SECRETS Vol.02 (Série: Grecos)

By Sicilu

94.9K 12.5K 7.3K

Dark Romance. 🔞 (SÉRIE GRECOS) ❤️ Vol.02 SECRETS Heitor Greco cumpre sem a menor dificuldade o propósito par... More

Nota da Autora
Introdução
Personagens
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39

Capítulo 24

1.9K 288 132
By Sicilu


O choro que ecoa até onde estou é feminino, não há dúvidas, e tem um tom extremamente sofrego. Seco o meu rosto rapidamente. Intrigado para descobrir o que está havendo, me movo abrindo a porta e seguindo em direção ao som doloroso.

" Quem diabos teria coragem de invadir a minha sala para chorar? "

Me aproximo e a figura que os meus olhos contemplam a cada piscada, cada uma me trazendo uma maior clareza, que de imediato me deixa realmente surpreso, estupefato é uma palavra que define melhor.

" Não é possível. "

Deitada sobre o sofá que compõe a decoração do escritório, um sofá que eu sempre considerei inútil, encontra-se a personificação dos meus maiores anseios, dos mais inquietantes, dos últimos tempos: a pequena e irresistível bastardinha. A pequena ninfa de cabelos ruivos.

Meu corpo ganha rapidamente uma sobrecarga de energia com o impacto de sua presença. Por um momento esqueço as minhas dores, elas ficam em segundo plano.

Em posição quase fetal, ela puxa os joelhos curvados de encontro ao próprio peito, abraçando-os, à medida que chora intensamente. Suas coxas alvas de tonalidade macia, tão convidativas ao toque, estão de fora, o vestido sobe a medida que ela se move entregue a dor de um choro convulsivo.

Inicialmente, fico totalmente imóvel sentindo-me perplexo com a minha puta sorte em tê-la aqui, bem diante de mim, e tão vulnerável. No entanto, algo dentro de mim é despertado ao vê-la em tal estado. Uma pequena voz bem no interior da minha mente, me manda agir. A hesitação dá lugar a uma preocupação genuína.

" O que houve com ela? "

Me aproximo dela com cuidado, os pensamentos turvos pela surpresa, e uma vontade quase desesperada de tocá-la.

__ Aurora? __ Minha voz sai em um tom suave. Quase um sussurro no momento em que toco os seus cabelos e diante da sinfonia chorosa.


Uma voz sussurrante chama o meu nome, e sinto meu corpo contrair. Eu não desejo ser vista em tal estado por ninguém. A princípio, não consigo reconhecê-la, mas sinto um toque suave em meus cabelos e, em um reflexo instintivo e inútil, tento me recompor.

Não... Não pode ser.

Não é justo comigo. O que fiz para merecer essa humilhação?

Ele me encara, seus olhos penetrantes, visíveis através das lágrimas que embaçam minha visão.

As esferas absurdamente azuis se destacam na imagem turva de seu rosto maldito e tão bonito.

Aperto o abridor de cartas com ainda mais força em minha mão fechada enquanto me movo desajeitada.

" O que pode ser pior que isso? Heitor está me analisando em meu estado emocional deplorável. "

Eu sou mesmo lamentável!

Sem pronunciar uma única palavra, ele se acomoda diante de mim, tão perto que seus joelhos encostam nos meus pés calçados pelas minhas galochas amarelas. Sua presença imponente preenchendo todo o espaço ao meu redor, o que me deixa ainda pior. A presença dele é tão avassaladora, e me lembra muito rápido o que ele me fez na noite anterior. As lágrimas em meus olhos ainda embaçam minha visão, mas logo se dissipam escorrendo para o meu rosto, permitindo que eu observe com mais clareza a mão que se estende em minha direção.

__ Não me toque. __ Minha voz sai como um murmúrio frágil, mal audível e sem qualquer convicção. Ele ignora minha súplica, seus dedos acariciam minha pele com uma gentileza inesperada, secando algumas lágrimas teimosas que insistem em rolar pelo meu rosto.

Sua atitude me deixa paralisada, incapaz de reagir inicialmente.

__ Por que está chorando, Aurora? __ Sua voz, surpreendentemente suave, penetra meu tumulto emocional. Ele se aproxima ainda mais, como se buscasse desvendar os segredos escondidos por trás das lágrimas, e sem que eu perceba, ele toma minha mão ferida, aquela que eu tentava desesperadamente ocultar.

Sim, ela está ferida. Eu não resisti, eu cedi à minha dor emocional, sem encontrar outra saída, senão o alívio físico. Ao avistar o abridor de cartas sobre a mesa, pareceu-me uma opção afiada o suficiente para causar apenas um pequeno corte. Era tudo o que eu precisava. No entanto, as coisas se descontrolaram, e eu permiti que toda a dor transbordasse de maneira incontrolável atravéz do choro, e também da dor física provocada pelo corte em minha palma da mão.

__ Está doendo muito? __ ele pergunta com seu tom de voz ainda muito suave, quase afável, enquanto encara a minha mão em punho, fechada, com o objeto firme entre ela.

Sinto-me tão instável, tão frustrada e infeliz. Eu não deveria falar com ele, nunca mais, não depois da forma como ele me tratou na noite passada, mas eu já não sei mais como reagir. Apenas sei que me sinto ainda mais vulnerável, sob o olhar intenso dele.

" Ele não deveria ver esse lado, que só pertence a mim. Ele não deveria ver qualquer lado meu"

__ Aurora, abra a mão. __ Ele emite as palavras de uma maneira que consegue transmitir um pedido e uma ordem em conjunto.

Uma espessa gota de sangue escorre e cai sobre as minhas galochas.

__ Vai... sujar você, o seu terno. __ Minhas palavras saem terrivelmente chorosas, em meio a um fungado nada elegante.

Os dedos quentes e firmes da mão dele estão na minha, que está um tanto trêmula, mesmo fechada. Seus olhos focam os meus de uma maneira extremamente intensa. Mal consigo pensar, ou desviar, sentindo como se ele pudesse ver através de mim, como se ele realmente podesse me enxergar de verdade. Mas não pode, ele é um cínico.

__ Meu terno não importa, nada mais importa, além de cuidar de você agora. Deixe-me ver. __ Seus olhos desviam de meu olhar, e percorem um caminho até chegar a minha mão frágil entre a dele.

A minha posição desajeitada, de joelhos dobrados dá a ele nitidamente uma visão de partes minhas que eu não quero que ele veja. Tento me mover mais uma vez para me ajeitar, ou afastar-se, é o ideal.

__ Aurora, fique quieta, e abra a mão. Deixe-me cuidar disso. __ Sinto o calor irradiando da pele dele, envolvendo a minha mão. Mesmo com a dor pulsando, consigo sentir. A firmeza de sua mão direita pressiona o meu joelho mantendo-me estável no lugar.

__ Eu disse pra não me tocar...

__ Eu só quero cuidar de você. Eu não vou perguntar porque se fere, aposto que não tem uma resposta simples, e também creio que não me diria, mas vou me arriscar a perguntar o que antecedeu isso, hoje. O que a deixou tão instável? Tão vulnerável, Aurora? Diga-me. __ A voz dele é suave, mas também há uma profundidade sedutora. Seu olhar quase predador está focado em mim, apenas em mim e denotam um grau de interesse, de importância que me deixam hipnotizada.

Nunca me enxergaram assim.

Ele tem a Natalie, aquela criatura fútil e que se julga tão superior a mim.

Ela se julga superior... Se ela é tão boa então, por que seu noivo dedicaria sua atenção a mim? Ele me beijou na casa dos pais dele. A lembrança me faz estremecer, pois ele realmente me assustou. E antes disso, já havia sido tão malicioso...

Ele é um homem dissimulado, já deu provas disso... Mas por que mesmo dentro de um comportamento que me assusta, ele voltaria suas atenções pra mim?

__ Me sinto perdida... __ Começo a falar, eu não sei exatamente o que me impulsiona, mas ele está ouvindo. __ Com... Com raiva, muita raiva. __ Confesso, o que eu não confessei nem mesmo para o meu pai.

__ Raiva? __ Há uma espécie de expectativa. Ele parece genuinamente interessado, seus olhos compenetrados em mim, devorando cada nuance da minha expressão.

Ela gritou a plenos pulmões: O lar que será da minha filha...

A repugnante da Alessandra tem certeza que a mansão Greco será da Natalie, que ela conseguirá isso após se casar com o Heitor. Eu sei que não é apenas o lugar em si, mas o poder da posição na vida dele.

Mas e se isso não acontecer?

Eu deveria ser invisível pra ele, se ela fosse o bastante, mas não sou. Não dá maneira como ele me olha nesse instante. Ou em todas as vezes desde que me conheceu.

__ Muita raiva. Raiva porque eu não tenho como interferir no estado da minha mãe, e eu preciso dela, preciso muito. __ Ele acaricia os meus dedos de forma íntima, me fazendo afrouxar o aperto que aplico sobre o objeto. __ Eu me sinto sozinha, sinto falta de alguém que realmente me entenda. Não poderia ser o meu pai... Acho que ele tem problemas maiores com tudo o que envolve sua vida oficial... Com a esposa oficial. Aquela mulher horrorosa. __ Eu sei, minhas palavras soam maldosas, mas agora eu não me sinto inclinada a ser gentil.

Heitor olha em meus olhos novamente. Posso sentir a intensidade que emana deles, é como se ele realmente pudesse me compreender. Logo ele. Sinto uma perigosa pontada de conforto.

__ Vacassandra, aquela mulher é mesmo horrorosa. __ Ele diz voltando a observar a minha mão, e afastando o objeto de metal que estava entre ela.

__ Vaca... O que?

" eu ouvi bem o que ele disse? "

__ Você a conheceu então, e por isso está assim? Ela desencadeou isso em você. O que de tão venenoso aquela puta cuspiu? __ Ele parece levemente irritado, ao questionar. Mas por que ele se importa? Ela é sogra dele, mesmo em meu estado de total descoordenação emocional, eu não esqueci desse fato. Ainda assim ouvi-lo ofender ela, me conforta.

Um silêncio tenso paira entre nós enquanto nos encaramos. Enquanto ele ele está tão perto, tão concentrado na minha existência, na minha mão ferida e sangrando.

Sinto a atração palpável, criando raízes em meu estômago e se espalhando. Me fazendo suspirar profundamente, e inalar o cheiro do perfume intoxicante dele. Um cheiro misterioso e agradável que se sobressai ao cheiro metálico do sangue.

__ Eu...

Com um movimento decidido, e segurando minha mão com firmeza, ele a leva aos lábios. Uma onda de eletricidade instantânea e incontrolável percorre o meu corpo.

O gesto e a sensação me pegam de surpresa, fazendo-me recuar instintivamente, mas já é tarde demais. Ele lambe o sangue como se fosse um beijo. Sua língua macia e calorosa desliza contra a minha pele fragilizada. Ele limpa o sangue de minha mão com movimentos circulares, e tão dedicados. Posso ouvir o gemido baixo, que ele deixa escapar e me faz ficar quente, ainda mais hipnotizada com a visão íntima, totalmente surreal de tão agradável, e eu mal consigo articular uma palavra.

Quando ele finalmente me olha, em meu estado de estupor, posso ver nitidamente suas pupilas dilatadas, e seus lábios levemente manchados com meu próprio sangue.

Me sinto sem fôlego, quente, absurdamente atraída.

__ Não... Não deveria fazer isso. __ Balbucio, e ele sorri.

__ Você é a primeira mulher que eu provei assim, e quero de forma tão intensa. __ Ele murmura, seus olhos fixos nos meus, dilatados pela desejo que arde entre nós. __ Você é toda pura, até mesmo no seu sangue, Aurora.

Sinto ele cada vez mais perto, ele se aproxima me fazendo sentir sua respiração quente e pesada.

“ O diabo é lindo. Um deus , atraente. ”

__ Seus cabelos tem o tom mais lindo do mundo... __ Ele toca os meus cachos bagunçados.

__ Devo dizer que você é bem mais feia pessoalmente. Esse tom de cabelo lastimável de tão brega, é ainda pior do que eu imaginava...”

As palavras da Natalie, surgem em minha memória como um raio, e tem um contraste enorme com as dele. O que eu daria para ver a cara dela, ouvindo ele dizer isso. Ouvindo ele me elogiar?

Sinto-me consumida por uma mistura avassaladora de desejo e perigo. Eu sei que não deveria ceder, eu sei que eu deveria ser sensata e correr, o mais rápido possível, para bem longe dele. Ele exala perigo, mas suas palavras sedutoras alimentam o fogo que queima dentro de mim.

Sinto-me subjugada pelo desejo crescente, minha mente turva pelo toque dele, por seu cheiro maravilhoso.

Ele vai me beijar. Sua boca está tão próxima a minha... recordo-me do seu sabor...

Ele me beija, delicadamente a princípio, me fazendo provar o sabor do meu próprio sangue em conjunto com seu gosto, transmitindo uma sensação de alívio e desconexão da dor emocional que me consome. É como ar entrando em meus pulmões.

Seus lábios passam rapidamente a explorar os meus com um desejo voraz,  chupando minha língua e gemendo em minha boca, provocando uma resposta intensa dentro de mim. Ele me envolve em seus braços, acariciando meus cabelos com ternura enquanto me seduz, e eu me deixo seduzir. É uma doce sedução, é quente, e me faz sentir um maravilhoso latejar entre as coxas.

Eu quero mais...

Quando ele morde meus lábios com mais força, não seguro o gemido que reverbera, sucumbindo ao prazer que ele me proporciona.

Capítulo concluído ✅🥰

Mores, vamos lá!

Primeiro, quero destacar aqui os meus agradecimentos mais sinceros, a generosa e gentil jennifferfelix86 ❤️. Ela tem sido uma fonte de aprendizado e inspiração. Jen, você é incrível, obrigada pela revisão, você é demais...💖🌹

Segundo, quero lembrar mais uma vez mores, que teremos um ou dois capítulos por semana. Hoje, estou liberando esse e se der, até sexta libero mais um. Adoro vocês, obrigada!! E beijinhos 😘

Continue Reading

You'll Also Like

9.7K 531 9
Atena Moore é uma moça meiga, doce e gentil, mas também muito determinada a não desistir dos seus objetivos, por mais que o mundo resolva lhe dizer n...
1.4M 127K 45
Michael August Stone pertencia a família real e mesmo que muitos o odiasse e o desprezasse precisavam manter a educação e sorriso na face ao se dirig...
763 147 24
Em um baile de mascaras, Arianne é beijada por um cavalheiro. O rapaz faz o coração da moça palpitar como nunca antes . Mas ela acaba sem saber quem...
270 42 9
Anne acordou de um coma. Está vivendo sua nova vida, mas algo continua lhe prendendo ao passado. Alguma coisa, ou alguém, foi deixado para trás. Jam...