e consequência. E por mais que eu tente ignorar essas palavras, elas persistem, como uma lembrança constante de meus erros e falhas.

Ao atravessar o campo de treinamento na manhã seguinte, o eco das palavras dela me acompanha a cada passo. É como se o próprio campo estivesse ecoando seus conselhos, lembrando-me da necessidade de agir com maturidade e responsabilidade.

É uma verdade difícil de engolir, uma lição amarga em humildade e redenção. Por mais que eu queira desfazer o que foi feito, sei que não posso voltar atrás no tempo e apagar o passado.

Tudo o que posso fazer é aceitar as consequências de minhas ações e tentar fazer as coisas direito daqui para frente.

Enquanto continuo meu caminho pelo campo, uma sensação de resignação se instala dentro de mim. Talvez seja hora de deixar para trás as ilusões do passado e abraçar a realidade do presente.

É hora de agir como profissional, mesmo que isso signifique enfrentar o desconforto e a incerteza que o futuro reserva.

— Cara, qual foi? "Cê tá com uma cara de poucos amigos hoje. — pergunta o caçula do time.

— É, tá parecendo que acabou de chupar limão, o que houve? - Menino diz.

— Nada, só não dormi muito bem, sabe como é.

— Ah, entendo... Mas você tá estranho desde o incidente com a Maitê ontem. Tá tudo bem? — o caçula me olha desconfiado.

— É, vocês dois pareciam que iam se matar lá na sala de apresentações. — Menino para a bola no pé com as mãos na cintura esperando pela minha resposta.

Merda.

— É, foi um mal-entendido. Mas já passou, vamos focar no treino.

— Ah, sei não, cara. Parece que ainda tá te incomodando. Se precisar desabafar, tamo aqui. - Menino toca para mim.

— Vamos deixar isso de lado por enquanto. Precisamos nos concentrar no treino.

Eles olham um pro outro e acenam com a cabeça encerrando as interrogações.

Meu coração acelera quando avisto Maitê passando pelo corredor próximo à quadra de treino. Seus passos decididos ecoam no ambiente, enquanto meu olhar a segue involuntariamente.

Mas minha atenção é desviada abruptamente quando avisto Piquerez se aproximando dela, prontamente a abordando.

Uma onda de raiva percorre meu peito enquanto observo os dois interagindo. Meus punhos se cerram instintivamente, e uma sensação de desconforto se instala em meu estômago

A simples visão dos dois juntos desperta uma mistura de emoções em mim: inveja, frustração e uma pontada de ciúmes.

Eu me seguro para não agir impulsivamente, mas é difícil ignorar o turbilhão de sentimentos que se agita dentro de mim.

A raiva queima em meu peito, enquanto me forço a focar no treino diante de mim, tentando afastar os pensamentos perturbadores que ameaçam me consumir.

Percebo os olhares de Menino e Endrick sobre mim. Trocam olhares significativos, e um sorriso malicioso surge nos lábios deles.

A ficha deles cai, e um sorriso travesso aparece em seus rostos.

— Olha só, o nosso querido Richard. — Menino diz com um tom sarcástico. — Ah, então é por isso que ele está tão distraído hoje!

— Ele parece um touro pronto para atacar! - Endrick acrescenta, com um sorriso travesso.

Tento manter a compostura diante das brincadeiras dos meus amigos. Por mais que suas provocações me irritem, sei que faz parte da dinâmica do grupo.

— Muito engraçados vocês, realmente. Mas vamos nos concentrar no treino, ok? — respondo com um sorriso forçado.

Endrick está com um sorriso malicioso.

— Parece que alguém encontrou uma nova fonte de inspiração.

Tento disfarçar minha surpresa diante das observações deles.

Por mais que queira manter minha concentração no treino, é difícil não sentir uma pontada de desconforto com a perspicácia deles em perceber meu interesse por Maitê.

As palavras de Endrick ecoam em meus ouvidos, como se tivesse acertado em cheio em um ponto sensível.

Meu coração parece bater mais rápido, e uma sensação de nervosismo toma conta de mim. Ele sempre teve esse jeito direto de abordar as coisas, e agora não é diferente.

— Já sacamos cara, é ela não é? A sua mujer inolvidable? — Ele diz com um sorriso malicioso, como se tivesse desvendado um grande mistério.

Respiro fundo, sentindo-me como se estivesse exposto diante deles.

Meus amigos observam minha reação com interesse, esperando uma confirmação ou negação de minha parte. Não consigo evitar o suspiro que escapa de meus lábios enquanto me sento na grama, recostando-me levemente.

— É ela. — murmuro, quase para mim mesmo. A sensação de admitir isso em voz alta é tanto libertadora quanto assustadora.

Naquela noite especial, mergulhamos em uma espécie de anonimato mútuo, como se nossas identidades não importassem mais do que o momento presente que estávamos compartilhando.

Não houve perguntas sobre nomes ou origens, apenas uma entrega total à magia do momento.

É interessante como a ausência de informações pessoais acabou ampliando a intensidade da conexão entre nós. Sem preocupações com o passado ou o futuro, éramos apenas duas almas perdidas em um mar de sensações e emoções, absorvendo cada momento com uma avidez voraz.

Naquele breve instante, éramos livres para ser quem quiséssemos, sem as amarras das convenções sociais ou expectativas externas.

Era como se nossos corações se comunicassem diretamente, sem a interferência de palavras ou detalhes mundanos.

E mesmo agora, enquanto recordo aquela noite, ainda sinto o eco daquela liberdade e daquela conexão única que compartilhamos.

Talvez seja por isso que a lembrança dela permanece tão vívida em minha mente, como um tesouro guardado em um canto especial de meu coração, esperando ser revivido a qualquer momento.

Por um instante, me pego pensando, porra. Como pude duvidar das intenções da Maitê?

Essa ideia me deixa puto comigo mesmo. Como posso ser tão idiota? Ela deve estar me odiando agora, e com razão.

Meus amigos, Endrick, Menino e Veiga, não perdem tempo em me tirar do transe.

Enquanto estou lá, perdido em meus pensamentos sobre Maitê, uma bola vem voando em direção à minha cabeça, arremessada por Endrick.

— Opa, parece que alguém está no mundo da lua. — comenta Menino com um sorriso sacana, enquanto Veiga se junta à brincadeira, dizendo:

— É, já chega de ficar pensando na fisioterapeuta, né?

Reviro os olhos, mas não posso deixar de rir com a provocação dos caras. Eles sempre têm um jeito de me tirar do sério nos momentos mais inoportunos.

— Vocês dois não têm jeito mesmo. — respondo, fingindo indignação.

— Mas tudo bem, vamos focar no treino agora, ok?

Claro que, em questão de segundos, a conversa desvia para outros assuntos aleatórios, como o último jogo do Palmeiras e as últimas fofocas do vestiário. É impossível ficar sério por muito tempo quando estou com esses caras ao meu redor.

Depois de algumas horas de treino intenso e algumas brincadeiras no campo, finalmente o treino chega ao fim. Estamos todos suados e exaustos, mas também satisfeitos com o trabalho realizado.

Juntos, caminhamos em direção ao vestiário, trocando piadas e comentários sobre o desempenho de cada um durante a prática.

Endrick está contando uma história engraçada sobre um lance que ele protagonizou durante o treino, enquanto Menino e Veiga riem alto ao seu lado.

À medida que nos aproximamos do vestiário, sinto um misto de alívio por ter terminado o treino e expectativa pelo merecido descanso que nos aguarda.

É um daqueles momentos em que a camaradagem do time se faz presente de forma palpável, e eu me sinto grato por fazer parte desse grupo unido.

Com um sorriso no rosto, empurro a porta do vestiário e entramos, prontos para relaxar e recarregar as energias para o próximo desafio que nos espera.

Veiga sobe no banco com um sorriso malicioso no rosto, claramente animado para anunciar sua festa. Todos nós nos aproximamos, curiosos para ouvir o que ele tem a dizer.

— Pessoal, festa na minha casa amanhã! - ele anuncia, erguendo os braços para chamar a atenção de todos. — Vai ter bebida, música e..."

Ele para por um momento, olhando para nós com um olhar travesso, esperando que completássemos a frase em uníssono.

E é claro que não perdemos a oportunidade.

— MULHERES! — exclamamos, rindo enquanto concordamos com a proposta animada de Veiga.

Afinal, uma festa sem a presença feminina não seria uma festa de verdade, certo?

A expectativa já começa a tomar conta do ambiente, e mal podemos esperar para nos divertir juntos mais uma vez, em meio a risadas, música e boa companhia.

Endrick não perde a chance de provocar, como sempre.

— Só assim pra esquecer a morena, hein, colombiano? — ele lança a provocação, me fazendo revirar os olhos e me preparar para uma resposta à altura.

Antes que eu possa retaliar, porém, um grito estrondoso ecoa pelo vestiário, interrompendo nossa brincadeira. É a voz do Abel, nosso treinador, que surge do nada com uma repreensão em alto e bom som.

— VOCÊS ESTÃO NO FUNDAMENTAL, PORRA?! — ele berra, claramente irritado com nossas brincadeiras de adolescentes.

Todos nós paramos imediatamente, olhando para ele com expressões de surpresa e depois começamos a gargalhar.

É claro que Abel não perde a chance de nos lembrar que somos profissionais e que devemos agir como tal, mas também sabe que fazemos parte de um time unido, onde as brincadeiras são parte do dia a dia.

Apesar da bronca, o clima leve e descontraído do vestiário prevalece, e estamos todos prontos para seguir em frente, tanto no campo quanto nas nossas futuras festas.

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Compartilhem a fanfic com as Marias Chuteiras.

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