| Renata on |
Acordo com uma forte dor de cabeça, fui abrindo meus olhos e vi uma parede escura...
Me sentei levemente no que parecia um colchão... Pera! Aonde eu estou?
Olhei ao redor e eu estava numa sala escura, não tinha janela mais tinha uma lâmpada pequena no teto que iluminava bem pouco, uma porta, um colchão meio velho no chão e num canto da parede uma mesinha com duas cadeiras e três gavetas.
Eu tentei me levantar mais cai de bunda, vi que meus braços estavam presos sobre minha costas com corrente que estava presa no chão ao lado da cama.
A corrente era cumprida, mais não dava para levantar.
Que lugar é esse? Minha cabeça tá doendo muito... Percebi que meus braços estavam enfaixados e aparentemente alguem colocou elas recentemente em mim.
Eu estava com o mesmo vestido, mas ele estava sujo e escuro, eu estava sem meu salto e... O bruno!
Ele deve estar preocupado... Quem me trouxe até aqui?? Eu... Não me lembro de muita coisa.
Eu... Eu tava saindo de casa pra ir na festa da samanta, alguém estava me seguindo... O carro bateu!! Meu carro.
Mais quem foi o desgraçado que estava me seguindo? Pera... Meu bebê.
Olhei em minha barriga e notei algo diferente, minha barriga estava um pouco maior do que antes, é como se eu tivesse apagado a dias... Semanas... Meses!!
O bruno deve estar preocupado... Será que meu bebê está bem? Ahh mais se algo acontecer com o meu menino eu vou matar o desgra....
– Crrr Crrr.
O barulho da porta rangido me tirou dos pensamentos, olhei para frente e vi um cara todo de preto entrando.
Inclusive, não dava para ver o rosto ou então os olhos, ele usava uma máscara e confesso que fiquei com medo.
Me encostei na parede olhando para ele... Ouvi uma risada baixa vindo diretamente dele.
— q-quem é você?. - susurrei com a garganta seca e meio inflamada
Ele apenas ignorou e veio se aproximando, tentei olhar pela porta mais vi outro cara que estava totalmente de preto me olhando.
Vi esse cara pegando uma chave do bolso e indo até a corrente ao lado da cama.
Era um chaveiro e eu não sabia qual chave ele estava usando e nem para que já que ele se enfiou em minha frente tampando minha vista.
Vi o outro cara colocando uma bandeja ao meu lado, nele tinha um pote aberto com comida e ao lado um copo de água.
Olhei para cima e vi o homem me analisando.
— o chefe é sortudo mesmo. - falou com uma voz rouca
Eu não identifiquei essa voz, é provável que eu não conheça ele.
— pra mim tudo é puta. - falou o que estava ao meu lado e eu fiquei séria
— quem você pensa que é pra me chamar de puta?. - falei sendo grossa, mas logo me arrependi
Ele me olhou e ouvi dar uma gargalhada sinistra, fiquei um pouco com medo e eu não processei muito naquele momento.
Só senti o soco em minha cara fazendo eu virar a cabeça com tudo pro lado contrário do que eu olhava.
Fechei meus olhos e mordi meu lábio de leve... Estava sangrando.
— seu imbecil!! Se ele ficar sabendo que você bateu nela estará ferrado. - disse o que estava de pé
— se acha mesmo que estou ligando? Ela até pode significar algo ao chefe, mas continua sendo a gravidinha do mafioso. - ele se levantou e eu arregalei meus olhos
Como ele sabe que bruno... Não... Não viaja renata, talvez ele não saiba.
Mas... Eu significo algo ao chefe deles? De quem ele está falando? Espera... Não, ele avia sumido por meses, mas será que é quem estou pensando?
— vamos logo!!. - falou o segundo cara saindo e o outro acompanhou ele dando as costas saindo de minha visão
A porta foi fechada bruscamente e permiti que as lágrimas caíssem...
— b-bruno. - sussurrei triste e sentindo uma dor em meu peito
Eu chorei por uns minutos... Eu nunca que iria comer essa comida desses nojentos, mas meu filho necessita e eu não irei fazer isso com ele.
Vi que agora eu conseguia afastar minha mão uma da outra, fora que a corrente ligada ao chão estava mais cumprida.
Me encolhi um pouco mais e passei minhas mãos por frente de meu corpo, vi meus pulsos que estavam vermelhos.
As correntes podem estar esticada, mais mesmo assim estão bem apertadas em meu pulso.
Funguei meu nariz e peguei o pote de macarrão, carne, arroz e feijão... Comecei a comer pensando no bruno.
Será que ele está me procurando? O que será que ele está fazendo agora? E a samy? Eu sumi no dia do aniversário dela.
Deve ter sido horrível para ela!!
Suspirei fundo engolindo o choro... Eu tô parecendo uma criança...
| Enquanto isso...
Samy olhava pro teto do seu quarto em inúmeros pensamentos.
Ela sabia que já fazia mais de um mês que não encontraram a renata. Bruno não envolveu a polícia pois poderia sobrar para eles, mas mesmo assim ele tem uns contatos de FBI e junto de seus amigos da máfia estavam procurando pela renata.
Desde aquele dia, o aniversário de Samanta foi horrível... Pois ela foi em bora da festa e ao saber por uma conversa de miguel e bruno que o carro de renata estava capotado e que tinha carros atrás dela numa perseguição ela chorou no mesmo dia.
Não saiu do quarto por três dias e quando saiu estava num estado horrível... Isso não se fala no bruno.
Ele poderia parecer que estava sério, determinado e forte em procurar a renata, mais por dentro estava destruído.
Ele não fazia ideia de quem pegou ela, como ela estava e como seu menino estava.
Bruno já teve dois pesadelos horríveis sobre renata estar preste-se a morrer ou então seu filho morto numa caixa.
Todos sabem que bruno está em uma situação deplorável... Mais acredite, ninguém desconfiava de gustav.
Primeiro que ele avia sumido a meses, segundo que até mesmo saiu numa notícia duas semanas depois do submisso de Renata que no noticiário acharam um corpo identificado como o gustav, mas o corpo estava queimado.
Bruno mesmo achando estranho, descartou essa possibilidade dele estar vivo.
A única coisa que bruno queria era a mulher dele ali, ao lado dele e junto da criança que mesmo estivesse na barriga dela, ele queria estar ao lado.
– Toc Toc.
Samanta olhou para a porta mais voltou o olhar pro teto.
— entra!. - falou alto para a pessoa do outro lado ouvir
A porta foi aberta e ela não olhou para saber quem era... Mas quando a pessoa se aproximou ela percebeu que era a Maria.
— menina vá comer algo. - disse ela preocupada com a samanta
— tô sem fome Maria. - fala ela sem tirar os olhos do teto
— samanta... Seu irmão já saiu para ir na máfia. - falou ela se sentando na ponta da cama
Samanta não respondeu, apenas estava viajando em seus pensamentos... Nem mesmo miguel conseguia animar a garota.
— samy se anima, sei que não é um momento para ficar animada, mas tenho certeza que renata não queria que você estivesse assim. - falou e samy olhou para ela
— eu... Quem fez isso Maria?. - ela se sentou na cama deixando lágrimas caírem
Maria limpou algumas e abraçou a menina que chorava feito criança.
— não sei minha pequena... Mais seu irmão irá encontrar ela e seu sobrinho. - samy ao pensar em como seria o menino correndo pela casa deu um sorriso
— ele vai ser lindo igual a naty. - ela se afastou de maria e deu o primeiro sorriso verdadeiro durante aqueles meses
— será muito lindo, só espero que não seja igual ao bruno. - falou a última parte cabisbaixa
— mais por que maria?. - samy disse estranhando, já que ela não via seu irmão pela casa e quando ela saia pra comer algo ele já não estava
— bruno nessas últimas semanas estava saindo as dez e eu percebi que ele só voltava às três... Mais piorou... Uma vez eu vi ele chegando as cinco e estava sombrio, isso tá se tornando constante. - disse ela e samy ficou pasma
Ela acabou ficando tão triste pelo sumiço da amiga que não percebeu que seu irmão estava mil vezes pior que ela.
— ele foi ao trabalho?. - perguntou ela pensativa
— sim... Mais ele não disse a hora que iria voltar. - falou ela alisando a bochecha da menina
— hm. - samy sabia de apenas uma coisa
Que teria que tentar falar com o irmão dela por que ela sabe que renata não iria querer ver ele assim... Muito menos ela e seus país que estavam dando apoio aos dois....