Broken Rules - RETIRADA 24/06

Da GBarbozaa

71.3K 4.5K 666

Livro 1 da série "Os Bad boys de Chicago" × SINOPSE DE BROKEN RULES × ENEMIES TO LOVERS - SLOW BURN - BULLYR... Altro

• AVISOS •
• SINOPSE •
PRÓLOGO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
BROKEN RULES ESTÁ NA AMAZON
17
18
19
20
21
22
23
24
25
27
28
29
30
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

26

1.2K 98 4
Da GBarbozaa

Lua White

Enxuguei minhas bochechas com o lenço que minha melhor amiga me entregou e me encolhi na cama dela. Eu estava um trapo, machucada e humilhada demais para sair do conforto daquele colchão. Sentia-me péssima por ter acreditado em um arrogante, mesquinho, que tinha roubado o meu coração. Sentia-me péssima por ter fantasiado uma vida com ele, sendo que sua real vontade era apenas me prejudicar, como, provavelmente, devia ter feito com diversas meninas. Eu era apenas mais uma, e me odiava por isso.

— Olha... Não quero te pressionar, Lulu... — Judy passou sua mão pequena nas minhas costas. — Mas meu pai está perguntando sobre nossas aulas. Já faltamos três dias, e amanhã é sexta, véspera do jogo.

— Não quero ir embora — repliquei, angustiada. — Não quero voltar para a universidade. Não quero mais nada.

— Lua...

— Você precisa ir, eu sei. É uma líder de torcida e precisa estar no jogo de sábado. — Funguei. — Mas eu não preciso.

— Claro que precisa — brigou comigo. — Vou estar lá também. Não vê?

— Eu queria estar lá, mas estou tão machucada. Não quero ter que ver ele.

— De verdade, você acreditou mesmo no Asher? — ela perguntou, quase desacreditada. — Não sei se percebeu, mas nem sempre ele é uma boa fonte de informações.

Passei a mão no nariz e a olhei. Eu sabia que estava horrível. Minha cabeça doía e parecia que meu nariz iria explodir pelos choros intensos.

— Ele falou uma coisa que era verdade. Bryan bateu em alguém e não me falou. Asher estava quebrado, e pela minha experiência desde que entrei na universidade, Bryan teria, sim, coragem de espancar alguém por menos.

— Ele não me tratou mal naquele dia, e, bom, isso nunca tinha acontecido. Não sei se acredito que ele te levaria à casa dele para conhecer seus pais se fosse fazer isso. Não encaixa, de verdade.

Nisso, ela tinha razão.

Embora meu peito estivesse doendo com o que ouvi, ainda não sabia se tudo era real. Não sabia se suas declarações tinham sido só papo furado. Eu estava tão cansada mentalmente, que nem sequer conseguia dosar cada uma dessas coisas, e, por enquanto, preferia ficar longe dele.

Depois do jogo, quem sabe, eu poderia ver se ele falava a verdade ou não, já que seu golpe final aconteceria nesse dia.

Bufei alto e reclamei por não ter meu celular por perto. Foi sábio eu o deixar no dormitório, já que, há pouco tempo, eu tinha permitido que o celular de Bryan pudesse rastrear o meu.

Falei com minha família pelo número de Judy, e minha irmã comentou que ele tinha ido lá em casa, um tanto nervoso por não saber onde eu estava. Dentro de mim, algo se acendeu, mas tratei de apagar logo. Criar esperanças só me machucaria mais.

— Prometo que antes do sábado, voltamos. Você vai estar no jogo a tempo e eu estarei lá para te apoiar — eu falei com uma certa firmeza e a loira sorriu, concordando.

— Obrigada. Depois do jogo, podemos voltar para cá e fugir o quanto quiser, okay?

Assenti e a vi andar pelo seu quarto. Sentei-me e limpei meu rosto, decidida a parar de chorar por ele. Logo o pai de Judy passou pela porta, assobiando, e apareceu sorridente, olhando-nos.

— Querem um chocolate quente? Biscoitos? — o senhor Payne perguntou, levemente divertido. — Ainda com dor de cabeça, Lua? Estou prestes a te levar para o hospital.

Eu disse que chorava quando minha dor de cabeça vinha, e ele, mesmo estranhando, aceitou a desculpa.

— Estou melhor, senhor Payne — tranquilizei-o.

— Pareço tão velho para me chamar de senhor?

— Claro que não, papai — Judy foi mais rápida.

Claro que não. O pai dela era um pedaço de mau caminho, mas eu nunca admitiria isso a ele, obviamente.

— Me chame de Hudson, eu prefiro.

— Tudo bem, Hudson. Eu quero um chocolate quente e biscoitos, se não se incomodar — falou minha amiga.

Ele a repreendeu com o olhar.

— Eu disse que ela podia, não você, mocinha. — Foi até ela e beijou sua testa antes de ir atrás do que ela pediu.

Achando lindo o relacionamento dos dois, atrevi-me a perguntar:

— Por que não vem morar com o seu pai? — Ela arregalou os olhos. — Tenho certeza de que ele não iria se incomodar.

— Ele tem uma namorada, Lua. Não vou atrapalhar meu pai depois de tudo que minha mãe fez. Ele precisa seguir a vida dele.

— Mas você é a filha dele.

— E você é a namorada de Bryan, mas está fugindo dele. Quer mesmo ir por esse caminho? Nem parece que você tem 20 anos e ele 23.

Emburrada, cruzei os braços, ainda que Judy se divertisse com minha expressão. Que absurdo, ela usou o que eu falei contra mim.

Passamos o dia juntas e, após isso, conversamos. Mesmo que, às vezes, eu a visse preocupada com emprego, encorajei-a. Sabia que ela iria achar o que procurava.

Ela era incrível e era minha melhor amiga.

No fim da sexta, voltamos para o campus. O pai de Judy fez questão de nos levar e conversou com ela um tempo, enquanto eu entrava na ala dos dormitórios. Respirei fundo quando adentrei o quarto. Tomei banho, deitei-me e rolei por horas, sem conseguir dormir, mesmo que precisasse. Meu celular estava ao meu lado, e assim que o peguei, desejei não ter pegado. Diversas ligações, muitas mesmo, e elas me perturbaram muito.

Já era tarde e nem valia a pena responder a ninguém, mas, mesmo assim, teimosa, eu quis. Quando eu tinha a intenção de responder à minha família, o celular tocou na mesma hora e me irritei por ver o apelido dele na tela. Recusei-me a atendê-lo. Ele não parou e ligou novamente. Dessa vez, recusei a chamada, e sua mensagem brilhou logo depois.

Eu estava farda de ordens, e sabia bem que seu "por favor" não era muito calmo. Enviei uma mensagem para ele e larguei o celular.

Que inferno de homem!

(...)

Vesti-me apressadamente. O jogo seria em breve e eu não queria perder nenhuma apresentação de Judy. Por sorte, Bryan não me procurou durante o dia, e eu sabia que isso tinha a ver com o jogo. Seria tudo muito acirrado com a equipe de Nova Iorque.

Escolhi um lindo vestido vermelho — para combinar com a universidade —, que chegava até antes dos joelhos, e um par de tênis brancos. Os cabelos, deixei soltos e livres, tendo colocado apenas uma presilha no topo para dar um toque a mais.

Quando fechei o quarto e me virei para ir até o jogo, John surgiu na minha frente de repente. Eu me assustei e ele ficou meio envergonhado.

— Meu Deus, você está linda! — ele me elogiou e eu senti uma vergonha descomunal. Era estranho falar com ele depois de tanto tempo. — Ah... Judy me pediu para te acompanhar no jogo; falou que você precisava de um amigo. Posso fazer isso?

Aquela pestinha!

— Claro que pode, John. Por que não poderia? — perguntei, já sabendo a resposta. — É bom falar com você novamente.

— É. Eu estava louco para falar com você, mas acredito que seria péssimo se seu namorado visse isso. Ele já deixou bem claro que não me quer perto de você.

— Azar o dele.

Rimos e caminhamos lado a lado. Pensei que ficaria desconfortável com sua presença depois do que houve, mas estava tudo muito tranquilo. John me disse que estava gostando de outra pessoa muito antes de me conhecer e que meio que usou minha chegada para tentar esquecê-la. A verdade me aliviou e eu fiquei feliz por ele, afinal, para mim, ele era apenas um amigo.

— Me diz: ansiosa para torcer pelo seu jogador? — Ele me empurrou com o ombro quando entramos no estádio dos jogos, o maior de todo o campus. Eu me encolhi ao ver a grande torcida berrando e cantando. — O jogo de hoje vai ser pânico.

— Eles são tão bons assim?

— São. Principalmente, o mascarado negro. Dizem que ele não tem pena no campo e, porra, ninguém sabe quem é o filho da mãe — ele falou como se estivesse mesmo com raiva por não saber de quem se tratava o jogador.

— Ninguém nunca tirou a máscara dele? — John negou. — Como ele vê com uma máscara?

— Não sei dizer, mas ele não mostra que a máscara prejudica a visão, então deve ser tranquilo para ele.

Ele me segurou pelo cotovelo quando avistou Judy e me levou diretamente para lá, passando pelas pessoas com cuidado e me protegendo dos possíveis encontrões.

— Meu Deus, você está linda. — Minha amiga me abraçou e eu estranhei.

— Você falou a mesma coisa que ele. Exatamente igual.

— É porque é verdade. — Usando um conjunto de saia curta e blusa das líderes de torcida, Judy me olhava com alegria. Nos cabelos, ela tinha um laço que a deixava linda. Eles soltos era um detalhe. — Guardei as cadeiras de vocês ali. Por favor, não sumam. Aqui está mais lotado do que eu esperava.

— Vou só comprar uma pipoca logo — avisei e me virei para John. — Vem comigo?

— Claro, Lua.

Ele me acompanhou sem reclamar, mas senti, no fundo do coração, que eu deveria ter ido sozinha. Estava perto demais da entrada de Bryan, e eu não estava preparada para ver aqueles olhos escuros penetrantes. Pelo pouco que eu conhecia dele, sabia que, nossa, ele ficaria puto.

Mas ele merecia, não era?

Bryan Rutherford

— Devo lhes lembrar do que vamos perder se for declarada uma derrota hoje? — Benjamin repetiu pela quarta vez, estressado.

— Não — todos disseram em um uníssono.

Fiquei calado durante toda a reunião, sem saco para responder nada dele. Não depois do que eu soube que ele fez. A reunião do time foi adiada para o dia do jogo e meu pai estava com seu olhar sombrio sobre mim desde que entrei no vestiário. Provavelmente, já imaginava que eu sabia a verdade e parecia me desafiar ainda mais por isso.

— Vão entrar lá e esquecer tudo das suas vidas. Quero foco total — o treinador falou, sério, e me encarou. — Está pronto para isso, capitão?

Levantei os olhos para ele. O título de capitão ainda não era meu, eu era apenas o líder, como ele sempre dizia, mas sua pergunta me deu a certeza.

Eu tinha me tornado, oficialmente, o capitão.

— Estou. Nós vamos ganhar.

— Estou contando com isso, Bryan.

Quando a reunião encerrou, a maioria dos jogadores foi tirar as fotos, e Liv, como sempre, veio na minha direção para as fazer. No entanto, não dessa vez. Olivia não gostava tanto desses momentos, pelo que eu via em suas expressões de desgosto, mas fazia mesmo assim por conta do peso de ser a filha de uma figura importante da UIC.

— Escolha outro jogador, Liv — eu mandei e ela me olhou, surpresa. — Não vamos mais tirar fotos juntos.

Meu pai, que estava escorado e nos observava, suspirou audivelmente.

Que se fodesse!

— Mas, Bryan...

— Connor está disponível. Ele é um exibicionista mesmo, não vai se importar.

Connor, que estava arrumando os cabelos e não prestava muita atenção na gente, virou seus olhos até nós quando ouviu seu nome.

— Não preciso de garota — ele disse.

— Mas ela precisa de um jogador para sair na foto.

Liv ficou um pouco nervosa. Eu, mais que ninguém, sabia o que era ter um pai tirano. No caso dela, seu inferno era a sua mãe.

— Escolha outro, então. — Ele bufou, desinteressado. Eu o olhei e lhe pedi em silêncio que fizesse aquilo só daquela vez. — Só dessa vez, porra!

Quando os dois saíram, fiquei sozinho com meu pai. Ele reprovava cada sílaba que saiu da minha boca. Contemplei sua expressão fechada, e quando ele se aproximou de mim, eu estava pronto para a briga verbal que sabia que viria.

— Vá e chame a garota. Eu não disse para mudar de acompanhante — a voz fria e levemente raivosa nem me afetava mais.

— Não.

— O que acabou de me dizer?

— Ficou surdo de uma hora para a outra?

— Seu moleque...

— Pare de me insultar — ordenei, com minha voz engrossando, irritando-o ainda mais. — Não é ela que será a minha acompanhante nas fotos. Eu já tenho uma namorada para isso.

Levantei-me, confiante, e ele demonstrou que ia falar, mas o deixei sozinho na mesma hora. Benjamin não deixaria aquilo passar, iria atrás de mim para me infernizar até conseguir o que queria. Eu o conhecia bem, então sabia desse detalhe.

Com meu coração um pouco em dúvida, caminhei até a área da arquibancada e procurei, por todos os lugares, a menina que me importava. Ela tinha que ter ido, precisava estar ali.

Depois de muita procura, achei a minha linda namorada. Ela estava brilhando, arrumada e elegante demais. Lua sorria, segurando um copo de refrigerante, e se inclinou para a frente, tocando na pessoa que levava a pipoca.

Meu sangue correu mais rápido quando reconheci o homem que estava ao seu lado e que a tocava com naturalidade.

O que ela fazia com ele?

Logan, que procurava sua irmã na arquibancada, encostou em mim e percebeu logo que tinha algo errado. Olhou na direção que eu olhava e bufou, segurando em meu braço.

— Não é hora, cara.

Na minha cabeça, aquela era a hora perfeita.

Continua a leggere

Ti piacerà anche

158K 14K 35
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
1.8K 220 8
(♏) ━ ENTRE AMOR E ÓDIO.... cavaleiros do zodíaco fanfiction ❝ Eu sou Lux Kido de Ursa Maior e com minha missão irei cumprir! Não encostará um dedo...
318K 26.6K 92
Desde que Lauren, aportou na província de Alberta, Canadá; a noite já não era mais a mesma. Ela acreditara ter encontrado no Novo Mundo um refúgio do...
72.5K 3.5K 42
Atlas Caccini um mafioso pertencente a uma das maiores máfias italianas 'ndrangheta ele é conhecido por ser cruel,frio,bárbaro e amedrontador sendo c...