Clexa: Jogos Vorazes

By DeathToPrimes

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O que de tão ruim pode acontecer se a garota da família mais rica da capital, meio que se apaixonar pela maio... More

É a morte quem te segue
O primeiro dia é sempre o pior
Não perca tempo
Massacre Quaternário
Quando a tirania é lei, a revolução é ordem
Mudando de lado
Sangue se paga com sangue
Você me protege?
Só resta a morte
A.L.I.E
Contagem Regressiva

livres

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By DeathToPrimes


A explosão permaneceu por horas no céu visível, a nuvem cinza, marrom e negra, demorou muito para desmanchar seu formato, Clarke e Lexa ficaram ali, seu grupo logo atrás, todo mundo ficou estático por horas e horas

Não ouviram uma palavra, nada, o único som foi o de um pássaro cantando. E quando a ficha finalmente bateu no chão, Clarke ouviu uma comemoração começar, não eram todos que comemoraram, mas alguns não se importavam, afinal, foi a capital quem explodiu, não a casa deles.

Clarke... — Lexa segurou sua mão, olhando seu rosto mas a loira permaneceu olhando a nuvem, já sabiam o que aconteceu — Não significa que tudo..

Eles estão mortos — a interrompeu, sua expressão nem mudou, só que agora ela sacrificou algo realmente grande por Lexa, ela sacrificou tudo o que tinha. Isso jamais aconteceria se Clarke continuasse na capital, ela daria um jeito de impedir aquilo

Lexa soube disso, mas também lembrou de Raven e o ar deixou seus pulmões e ela começou a tremer com a ideia de perdê-la, Clarke apertou sua mão com tanta firmeza que doeu — A Luna protegeu ela.

Parece que pensavam igual.

Como sabe?

Dei ordens especiais, se eu desaparecesse, ela pegaria Raven e levaria até.. Madi — mordeu os lábios com força ao pensar na garotinha, mas tinha certeza que ela estava bem, sentia que estava, mas todo o resto não estava, porém, isso já era algo, Clarke não perdeu absolutamente tudo — Meus pais estão mortos.

— Não dá pra saber.

— Não podemos ir até a capital, a radiação vai durar uns 90 dias

Então.. qual é o plano?

Não tem mais plano — Clarke a soltou e se virou, observando aquela população, e Lexa era a única com empatia por ela, mas isso era justo — Vocês são livres.

O fim da guerra chegou, uma explosão nuclear sempre marcaria o fim de algo, seja uma guerra, ou um mundo.

Ninguém mais tinha uma missão, nem um dever além de sobreviver como sempre fizeram, mas agora, finalmente poderiam prosperar.

E você? Clarke Griffin Snow — um homem chamado Titus se aproximou, e todos os soldados armados atrás dele levantaram o fuzil na direção de Clarke. Lexa nem pensou antes de usar seu corpo de escudo, puxando Clarke para trás dela — Ela não é um problema

Ela é uma Rainha — Titus também levantou a arma, e dessa vez, mirou o rosto de Lexa — Sai da frente

Abaixa a arma — Indra encostou sua ak-47 na nuca de Titus, o único lugar desprotegido pelo capacete. Alguns companheiros de Indra mudaram a mira para Titus, e alguns seguidores de Titus miraram em Indra, uma confusão começou

Alguém precisa pagar — ele sorri

Alguém precisa pagar? Porra — Clarke riu com ódio — MAIS?

Quieta Clarke — Lexa pediu, deixando um braço para trás para segurar seu pulso

Os meus pais estão MORTOS — ela desviou um pouco de Lexa só para encarar o homem, mesmo com o visor poderia olhar seus olhos — Você pode não se importar, porque eles eram da Capital, mas se acha que todo mundo lá era um monstro, você é um idiota

Atrás de mim — Lexa pediu mas ela não obedeceu

O meu pai se chamava Jake Griffin Snow, era irmão do presidente — sorriu orgulhosa, ainda tinha orgulho de ser quem era, mesmo que Snow tenha manchado o nome da família — Sabe quem foi que me ensinou a pensar em vocês? ELE, porque o Snow me criou ensinando que vocês não eram NEM BARATAS — tentou sair de trás mas Lexa se virou e a segurou — Para com isso

Eu não seria quem eu sou se houvessem apenas monstros na Capital, Lex, eu não fiz tudo isso por você, mas em certo momento, isso tudo virou sobre você, e agora, você é tudo pra mim — encarou seus olhos e se afastou, saindo de trás dela, Lexa não a impediu, apenas se virou para Titus, garantindo que ele continuaria mirando nela, e Clarke prosseguiu — Panem é livre — observou cada um, cada um que mirava nela — Não há Reis ou Rainhas aqui, eu não preciso de um palácio, ou uma coroa — apesar de gostar muito de usá-la — Não percebem que somos os últimos da raça humana? Sem a Capital, perdemos 100 mil humanos, e entre eles, uns 80 mil monstros — não queria pensar ou lidar com o fato de frente, preferiu fingir que vivia em um sonho, pelo menos para aguentar até que pudesse encarar a realidade — Todos cometemos erros, e eu morrerei pelos meus amanhã.

Clarke observou as armas se abaixando, eles entenderam, alguns não — Mas eu quero uma guilhotina, a moda antiga — sorriu e voltou a olhar para Lexa. E Lexa parecia atordoada, sem acreditar no que ouviu — E eu quero usar a minha coroa.

Titus aceitou isso, e a confusão acabou.

Não pode estar falando sério — Lexa seguiu Clarke para dentro de uma casa aos pedaços — Você não vai morrer não, existem zero motivos

Na verdade, eu tenho muitos motivos — com muitos, queria insinuar sua família e amigos, pegando uma pequena bolsa que escondeu consigo por baixo da armadura, abrindo e retirando o único objeto que trouxe da capital, sua coroa

Não, você ficou maluca, precisamos achar Raven, se você quer morrer, antes vai ter que me garantir isso — Lexa falou como se não a amasse, e não tivessem nada além de um acordo, mas Clarke colocou a coroa e se virou, e a visão era tão adorável que ela não aguentou manter essa postura — Por favor.. eu não quero viver sem você.

Eu não vou morrer amanhã, sou a rainha da mentira — apontou a coroa e sorriu, se aproximando de Lexa e deslizando os braços em volta de seu ombro — Quer fugir comigo?

A morena riu — Sério?

Uhum, podemos fugir durante a madrugada, além dos limites do distrito, eu conheço um lugar bom, e protegido.. muito distante, mas eu tenho certeza que Luna levou Raven para lá, e com sorte, meus pais e Jasper também, Maya.. Finn, é, acho que o Finn não teve tanta sorte — lamentou, realmente amou ele por alguns anos, mas sua presença se tornou tão tediosa que Clarke ficou aliviada por se livrar dele, mesmo que se sentisse culpada por se sentir feliz, mas quem poderia culpá-la se sentimentos nunca estão sobre nosso controle?

O que nós duas seremos?

O que você quer ser?

Lexa pensou, não era fácil, tudo mudou mas Clarke lhe olhava de um jeito que alimentava uma esperança em seu coração, a esperança de que poderiam ficar bem, se reerguer, construir um futuro que fizesse todo aquele banho de sangue valer a pena.

Dona de uma loja de velas?

Clarke sorriu e concordou — Você pode ser dona do mundo, vai se limitar a velas?

Entre o mundo e velas, eu prefiro velas e você.

— Eu?

Indra abriu a porta, entrando, Clarke não a soltou, as duas apenas a olharam — Ora se não é a mulher que não queria minha morte, uma raridade nesse lugar — soltou Lexa e a cumprimentou com um aperto de mãos

Me chamo Indra, não acredito em você, mas eu estou com a Lexa na decisão que ela tomar — sorriu leve — Ela acredita em você, então, eu acredito em você.

Isso vale ouro, obrigada, Indra.

— Vamos fugir — Lexa contou

Eu imaginei, podemos ir com você?

— No plural? — Clarke a soltou e se afastou, novamente para trás de Lexa, segurando um de seus braços, meio receosa do que isso significava.

Alguma garota abriu a porta, sorrindo gentil e às observando sem falar nada, Indra falou por ela — Essa é minha filha, Gaia.

E quando a noite caiu, as 4 partiram, além dos limites do distrito, deixando para trás o resto das suas vidas inteiras.

45 dias, esse foi o tempo da viagem, naquela altura, todas as 4 viraram melhores amigas, e no 12° dia, Lexa foi sozinha ao distrito 7 quando passaram por ele, voltando para a floresta com os irmãos Blake. Lexa e Clarke dormiam juntas todas as noites, e a loira nunca tirava sua coroa, unicamente para dormir.

Hey, pelos meus cálculos, já estamos quase lá, tipo, umas 6 horas de caminhada — Lexa informou enquanto chegavam na beira de um lago, olhando unicamente para a bússola — Vamos chegar antes do sol se pôr

Olhe para mim — Clarke pediu, e ela olhou, arregalando os olhos e os tampando com a mão assim que viu Clarke sem nada, apenas de coroa — Que tipo fetiche é esse de nunca tirar essa coroa?

Eu sou uma garota de ouro, e tenho uma coroa de ouro, porque eu deixaria ela? — riu e jogou água em Lexa — Para de agir como se fossemos só amigas, ninguém ta nem aí se a gente se comer

Você é um monstrinho — as duas sorriram, Lexa só olhou se ninguém realmente não estava por ali, retirando a armadura e entrando na água.

Isso atrasou em 2 horas a chegada deles.

Clarke correu na frente assim que avistou a luz de algumas pequenas casas de madeira, um lugar "secreto" fora dos limites, muito além do distrito 4, feito em caso de emergência, e pelo fato de terem energia, foi fácil confirmar que Gabriel estava vivo.

MÃEEEEE — Clarke correu toda animada gritando, esperou tempo demais por isso, e já estava segura de que eles estavam bem — PAAIII — pulou uma cerca no caminho, quando Lexa chegou, ela teve que parar para ultrapassar, e se perguntou como Clarke deu um salto daqueles

CLARKE GRIFFIN — Josephine abriu o maior sorriso ao vê-la, estava segurando a mãozinha de Madi

Outras pessoas saíram para ver o motivo dos gritos, já que tudo era sempre silencioso.

CAQUIII — Madi soltou-se de Josie e correu do melhor jeitinho que podia em direção a loira, abrindo seus bracinhos — OII OI

MAADIIII — Clarke sentiu o coração disparar pela confirmação de que ela estava bem, o seu plano não foi tão ruim assim, chegou na criança em uma velocidade tão grande que a levantou do chão como o homem aranha salvando alguém de um atropelamento, ou algo do tipo.

A abraçou com toda saudades que sentia, e era ainda melhor ver Madi agora, isso destruiu vários medos dentro dela, por exemplo, o medo de que a humanidade não poderia se reconstruir, se afastou depois e olhou seu rostinho — Hey.. bebê, oi

Titi saudadi — voltou a abraçar

Lexa procurava um sinal de Raven, Luna, ou qualquer outro conhecido, andava devagar enquanto o medo crescia em seu coração. Os outros 4 sobreviventes cruzavam a cerca agora, cansados da caminhada longa

Josie, cadê os meus pais? — Clarke olhou em seus olhos mas Josephine os desviou muito rápido, apertando os lábios um contra o outro e pensando "merda" — Os seus.. pais? Quem são eles mesmo?

Josephine..

Seus pais nunca chegaram até aqui — finalmente tomou coragem para olhar seus olhos — Ninguém chegou

Não não — Lexa puxou Josie pela blusa, sem querer ameaçar mas soava ameaçadora — E a Raven?

Ah, a Luna e a Raven chegaram — sorriu e concordou — Tão ali — apontou uma das casas, que mais parecia uma cabana pequena

Jasper? — Griffin soltou a criança no chão, Madi manteve os olhinhos só nela, Josie negou desfazendo o sorriso — Maya? — Josie negou outra vez

Olha Clarke, ninguém chegou..

Lexa já estava na porta chamando por Raven, e ela a abriu, se jogando no abraço mais gostoso de sua vida — Nossa como é bom te ver

Eu sabia que você ia sobreviver — Raven apertou forte — Sabia que você sobreviveria a tudo

Eu fiz uma viagem sozinho, para descobrir o que restou da capital, talvez ajudar alguém — Gabriel não estava tão longe, e se aproximou falando com Clarke — Eu sinto muito

O que você viu?

É melhor falar disso amanhã — Octavia deslizou a mão no ombro da loira, todo mundo já sabia, inclusive ela própria, mas.. preferia acreditar em uma ilusão

Por favor

Tem uma cratera, mas não tem nada, foi como se alguém tirasse a cidade do chão, a Capital não existe mais, nem resquícios.

Clarke caiu de joelhos, chorando, confirmando o que lutou para esconder, mas não podia mais se esconder. Madi foi a primeira a confortá-la, fazendo carinho no seu braço — Passo passo... — era assim que Josie falava quando ela chorava, então pensou que ajudaria

Lexa a pegou, a ouviu chorar a noite inteira, não falou nada, não existia um som a não ser o seu choro e soluços, e Woods se culpou um pouco por tudo aquilo, sempre priorizou o seu povo, acima da vida de qualquer um, mas agora, se pudesse voltar no tempo, ela não deixaria Clarke iniciar uma guerra daquelas, ela preferia que os jogos vorazes continuasse - mesmo com a noção do quão cruel eles eram - do que ver Clarke chorar daquela forma.

E foi aí, só aí, que Lexa entendeu que era uma das garotas sortudas, uma das garotas que encontrou o seu amor.



2 anos depois



A cidade destruída pela bomba atômica se estendia diante de Clarke, um labirinto de concreto quebrado e aço retorcido. Duas longas estações de metrô, que costumavam ser movimentadas, agora eram cavernas escuras que cortavam o subterrâneo da Capital. A vida vegetal começava a reivindicar seu espaço, rachaduras no asfalto permitiam que pequenas árvores brotassem, trazendo um pouco de verde para a paisagem cinza.

Entre as ruínas, pequenas comunidades de sobreviventes surgiram. Casas improvisadas foram construídas com pedaços de madeira e metal recuperados dos escombros.

Em uma das ruas principais, um mercado improvisado estava em pleno funcionamento. Barracas feitas de lonas e pedaços de madeira exibiam mercadorias escassas: latas de comida enlatada, garrafas de água filtrada e roupas remendadas. As pessoas se reuniam em torno das barracas, trocando histórias e compartilhando tudo que tinham, pouca coisa foi salva da bomba, mas agora cada distrito desfrutava de seu próprio trabalho, e o futuro era promissor, a sociedade se ergueria outra vez, dessa vez, sem problemas.

Em uma esquina, um grupo de crianças brincava com um objeto estranho e metálico. Era um tablet antigo, quebrado e sem utilidade, mas para elas era um tesouro. Eles o examinavam com curiosidade, imaginando como teria sido viver em um mundo onde tal tecnologia era tão comum, nenhum deles teve o desprazer de conhecer a Capital.

Apesar das perdas e da devastação ao seu redor, essas pessoas haviam encontrado uma maneira de sobreviver e até mesmo de prosperar. Eles valorizavam cada dia como um presente, encontrando beleza na simplicidade da vida cotidiana e na força da comunidade que haviam construído juntos.

Parece outro mundo — a Rainha comentou, ela não reivindicou de títulos, mas usava uma coroa e se tornou um apelido carinhoso entre aqueles que acreditavam nela, mas ainda existiam opositores, Clarke sabia que não seria totalmente livre deles enquanto vivesse

A mão de Lexa deslizou por sua cintura, a abraçando de lado — Eu gosto desse novo mundo.

Eu não — sussurrou, fazendo Lexa rir surpresa — Mesmo? Foi você quem o fez.

Você ajudou — a empurrou levemente com o ombro

ACHEI! — Madi correu até elas, carregando em mãos uma caixa pequena e pesada, mal conseguindo carregar, jogando-a no chão — Essa é a caixa da sorte?

Clarke sorriu e se abaixou, sorrindo e concordando, voltando a olhar a garotinha, ainda era pequeninha, mas não tanto quanto costumava ser — Era isso.

Deixa que eu abro, mamãe — correu para o cadeado, rodando os números, já conhecia a senha, Clarke as perturbou falando o quanto queria achar aquela maldita caixa, mas nunca disse o que tinha dentro.

Os olhos verdes e os azuis analisavam em volta, lembrando-se de como costumava ser, se até para Lexa foi uma mudança radical, ela pensava que para Clarke aquilo foi irreparável, era sua casa, o lugar onde cresceu e viveu, e o mais surreal foi que ela abriu mão de tudo e todos, por Lexa.

Uau!!! — Madi puxou um óculos visor de dentro, o colocando nos olhos e sorrindo — Não é igual ao dos soldados

A loira sorriu levemente e puxou a caixa, ignorando um pouco o visor de Jasper — Não pertencia a um soldado — encontrou uma foto dentro, apenas isso, um visor e uma foto. Uma foto tirada alguns anos antes da explosão, sua família toda reunida, e foi a primeira vez desde o fim da Capital, que viu o rosto de seus pais outra vez. Madi se esticou para olhar, prestando atenção na fotografia e depois em Clarke — Quem são esses, mamãe?

Madi — Lexa a chamou, negando, ela já sabia que existiam perguntas a serem evitadas.

Tá tudo bem — Clarke virou a foto, deixando-a ver todos os rostos — Eram meus parentes.

Tipo.. sua família? — Madi não sabia exatamente a diferença, mas Clarke apenas negou

Não, vocês são minha família, eles só tinham o meu sangue — sorriu e escondeu a foto em seu bolso — Mas eu amava alguns, na verdade, acho que um dia eu amei todos.

Amor não é pra sempre? — a criança ajeitou seu visor

Não, tudo acaba um dia, até o amor — um dia explicaria direito, mas ainda não era a hora. Suspirou e se levantou — Gostou do visor?

Madi assentiu que sim

Pode ficar com isso, mas cuide direitinho, porque o dono disso cuidava direitinho, okay?

Madi o ajeitou no rosto e saiu pulando, simplesmente atrás de outros destroços.

Não é um bom lugar para crianças.

Ela tá brincando em um cemitério e nem sabe — Clarke voltou a olhar Lexa, havia tirado um último objeto "escondido" da caixa, mas abriu a mão e exibiu dois anéis de ouro com pequenos diamantes, Lexa demorou um pouco para entender, rindo nervosa e a observando para confirmar

O que?

Clarke se ajoelhou, com um sorriso gentil — Você quer casar comigo?

A morena travou, sua única reação foi enfiar a mão no bolso e puxar uma pequena caixinha, ajoelhando na frente dela e abrindo, revelando dois anéis, mais simples, não tão brilhantes, mas era a mesma ideia — Você quer?

Clarke riu sem acreditar na coincidência — Bem, o meu é mais.. chique, e eu perguntei primeiro.

Lexa jogou sua caixinha para trás e agarrou Clarke no beijo mais feliz de sua vida, não precisou responder com palavras, elas nunca precisaram confessar o que sentiam para deixar claro o que sentiam.

Lexa encontrou a paz, superou a perda de Anya, fez um túmulo a cada um de seus amigos que morreu durante os últimos jogos vorazes, mesmo que não houvesse nada para enterrar. Madi não se lembrava mais de Costia, e Lexa cumpriu o que prometeu.

Clarke não fez nada em homenagem aos que se foram, não precisava, sentia que eles estavam sempre na sua cabeça. Lexa lhe presentou com as Tulipas manchadas, as mais raras do mundo, Clarke não conseguiu recuperar nenhuma outra cor, mas montou um jardim com as mãos raras do mundo.

O mundo voltou a ser como conheciam, Alexandra ficou conhecida como a comandante da revolução, ainda liderava, mesmo que tenha criado um mundo sem reis ou rainhas. Uma nova história começou a ser escrita, contando sobre o velho mundo, e o novo, Clarke foi marcada por ser uma traidora da capital, a rainha que se virou contra o seu povo para salvar aqueles do qual sua amada pertencia, se não fossem elas, o mundo não teria uma revolução, e se não fosse a ajuda de uma a outra, jamais conseguiriam.

No fim, as duas tiveram paz, e lentamente uma curou a outra, Clarke superou, e tudo que lhe importava era sua nova família, Lexa deixou de ser a garota fechada, como se vivesse a vida toda no inverno e agora a primavera finalmente havia chegado, aprendeu a confiar nas pessoas, perdeu o medo de amar e toda a raiva que guardou a vida toda. Clarke a fez mudar, a fez descobrir que todo amor que sentiu na vida não era 1% do que viria a sentir por Griffin no futuro.

Elas estavam em paz, vivas, bem, e o mais importante de tudo: livres.





// Oi rsrs me perdoem pela demora, eu fiquei ocupada com a faculdade, The 100 completou 10 anos ontem ❤️ eu queria ter postado ontem mas infelizmente não consegui, não gostei muito dessa fanfic achei que não soube desenvolver nesse universo tão caótico dos jogos vorazes, mas agradeço quem leu até aqui, espero que tenha se divertido, e pretendo trazer uma última fanfic no futuro que já estou escrevendo há um tempo, porém quero que ela seja perfeita, eu só vou postar ela quando terminar de escrever totalmente e aí sim posso ser fiel em postar 1 capítulo por dia kkkkk enfim, beijinhos 💕

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