- Não vai demorar muito,já estamos chegando.
Meus olhos brilhavam enquanto os de Niles eram cheios de preocupação.Estavamos na cidade,vários carros ao nosso redor,pessoas por toda parte,eu mal podia acreditar.Ao mesmo tempo que me sentia feliz por estar aqui,sentia uma dor forte no meu peito com medo do que pudesse acontecer com a minha mãe.
- Obrigada,guitarrista malvado.
Ele me olha pelo vidro do retrovisor sorrindo pra mim.Ele leva uma das mãos até a minha coxa e aperta o local.
- Eu iria até o inferno se isso te fisse-se feliz,Leoazinha.
Eu apoio a minha cabeça no vidro com a ansiedade de ver a minha mãe,depois de tanto tempo.
- Boa tarde,eu gostaria gostaria de saber sobre a Adelaide Rossi.
A recepcionista me olha procurando algo no computador.
- Ah claro,a senhorita,Rossi esta no leito oito
Eu agradeço e quando estava prestes a ir ao leito em que a minha mãe estava,Niels,segura a minha mão.
- Tá tudo bem,você pode vir comigo se quiser,posso aproveitar a oportunidade e te apresentar a ela.
Seu olhar é de puro espanto.
- Você quer me apresentar pra sua mãe?
Niels
Amélie sorri pra mim como se a resposta fosse óbvia.
- Mas é claro,você é...meu namorado certo ?
Bom,eu acredito que esteja mais pra noivo,mas parando pra pensar ainda não tinha pedido Amélie em casamento,pretendia fazer isso de forma especial.
- Não acho que ela vai gostar de me conhecer.
Não que eu me interessasse em receber a bênção da quela mulher,de qualquer forma,se isso fosse deixar Amélie feliz...eu faria um esforço.Eu sabia que meu comportamento esses últimos dias timha sido ruim,eu acabei deixando um lado que eu não queria transparecer,Amélie merecia mais do que isso,e eu estava disposto a mudar por ela.
- Então,ela vai ter que aceitar,afinal,não acho que vá me abandonar guitarrista malvado.
Eu sorrio pra ela,só o meu cabelo caindo pra fora do capuz.Ela segura a minha mão indo em direção ao leito da
Mãe.
- Mãe...
A mulher estava deitada na cama como se estivesse morta.
- Filha...
Amélie,corre até ela segurando a mão da mãe.
- Filha,você realmente veio.
A mulher se senta na cama sorrindo pra,Amélie.
- É claro que vim mãe,eu não te deixaria aqui.
A mulher desvia o olhar pra mim e seu rosto se fecha.
- Quem é ele ?
Amélie,vem até mim e me leva até a,mãe.
- Mãe...esse é o meu namorado..Niels.
A mulher olha pra mim com o olhar de desprezo ao qual já estou acostumado.
- Retire esse capuz rapaz,quero ver o seu rosto.
Amélie,respira fundo e aperta a minha mão.
- Eu não me sinto a vontade pra isso,senhora.
A mulher olha pra mim com espanto e raiva por ser contrariada.
- Amélie,eu não tenho dinheiro pra pagar os custos do hospital..
Amélie, se aproxima da mãe novamente.
- A proposta ainda está de pé,ele ainda quer se casar com você,é sua obrigação fazer isso.
Nesse momento a raiva borbulhava no meu peito,como essa mulher podia fazer isso com a própria filha.
- Você fez sua filha vir até aqui pra isso ?
A mulher fecha a cara levantando o nariz como se fosse superior.
- Não tem vergonha de pedir isso a sua própria filha ? Você é um ser desprezível e egoísta,não merece a filha que tem.
A mulher olha pra Amélie esperando ela falar alguma coisa,mas minha pequena só sabe chorar.
- Não vai falar nada enquanto esse lixo ofende a sua própria,mãe ?
Amélie,se levanta com um profundo olhar de tristeza.
- Eu não vou me casar com ele,mamãe...sinto muito.
A mulher se levanta da cama indo sem direção a Amélie para lhe dar um tapa.
- Sua putinha de bordel barato,como se atreve a me negar isso ?
Antes que ela desse um tapa na cara da minha pequena eu seguro o seu braço a impedindo de prosseguir.
- Não ouse encostar nela.
Eu solto o braço da mulher e ela se afasta.
- Você fingiu estar doente pra que eu viesse aqui ?
Amélie,diz chorando sem saber o que fazer.
- Eu preciso que você faça isso,eu não tenho nem dinheiro pra pagar essa droga de hospital.
Amélie,me abraça buscando conforto no meu corpo.
- Vamos,Niels...eu Não quero mais ficar aqui.
Eu a braço,a levando pra fora do quarto.
- Ei,espere sua puta ingrata você não pode me deixar aqui !
Ver ela na quele estado só destruía o meu coração,eu não deveria ter trazido ela aqui....
- Como eu vou fazer ? Eu não tenho dinheiro pra pagar pelas conta do hospital dela...Eu..eu...
Eu a abraço mais uma vez indo em direção a recepção.
- Quanto a senhorita, Rossi deve ao hospital ?
Pergunto a recepcionista que me olha desconfiada.
- 8 mil senhor.
Eu pego mimha carteira tirando um cartão de débito de dentro.
- Aqui.
Digo dando o cartão a mulher.Amélie me olha sem entender.
- Você...Não precisa fazer isso,é muito dinheiro...
Eu sorrio pra ela a tranquilizando.
- Você não deve nada a essa mulher,depois disso,ela não vai te cobrar mais nada.
Ela sorri pra mim e vamos pro carro novamente.Ao menos a morte do meu pai serviu de alguma coisa,com o seu seguro de vida rendendo 5mil por mês na minha conta,eu tinha um bom dinheiro.
- Acho que não vamos precisar das malas.
Eu ligo o carro dando a partida.
- Na verdade...vamos sim,vamos pra casa de um velho amigo.