Broken Rules - RETIRADA 24/06

GBarbozaa

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Livro 1 da série "Os Bad boys de Chicago" × SINOPSE DE BROKEN RULES × ENEMIES TO LOVERS - SLOW BURN - BULLYR... Еще

• AVISOS •
• SINOPSE •
PRÓLOGO
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EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

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GBarbozaa

Bryan Rutherford

— Um brinde aos campeões! — Minha irmã levantou sua taça com suco e puxou toda a atenção para si.

Tínhamos acabado de chegar do jogo e Aubree fez questão de nos levar à sala de jantar para brindarmos a vitória. Ela sempre fazia isso e chegava a ser tradição. Mas com Lua presente parecia ser totalmente diferente de antes.

— Espere todos chegarem, Bree — Damon, meu padrasto, pediu de canto, abraçando minha mãe, que nos olhava, encantada.

Ela praguejou e concordou em seguida. Logan e Connor não chegavam logo, o que irritava a baixinha Rutherford e divertia seu padrasto na mesma proporção. Lua me deu um sorriso pequeno, envergonhada, e a puxei pela cintura, beijando sua testa. Eu estava tentado. Queria fodê-la, em comemoração. Queria acariciá-la pelos gritos que ela deu, em minha torcida. E, mais ainda, queria beijá-la demoradamente, saboreando a mulher mais linda e carinhosa que eu já tinha conhecido.

Judy também estava presente e se limitava a ficar no canto dela. Ninguém ali a criticou e a condenou, como eu tinha feito por um longo tempo. Lua disse o certo: ela não era como a mãe dela. E eu não tinha o direito de me meter mais nessa história.

— Não acha melhor ligar para os meninos? — Minha doce garota passava as mãos pelas minhas costas e me fitava com paciência. — Eles foram para a fraternidade?

— Sim. Quiseram se trocar antes de vir. Vou dar um toque para eles.

Ela concordou e me soltou. Depois foi até Judy e Aubree, que conversavam. Saquei meu celular, disquei o número de Logan, coloquei-o no ouvido e aguardei.

— Bryan... — Ele me atendeu logo de primeira e eu senti a tensão na sua voz. — Eu já ia ligar.

— O que foi? — Todos me olharam quando minha voz soou tão séria.

— Seu pai...

Meu sangue correu tão rápido, que não me preparei para a respirada pesada que dei em seguida.

— O que ele fez?

— Entrou com o carro na fraternidade e fodeu com a porra da casa — disse devagar. — Não dá para pegar nada, a escada se desfez com o impacto. E acho que ele vai fazer uma besteira ainda.

O descontrole dele quando eu disse que não ficaria longe de Lua nem obedeceria mais ao homem que acabou com a minha família foi um pouco do que pode ter desencadeado isso. Eu sabia que ele era louco, e seria estúpido pensar que não, mas a fraternidade estava dentro da universidade que ele gerenciava. Essa foi uma surpresa até para mim.

— Ele ainda está aí? — Trinquei os dentes, com a raiva, e esperei.

Lua se aproximou de mim, tentando me ler de algum jeito. Sua expressão de preocupação evidenciava o quanto ela gostava de mim.

— Não. Ele foi para cima de Connor e pegou o carro dele. Não sei para onde foi, mas é bom terem cuidado — alertou-me. — Vamos sair daqui agora. Já, já, chegamos aí.

Quando ele desligou, meu peito doía. Estava ansioso e mordido por um sentimento que eu só tinha experimentado uma vez, no dia em que ele tentou me matar. Benjamin estava vindo até minha casa, era óbvio. Ele odiava ser contrariado, principalmente pela sua prole.

Damon falou algo para a minha mãe ao ver como eu estava. Meu padrasto conseguia ser muito mais um pai para mim do que o meu biológico, e ter essa certeza me deixava ainda mais puto. Minha mãe, Bree e Judy se afastaram, seguindo o comando. Já Lua se recusou, olhando-me, apreensiva, querendo respostas.

— Lua, se afaste — Damon pediu com delicadeza e depois veio até mim. — O que Benjamin fez? — Colocou a mão no meu ombro e o apertou. — Respire, porra! Não é hora para isso.

Não demorou quase nada para o cantar de pneus ser ouvido e a movimentação na frente de minha casa iniciar. Damon me segurou no lugar, querendo evitar que eu fizesse besteira cedo demais, porém, no meu íntimo, eu sabia que já estava feito.

— Onde ele está?! — o grito conhecido de Benjamin me fez fechar os punhos. Ele estava histérico e raivoso, do jeito que eu me lembrava. — Venha aqui, seu merdinha!

Virei-me de supetão quando a porta principal foi aberta e o moreno descontrolado veio na minha direção. Meu padrasto ficou na minha frente por alguns segundos, antes de eu mesmo o empurrar dali. Não queria ser defendido. Não queria ninguém se metendo na minha briga.

— Seu filho de uma puta! — Benjamin xingou quando seus olhos bateram livremente em mim, agarrou minha camisa e a puxou com força. O cheiro do álcool estava impregnado nele. Assim, percebi de quem eu havia puxado aquela merda. — Quem pensa que é? Criou asas de uma hora para a outra?

— Melhor respeitar a presença da minha mãe, porra! — anunciei e observei, de rabo de olho, minha mãe querer vir ao meu encontro.

Todos estavam assustados, incluindo a minha garota. As três mulheres da minha vida estavam com medo por causa daquele monte de merda, e saber desse detalhe me deixava cada vez mais puto.

— Respeitar quem? Essa vagabunda, que preferiu o divórcio a resolver seus problemas comigo? — Ele fixou o olhar nela e eu agi, pegando-o pelo colarinho e o fazendo me encarar novamente.

— Ela demorou até demais.

— Seu bastardo! — Ele tentou me socar, mas me esquivei a tempo, largando sua camisa e me distanciando.

Benjamin era da minha altura, seu corpo era musculoso e ele acreditava que poderia me dar trabalho ou até me vencer, como tinha acontecido anos atrás. No entanto, não seria o caso dessa vez. Já tinha passado o tempo em que ele era páreo para mim. Se eu o deixei me bater da última vez por respeito à minha mãe, faria ao contrário ali pelo mesmo motivo.

— A melhor coisa que minha mãe fez foi deixar você. Encontrou uma pessoa mil vezes melhor e que sabe tratá-la como ela merece — afirmei em bom tom.

Benjamin odiava Damon. Odiava não ter sido ele a dar um basta na relação. Odiava saber que minha mãe seguiu em frente e saiu do ciclo psicótico dele.

— Ela tinha tudo de mim e jogou isso na merda por uma fofoca...

— Ah, cale a boca! — esbravejei de volta, recusando-me a ouvir suas palavras vazias e mentirosas. — Você desistiu de ter uma família, e nós desistimos de você.

— Vamos nos acalmar, por favor — minha mãe pediu, com sua voz embargada. — Bryan, vem para cá.

Não me movi. Benjamin parecia alucinado, olhando para todos com uma fúria descontrolada. Analisei seus movimentos alterados. Ele cambaleava algumas vezes, contudo, não era nada que o fizesse perder o equilíbrio.

— Me acalmar o caralho!

— Vá embora, Benjamin. Ninguém aqui quer sua presença. — Apontei para fora. — Pare de passar vergonha. Você é um nada para os seus filhos e para todos ao seu redor. Volte para a única mulher que ainda quer ficar perto de você, enquanto ela ainda quer.

Ele gargalhou. Porra... Ele gargalhou alto e sombriamente, colocou a mão na barriga e fingiu se divertir. Ninguém falou nada enquanto ele dava seu show, mas quando ele cessou, seus olhos pareciam piores. Estavam vermelhos e irados.

— A culpa dessa sua coragem é aquela boceta? — Ele apontou para Lua e todos começaram a falar. Ninguém iria aceitar desrespeito com ela. Mas isso não o fez parar. — Eu deveria ter expulsado aquela garota no dia da sua briga com John, assim como fiz com aquele idiota boca grande.

Franzi o cenho de imediato e, quando entendi, não acreditei.

— O que fez com Asher? Já o castigou por ele ter dito a verdade?

— Ele está fora! — vociferou. — Fora da minha universidade, fora do time. Assim como você também vai estar. Assim como aquela vadiazinha também vai estar.

— Pare de falar dela.

Fechei as mãos em punhos quando direcionei os olhos para Lua. Ela tinha se encolhido e dava para sentir o seu constrangimento de longe.

— Quebrou nossas regras. Quebrou as regras do nosso contrato por causa de uma boceta nova, seu moleque. Ela é tão boa assim, que te fez perder a noção das coisas?

— É a última vez que aviso: pare de falar dela, caralho! — eu gritei, furioso, e Benjamin pulou em cima de mim.

Seus braços rodearam minha cintura e, com seu peso corporal, ele me jogou no chão. O punho veio com força na minha direção, no entanto, por muito pouco, ele errou. Tomei um ar e empurrei seu corpo para cima. Foi fácil. Eu conseguia fazer muito mais que isso nos jogos. Derrubei o homem no chão e o ouvi reclamar de dor.

— Repita o que disse. — Eu fiquei de pé, e quando ele quis fazer o mesmo, bati na sua panturrilha, forçando-o a ficar de joelhos. — Repita, porra!

— Temos um contrato — balbuciou e gemeu um pouco, colocando as mãos nos joelhos. — Você o quebrou. Vai ficar sem nada, sem dinheiro, sem patrocínio. Esqueça sua vida no esporte. Esqueça tudo que tinha por causa de mim.

Foi ali que percebi que nada daquilo importava. Nada do que ele fizesse, tiraria de mim o que eu havia ganhado com aquela decisão. Lua me deu tudo e não me pediu nada. Ela me ouviu e me entendeu. Ela era a minha mulher, e meu pai não falaria mais dela.

Nem fodendo, porra!

— Que se foda esse contrato — rosnei de volta. — Não importa o que diga, não importa o quanto tente a desmoralizar. Isso só atinge você mesmo. Foi aquela garota que me fez quebrar as regras do nosso contrato, sim, e eu faria isso novamente quantas vezes precisasse.

— Você está fodido. — Riu.

— Não, você está. — Levantei o punho e atingi, com toda a minha força, o seu nariz.

O sangue esguichou de imediato, descendo do nariz até a boca, e foi a minha vez de rir. Não parei por ali, eu repeti o soco e sua boca cortou. Benjamin gemeu, agarrou minha camisa, puxando-me para baixo, e tentou se levantar. Estava mais grogue ainda pelos socos, só que tinha fôlego para continuar.

Eu queria devolver tudo. Devolver as surras que ele me deu. Devolver a cicatriz fodida. Devolver a vergonha pelos anos de sofrimento da minha família e por Lua, que ele atingiu sem nem pensar nas consequências para ela.

— Vou ligar para a polícia — minha mãe falou e os sussurros iniciaram.

Chutei sua barriga. O que o fez se curvar para a frente e gritar. O terceiro soco veio em seguida, fazendo-o cuspir sangue no chão. Eu me sentia cada vez mais forte e mais enérgico para continuar. Minha mãe e Bree gritaram para que eu parasse. Eu podia ouvi-las, mas também podia ver que aquilo era por mim, e não por ele.

— Não precisa disso, Bryan. Ele é seu pai — Damon falou, perto de mim, tentando me parar. Mas já era tarde demais.

— Não, ele é só o meu genitor. Um pai não tenta matar o filho por conta de uma mulher qualquer. Não deixa a mãe dos seus filhos sofrer fisicamente e psicologicamente. Ele foi o causador da minha ira e vai aguentar cada segundo dela. — As palavras mal saíram da minha boca e o som de palmas altas soou.

Meu corpo inteiro enrijeceu, mas relaxei plenamente quando ouvi a voz conhecida.

— Finalmente cresceu, Bryan.

Ele, o único homem em quem eu confiava e que tinha meu respeito total.

Aidan, meu irmão.

Ele passou pela porta principal, com as mãos nos bolsos da jaqueta, e se aproximou sorrateiramente de nós. Aidan encarou meu pai e permaneceu sério, mas totalmente satisfeito com o que eu tinha feito.

Desde que o conheci e ele soube dos problemas com meu pai, incentivava-me a me resolver com ele na marra. Resolver com violência e acabar com a amarra que ele tinha sobre mim. Aidan tinha os problemas dele, e, mesmo assim, foi o irmão que eu precisava.

Lua White

Meu coração parecia um motor descontrolado. O sangue inundou o rosto do meu reitor e ele riu quando tentou agarrar o pescoço de Bryan. O garoto que surgiu no meio do alvoroço segurou o punho dele e o torceu, fazendo-o gritar de dor.

Dona Bárbara avançou em cima deles, mas foi impedida por Damon, que tinha a expressão dura no rosto. Judy tremia um pouco, assim como eu, e se escondia atrás de mim, temerosa e envergonhada.

— Já chega, vocês dois! — Damon ordenou. — Aidan e Bryan, agora! A polícia já está na porta.

Não precisou ser falada outra coisa. Os dois soltaram o homem que tinha sangue e hematomas pelo rosto. Sua expressão de dor não me comoveu, mas me deu uma impressão ruim no estômago. Dois policiais entraram e Damon tomou a frente para contar o ocorrido. Bryan, que não tirava os olhos do pai, endireitou-se e me encarou por um rápido segundo. Eu quis ir na sua direção, porém seu olhar me falava para esperar, e assim fiz. Um dos policiais algemou Benjamin e iniciou uma série de perguntas para Damon, Bryan e Aidan.

Fiquei em choque quando Benjamin disse que a culpa de tudo era minha, que a minha presença fez Bryan quebrar regras que ele mesmo estipulou. Aí vi o quanto o homem tinha problemas na cabeça. As atitudes distorcidas de Bryan em busca de controle vinham dele, porque antes de mim, seu pai ainda o controlava e ele permitia.

— Vai apresentar uma queixa formal? — o policial perguntou.

— Sim. Mas podemos comparecer à delegacia amanhã?

— Eu também quero fazer uma queixa! — gritou Benjamin. — Ele me agrediu.

— Você fez o mesmo, além de ter invadido a minha casa e tentado contra a dignidade de todos aqui — Damon falou calmamente e acenou para Benjamin como se ele fosse um inseto. — Pode acusar quem quiser, mas isso não muda as seis denúncias que vai receber nas costas pelo ocorrido de hoje.

Benjamin se contorceu e Bryan apenas o observou. Eles tocaram no assunto do contrato e, por um breve momento, senti-me mal por ter contribuído para aquela confusão.

— O contrato foi assinado quando você foi emancipado? — um dos policiais questionou alto.

Mordi o lábio inferior, prestando atenção.

— Não, aconteceu alguns dias antes. — Bryan respondeu baixo.

Damon acenou e indagou, como um pai preocupado faria:

— Ele era de menor quando assinou o contrato. Benjamin podia ter feito isso?

— É necessário uma consulta com um advogado, mas, pela minha experiência, esse documento é inválido, senhor Wolks. Mesmo que ele ainda exista hoje por escrito, a data dele conta. Só não poderia ser revogado se fosse recente.

O alívio foi palpável e Benjamin berrou, furioso com a notícia. Como um pai podia odiar tanto o filho? Como um pai culpava seu filho por um erro dele mesmo?

Era doentio.

Eu estava tão mergulhada na dúvida, que nem notei a aproximação de Bree.

— Bem-vinda à nossa confusão. — Seu olhar era tristonho. Abracei-a de lado. — Ele vai ser preso mesmo?

— Acredito que sim — afirmei, com a voz baixa. — Está chateada com seu irmão por causa disso?

— Não.

A saída de Benjamin, juntamente com os policiais, deixou um silêncio gutural na casa, os homens sérios e tensionados e as mulheres tristes e nervosas.

— É sério essa merda? — Connor entrou, com o rosto surpreso. — Ele vai em cana pelo que fez na fraterni... Ah. — Ele olhou para as mãos de Bryan e acredito que juntou as peças.

Logan chegou logo atrás, mas não saiu falando, observou a situação, na dele, e colocou as mãos nos bolsos. Damon foi até sua mulher, tentando acalmar os ânimos, e eu fiz o mesmo com Bryan. Fui até ele com confiança, e o moreno me fitou com preocupação.

— Você está bem? — ele me perguntou. Seus olhos procuravam algo no meu rosto que respondesse à simples pergunta.

— Acho que... sim. Estou mais preocupada com você. — Eu peguei sua mão e ele a puxou de volta devagar.

— Isso não é nada. Eu estava esperando por esse dia há anos. Não tinha como ser melhor.

— Tudo bem, então.

O homem que chegou do nada na casa e parecia ser alguém que todos conheciam, aproximou-se, com as mãos nos bolsos da jaqueta, e me encarou com um misto de curiosidade e diversão. Era despojado e jovial. Seus cabelos eram curtos, as sobrancelhas grossas, ele usava um brinco na orelha esquerda, a mandíbula era marcada e seus olhos estavam semicerrados na nossa direção.

Bom... Ele era bonito, sim.

Aliás, era um puta gostoso. Bemmm bonito mesmo.

— É ela? — sua voz rouca e grossa me fez segurar o bíceps de Bryan e o olhar com estranheza.

Como assim "é ela"?

— É ela — ele respondeu e sorriu, orgulhoso. — Lua, esse é Aidan Wolks, meu irmão.

— Irmão? — Franzi a testa. — Pensei que eram só você e a Aubree.

— E eram, até meu pai decidir que tinha que se casar com a mãe dele. — Minha boca se abriu e quase fez um "o" com a surpresa. — Irmão adotivo, Lua. — Aidan me ofereceu sua mão e eu a peguei, um pouco nervosa com o embaraço.

Dona Bárbara, já mais calma, aproximou-se e o abraçou por trás, sussurrando para que todos nós ouvíssemos:

— É melhor nunca mais mencionar essa palavra, Aidan, ou vai me deixar muito, muito brava. Você quer me ver assim?

— Longe de mim, Bárbara. — Ele riu.

Eu capturei o instante em que ela se encolheu pela sua escolha de palavra.

— Ótimo. Bem-vindo de volta, querido. — Depositou um beijo na sua bochecha. — Vou colocar a mesa, ainda temos pelo que comemorar. — Saiu em seguida.

— Dê um jeito nessa mão, Bryan. — Logo depois Aidan se afastou, indo falar com Bree, que pulou no seu colo e o abraçou forte.

Foi bonito de ver. O irmão de Bryan era querido pela sua família, mesmo que viesse de outro casamento. Totalmente diferente do que meu reitor fazia com o próprio filho.

— É melhor você ficar um pouco com Judy, ela parece desconfortável. — Bryan me deu um selinho. — Vou subir para lavar a mão e já te encontro.

— Não quer ajuda?

— Não agora, tem muita gente aqui. — Piscou, malicioso.

— Pervertido.

— Você não reclama.

Bryan correu para a escada e eu fui até minha amiga, que parecia ter visto um fantasma. Olhei ao redor. Logan, Connor, Bree e Aidan se sentaram no sofá e conversavam descontraidamente. Já Damon e dona Bárbara tinham entrado na cozinha. Arrastei minha loirinha para fora. Eu precisava de ar, e ela, com toda a certeza, também.

— Nossa, está tremendo. — Eu notei e ela se encolheu. — A violência deles te abalou muito mesmo, não é?

— Eu não deveria ter vindo.

— Por quê?

— Lua...

— Olha, você está estranha há uns dias. Eu não disse nada porque queria lhe dar espaço, mas o que tanto te perturba? Sabe que pode confiar em mim.

— Eu sei que posso, só que... — Parou de falar e olhou para trás. — Tem muitas coisas acontecendo. Minha mãe não vai ficar feliz com a prisão de Benjamin, e isso não vai ser bom para mim. E agora isso...

— Isso o quê? — perguntei, confusa.

— Está muito frio — a voz de Aidan soou atrás de mim e fiquei reta, vendo, em primeira mão, o nervosismo de Judy se triplicar. Ela queria correr dali. — Melhor as duas entrarem.

— Não vamos demorar — falei. — Só estamos conversando.

Seu olhar esverdeado e severo passou de mim para Judy e demorou ali, observando cada detalhe da loira. Minha cabeça trabalhou rápido, identificando o clima esquisito que se instalou. Aidan estalou a língua e acenou.

— Eu sei.

Quando ele se foi, encarei Judy acusadoramente. Ela desviou o olhar, não querendo nem sonhar com o que eu estava pensando.

— Já conhecia Aidan? Claro que conhecia. Sua reação foi muito esclarecedora.

— Lua... não estou com cabeça agora. Prometo contar tudo em uma outra hora.

— Então, tem história? Pensei que o conhecia por causa da família de Bryan...

— Tem história, mas não é para agora.

Judy parecia mesmo abalada, e aceitei sua decisão. Se ela estava assim, existia um motivo, e nada que eu fizesse iria ajudá-la mais que o meu silêncio.

Voltamos para dentro, afinal, estávamos em festa.

Os Black Wings foram os vencedores!

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