Dias em Barcelona

By imnot_she

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Cassie Harper nunca teve uma vida fácil, seu pai biológico foi morto, e sua mãe havia se casado com um agress... More

↬ Cast
↬ Dedicatória
↬ Prólogo
↬ Home
↬ Jason Lark é um babaca
↬ Eu odeio Cassie Harper
↬ Princesa
↬ Desejos
↬ I feel kinda free
↬ Irmandade
↬ First day
↬ Um coração com flecha?
↬ A new phase
↬ Revenge
↬ Tchau Tchau.
↬ Lá vamos nós de novo.
↬ Birthday trip
↬ Hit the road Jack
↬ Por amor?
↬ Minha Rapunzel.
↬ Voltando à sobreviver
↬ The devil is back
↬ Como tudo vai perfeitamente mal
↬ Você se arrepende?
↬ Um resgate para Rapunzel
↬ Meu (ex) inimigo
↬ Whisky
↬Luta é tática, e não altura.
↬Confessar meu amor por ti
↬ V + B
↬ Mais uma única vez.
↬ Ato II
↬ J & C
↬ Delegada Harper
↬Ódio e amor andam lado a lado

↬ Escolhas por ego

81 7 22
By imnot_she

O mundo
estava em
chamas e ninguém
podia me salvar
além de você.
Wicked game-
Chris Isaak

6 meses depois...

6 meses. Muita coisa, não? Terceiro ano do ensino médio, mais perto da faculdade, Nick entrou na faculdade de veterinaária...

Charlotte sumiu do mapa após eu ter espalhado boatos sobre ela pela escola e todos começarem a odiá-la tanto quanto eu. Outra coisa muito significativa que aconteceu foi...eu e Jason meio que temos uma...amizade colorida? Não posso tentar nos nominar definitivamente. 

Eu disse para Tristan que deveríamos apenas ser amigos, ele depois de ter ficado um pouco chateado, aceitou bem e estamos normais um com o outro.

Em uma quinta à noite, Jason se convidou para dormir com Brian e Nick, mas passou a madrugada no meu quarto. Óbvio que as escondidas do meu irmão.

Elena e Nick estavam oficialmente namorando, após ele dar suas flores favoritas acompanhadas de um lindo anel com um rubi delicado. E adivinhem? Violet e Brian também estavam namorando, o que era maravilhoso já que eu iria ver Violet com mais frequência. Ela e Elena eram as únicas que sabiam da...coisa que eu e Jason tínhamos.

Acordei na sexta de manhã ainda sentindo os braços de Jason me rodearem, eu me virei para ele que dormia angelicalmente, como se não fosse um rapaz valentão as vezes. Eu me sentia no paraíso, Jason comigo, sem camisa, me abraçando e parecendo um bebê dormindo? Era incrível.

— Jason, você tem que acordar, meu irmão levanta da cama daqui meia hora. — Falei e ele franziu o nariz, abriu os olhos e deu de cara comigo a poucos centímetros de distância.

— Mas eu quero dormir mais 10 minutinhos, por favor... — O loiro falou manhoso.

— Sabe que se meu irmão te ver aqui, te mata, não é? — Eu ri enquanto fazia carinho em seu cabelo.

— Eu gosto de correr o risco. 

Eu me levantei e ouvi o mesmo grunhir na cama, peguei minha toalha e fui tomar banho. Depois escolhi uma calça legging e a blusa da escola. 

— Meu Deus você fica muito bonita nessa calça. — Jason se levantou da cama com os cabelos bagunçados.

Fui até ele e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, já acostumada sobre como era seu toque, e amando cada vez mais. Sua mão pousou em minha cintura quando dei o chamado por ele "abraço matinal". Onde ficávamos parados em um abraço aconchegante por tempo indeterminado.

Ele me beijou, e eu me senti nas nuvens por um instante, era suave, com desejo e sentimento, diferente como em algumas vezes, esse beijo não foi desesperado, foi calmo e muito significante pra mim.

Ouvi a porta se abrir e Jason se abaixou, indo para de baixo da cama.

— Cassie Cassie...seus irmãos vão te matar. — Ouvi a voz doce de Elena.

— Caramba, Lena. Que susto. — Coloquei a mão no peito e ela soltou uma risadinha.

— Jason, vai logo para o quarto de hóspedes. — Elena mandou e ele saiu de debaixo da cama com uma expressão engraçada, colocando sua blusa e saindo pela porta.

Elena se jogou na cama mas logo se levamtou para começar a se arrumar comigo.

— Você tá apaixonada, né? — Elena falou e eu neguei com a cabeça.

— Pra caralho. — Eu abri um sorrisinho.

Depois da aula, fui para o treino com Violet, ela para esgrima e eu para o boxe.

— Boa noite professora. 

— Boa noite Cassie... 

Ela me fez fazer 100 jeb e direto no saco de pancadas, 2 minutos de prancha, trabalhar pendulação, abdominal canoa, fazer uma série de jeb, direto, cruzado, upper e direto. 

Eu saí de lá com dor em todos os meus músculos, mas estava feliz da vida. 

Quando saí, Violet já tinha ido em bora, e achei que seria uma ótima ideia ir a pé, já que eu não queria incomodar meus irmãos. Seriam 40 minutos, mas pelo menos seria calmo enquanto dava uma espairecida.

Coloquei meus air pods e deixei a playlist tocar no modo aleatório, quase querendo dançar ao som de Drake e Kanye West.

Ouvi buzinas que ultrapassaram a camada de som dos meus fones, logo depois pude ouvir um ronco de carro tão audível que o bairro inteiro poderia ter escutado.

— Cassie, Cassie...oficialmente uma Miller, não? — Droga, era Myers.

— Por que não faz que nem a sua irmã e some? — Perguntei seguindo meu caminho, mas ele voltou a ligar o carro e me acompanhar dirigindo.

— Quer carona? — Ele perguntou e eu ri com deboche.

— Prefiro andar a pé, valeu.

— Não é por que Lottie deixou de te encher que eu tenha que deixar também. — Myers falou e eu revirei os olhos, parando na frente de sua janela.

— O que você quer para sumir da minha vida?! — Perguntei, rangendo os dentes.

— Eu tenho uma proposta. Mas que fique claro que não vou pegar leve. — O platinado disse e eu cruzei os braços assentindo de leve com a cabeça.

— Vá em frente...faço qualquer coisa para que você suma.

— Quero que me ganhe.

— O que? — Perguntei confusa.

— Quero que me ganhe em uma corrida, e ganhe de uma pessoa na luta, pode ser eu ou qualquer outra pessoa, que fique claro. — Myers disse e eu desviei o olhar para o chão, pensando sobre.

O quão perigoso e idiota isso era? Uma luta duvidosa e corrida clandestina eram coisas que se eu aceitasse, talvez algumas pessoas duvidariam da minha sanidade e caráter.

Mas bem...eu não queria dar a ele o gosto de parecer que eu tenho medo dele, medo de perder pra ele, não queria que ele se sentisse superior à mim, por que ele era bem baixo, para mim ele apenas era uma formiguinha, e eu queria pisar nele usando meu salto mais afiado.

— Eu topo. — Falei e juro que vi a cara surpresa dele.

— Mesmo sem saber com quem vai lutar? — Ele riu. — Já disse que não vou pegar leve.

Olhei para ele com escárnio, eu lutava boxe a 6 anos, – mesmo que independentemente – e não tinha mais amor à vida, então não, eu não dava a mínima para quem seria meu oponente.

O máximo que aconteceria, seria eu ser espancada. E ninguém sabe a resistência do corpo em relação à isso.

Pode parecer meio triste dizer isso, não é? Mas é a verdade, e eu teria que conviver com ela para sempre, até – talvez – sucumbir de tanto carregar esse peso.

— Foda-se, eu vou ganhar. — Ergui as sobrancelhas.

— Não tá achando seu ego muito alto, Harper?

O ignorei e saí andando, ele assobiou e o ouvi gritar:

— Daqui 2 dias no lugar que sempre fazemos as corridas, você já sabe onde é...te espero lá, princesa!

Babaca.
Escroto.
Eu iria ganhar dele, e se não ganhasse me sentiria uma fracassada inútil.

Então perder não estava nas opções.

Segui meu caminho, tendo medo de ser perseguida por algum tarado, mas ignorando isso por um breve momento, já que eu não queria que isso pudesse fazer o universo conspirar contra mim e tornar meu pensamento realidade.

Quando cheguei em casa, uma camada fina de suor encharcava minha testa, abri a porta e o rangido fez Oliver que estava na cozinha, olhar para a porta e soltar um suspiro ao ver ser eu.

— Filha, fiz lasanha, quer?

— Quero. — Falei sorrindo e ele rapidamente sorriu.

Onde eu iria arranjar um carro para correr?

Peguei um pedaço da lasanha com recheio cremoso, enfiando de uma vez na boca. Senti o gosto incrível de presunto e queijo com requeijão e quis comer a travessa inteira, mas não o fiz já que não podia.

Vejo Nick e Nolan descerem nas escadas, eu me levantei rápida e corri para abraçar meu melhor amigo.

— Já provaram essa lasanha? — Perguntei, dizendo com se estivesse comendo a oitava maravilha do mundo.

— Não, por isso estou aqui! — Nolan riu. — Estou salivando.

Nick soltou uma risada anasalada, e eu comecei a pensar de novo na proposta de Myers.

Eu iria sozinha? Eu chamaria alguém? Se chamasse, quem seria? Que carro eu dirigiria? Com quem eu lutaria?

— Nolan, podemos conversar? Queria falar contigo. — Falei meio hesitante, estalando os dedos.

— Claro, Cass. — Ele disse e eu sorri.

— Bem, hoje eu encontrei o Myers, quer dizer...ele me encontrou. Eu estava voltando a pé e ele estava de carro, encheu meu saco e...me fez uma proposta. — Expliquei tentando adivinhar o que ele diria.

— Que proposta? Vindo daquele filho da puta, não duvido que seja algo ruim. Mas...pelo menos você está viva. — Nolan falou, mantendo a expressão séria e abrindo um sorriso brincalhão no final, eu dei um risinho. Mas logo lhe lancei um olhar.  — Em que confusão você se meteu, Rapunzel?

Caramba, ele me conhecia muito bem, e eu o amava por isso. Sua alma genuína me fazia sentir como se ele fosse mais um irmão para mim. Alguns milagres são pessoas e a gente nem percebe.

— Eu meio que topei uma corrida com ele e uma luta com um oponente desconhecido, só que aí que vem o problema: eu não faço a mínima ideia de que carro vou usar, com quem vou lutar, se devo ir sozinha...

— Primeiramente, eu vou com você, ponto. Você pode pedir a porsche ou o skyiline do Jason, só não garanto que ele toparia, ele nunca deixa ninguém dirigir os "bebês" dele.

Nolan havia decidido que iria comigo, e eu meio que soltei o ar que nem sabia que estava segurando. Eu estava com medo de ir sozinha, mesmo que ferisse meu ego admitir aquilo.

A porta da frente se abriu, e vi Brian e Jason rindo enquanto entravam.

— Jason se inscreveu para o teste de polícia! — Brian gritou e todos nós comemoramos.

Eu queria tanto poder beijá-lo na frente de todos, como se fosse meu namorado, como se fossemos assumidamente apaixonados.

A 4 meses atrás, quando voltaram as aulas, ele sempre me buscava e nós lanchávamos juntos, e agora ele até dormia no meu quarto, mas mesmo assim tudo muito às escondidas.

Eu apenas lhe lancei um sorriso, meio frustrada com a situação, ele me lançou um olhar indecifrável, e subiu as escadas com meu irmão.

Continuei comendo minha lasanha e rindo das piadas bobas de Nolan, Nick estava falando sobre Elena, como ela dança vigorosamente bem, e como ela fica linda usando sapatilhas de balé.

Era fofo, eles eram lindos juntos, mas eram completamente diferentes de Brian e Violet.

Nick era gentil, compra buquês e ursos de pelúcia fofinhos, assiste todos seus espetáculos de balé. Mas Brian..era o tipo de cara que te levaria às alturas correndo à 190km/h com o carro, o tipo de cara que mataria por você, que assistiria à todas as aulas de esgrima dela, e ficaria feliz em esperar.

E Jason? Como seria?

Fui em direção ao meu quarto, e quando abri a porta vi que Jason estava deitado na minha cama, mexendo no celular.

Será que eu deveria contar de Myers pra ele?

Não, definitivamente não.

— Oi, vem cá! — Jason disse abrindo os braços.

De repente, toda a bagunça da minha mente, todos os nós, se desfizeram em um passe de mágica.

Deitei aconchegada em seu peito, ele fazendo carinho nas minhas costas enquanto mexia em seu telefone.

— Você turbinou seu skyiline? — Perguntei.

— Sim, por que a pergunta?

— Nada...será que você pode me emprestar ele? — O olhei, tirando minha cabeça de seu peito.

— Claro mas...pra quê? — O loiro me perguntou.

— É que eu sempre quis dirigir um skyiline, sabe...fã de velozes e furiosos. — Ri nervosa enquanto ele sorriu.

— Claro que você pode dirigir ele. Eu te pego na escola com ele amanhã, pode ser? Aí você fica com ele até matar sua vontade. — Jason disse e eu carimbei nossos lábios suavemente.

(...)

— Oi Cass! — Nolan gritou, no banco de trás do skyiline de Jason.

— Vocês estão me fazendo passar vergonha, abaixa esse som! — Gritei constrangida enquanto entrava no banco motorista.

Basicamente Nolan e Jason vierram me buscar na escola com a música "paperwork" do Kanye West estourando bem na parte do grave. De forma que literalmente todos olhassem na direção dos dois malucos que vinham me buscar.

— E aí, Cass! Pronta pra dar uma voltinha? — Jason perguntou me dando um beijo na bochecha.

— Por que não? — Eu ri e logo o pneu cantou quando Jason acelerou pelas ruas.

Abri a janela sentindo o vento quase me jogar para trás, mas eu amava essa sensação, o barulho do ronco do carro me deixava louca, me fazendo sorrir instantaneamente. 

Depois de uma breve corridinha pela cidade, levei Nolan e Jason para casa, e fui direto treinar, essa semana eu queria treinar o máximo possível para distrair minha cabeça.

Cheguei lá com o skyiline emprestado, e me certifiquei em trancá'lo antes de entrar na academia. Karen passou um treino pesado como sempre, fazendo eu sair com dor em todos os meus músculos.

Chegando em casa, Gina e eu havíamos combinado de assistir um filme, mais especificamente "10 coisas que odeio em você.", pois era o filme conforto dela.

— Eu amei o filme, mãe. — Sorri e ela me olhou, os olhos cheios de lágrima.

— Do que você me chamou? — Gina perguntou, e só aí que percebi do que a tinha chamado. Abri um sorriso.

Eu só havia lhe chamado de mãe agora, mas para mim, ela virou minha mãe desde o meu segundo mês aqui. 

— Mãe. Gina, você é minha mãe. Mesmo que...eu só tenha te dito isso hoje, você é importante para mim desde quando pisei nessa casa. Por ser uma mulher guerreira, que cuidou de mim e me deu amor e carinho. — A abracei, sentindo o choro querer saltar pelos olhos.

Georgina era uma mãe incrível, pra caramba. E eu tinha sorte de tê-la comigo todos os dias.

Tomei um banho bem relaxante, sentindo todos os meus músculos pararem de se tensionar ao entrar em contato com a água quente, massageei minha cabeça, tentando aliviar meu stress, e comecei a pensar de mais.

Por que diabos eu e Jason tínhamos que ser um segredo?

O que aconteceria quando eu entrar em uma faculdade? 

E se eles ficar com outras garotas além de mim?

Por que ele gosta de mim? Essa martelou tantas vezes na minha cabeça que fiz tudo no automático, percebi quando pisquei e já estava pronta para dormir, deitada de baixo do edredom macio na minha cama.

O dia seguinte, eu acordei com o celular vibrando, e vi uma mensagem de um número desconhecido.

Unknow: às sete em ponto, na pista de corrida, não atrase nem um segundo, Harper.

Vesti meu uniforme e tive um dia normal de aulas, pensando que seria mais um dia produtivo e calmo, mas meu cérebro girava em torno de o quão fodida eu estaria as sete da noite. 

Continua...

Gente vcs acham que a Cass e o Jason vão ser um casal feliz a partir de agora? Hahahaha 😈

Feliz páscoa!!!

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