Jungkook
— O que estão achando? — Meu bebê finalmente entrou no nono mês de gestação então resolvemos ir conhecer algumas maternidades.
Fomos em duas até agora, a primeira visita não durou muito pois Jimin franziu o nariz logo de início, ali eu já sabia que ele não gostou.
E se meu namorado, a pessoa que vai dar a luz e quem mais vai precisar de sentir confortável no lugar não gostou eu obviamente não optaria pelo local.
— Eu gostei daqui — Ele respondeu meigo enquanto me abraçava de lado — É muito aconchegante.
— Gostou mesmo neném? Se algo te desagradou podemos ir atrás de outra.
— Hum hum, eu estou gostando dessa amor, por enquanto estou gostando muito — A mulher assentiu e continuou nos mostrando o local.
— Vamos dar uma olhadinha nos apartamentos? — Apartamento é basicamente um quarto individual onde o gestante ficará até o tempo necessário até poder retornar pra casa.
Jimin iria ganhar na mesma clínica onde estava fazendo todo o acompanhamento, como era o pai dele quem arcava com os gastos ele não queria dizer que não se sentia seguro em ganhar ali, mas em momento algum chegou a dizer pois tinha medo do pai o achar um ingrato.
Mais agora tudo mudou, não é só mais ele e meu sogro, eu estou aqui para tudo que minha família precisar.
E a melhor das clínicas, o melhor dos quartos, o melhor dos atendimentos se inclui ali com toda certeza.
Jimin merece respeito e empatia durante sua estadia ali, e eu farei questão de que tudo.
— Nossa amor, aqui é tão lindo — Os pequenos olhinhos brilhavam, meu loirinho estava visívelmente apaixonado pelo local me deixando extremamente satisfeito por ter escolhido fazer a visita aqui.
— Gostou minha vida? — Ele assentiu várias vezes com a cabecinha — Quer vir ganhar ela aqui?
— Sim por favor — Meu amor se agarrou ainda mais em mim fazendo com que eu risse, lindo da minha vida.
— Tudo bem, será aqui então.
— Oba — Ele bateu palminhas, demos mais uma olhada, principalmente nos locais onde meu bebê mais iria transitar e por fim saímos dali com o local escolhido e a cesárea marcada.
Sim, será cesariana por causa dos riscos, o médico nos explicou tudo detalhadamente, explicou como funciona e tudo que pode dar errado em um parto normal, especificamente em homem.
Ele disse que não é impossível, que o parto normal é sim uma opção na maioria dos casos mas ele não indica pra nenhum dos seus pacientes homens aptos a gerarem um bebê.
Ele explicou que os órgãos como o útero, trompas e tudo que é responsável pela gestação são idênticos a de uma mulher, a diferença é a saída, a vagina tem toda uma musculatura ideal para expulsar um bebê da forma correta.
Já o anus é completamente diferente, ele não é como uma vagina, além de não produzir o lubrificante natural causando extrema dor em caso de parto normal, e é daí que vem os problemas.
Problemas que não gosto nem de pensar, quando ele falou dilaceração e hemorragia eu ja não conseguia mais prestar atenção totalmente, minha mente vagava em diversas preocupações.
O medo de perder meu garoto tomou conta de mim e eu só voltei a respirar tranquilamente quando ele disse que queria cesárea, que ter um parto normal nunca foi uma opção pra ele.
Juro que assim que chegamos em casa eu só soube o beijar e agradecer por ele ter aquela decisão.
[...]
— Vida, tem noção? Falta tão pouquinho pra que estejamos com nosso pequeno amor em nossos braços — Ele assentiu enquanto fazia um biquinho — Céus, que emoção.
— Não vejo a hora de tê-la conosco, quero pegar nossa filha, cheirar e beija-lá, quero olhar pro rostinho dela e ver se ela se parece comigo ou com você.
— Com certeza com você, eu conto com isso — Meu amor fez bico novamente — Maaas, se ela vier a minha cara eu estarei feliz igual.
— Rum
— Amor, não importa com quem ela se pareça, uh? O que importa é que ela venha com saúde e regada de bençãos.
— Sim, tem razão meu amor — Beijei sua testa com carinho — Essa? — Meu bebê me mostrou uma manta lilás, ela é bem bem clarinha.
— Sim, vai combinar com a roupinha branca que meu anjo quer levar — Estamos montando a mala maternidade da nossa pequena Eun-bi, nosso ser iluminado, a razão que juntou eu e seu papai ainda mais.
Eu nunca agradeci tanto por ter sido emocionado e ter transado sem preservativo naquele dia, mesmo eu nunca feito sem antes e estar com camisinha nos bolsos. Eu nunca agradeci por ser irresponsável e ter gozado dentro de alguém.
Nunca agradeci tanto por ter me permitido sentir atração por alguém, chegar nele e ter tido de longe a melhor noite da minha vida.
Uma das melhores, pois desde que reencontrei meu loirinho só tenho tido noites maravilhosas, envolvendo sexo ou não.
Apenas a presença dele me completa por inteiro.
Meu único arrependimento disso tudo é não ter pego seu número antes de cair no sono junto de si, por causa disso perdi quatro meses ao lado do meu menino e ainda perdi os primeiros meses da gestação dele.
Me arrependo ainda mais por saber que esses meses foram os mais difíceis pra ele sendo pai solo e ter aguentado tudo que aguentou.
Mas tudo bem pois sei que ele me perdoou pelo tempo perdido e que daquele dia até aqui eu tenho feito dos dias dele mais leves.
Ele não tinha que passar por isso sozinho e ele não vai mais passar, nunca, mesmo se tivermos mais dez filhos, em todas as dez gestações e pós eu estarei ao seu lado exercendo meu papel como pai dos bebês e seu companheiro.
Farei o possível e o impossível por eles hoje e sempre.
— Amor? — Sai do transe com a voz doce do meu bebê — Você está bem?
— Estou sim — Ele suspirou.
— Ah, parecia que você tinha parado no tempo, te chamei várias vezes e você não respondia, fiquei preocupado.
— Me perdoe por te preocupar meu amor, estava pensando em nós, fique tranquilo, sim? — Ele assentiu.
— Em nós?
— Uhhum, em como eu sou um homem realizado desde que vocês dois entraram na minha vida, primeiro você me seduzindo daquela forma, depois veio nosso pacotinho.
— Eu te seduzi? — Ele me olhava indignado — Você quem fez isso, rum.
— Eu amor?
— Você mesmo, ficava falando aquelas coisinhas no meu ouvido enquanto beijava meu pescoço, rum.
— Então você não gostou de ser seduzindo por mim?
— Óbvio que eu gostei, gosto de tudo que venha de você.
— Porra Ji, eu te amo de mais — Selei nossos lábios demoradamente — Mais então, o que meu príncipe dizia?
— As trocas estão prontas — Ele apontou pro chão onde estavam cada kit que íamos escolhendo — Eu gostei, o que você achou amor?
— Achei perfeito, tudo muito lindo — Sorrinis juntos — Pegamos tudo? Dessa parte de roupas?
— Acho que sim amor, olha, pegamos um body e um mijaozinho neutro pra colocar por baixo dos vestidos e macacões se precisar — Assenti — A partezinha de cima — Ele apontou — Meias e touquinhas.
— Está tudo certinha então, vejamos, cinco trocas ok — Dei check na lista que eu tinha em minha mente — As mantas, o cobertor mais grosso e as toalhas — Mais um check — Certinho neném, vamos guardar esses roupinhas e vamos passar pra mala de higiene.
— Sim sim sim — Como pode ser tão adorável assim enquanto escolhe as coisas pra nossa bebê usar ao nascer, inferno, eu sou completamente rendido por ele.
Novamente agradeço, obrigado eu mesmo por ter engravidado meu loirinho, esse foi seu segundo acerto.
O primeiro foi ter se envolvido com ele, com meu raio de sol, a luz que me ilumina, a minha serotonina.
[...]
Com tudo certo e organizado nós fizemos a mudança definitiva do meu loirinho pra nossa casa, como eram poucas as coisas que ele queria trazer foi coisa rápida.
As coisinhas da neném já rinham sido trazidas pra cá a um tempo pois foi organizadas quando o quarto ficou pronto.
Meu amor conversou com o pai sobre a casa, como iriam fazer agora que ele viria morar comigo, meu sogro não queria aceitar a casa de volta de forma nenhuma, queria até que que Jimin deixasse a casa pra bebê então.
Mas acabei convencendo-o, no fim deu tudo certo, meu sogro decidiu então vender a casa e dar uma parte como presente pra nossa filhotinha, ele disse pra guardar em uma poupança pra ela usar como bem quisesse mais pra frente, como ele fez muita questão nós só aceitamos mesmo.
— Bebê, está pronto? — Perguntei entrando de volta no quarto, tive que descer pra resolver alguns assuntos, mas já estou de volta pro meu amor.
— Amor, estou quase — Ele sorriu lindinho pra mim através do espelho — Calça meus sapatos em mim por favor?
— Claro minha vida — Me aproximei pegando o par de sapatos que ele havia escolhido e cuidadosamente comecei a calçar meu bebê, decidimos sair para nos curtir, vamos a mesma balada que nos conhecemos.
Só de pensar nisso já bate uma emoção, pois foi lá em que encontrei o amor da minha vida
— Vamos?
— Uhhum — Ele se levantou acariciando a barriguinha, logo após meu pequenino ergueu os pezinhos e selou nossos lábios — Eu te amo tanto Jun, tanto tanto.
— Eu te amo muito mais meu loirinho, você é a melhor coisa que me aconteceu — Alisei o rostinho lindo que tanto sou apaixonado — Eu amo vocês demais meu bem — Beijei a boca gordinha e esfreguei nossos narizes.
Céus, como um simples "caso" se tornou a minha vida, a razão da minha euforia e felicidade, Jimin se tornou o meu tudo, tudo que eu quero e almejo, literalmente tudo pra mim.