Olá pessoa bonita, tudo bem com você?
Queria saber se poderia me dar sua atenção antes de começar a leitura, beleza?
Estou pensando em fazer uma nova fic (agora autoral) após mais de um ano pensando em fazer. Eu estava começando uma e já estava tudo pronto, porém, minha organização foi péssima. Agora mudei e estou construindo outro roteiro aos poucos. Já dei uma preparada nos protagonistas e queria que você desse uma olhada e me desse um feedback.
Capa:
Protagonistas:
Thalles
16 anos
Catarinense
Gay
Andréia
17 anos
Catarinense
Gay
(Não liguem para a aparência de mais velho, estou indo na base da IA).
Enredo:
Thalles e Andréia cresceram juntos pois seus pais sempre foram melhores amigos, assim como eles. Ambos sempre tiveram sentimentos um pelo o outro, mesmo nunca percebidos ou entendidos pelos dois. Já no final de suas adolescências, eles percebem o quão apaixonados são e decidem começar algo, o que não é aceito pelos seus pais, então eles vivem em meio a busca por aceitação dos mais velhos, junto de obstáculos que aparecem em seus caminhos.
EAI, o que achou? Coloque nos comentários, por favor.
------------------------------------------------------------------------
Quando o Hwang e o Lee chegaram na casa do loiro, eles não sabiam o que falar um para o outro, ainda mais depois de toda a emoção que se iniciou quando o garoto contou para seus melhores amigos tudo que estava acontecendo.
Ele estava triste. Triste pela reação de Han e de Minho, triste por não ter contado aquilo antes para os mesmos, triste por ter contado também e principalmente, triste por pensar no que poderia causar às pessoas ao seu redor depois que partisse. Ele não queria deixar ninguém, só queria poder aproveitar tudo e viver de outra maneira, sem arrependimentos de nada.
Felix já foi chegando no seu quarto, tirando a camisa sem se importar com Hyunjin o seguindo e o olhando atentamente, em cada movimento dele. Apenas entrou no banheiro para tirar tudo de ruim que estava preso em seu corpo — tirando o seu sossego.
O médico o esperava em cima da cama deitado, na frente da porta do banheiro onde o menor estava. Ele também se encontrava muito deprimido, mas diferente de Minho e Han, ele tentava não demonstrar aquilo, queria ser forte, pelo menos na frente do garoto que o encantava por completo.
Ele queria ser seu porto seguro. Ele queria ser o "tudo" para o Lee.
Quando Felix saiu de dentro do banheiro, Hyunjin já não estava mais lá e ele estranhou, pois o mesmo havia o seguido até o quarto e ele podia quase jurar que o mesmo havia ficado por ali mesmo, porém ele supôs que o médico só havia ido à sala ou a cozinha de sua casa e focou em procurar uma roupa para dormir.
Quando saiu do cômodo a procura do maior, ele não o achou, Hyunjin não estava em casa e isso fez Felix ficar mal consigo mesmo, achava que podia ter feito algo de errado, que magoou ou enfureceu o moreno. E com aquela dúvida, ele foi deitar naquela noite. Dessa vez, sozinho e sem o calor de alguém ao seu lado.
Uma semana
Era por volta das 2:00 da manhã quando o Hwang, finalmente, chegou na casa de Felix que, com certeza, já estava dormindo e ele também esperava que fosse verdade, não queria que o outro soubesse a hora em que ele havia chegado.
O mais alto havia saído do local minutos antes de Felix sair do banheiro. Ele precisava colocar os pensamentos no lugar e precisava respirar fundo e foi isso o que fez: saiu de casa sem o carro, pegando o primeiro calçado que achou pela frente, indo para o mais longe que suas pernas podiam levá-lo.
Quando percebeu, já havia andado um pouco mais de 1 km, assim, achou melhor voltar pois já não era mais tão cedo e não queria deixar Felix preocupado quando chegasse, ainda mais pelo simples fato que ele não havia avisado nada ao garoto de olhos claros.
Hyunjin abriu a porta da entrada e, com passos leves, foi rumo ao banheiro que ficava na cozinha para tirar todo o cheiro de suor e de rua enquanto Felix dormia, aparentemente.
Ele deu graças a Deus por ter uma toalha e roupas extras suas em uma prateleira dentro do cômodo mesmo, pois não precisava ir ao quarto do loiro primeiro para pegar uma roupa lá e voltar, para, aí sim, tomar um devido banho a qual ele necessitava.
Completamente nú, Hyunjin ligou o chuveiro — mudando para a temperatura quente — e entrou debaixo dele. A respiração pesada a qual ele segurava, foi se soltando as poucos junto de toda a sua tensão acumulada.
Um sorriso pequeno brotou em seus lábios.
Era ótimo tomar um banho após uma longa "corrida", era refrescante, relaxante. O Hwang já estava mais aliviado de acordo com que as gotas d'água caiam sobre seu corpo, molhando toda sua pele branquinha e fina.
Ele já não se encontrava mais triste, porém quando sua mente desfocou por um segundo, ele voltou a pensar no Lee e em toda a situação do garoto, fazendo-o abaixar a cabeça já magoado com tudo o que estava acontecendo.
Seus cabelos molhados e caídos sobre sua testa não o incomodavam, a água quente queimando seus ombros e costas, também não. A dor de perder o garoto que fazia seu coração vibrar e pulsar sobre o peito doía muito mais, mais que seus pés após correr por mais de 2 km.
Ao mesmo tempo em que ele se perguntava do porquê se envolveu naquilo, ele não se arrependia; mesmo com os contras, os prós ainda eram muito maiores, mas sempre tinha as partes ruins; não era evitável.
Estar ao lado de Lee Felix, o lindo garoto loiro com sardas e "órfão" que morava sozinho em Seul, que tinha poucos amigos mas, ainda sim, preferia ficar só, era algo maravilhoso. Ter o carinho dele, poder o beijar e o abraçar, aquilo era a maldição e ponto fraco do médico que já estava perdido pelo outro.
Quando o chuveiro foi desligado, a toalha passou por todo o seu corpo — o enxugando — e logo após, posta sobre seu cabelo, as roupas cobrindo sua nudez. A porta do quarto de Felix foi aberta pelo moreno, ele ainda pensava em como seria sua vida após a partida do Lee, pois já estava próxima e aquilo era óbvio, ainda mais pelo fato dele perceber que o garoto estava sentindo muitas dores frequentemente, mesmo ele não querendo dizer ao médico. Não tinha nada o que Hyunjin poderia fazer.
Mas lá estava Felix, sentado no escuro sem nenhuma luz acesa, bem, se a luz da lua que alumiava o quarto passando das janelas e cortinas abertas já significava alguma coisa, então ele estava sendo iluminado por uma pequena porção de luz.
Os olhos de Hyunjin se arregalaram imediatamente enquanto Felix não mexia um dedo, apenas continuava lá parado o encarando, seus olhos pareciam tristes, e mesmo sem saber se aquilo era verídico, o Hwang ficou triste também.
— Você está maluco? Vai pegar um resfriado com essa janela aberta — Brigou o moreno após correr até os grandes vidros e os fechar, logo depois, os tecidos escuro.
Ele estava tentando disfarçar a sua tristeza apenas por ver Felix o esperando até às quase 3:00 da manhã como uma esposa traída com seu marido de caráter e índole duvidosas.
— Por que está chegando apenas agora, Hyunjin?
— Eu apenas estava correndo.
— A essa hora? — Felix encarava o mais alto que também tinha seus olhos focados apenas em Felix.
— Desculpa por não te avisa nada, tá? Eu só precisava de um pouco de ar, quando reparei já estava longe de casa. Me desculpa mesmo ter te deixado preocupado e me esperando até agora. Eu sinto muito, Lix.
O Hwang se ajoelhou ao lado da cama próximo aos pés do loiro e pegou sua mão como um sinal de que realmente queria o seu perdão por aquilo que havia feito.
— Tudo bem, eu acho. Não estamos nos relacionando para você ter que, obrigatoriamente, me contar tudo o que faz e o que irá fazer, ok? Mas eu fiquei chateado com você.
— Me desculpa mesmo, Felix. Eu juro que não foi nada demais, eu realmente só estava... um pouco...
Quando o médico iria terminar sua fala, sua explicação, o Lee o interrompeu, puxando sua mão de volta, — antes capturada pela de Hyunjin — mas não como um sinal de fúria, para que o maior apenas a soltasse, mas para que o Hwang subisse na cama e se deitasse ao lado dele.
Queria que ambos fossem logo dormir juntos e esquecessem do que havia acontecido anteriormente.
— Quando tomou banho? — Felix perguntou depois que o corpo alheio já estava sentado ao seu lado e ele pode sentir os cabelos úmidos do mesmo, enquanto esperava por sua resposta.
— Acabei de sair do banheiro da cozinha. Aproveitei que tinha um banheiro lá com toalhas e um par de roupas minhas. Não queria te acordar vindo aqui para pegar algumas coisas.
— Entendi.
Ainda um pouco chateado, Felix deitou-se primeiro sobre o lençol grosso e quentinho, logo sentindo os braços longos do maior o abraçarem por trás, Hyunjin sabia que o loiro não iria esquecer aquilo tão cedo, mesmo ele se odiando por estar "exigindo demais" do maior.
Uma semana
Eles acordaram já era mais de 9:00 da manhã. Hyunjin foi o primeiro a acordar, mas ficou olhando Felix ainda adormecido, parecendo um anjo com suas belas sardas quase simétricamente espalhadas por seu rosto.
Só que o momento de apreciação não demorou muito. O loiro acordou depois de alguns minutos sentindo o olhar pesado do moreno sobre ele. Seus olhos abriram-se aos poucos, tentando se acostumar com a claridade que estava no local devido ao horário.
— Você está lindo! — Hyunjin elogiou, surpreso por como o garoto conseguia ficar daquela maneira mesmo após ter acabado de acordar enquanto ele parecia um animal com seus cabelos completamente bagunçados.
Por sorte ele acordou antes do mais novo para que pudesse ter tempo de pelo menos passar a mão sobre sua juba — ops, cabelo.
— Obrigado. Mas ainda estou bravo com você, não fale comigo.
— Você disse que estava tudo bem ontem à noite! — Reclamou o maior após ver o Lee virar-se de costas para ele.
— E estava... — Ele deu uma pausa, agora, voltando seu olhar e corpo para o médico.
— E o que que mudou?
— Agora não está mais.
O Hwang bufou um pouco, mas claramente ele entendia a reação do garoto e até um pouco do porque ele havia ficado dessa forma, também estava se sentindo mal e se martirizando pois não queria fazê-lo se sentir assim, não queria o magoar, mas já havia o feito.
Hyunjin entendeu a dor alheia e o abraçou, com seus corpos próximos demais um do outro, mas o gemido de dor de Felix os fez se separarem novamente.
— O que aconteceu? — Perguntou Hyunjin.
— Nada demais, apenas uma dor abdominal.
— Você está bem?
— Estou sim, nada demais — Felix afirmou, com sua mão sobre seu estômago.
— Felix...
— Eu sei, Hyun... Eu sei que não é nada demais, mas é apenas uma dor, ok? Só isso. Não vamos nos preocupar com isso agora. Vamos apenas tomar nosso café da manhã.
Hyunjin concordou com o olhar baixo, fazendo o loiro segurar em seu queixo com sua mão esquerda e levanta-la, o forçando a olhar para ele, para que o Lee pudesse vê-lo devidamente.
— Eu estou bem, pode não parecer mas estou, ok? Meu estado se agravará se caso VOCÊ continuar me perguntando como estou. Entendeu?
Hyunin concorda novamente, agora seus olhos estavam presos nos do mais baixo que fazia o mesmo, ele amava olhar e, consequentemente, se ver se apaixonando cada vez mais pelo loiro.
O calor de estar nos braços de quem tanto ama e admira é simplesmente renovador, é a calmaria que seu coração atormentado e turbulento tanto precisa para se acalmar. E os braços envolta de seu corpo e a cabeça apoiada ao lado da sua, sobre seu ombro, foi o remédio para o coração de Felix.
Eles amavam o abraço um do outro. Poderiam dizer que, se essa não fosse as suas maneiras de demonstrar afeto e amor, para eles dois e só eles dois, agora era.
— Vamos descer, você precisa comer — Hyunjin alertou, já puxando a mão de Felix que não lutou para continuar sobre os panos grossos.
Eles saíram do quarto e foram quase que imediatamente para a cozinha, em busca de algo que poderia encher os seus estômagos famintos. Felix não estava com tanta fome assim, mas Hyunjin o obrigaria comer de uma forma ou de outra, querendo ou não.
Felix pensava que conseguia ser discreto, mas Hyun sabia mesmo o loiro tentando não demonstrar, mas o Lee tinha alguns... Problemas em relação à sua alimentação. Quando estava na frente do mais velho, tentava comer ao máximo, mas Hyunjin sempre notava a sua relutância entre cada colherada de comida.
— Posso fazer algumas panquecas para nós dois — Hyunjin quebrou o silêncio que haja se formado entre eles involuntariamente.
— Tudo bem.
O loiro sentou-se à mesa e ficou mexendo em seu celular enquanto esperava o café da manhã ser servido pelo Hwang, que a cada minuto olhava de relance e canto de olho para o garoto que, até então, estava distraído com seu eletrônico.
Hyunjin estava muito preocupado com Felix, queria ajuda-lo mas não sabia como. Queria fazer alguma coisa para animar o mais novo que estava chateado e ele já imaginava, tinha uma certa noção, do que poderia ser.
— Felix.
Hyunjin o chamou, roubando a atenção do outro mencionado, para ele. Hyunjin estava de costas para a pia, porém com suas mãos apoiadas ainda sobre ela; um pano de prato de tecido enfeitava seu ombro com desenhos de flores contidos nela.
Hyun prosseguiu:
— Qual outro lugar você gostaria de visitar?
— Sério?
— Claro que sim. Eu falei que queria que você aproveitasse ao máximo, mas parece que não está sendo bem assim para você com nós dois em casa, então vamos sair mais um pouco. Ir em mais alguns passeios.
— Não! Não é bem assim — Felix tomou um baita susto ao ver a expressão triste e magoada do mais velho a sua frente — mesmo que ele tentasse evitar.
O loiro se levantou da cadeira em que estava sentado e foi até o médico, — nada mais que 10 passos pelo fato da cozinha não ser tão espaçosa — apoiou sua mão gélida sobre as bochechas pequenas e as acariciou. O contato visual deles não poderia ser quebrada tão facilmente.
— Eu estou muito feliz de estar com você. Eu juro. Mas tudo o que está acontecendo e sabe... eu não consigo fingir que está tudo bem, mesmo tentando.
— Eu entendo, Lix. Eu entendo mesmo, mas quero que você se solte um pouco mais. Eu quero que você se permita sorrir um pouco mais, não forçado, mas espontaneamente. Você está me entendendo?
Hyunjin estava com suas duas mãos apoiadas sobre a cintura fina do Lee que não estava incomodado com aquele toque, muito pelo contrário, sentia seu corpo quente apenas por ter aquelas lindas mãos finas e brancas sobre a sua pele, ou melhor, sobre o tecido mas que secretamente, ele queria que estivesse sobre sua pele, sem nada as separando.
Pensamentos intrusivos demais, Felix.
— Tudo bem, farei isso por você. E bem, a ideia de irmos para aquele parque novo, sabe? — Felix parou por uma segundo, esperando alguma resposta de afirmação ou negação do maior. — Então... Me agrada muito.
Hyunjin sorriu, — as mãos de Felix agora se encontravam sobre o seu peitoral, muito bem acomodadas ali como se fosse um local super confortável para ficar — já estava decidido, eles iriam ao parque que Felix queria ir.
— Você já foi a algum? — Hyunjin perguntou voltando novamente a atenção do loiro para ele, o que antes seus olhos pareciam estar... em sua boca? Não, deveria ser loucura da cabeça perturbada do Hwang.
— Você está falando de um parque?
— Sim.
Felix parou para analisar um pouco: "ele já havia ido a um em todos os seus anos de vida?". A resposta parecia ser negativa até que ele se lembrou.
— Bem... Eu já fui a um, minha primeira e última vez. Eu tinha 13 anos na época e Jeongin, não tenho certeza, mas ele era bem novinho em consideração com a minha idade. Estávamos lá como uma grande família feliz, mas eu não estava feliz. Meu pai havia me batido algumas horas antes e ele meio que estava me obrigando a não parecer um menino doente no meio de todo mundo. Acho que naquele dia, foi o pior para mim. Mesmo que não tenha sido grande coisa, me machucou muito a forma com a qual ele me tratou, sabe?
Hyunjin acenou, completamente focado em cada palavra que saia da boca alheia. Contando aquilo, Felix não parecia guardar mágoas ou levar aquilo como um grande peso a qual estragara toda a sua juventude, mas Hyunjin conseguia entender o quão mal ele se sentia apenas em relembrar desses momentos com sua "família".
Por um milésimo de segundos, apenas, o moreno segurou o queixo do mais novo e o ergueu para que os olhos do garoto ficassem presos aos seus, e com isso, um beijo lento e muito gostoso foi iniciado por alguma das partes; estavam tão envoltos que nem sabiam quem havia puxado quem para um beijo de verdade.
Hyunjin subiu suas mãos até o cabelo do mais novo, os puxando com calma para cada vez mais perto de sua boca, de seus lábios — como se isso fosse possível. Eles estavam tão sedentos um pelo o outro que até esqueceram do porque estavam na cozinha e o que deveriam fazer na verdade.
Felix estava concentrado no que as suas mãos faziam ainda no peitoral alheio, apertando e apalpando aquela área não muito avantajada pois o Hwang não era muito do tipo "homem da academia" ou "bombado", mas já era bom para segurar.
Suas línguas se cruzavam em sincronia. Com cada respiração descompassada, o beijo aumentava de ritmo como se eles quisessem que o ar se acabasse cada vez mais, mas não o faziam, literalmente.
Apenas quando seus lábios estavam vermelhos demais e os fios do couro cabeludo de Felix estavam doendo — pelos puxões do Hwang — foi quando eles se desvencilharam um do outro: ofegantes, afoitos, bêbados pelo álcool vicioso do outro.
Eles queriam mais.
Quando iriam prosseguir, após um momento de calmaria, algumas batidas na porta de entrada puderam ser escutadas da cozinha. Hyunjin bufou, não acreditava que logo naquele momento tinha um empata foda os atrapalhando.
O médico puxou o loiro novamente para mais um beijo, agora mais rápido e sem língua, apenas para ele sentir o gosto dos lábios quentes e vermelhos do garoto novamente. Depois, partiu rumo a porta com um pequeno volume sobre as calças que queria que Felix não visse — ainda bem que as coisas não evoluíram mais.
Quando Hyunjin abriu a porta, lá estavam Han Jisung e Lee Know, amigos de Felix — bastante sorridentes, por sinal.
O médico sorriu um pouco tímido após pensar no que ele estava prestes a fazer com o amigos dos dois garotos que estavam ali, eles pareciam bastante confortáveis, mas após entrarem na casa alheia e verem o desconforto por parte do loiro, Han entendeu rapidamente.
— Estamos atrapalhando algo?
— Não, não. Claro que não. Vocês não atrapalham em nada — O Lee mais novo tentou convence-los, mas estava apenas piorando toda a situação com seus sorrisos falsos.
— Entendi.
Eles se olharam por algum tempo, era óbvio a tensão que havia entre Hyunjin e Felix, apenas um tolo não perceberia aquilo. Han e Minho estavam se sentindo duas tochas olímpicas enquanto olhavam para os garotos, procurando um ponto fixo para encararem.
— Bem — Minho quebrou o maldito silêncio que havia tomado conta do local. — Queríamos chamar vocês para irmos a nova cafeteria que abriu a alguns poucos quilômetros daqui. Tudo bem?
Felix olhou para o moreno por alguns segundos processando apenas pelo o olhar a resposta verdadeira do Hwang, mas ao ver uma confirmação, ele acenou com um enorme sorriso. Estranhamente, ele sentiu uma enorme vontade de sair com seus amigos após tantos anos.
— Então vamos — Han chamou animado, pegando na mão de Felix e pulando de animação.
— Só um minuto, acabamos de acordar e ao menos tomamos banho. Então... — Felix falou olhando para Han que logo soltou a mão alheia ficando tímido novamente.
— Tudo bem, podemos esperar vocês lá fora. Demorem o tanto que quiserem.
A resposta do Lee Know era para ser um comentário relaxante, mas apenas quando ele terminou de falar percebeu a bomba que saiu de seus lábios. Ele apenas tinha deixado óbvio que ele e Han perceberam o que, possivelmente, estava acontecendo anteriormente entre os garotos.
Bem, para evitar maiores constrangimentos, Jisung pegou na mão de seu marido e o puxou para fora da residência de seu amigo, indo diretamente para o carro para ficarem por lá mesmo.
Felix e Hyunjin, ainda na sala parados, processando tudo o que havia acontecido, somente olharam um para o outro e foram juntos para o quarto de Felix para que pudessem tomar banho, separadamente.
Dentro do cômodo, Hyunjin estava de frente para o guarda-roupa do loiro onde continha algumas peças de roupas suas que ele havia levado em outro momento para lá, enquanto Felix caçava as suas em outro canto. Ambos não disseram uma única palavra.
Após tudo pronto, o Hwang saiu do quarto para que agora sim, Felix tivesse mais liberdade para tomar seu merecido banho, mas enquanto ele retirava suas roupas ainda próximo da porta e cama para as deixa-las em cima da mesma, Hyunjin abriu a porta vendo o loiro já totalmente nu.
Envergonhado, Felix pegou a sua toalha e se cobriu de forma imediata — como se o médico já não houvesse visto seu corpo despido. Hyunjin, pelo contrário, estava quase vidrado de ver o corpo alheio sem peça alguma. Como o Lee podia ser tão fodidamente gostoso?
— É, eu vim buscar apenas o meu sabonete líquido — Hyunjin falou, tentando sair de seu transe.
— Tudo bem, vai lá. Eu... vou tomar banho.
Hyunjin confirmou e assistiu cada passo que o menor dava rumo ao banheiro, as lindas, finas mas musculosas pernas branquinhas de Felix, o que o fez se sentir honrado por ter uma vista daquelas a sua mercê. Hyunjin era o homem mais sortudo do mundo, isso era óbvio e ninguém poderia discutir.
Por algum motivo que ele obviamente sabia, sua cabeça o mandou ir para o banheiro, ficar junto de Felix, — e ele queria, queria muito obedecer — mas preferiu não fazer aquilo. Acabou dando meia volta e indo para onde ele realmente deveria ir, mesmo sua cabeça o xingando horrores por não ter aproveitado as oportunidades que a vida lhe proporcionou.
Uma semana
Já era meia dia quando os quatro garotos foram embora da cafeteria, horário de fechar para a hora do almoço. A conversa havia sido tão boa que eles ao menos repararam no tempo passando, simplesmente se esquecendo de tudo.
Eles foram no carro do Lee mais velho que os deixaram na casa do loiro após uma longa despedida de Felix com Han — aqueles garotos se amavam demais e isso era lúcido para qualquer um.
Vamos entrar, Lix — Hyunjin o chamou.
Felix iria entrar, mas as lágrimas que escorreram de forma involuntária por seu rosto o fizeram ficar aonde estava, não queria que o médico o visse chorando, ainda mais sem motivo aparente.
Hyunjin não precisou ficar de frente para o garoto, tão pouco perguntar o porquê dele estar demorando para entrar em sua própria casa. Hyunjin não precisou de nada daquilo, ele apenas abraçou o mais novo, entendendo a situação, o que estava acontecendo com Felix.
— Está tudo bem. Tudo ficará bem — O Hwang sussurrou no ouvido alheio, bem baixinho e de forma bastante acolhedora e afetuosa. — Agora vamos para dentro, ok? Vamos comer alguma coisa.
Felix concordou enxugando suas lágrimas e se virou para o mais alto que o olhava com todo o amor e carinho do mundo. Eles se amavam demais para duas pessoas que haviam acabado de se conhecerem, mas queriam continuar juntos para sempre.
Então, eles entram em casa.