|| Chapter twenty-nine ||
• PASSIONATE RIVALS •
— NARRADOR.
Clarisse acordou sob a luz suave do amanhecer que se infiltrava pelas frestas da cabana. Ainda sonolenta, ela se espreguiçou e piscou algumas vezes, tentando afastar as últimas imagens de seu sono. Por um momento, a realidade parecia turva, como se estivesse envolta em uma névoa nebulosa. Mas então, como um raio, a verdade atingiu-a com toda a força.
Ela estava de volta ao acampamento. Tudo o que ela vivenciou nas últimas semanas, todas as aventuras, todos os desafios, tudo era apenas um sonho. Um sonho tão vívido que parecia tão real quanto a própria vida.
O coração de Clarisse afundou em seu peito enquanto ela se lembrava do que aconteceu em seu sonho. Ela viu Amélia, sua querida amiga, revivendo diante de seus olhos. Ela viu Amélia sorrindo, ouviu sua voz ecoando em seus ouvidos. E agora, tudo isso se dissipou como fumaça.
Ela fechou os olhos com força, tentando conter as lágrimas que ameaçavam transbordar. Como ela poderia voltar à realidade depois de ter experimentado algo tão maravilhoso? Como ela poderia aceitar que Amélia estava realmente morta, que nunca mais a veria novamente?
Clarisse levantou-se da cama lentamente, sentindo-se mais pesada do que nunca. Ela se vestiu em silêncio, cada movimento uma luta contra a onda de tristeza que ameaçava engolfá-la. Ela queria gritar, queria chorar, queria correr para longe e nunca mais voltar.
Mas ela sabia que não podia. Ela tinha responsabilidades aqui no acampamento, pessoas que dependiam dela, amigos que precisavam dela. Ela não podia se dar ao luxo de se perder em sua dor.
Com passos hesitantes, Clarisse saiu da cabana e caminhou pelo acampamento ainda adormecido. Ela viu os rostos conhecidos dos outros campistas, sorrisos sonolentos e bocejos preguiçosos. E, em meio a tudo isso, ela se sentiu completamente sozinha.
Ela se perguntou se alguém mais já tinha experimentado algo parecido. Se alguém mais já tinha vivido uma vida inteira em um sonho, apenas para acordar e perceber que era tudo uma ilusão. Ela se perguntou como essas pessoas conseguiam seguir em frente, como conseguiam encontrar algum tipo de consolo em um mundo que parecia tão cruel.
Clarisse se afastou do acampamento, deixando para trás as vozes alegres e os risos distantes. Ela encontrou um lugar tranquilo perto do lago, onde podia ficar sozinha com seus pensamentos. Ela se sentou na grama macia e olhou para a água calma, deixando as lágrimas finalmente caírem livremente por suas bochechas.
Ela não sabia quanto tempo passou assim, perdida em sua própria tristeza. Mas então, ela sentiu uma presença ao seu lado. Ela olhou para cima e viu Sophia, uma das amigas mais próximos de Amélia, olhando para ela com preocupação em seus olhos.
— Você está bem, Clarisse? — ela perguntou suavemente.
Clarisse balançou a cabeça, incapaz de formular palavras. Ela simplesmente deixou-se cair nos braços de Sophia, permitindo-se chorar enquanto ela a abraçava com força.
E ali, na margem do lago, cercada pelo calor reconfortante de uma pessoa importantea Amélia, Clarisse começou a perceber que, mesmo que seu sonho tivesse acabado, ainda havia coisas preciosas na realidade. Havia esperança.
E talvez, apenas talvez, isso fosse suficiente para ajudá-la a seguir em frente.
Clarisse permaneceu nos braços de Sophia por um longo tempo, deixando suas lágrimas fluírem enquanto ela a segurava com gentileza. O sol começou a subir lentamente no céu, espalhando seus raios dourados sobre o acampamento, mas para Clarisse, tudo ainda parecia envolto em uma sombra de tristeza.
Depois de um tempo, as lágrimas de Clarisse começaram a diminuir, substituídas por um sentimento de exaustão. Ela se afastou de Sophia e limpou o rosto com as costas das mãos, tentando recompor-se.
— Obrigada — ela murmurou — Desculpe por desabar assim.
Sophia apenas sorriu, passando o polegar suavemente pela bochecha de Clarisse — Não precisa se desculpar. Estamos todos aqui para nos apoiarmos, especialmente nos momentos difíceis
Clarisse assentiu, sentindo um nó se formar em sua garganta. Ela sabia que precisava enfrentar a realidade, por mais dolorosa que fosse. Amélia estava realmente morta, e não havia nada que pudesse fazer para trazê-la de volta. Mas ela também sabia que não podia deixar sua morte ser em vão. Ela tinha que encontrar uma maneira de honrar a memória de sua amiga, de fazer algo significativo com o tempo que lhe restava.
Com um suspiro profundo, Clarisse se levantou, sentindo um novo senso de determinação se apoderar dela. Ela olhou para o lago, vendo seu reflexo distorcido nas águas tranquilas, e soube o que precisava fazer.
— Vou fazer algo especial para Amélia — ela disse a Sophia,sua voz é firme. — Algo que ela teria amado
Sophia assentiu, um sorriso triste brincando em seus lábios. — Claro, Clarisse. Estaremos aqui para ajudar se for preciso
Com isso, Clarisse começou a formular um plano em sua mente, determinada a tornar realidade sua promessa. Ela sabia que não seria fácil, que haveria obstáculos no caminho. Mas ela também sabia que tinha amigos ao seu lado, amigos dispostos a apoiá-la em sua jornada.
Enquanto o sol continuava a subir no céu, iluminando o acampamento com sua luz suave, Clarisse olhou para o futuro com uma nova esperança em seu coração. Porque mesmo que o sonho tivesse acabado, a vida ainda tinha muito a oferecer. E ela estava determinada a aproveitar cada momento ao máximo, em memória de sua querida amada, Amélia.
🌪 — Achei fofinho essa capítulo, por mais que esteja cheio de depressão né
🌪 — A fanfic acabou, próximo cap vai ser momentos delas que eu criei na minha cabeça, juro que não vai ser depressivo