Rusty kitsu e os quartzos de...

By Edsoncarlosf

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Rusty é uma raposa curiosa que se querer embarca em uma jornada emocionante através do tempo. No entanto, sua... More

Ó guardião

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By Edsoncarlosf


Willian Kitsu mais conhecido como Will, nunca foi alguém que tivesse muitos amigos, mas isso nunca o incomodou, toda madruga ele emergia da penumbra da manhã antes que o sol tingisse o céu. Cada alvorecer desencadeava o seu ritual meticuloso: o ranger do assoalho de madeira, o sibilar do fogo na lareira, e a vestimenta cuidadosa do seu macacão azul desgastado. Uma coleção variada de macacões repousava no baú, cada um contendo memórias do seu percurso solitário. "Por que vestir roupas diferentes a cada dia quando a vida é uma só?", ponderava Will.

Era inverno naquela época e a alta neve escondia as belezas daquele lindo lugar. Will morava numa cabana pequena que continha apenas dois cômodos aconchegantes que abrigavam uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lareira. O segundo cômodo, quase esquecido, armazenava artefatos aparentemente inúteis, mas para Will, eram testemunhas silenciosas da sua solidão.

Ele chamava esse refúgio de "O ninho", inspirado nas águias isoladas que construíam os seus lares em lugares remotos.Will não era de receber visitas na sua cabana por isso por todos os cantos havia coisas que ele recolhia nos caminhos que fazia entre o seu trabalho e a sua casa, latas velhas, diversas embalagens dos mais variados produtos, pedaços de corda, arames enferrujados, lenha seca e gravetos que eram para o fogo da sua lareira, apesar de isolado do mundo Will era informado das coisas que aconteciam através de um velho rádio que ele achou em uma das vezes que voltava para casa desde então sempre que podia ele guardava quaisquer baterias que encontrava para usar no rádio que no lugar da antena tinha um arame e era todo remendado com fita.

Do lado de fora da cabana havia o galpão de ferramentas o banheiro, quase a baixo das escadas tinha um gerador velho movido a gasolina, mas que só era usado quando o calor das chamas da lareira não podia com o frio. Mesmo que não parecesse "O ninho" era um lugar aconchegante, principalmente para que ama o silêncio da solidão. A cabana ficava bem no meio de uma majestosa floresta ao norte das montanhas geladas. Situada num canto remoto do mundo, onde a civilização cedeu lugar à natureza intocada, era um lugar majestoso, um reino verdejante que se desdobrava numa sinfonia de vida.

No verão era possível ver mais nitidamente a densa cortina de árvores gigantes, cujas copas se entrelaçavam, formando um dossel impenetrável que filtrava a luz do sol em dardos dourados, criando um jogo de sombras e clarões no chão de terra. Um lugar intocado Longe de tudo e de todos

Will vivia e amava vive assim. Pessoas são egoístas e burras, são parasitas que contaminar tudo. Era assim que ele respondia sempre que perguntado por que mora tão longe da cidade

No entanto, a solidão não incomodava Will que mesmo a contra gosto compartilhava o seu espaço com os roedores, que as vezes roubavam as migalhas da sua mesa quando ele dormia os seus silenciosos confidentes. Os únicos humanos com quem Will tinha contato, eram os mineiros que com ele trabalhava na mina de calcária, os seus encontros com eles eram breves, e sempre marcados por grunhidos que mais pareciam saudações. Ele apenas olhava para eles e pronunciava algo que inaudível

Aos olhos de Will a vida era boa, ele era um homem de meia-idade barbudo e robusto, que para muitos parecia ser carrancudo e torrão, mas, na verdade, tinha muitas dores e cicatriz, ninguém que olhasse para ele poderia imaginar que algo ruins o atormentava, mas nem sempre foi assim. Will tinha um passado feliz que nem lembrava, pois, aquele lugar que agora ele chamava de lar nem sempre foi seu abrigo. Mas essa era uma história que Will mesmo se pudesse, fazia questão de não lembra. Pois, como ele consumava dizer a si mesmo, o passado só traz dor e o futuro não traz nada então era melhor viver o presente. Ele acreditava que tudo que acontecia só acontecia por ter que acontecer, portanto, ele ter se perdido na floresta quando criança foi apenas algo que iria acontecer, pois, o destino não erra no que faz.

No inverno os dias pareciam longos, pois Will sempre tinha que fica sem a sua rotina. Para ele A pior época era o inverno, o trabalho na mina era incerto, pois por muitas vezes tempestades faziam ser canceladas as buscas pelo produto, e isso fazia muitos mineiros serem colocados em "férias" forçadamente.

Will amava o ninho, mas ali sozinho durante dias ele tinha se manter sempre alerta, pois era muito mais fácil os perigos se esconderem na neve alta. Imagina deitar para descansar e ser atacado por algum animal faminto.

Will trancava-se no ninho sempre com a guarda alta, com o seu rifle em mãos ele caminhava por toda a extremidade da cabana olhando pelas frestas, tomando café e escutando o rádio em volume baixo durante o dia todo. Após quatro dias de isolamento Will resolveu sair para busca por lenha e tentar casar algo para as suas refeições. Naquela manhã ele tomou o seu café que como sempre estava quente e sem açúcar, calçou as suas botas, tamanho quarenta e quatro e dirigiu-se ao pequeno galpão atrás da cabana, para apanha o que precisava para começar a caminhada em meio neve, uma grossa corrente e um grande cadeado prendiam as portas do galpão como se ali tivesse o maior dos tesouros. Bom para Will eram mesmo, pois tudo que ali havia tinha sido deixado a ele por aquela que o resgatou quando era apenas um menino. Quando ele abriu o galpão dentro havia um Machado; uma pequena motosserra; galões de gasolina; várias ferramentas penduradas e em cima de uma estante, um baú, com um casaco no seu interior.

Will saiu do galpão Envolvido pelo grosso casaco de pele de lobo e apoios mergulhou floresta adentro com o seu rifle na mão e o seu machado no coes, ele levava também um saco com balas no bolso junto a alguns alcaçuzes, e claro uma garrafa térmica por dentro do casaco cheia de café quente. Depois de um tempo sem nada além de neve sobre a sua vista. Will desistiu voltar a cabana, mas contrariando os seus próprios instintos dessa vez ele tomou o mesmo caminho. Will nunca fazia o mesmo caminho de ida e vinda, ele acreditava que algo ou alguém poderia estar à espreita o esperando portando era muito mais sábio volta por outro caminho, mas por alguma razão ele seguiu assim desta vez. Passos afim sobre a neve e sempre atento a quaisquer atividades ao seu redor Will de repente foi surpreso por um som que parecia vim debaixo de uma árvore caída. O som era semelhante a um choro de filhote de cachorro, entretanto suspeito, Will empulhou o seu rifle e foi em direção ao chiado E para a sua surpresa em meio a todo aquele branco um pequeno tudo de pelos laranjas se mexia. Will parou e observou o animal atentamente.

O que mais chamou atenção eram os Pequenos olhos heterocromáticos que olhavam cheios de medo na sua direção enquanto pequeno corpo sem sucesso tentava sair debaixo de um galho da árvore, ao se aproximar do animal Will foi recebido por um rosnar e dente ferozes. Ele então abaixou o rifle na neve e com os seus braços de uma só vez ergueu o tronco do solo. O pequeno animal saiu numa carreira debaixo do galho, mas não conseguiu ir muito longe. Após alguns metros à frente ele caiu para o lado, pois não havia como por força na sua pata machucada. Deixa-lo ali seria o mais correto, afinal era um animal selvagem e que nada tinha a ver com Will, mas como abandonar um ser vivo ferido na floresta naquele momento Will se viu na criaturinha que lutava para viver. Ele então l aproximou se com cuidado, porém assim mesmo viu a sua mão ser abocanhada pelo bicho, mas para a sua surpresa sem provoca nenhum ferimento, pois aquele parecia ser o reflexo de proteção, porém nele não havia força pobre animal indefeso.

— Vamos para casa, pequenino, você ficará bem. Essas foram as palavras de Will para o animal que naquele momento muito machucado após tira dele a neve que o cobria, ele percebeu tratar ser de um filhote de raposa Will o colocou nos braços pouco antes do animal desfalecer. Logo após ele seguiu em frente até o ninho onde os dois poderia finalmente se aquecer. Daquele dia em diante a cabana tornou-se, então, o refúgio não só de Will, mas de uma amizade improvável.

Dias afins passaram-se e com ela uma grande tempestade. A floresta inteira estava inundada de apenas branco e um perturbador silêncio. Era uma manhã de domingo quando a primeira flor desabrochou em meio a pouca neve que já se dissipava e dava lugar ao verde da floresta. Will com uma das mãos enfaixadas chegava à cabana com um animal morto pendurado nos seus ombros. Ao pé da escada ele atirou o machado em direção a porta e um degrau de cada vez ele subiu em direção a cabana Ele parecia deveras fadigado, mas estranhamente não aparentava ter corrido. Chegando na porta ele se agauchou; despejou a caça sobre o piso e com a costa do machado deu três leves pancadas no chão, olhando em atentamente para dentro da cabana. Após Will bater mais três vezes no chão os seus olhos brilharam e no seu rosto surgiu um alegre sorriso. Da porta então surgiu um filhote de raposa com uma pelagem laranja como o fogo do pôr do sol ele seguiu andando com dificuldade até Wil e assentou-se sobre as patas traseiras ao seu lado e o olhou fixamente como se se espera algo dele. Will o olhou bem, no fundo dos olhos heterocromáticos. Pois, a raposinha tinha um olho de cada cor, o direito era castanho como casca de árvore, e o esquerdo era banco, como neve recém caída. Passando a mão machucada sobre a pelagem do pequeno animal Will percebeu que o mesmo olhava triste para a sua mão, parecia até que o mesmo tinha consciência do machucado que outrora fizera.

Will se levantou com a raposa no colo abraçando-a com carinho, aquele não parecia mais o homem carrancudo do começo do inverno, pois estranhamente ele sempre estava sorridente e agora os seus comprimentos aos outros mineiros realmente pareciam um comprimento. Algumas semanas depois daquele dia a pequena raposa que Will chamou de Rusty já andava normalmente agora ela caminhava junto a ele como uma sombra, livre corria e brincava alegremente atacando seja o que fosse que se mexesse, mas nunca sem perde de vista Will que aquela altura se tomara para ele o seu alfa. Enquanto a pequena raposa perseguia uma "perigosa" lagarta, Will ao longe com um machado, cortava ganhos secos para alimenta o fogo da lareira. Will um exímio conhecedor daquelas terras, mais que qualquer um, após apanha a quantidade de galhos necessários seguiu por um caminho entre duas árvores marcadas até o seu lugar preferido, o riacho cantante, ele era chamado assim porque as águas corriam fortemente e o som produzido por elas misturava-se com a brisa formando assim uma melodia suave e relaxante. Quando estava cansado, triste ou estressado após trabalhar na mina, Will ia até ali e deitava-se a beira do riacho, e ali permanecia por muitas horas sozinho. No entanto, essa era a primeira vez que outro ser além de Will ia até ali, mesmo sendo só um animal irracional.

Ao chegar no riacho Will tirou as botas; soltou o machado e assentou-se como de costume com os pés a beira das águas. O animal laranja por sua vez vendo Will deitado chegou-se até ele e deitou-se ao seu lado, ao sentir o animal na sua perna Will de olhos fechados começou a fala com a pequena raposa como se ela fosse uma pessoa.

Acariciando os pelo do animal deitado ele dizia

— Rusty, meu pequeno, achei que iria morrer sozinho, mas o destino trouxe-me você, obrigado pequeno, por você está aqui.

Enquanto Will falava a pequena raposa dormia com a cabeça sobre uma das suas pernas. Ele então se acomodou para não acordar o animal e pouco depois adormeceu também. O sol se situava no meio do céu quando aquele momento de paz foi interrompido pelo som de algo caindo na água. O barulho não foi capaz de acordar Will, porém Rusty levantou-se rapidamente assustado e em alerta, olhando para todos os lados farejando atentamente, ao longe ele avistou então uma borboleta que voava e instintivamente correu atrás dela. Mal sabia ele que aquele momento seria o começo da jornada que mudaria tudo na sua vida

A pequena e curiosa raposa afastou-se dali, perseguindo a borboleta que avançava para a floresta. pulando sobre as pedras e galhos ele atravessou a água rasa e continuou a sua busca pela borboleta colorida. Incrivelmente Will, não despertou com o barulho do animal entrando na floresta distanciando-se involuntariamente do seu protetor, ele correu sem direção até cair de um barranco, a queda fez com que ele acabasse parando num canto mais abaixo da floresta, ele tentou escalar, mas seu tamanho não era suficiente, mesmo distante ele ainda conseguia sentir o cheiro do riacho e seguindo o seu faro seguiu por outro caminho. Após um tempo andando e já bem cansado longe, Rusty se deparou com uma misteriosa trilha e ainda seguindo o cheiro do riacho ele continuou por ela até chegar num lugar desconhecido. O cheiro era o mesmo do ninho. Mas em vez de haver uma cabana ali tinha uma grande árvore oca entalhada com símbolos enigmáticos sozinha no meio de uma clareira. Intrigado, a pequena raposa aproximou-se farejando ao pôr todo o redor da árvore. Pois, estranhamente ela tinha o cheiro da cabana. Mas não havia sinal que vida naquele local, entristecido a raposa continuou caminhando, mas naquele ponto já não sentiu mais o cheiro do riacho. Voltar todo o caminho era a uma alternativa, no entanto, enquanto se conduzia para a trilha, a sua atenção foi atraída por um objeto brilhante sob a folhagem seca no centro da grande árvore oca. O céu escureceu de repente e uma estranha luz lilás foi emitida pelo objeto que resplandeceu nos olhos de Rusty. Ele aproximou-se e tocou com o seu focinho no objeto; no mesmo instante, foi envolvido por uma luz intensa e então desmaiou. Quando acordou, ele não estava mais na floresta. O seu corpo estava coberto por panos, e as criaturas ao seu redor pareciam seres humanos, mas de uma forma estranha, vestindo roupas diferentes e usando objetos desconhecidos. Ao olhar em volta, percebeu estar num local onde o verde da natureza dava lugar a estruturas metálicas imponentes. Gigantes torres se elevavam até tocar o céu, enquanto veículos esféricos e barulhentos cortavam os ares com uma velocidade incrível. Este novo cenário era um testemunho da evolução da engenharia humana e da tecnologia moderna, um mundo que a raposinha jamais imaginara nos seus dias na floresta tranquila.

As pessoas ao seu redor pareciam ocupadas, imersas nas suas próprias atividades, e o pequeno raposa, perplexo e curioso, sentia muito medo naquele momento sem entender o que aconteceu, ele começou caminhar pelo lugar estranho sem ser notado. Cada esquina revelava novas surpresas de coisas jamais vistas por ele, desde estranhos artefatos que emitiam luzes e sons até máquinas que se moviam por conta própria. Rusty sentia-se uma criatura perdida em meio a um mar de descobertas, e enquanto os seus sentidos absorviam as novas sensações, ele se perguntava como se o seu protetor estaria bem. Por um instante ele sentou-se e observou a cidade. As construções metálicas, altas e reluzentes, eram arranha-céus que se erguiam majestosamente em direção às nuvens. As suas estruturas complexas eram feitas de aço e vidro, as janelas reluzentes capturavam os raios de sol e transformavam a paisagem urbana num jogo de luz e sombra em constante evolução.

Os estranhos objetos esféricos e barulhentos que cruzavam os céus eram veículos de transporte de última geração. Eles voaram silenciosamente, graças à propulsão elétrica e à tecnologia de levitação magnética, mas emitiram um zumbido suave à medida que cortavam o ar. Eram uma visão comum nas cidades modernas, conectando-se rapidamente às pessoas de um ponto a outro uma grande contribuição para uma mobilidade eficiente.

O pequeno animal laranja estava maravilhado com o contraste entre o antigo e o novo. Enquanto observava o espetáculo da cidade moderna, Rusty se sentia espantado com tudo aquilo. E agora como um pequeno raposa iria sobreviver sozinho naquele lugar tão imenso e peculiar.

Ao levantar-se, ele notou transformações no seu corpo: pois estranhamente se observava mais alto e se sentiu intrigado porquanto uma inquieta voz falava dentro da sua cabeça, o indagando sobre tudo que acontecia ao seu redor. Neste meio tempo Rusty percebeu que estranhamente compreendia os sons e as vozes das criaturas bípedes.

Entretanto, ele ainda não entendia como havia parado ali e nem onde era ali. Desorientado e ansiando pelo lar, desejou estar em casa e então sem direção correu para longe daquele lugar, a raposa correu sem direção até que notou um cheiro familiar, ele se assemelhava com o do riacho, indo na sua direção encontrou um lugar que lhe parecia familiar mais em simultâneo, diferente, pois havia construções em vez de árvores, ao se aproximar das águas percebeu que não eram claras como ele lembrava e no seu reflexo, além dos seus olhos diferentes no seu rosto agora havia uma mancha lilás do lado direito.

Àquela altura, o pequeno animal já muito exausto, deitou-sea beira do riacho, desejando está em casa, na sua mente então vieram imagens dacabana e de Will com ele na floresta e do riacho acabara de conhecer. Asimagens estavam claras na sua mente tanto que era possível sentir o cheiro de casae então imediatamente diante dos seus olhos tudo começou a mudar. Num piscar deolhos tudo ao seu redor voltou a ser como era antes. E para o seu espanto eleestava outra vez na beira do riacho com Will deitado e um profundo sono. Rustynão sabia, que tinha viajado no tempo.

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