[Deixaremos Raijin por enquanto, e agora vamos olhar a perceptiva de outra pessoa... Kenjiro Takahashi, um garoto que vivia igualmente Raijin, com sua mãe, e seu pai no meio de uma floresta]
7 ANOS ANTES...
-Kenjiro: Mãe, o que posso fazer pra te ajudar hoje?
-Mãe: Ah, oi filho, pode começar a pegar aquela vassoura ali no canto e varre a casa, e deixe que o resto eu faço
-Kenjiro: Tem certeza?
-Mãe: Claro, vai lá, você precisa descansar um pouco, você já me ajuda demais, vai brincar
-Kenjiro: Ok!
[Kenjiro faz o que sua mãe havia pedido e vai brincar, enquanto isso sua mãe sentia uma pontada na barriga]
-Mãe: Aí...
[A mãe coloca a mão na barriga e senta na cadeira]
-Mãe: Não posso ficar sentada, ele já vai chegar... Mais tá doendo muito
-Kenjiro: Mãe? O que houve?
-Mãe: Nada, só uma tontura já tá passando
-Kenjiro: Me avisa qualquer coisa
[Kenjiro sai correndo pra fora]
-Kenjiro: PAAI!
-Mãe: Aí não... Droga...
[Ela tenta se levantar mais sua barriga dói muito, então o pai chega em casa e olha pra mulher sentada]
-Pai: Por que está sentada?
-Mãe: Eu senti uma dor muito forte na barriga e...
-Pai: E daí? Eu chego em casa cansado do trabalho e você está aí sentada? Estou com fome, tem comida?
-Mãe: Vou preparar, eu só...
-Pai: Nem comida tem? Olha, quanto mais o tempo passa, mais "vagabunda" você tá ficando, não tá que nem antigamente
-Mãe: Não. Amor, eu vou preparar, eu prometo que isso não vai mais acontecer
-Pai: Bom mesmo, vai vai
[A mulher se levanta com dificuldade e começa a esquentar a comida no fogão, ela põe o prato dele na pia e olha bem pro veneno de rato em baixo dela]
-Mãe: Não, no que eu estava pensando...
[Ela põe o prato dele na mesa e estava indo pro quarto]
-Pai: ESPERA!
-Mãe: O que foi?
-Pai: Está comida é de ontem, está horrível, quero que faça uma agora para eu comer, você perdeu a mão mesmo em...
-Mãe: Claro...
[Ela faz a comida, e entrega para ele]
-Mãe: Irei me deitar...
-Pai: Hm...
[Ela vai andando até o quarto e vomita no chão]
-Pai: Er... QUE NOJO, nem quero mais comer, não tem nenhuma educação, não posso nem mesmo comer em paz, PORRA!
-Mãe: Eu... Eu... Eu acho que estou grávida
-Pai: O que?!
-Mãe: Tô me sentindo com mal estar, e já faz um tempo isso
-Pai: Onde vamos enfiar mais uma boca dentro dessa casa? Já não basta um filho, agora dois? O que será de mim?
-Mãe: Por que você não se vira?
[O momento fica totalmente calmo]
-Pai: Como é que é? Repete isso aí
-Mãe: Desculpa, eu me exaltei, por favor...
[Ele chega muito perto dela e ela começa a chorar muito]
-Mãe: Me perdoa...
[O pai sai pra fora de casa, e Kenjiro entra]
-Kenjiro: Ué... O que houve?
[Ela finge, e abre um sorriso para seu filho]
-Mãe: Nada meu filho, quer almoçar?
[Um tempo se passa, e o pai volta, e estava os dois dormindo]
-Pai: Ar...
[O pai pega uma cerveja na geladeira e abre ela, ele se senta no sofá e começa a assistir TV e tomar cerveja, mais acaba acordando Kenjiro]
-Kenjiro: Papai?
-Pai: Que é
-Kenjiro: Não consigo dormir, posso ficar aí com você?
-Pai: Hm... Vem, senta ali
[Kenjiro senta na outra parte do sofá]
-Pai: Você vai ter um irmão.
-Kenjiro: Que?
-Pai: Não escutou? Você vai ter um IRMÃO, e vai ter que cuidar dele, por isso vai ter que trabalhar pra mim, e vai me ajudar, para ser um irmão mais velho, a partir de amanhã
-Kenjiro: Amanhã? Nossa...
[Então o dia passa, e os dois estavam lá fora]
-Pai: Você primeiro precisa aprender a cortar lenha, pega aquele machado
[Kenjiro pega]
-Pai: Agora começa a cortar essa árvore, vai
[Kenjiro começa a bater na árvore com o machado]
-Pai: Não, não, não, você precisa de jeito, se parece burro
[Então os dois ficam nessa a tarde toda...]
8 MESES DEPOIS...
[A bolsa da mãe já havia estourado, e o filho já havia nascido, e estava no seu primeiro dia na casa]
-Mãe: Olha só...
-Kenjiro: MÃAAAE! deixe eu ver meu irmãozinho
[Ela abaixa com o bebê e Kenjiro faz carinho nele]
-Kenjiro: Qual vai ser o nome dele?
-Mãe: Kibou... Significa esperança
-Kenjiro: Nossa...
[O pai não era muito presente, pois ficava o dia todo fora, e só voltava bêbado para casa, desta vez não foi diferente]
-Pai: Amô, pega uma coberta pra mim... AGORA!
-Mãe: Claro...
[O pai não queria aceitar outro filho, então se entregou na bebida]
6 ANOS DEPOIS...
[Kibou já estava crescido, e como sempre a família estava cada vez mais perturbada]
-Kibou: Mamãe, vou ajudar o irmãozinho a cortar lenha
-Mãe: Tudo bem...
[O tempo se passa, anoitece, o pai chega em casa mais bêbado que o normal, mal sabia eles que esse ia ser o pior dia de suas vidas]
-Kenjiro: Mãe o pai chegou...
[Estavam todos sentados no sofá, então o pai quase caindo, senta na mesa]
-Pai: Não tem comida, de novo?
-Mãe: Desculpa, eu fiquei distraída com os meninos e acabei esquecendo
[O pai pega uma cerveja na geladeira e senta na mesa de novo]
-Pai: Você já não serve pra nada, Mônica...
-Mônica: Vai beber de novo?
-Pai: O que que tem? Se não tem nada haver com isso
-Mônica: Como não? Você chega fedendo a álcool dentro de casa, com os meninos olhando, isso não é coisa que se faça?
-Pai: Você acha que é quem? Tá alterando a voz comigo? Mulher tem que abaixar a voz pro marido, principalmente quando e uma ingrata que nem você
[Os meninos estava assistindo a reportagem]
-Repórter: Boa noite, notícia urgente, assassinos a solta pela região, estão atacando pessoas pela floresta, não saia de casa, já que...
[O pai desliga a TV]
-Pai: Porcaria...
-Kenjiro: PAI, EU TAVA ASSISTINDO!
-Pai: Tá gritando comigo? Se eu desligo a TV e pra ficar desligada
-Kenjiro: Amanhã é sábado pai
-Pai: A não, todo mundo tá querendo retrucar comigo hoje? Vem cá mocinho...
[O pai pega Kenjiro pela argola da blusa e vai arrastando ele]
-Mônica: Ei! Para com isso! Solta ele, solta ele!
-Pai: Eu que mando nessa casa!
[Mônica começa a dar vários tapas na mão do pai para ele soltar Kenjiro]
-Pai: Sai daqui, SAAAI!
[Irritado, o Pai bate a garrafa de cerveja na cabeça de Mônica, fazendo ela cair no chão inconsciente na mesma hora]
-Pai: Droga...
-Kenjiro e Kibou: MAMÃE!
-Pai: Droga, droga...
[Ali, as esperanças acabaram...]
-Kibou: Eu te odeio!!!
[Kenjiro estava paralisado, não conseguia dizer nada, fazer nada, estava em choque]
-Kibou: Irmão, nos ajuda... KENJIRO!
[Kenjiro não saia do estado de choque, então assustado, Kibou saiu correndo de casa]
-Pai: Kibou, ESPERA!
[Kenjiro se ajoelhou, e caiu no chão também, ele não sabia o que fazer, pra que ele ia viver? Qual o sentido? Sua mãe estava fria, e não respirava mais]
-Pai: Cuide de sua mãe, eu vou atrás de seu irmão...
[O pai coloca um jaleco, e pega uma tocha pra procurá-lo na floresta, Kenjiro, adormeceu...]
-Kenjiro (pensamentos): O que eu causei? Isso tudo é minha culpa, como eu me odeio, como... Eu odeio você... Papai.
[Kenjiro não esperava, que quando ele acordasse, ia ver uma cena que destruiria de vez, sua vida]
[O corpo de seu irmão, nos braços de seu pai]
-Kenjiro: Não... NÃAAAO! POR QUE? POR QUE?
[Kenjiro não parava de chorar]
-Pai: A...a...assassinos...
[Na hora em que Kibou saiu de casa, foi emboscado por assassinos, que não o perdoaram... A vida de Kenjiro nunca foi tão triste, vazia, sem amor, ele teve que continuar ela, com seu pai, duas pessoas se foram, e agora Kenjiro estava sozinho]
DIAS DEPOIS...
[Kenjiro continuou a trabalhar para seu pai, agora ele cozinha, limpa e faz tudo para seu pai chegar em casa, enquanto isso o pai dele beirava a loucura extrema, cada dia mais louco]
-Kenjiro: Como foi hoje... Pai?
-Pai: Não fala comigo... Agora vai trabalhar
[Kenjiro saiu de casa e foi cortar lenha, enquanto ele cortava, seu pai o olhava com cara de ódio, e cada segundo, Kenjiro ficava com mais medo]
-Pai: Vai...
[Kenjiro continua a cortar, e quando olha para trás, seu pai estava com um machado atrás dele]
-Kenjiro: Pai? O que houve?
[Seu pai não estava parando, só estava andando até Kenjiro com um machado na mão]
-Pai: Chega disso, chega dessa prisão, se eu matar você, vou me libertar disso tudo, e criar outra família
-Kenjiro: O que? Como assim pai?
-Pai: Adeus filho, mande abraços para sua mãe...
[O pai tenta acerta-lo mais Kenjiro dá uma cambalhota pro lado]
-Kenjiro: PARA PAI, VOCÊ ENLOUQUECEU!
-Pai: Por culpa sua, eu matei sua mãe, por culpa sua, seu irmão foi embora, você não vê?
-Kenjiro: Isso não é verdade! Para!!!
-Pai: Eu nunca quis ter um filho, ia ser só eu e ela, você apareceu pra estragar tudo, por que você não morre?
-Kenjiro: Não... Por favor...
-Pai: Você é um fardo, uma maldição que arruinou minha existência. Eu me arrependo cada dia de ter sido pai de alguém tão miserável como você, você só tem sorte de ter nascido, e só isso.
[Kenjiro com essas palavras foge dali correndo e se esconde atrás das árvores]
-Kenjiro: Não...
[O pai vai andando pela floresta com um machado, querendo acabar com seu filho]
-Pai: Fiiiilho... Onde tá você?
[Kenjiro tampa a boca com medo de respirar e ele encontrá-lo, o Pai continua a procurar e ele passa pela árvore que Kenjiro estava, Kenjiro tenta fugir mais o pai agarra ele pela blusa]
-Kenjiro: Não, não, não, NÃO! POR FAVOR!
[O pai pega Kenjiro pelo pescoço e levanta ele em uma árvore, ele pega um machado, e estava pronto para matar seu filho, mais Kenjiro foi mais rápido e pegou um galho da árvore e enfiou no olho de seu pai]
-Pai: AHHHH!!! MALDITO!
[O machado cai no chão e Kenjiro o pega, olhando seu pai, Kenjiro lembra de sua mãe e irmão e sem escolha... Ele decapita seu pai com o machado, e cai no chão chorando]
-Kenjiro: ...
[Kenjiro olha para o céu chorando, ele se levanta e vai até sua casa, lá ele vê toda sua família viva e feliz em uma visão, mais logo ele fecha os olhos e vê sua casa vazia, ele vai até o seu guarda roupa e pega o presente de sua mãe, de aniversário que ela pediu para abrir todos juntos, mais sempre acabam esquecendo, ele abre, e era um cachecol vermelho, ele chora muito ao ver o presente e o abraça]
-Kenjiro: Eu não vou aguentar viver sem você... Não sem vocês...
[Kenjiro pega o cachecol no seu pescoço e enrola ele em um ferro em cima de sua cama e estava pronto para pular, ele fecha seus olhos e chora pensando em sua mãe, até que...]
-???: Não...
[Kenjiro escuta a voz de sua mãe, o pedindo para não fazer isso, Kenjiro desiste e tira o cachecol do ferro, e desce da cama]
-Kenjiro: Por que? Por que você não me deixa ir junto com vocês? Eu quero... Quero muito
[Passa um tempo, e Kenjiro sai pela floresta em busca de uma nova vida olhando pra trás e vê sua casa, logo ele fecha os olhos e olha pra frente, e segue reto para continuar sua vida, e não foi fácil, ele teve que dormir na floresta por muito tempo, até encontrar uma vila pequena, mais mesmo assim ninguém o ajudava]
-Kenjiro: As pessoas não tem coração, elas não merecem o que tem...
[Então Kenjiro começou a fazer coisas que ele nunca gostou... Roubar, roubar pessoas da vá para sobreviver, até que um dia]
-Raijin: EI! GAROTO!
-Kenjiro: Hm?
-Raijin: Eu vi muito bem o que você fez, devolva a carteira da senhora
-Kenjiro: Está me acusando de roubo?
-Raijin: Sim, acabou de roubar aquela idosa
-Kenjiro: Você não sabe nada sobre mim, você não tem nenhuma provas sobre o que tá falando...
[Kenjiro encontra um garoto de sua idade, mais para sua sobrevivência, teve que o engana-lo, então Kenjiro volta pra sua "casa", um barraco que ele fez com caixas de papelão]
-???: Tudo bem?
-Kenjiro: Quem é você?
-???: Sou Takumi Nakamura, sou um mestre arcano, e vim te ajudar, preciso de alguém para treinar no torneio arcano, e bem... Eu escolhi você, o que acha?
-Kenjiro: Oooo queeee?
CONTINUA...