Stop Calling Me Your Bunny

By junwuateu

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[โœ…๏ธ] Onde no final de semana antes da volta ร s aulas, Billy Loomis resolveu ir para um bar e acabou levando u... More

the night we met
he's not gay. he has a girlfriend!
little girl.
the last kiss
a man without love
lights, camera, action!
we can't be friends
if you like me, takes me on.
bleedin' you dry, like a goddamn vampire
"i only see him as a friend" the biggest lie ive ever said
i stayed in bad for like one week
i hate wasting potential
factor X.
that's enough.
consideraรงรตes finais e referรชncias.

beach bunny

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By junwuateu

- Billy Loomis -

Eu não entendia o porquê de Stuart ficar tão obcecado com aquela ideia tão de pressa. Nosso lance tava sendo legal, na verdade, eu estava lhe tratando melhor do que tratava a maioria das garotas que já fiquei. Podia ser um mecanismo de defesa, eu não queria me apegar, então ficava cada vez mais insistindo a sua companhia. Eu não insistia vossa companhia, mas estava óbvio que eu não queria que ele fosse embora; preparei café da manhã e até o levei na praia.

Bem, o levava.

— Então, qual o seu filme de terror favorito?  – Stu perguntou pra mim, enquanto caminhava descalço, com uma bermuda justa nas coxas e um boné na cabeça. Junto de duas listras de protetor solar acima das maçãs de seu rosto.

— Como sabe que eu gosto de filmes de terror?

— O jeito que você me enforcou na cama.

Dei um riso nasal.

— Eu gosto de Psicose.

— Um clássico.  – Comentava Macher, assim que nos aproximamos da água.

Billy vestia-se com uma bermuda um pouco acima dos joelhos na cor azul-marinho, o colo desnudo e pés também descalços. No seu braço esquerdo, uma fita branca estava amarrada em seu pulso como se tivesse sido um curativo mal feito e, se feito, feito às pressas.

Não usava protetor solar e nem boné algum, sua pele tinha o dom natural de bronzear.

— Você parece com ele.  – Continuara.

— Com Norman Bates?

— Sim, eu seria a sua Marion Crane nesse filme!

— Tá mais para Sharon Tate.

Ele sorriu.

— Me acha gostoso como a Sharon Tate?

O encarei.

— Acho que você é irritante como ela!

O loiro sorriu.

— Obrigado, amigo! Então, o seu tipo é ela, né?  – Ele voltava com aquele assunto.

Não conseguia apenas calar a boca e existir?

— Não.  – Fitei o horizonte. 

— Certo. Se não quer falar sobre isso, me diga, o que é isso no seu pulso?  – Ele puxou o meu braço.  — Alguma coisa você vai ter que me dizer. Qual é, Billy, nós provavelmente nunca mais vamos nos ver!

— E por isso eu vou te revelar meus segredos?  – Tirei sarro.

— Sim! Quer dizer, que mal faz? Eu sou curioso, não tenho pra quem contar!

— E a Tatum?

— Hum... Eu sei guardar segredo! E ela nem te conhece ainda.

— E nem vai.

Stu fixou seu olhar em mim.

— Billy, sério, quando arranjou isso?  – Falava sobre o ferimento.

O encarei de volta.

— Me machuco com frequência.

— Ah, e se machucou dormindo do meu lado? De conchinha comigo?

— É.

— Nem uma criança cairia nessa, cara.

— Me acordei no meio da noite e acabei me ferindo com a faca da cozinha.  – Eu menti, mas o tom da minha voz passou totalmente despercebido. Eu sabia disfarçar, qual é, ninguém é idiota a ponto de se cortar sem querer no antebraço com uma faca afiada. Quem faz isso, é porque quer.  – Satisfeito, meritíssimo?

Ele sorriu ladino, não se convencendo daquilo mas concordando em ignorar por agora.

Certo, eu tinha me machucado de propósito, mas isso não quer dizer que eu seja um suicida deprimido do caralho. Todos temos alguma mania estranha e a minha era essa. Às vezes, eu não sentia nada e desejava sentir alguma coisa; daí fazia isso. Outras, como agora, eu queria me lembrar da minha dolorosa verdade de ser quem eu sou. Não era como se eu fosse idiota, meus pulsos eram intactos e eu tinha cuidado máximo em não machucá-los. Se eu quero me matar, então arranco minhas tripas para fora com uma faca logo. A questão não era essa, meus braços não tinham cicatrizes profundas ou com um certo padrão, quase como cortes avulsos em tempos diferentes.

Se vou fazer uma porra dessa, então é melhor que eu faça direito.

Billy havia marcas e cicatrizes mais concentradas na parte ladina do ombro esquerdo, na região das bacias, coxas e panturrilha.

Não tinha certeza de quando aquele vício pela dor constante começou, mas se for questionado sobre, com certeza vai dizer que não é um vício. Afinal, pode parar quando tiver vontade.

— Entendi. Psicose então, né?

— Uhum.

— Eu curto O Massacre da Serra Elétrica.

— É um bom filme também.

— Do que mais você gosta?

— Do silêncio.  – Falei quando chegamos à beira da praia.

Ele se calou e eu pude apreciar a bela vista das ondas do mar serenas e o sol brilhando no céu. Por mais que aquela casa fosse minha, eu pouco ia pra lá. Passava mais tempo no escritório da minha casa na cidade e na universidade Windsor, às vezes na biblioteca enfiando minha cara em algum livro.

Mas diante de tanto silêncio, eu dei um sorriso e o olhei.

— Eu tô brincando.

— AH! Que sorte, cara, eu nunca fiquei tanto tempo em silêncio...

— Não precisa ficar quieto só porque eu falei.

— Mesmo?

— Qual é. Você é tão mandado assim?  – Zombei.

O loiro me olhou e deu um sorriso ladino.

— Você é maldoso, Billy.

Dei de ombros.

— Eu curti a vista.  – O rapaz continuava, olhando o horizonte.  – Quase melhor do que você por cima de mim.

— Você só sabe falar disso?

— O que mais quer que eu fale?

— Não sei. Você tem gatos?

— Sou mais de cachorros.

— Isso explica, você é um cachorro.

— Um cachorrinho ou uma cachorra?

Dei um sorriso, o olhando.

— Os dois, Stu. Você é a cachorra mais burra desse calçadão.

Ele riu.

— Você também é engraçado, veja só!  – Macher passou o braço por trás da minha nuca.  — O que mais quer saber sobre mim?

— Uhm.. Eu não sei. Você quer saber algo sobre mim?

— Eu tenho um milhão de perguntas! Primeiro, qual é o nome dela?

— Não vou falar sobre isso.

— Por que não?

— Cara, pra que quer saber?

Dera de ombros.

— Eu sou curioso.

— Você é doente, isso sim.

— Então, quantos anos você tem?  – Ele me perguntou.

Dei um suspiro e sentei na areia, próximo à água.

— Tenho vinte e cinco, Stu.

— Você é mais velho que eu.  – Afirmou, sentando-se do meu lado.

— É. Não é como se fosse muita diferença, quer dizer, você tem vinte e três.

— Tenho.  – Respondeu de imediato.  — Sabia que eu surfava?

Estranhei a mudança de tópico.

— Sério?

— Sim, quando eu vivia em Miami.

— Devia ser um surfista ótimo.

— Aha. Eu era mesmo! Mas agora não tenho muito contato com o mar, moro longe da costa..

— Pode vir aqui quando quiser.

— Tá brincando?

— Não, quer dizer, eu quase não venho pra cá. É só trazer sua prancha, me avise quando for ficar.

— Você não vai ficar comigo?

Eu o olhei.

— Tenho que dar aula amanhã.

— Não, quer dizer, quando eu vier pra cá. Vou ficar sozinho?

— Uhm..

— Entendi.  – Ele fitou o horizonte.

Revirei os olhos.

— Você é sempre assim?

— Assim como?

— Eu tenho um trabalho, cara, não posso vir pra cá sempre que você quiser que eu venha.

— Não é isso, eu falei que entendi. Só não quero perder contato contigo.

— É só um lance.  – Expliquei.

— A gente transou duas vezes em menos de vinte e quatro horas. Você me trouxe pra sua casa de praia e agora estamos nós dois na beira do mar, mas beleza, é só um lance.

Franzi meu cenho.

— O que quer que eu diga?

— Eu não fui claro?  – Ele me indagou, me fazendo ponderar.

Certo, às vezes eu não entendia as entrelinhas. Por que ele só não dizia o que queria que eu fizesse?

— Por que ainda não me mandou embora, Billy?  – Continuou.

— Porque eu curti você.

— Então pronto.  – Stu deu de ombros, desviando o olhar para a água.  — Eu vou dar um mergulho.

— Ta bom.  – Murmurei, pensando na merda de diálogo que acabamos de ter.

O rapaz se levantou e adentrou no mar, sumindo da minha visão assim que mergulhou. Dei um suspiro pesado e neguei com a cabeça, me atirando pra trás na areia.

Eu particularmente odiava a textura da areia roçando nas minhas costas e o sol me queimando, mas não me importei porque uma dúvida maior passava na minha cabeça;

Por que eu queria manter Stu Macher por perto?

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