Capítulo três.
"A QUEDA DA EQUIPE"
•DAKOTA•
Eu estava seguindo o Capitão América. Eu sai para buscar mais alguns salgadinhos, e quando voltava para o laboratório vejo o Capitão sair de lá com uma cara não muito boa. Então achei uma ótima ideia segui-lo.
Quem nunca se imaginou em uma perseguição com o Capitão América? Eu mesma já havia feito isso várias vezes. Eu tenho treinamento, sei lutar, sou uma das melhores espadachins do mundo. E sei ser silenciosa, eu seria uma ótima espiã. Na verdade não tem nada no mundo que eu não seja boa. Eu sou incrível.
Talvez eu não seja tão modesta assim, meu pai sempre disse que eu era perfeita.
E os pais nunca mentem.
Tinha algo estranho no ar, mentiras escondias, segredos escuros temendo serem revelados. Eu não precisava de nenhum poder para saber que alguma hora essa bomba relógios iria estourar.
Eu tinha um pressentimento de que alguma coisa ruim iria acontecer. Eu não sei bem o que seria, mas sabia que iria acontecer alguma coisa. Sempre que essa sensação se instalava em meu peito, algo ruim acontecia, sempre.
— O que você está fazendo? AH MEU DEUS! — ergo minhas mãos em forma de rendição assim que o Capitão se vira apontando uma enorme arma para mim.
— Senhorita Stark? O que você está fazendo aqui? — ele pergunta colocando a arma de volta no seu lugar.
Caminho até ele, e vejo os armamentos que Shild estava guardando.
— Eu estava andando e vi você entrando aqui... isso não é o símbolo da Hidra?
Seu rosto estava coberto de decepção, não precisava fazer mais perguntas. A Shild estava usando o tesseract para fazer armas, igualmente a Hidra fez a setenta anos atrás. Não consigo nem imaginar como ele deve estar se sentindo agora.
— Capitão Rogers? — o chamo — O que o senhor vai fazer?
— Eu não sei... pensei que tinha acabado...
— Sei o que esta pensando, mais seu sacrifício não foi em vão. Você nos ajudou a ganhar a guerra Capitão.
— Passei setenta anos congelado para saber que eles ainda estão fazendo a mesma coisa — ele não olhava, seu semblante repleto de desgosto. Coloco minha mão em seu ombro.
— Sempre vai existir homens sedentos por poder Capitão — tento reconforta-lo — e sempre vai existir homens como o senhor para lutar contra eles.
— Pode me chamar de Steve — ele pega uma das armas e fecha a caixa — me sinto muito mais velho com você me chamando de senhor.
— Eu gosto de chamá-lo de Capitão, me sinto importante — digo sorrindo — Pode ser meu apelido para o senhor?
— Tudo bem me chamar Capitão, mas sem o senhor, por favor — ele responde.
O sigo para fora da sala ele ainda estava com a arma em mãos. Acho que iria confrontar o Fury, era o que faria no lugar dele. Na verdade acho faria muito pior.
— Então me chame de Dakota — falo também e ele apenas sorri concordando.
— Vai para o laboratório?
— Na verdade, vou ir no refeitório, buscar outro café — nos separamos em direções opostas.
Não queria estar metida no meio disso. Eu sempre fui intrometida, sempre quis saber mais que todo mundo, mas eu não sei dizer o por que eu não queria estar naquela sala. Eu nunca fugia para longe de um laboratório, mais estar perto do cetro de Loki e me deixava ansiosa. Por isso eu mal parava lá dentro, fazia meus diagnósticos pelos corredores.
Eu adorava o Doutor Banner, mais tinha a sensação que ele se transformaria em qualquer momento. Ainda mais com meu pai o atormentando das ideias.
Fico alguns minutos dando voltas para não voltar para o laboratório. Até que meu celular vibra em meu bolso.
Achamos o cubo.
Volto correndo para o laboratório, eu já estava perto, apenas estava protelando minha volta. Entro meio correndo na sala, vejo o Doutor Banner segurando o cetro de Loki. Fico parada entre meu pai e o Capitão.
— Sinto muito crianças, mas não ver meu truque hoje — ele solta o cetro e caminha até a tela onde mostrava a localização do cubo.
— Localizou o tesseract? — Thor pergunta ansioso.
— Posso chegar lá mais depressa — meu pai começa a falar, mas Thor o corta novamente:
— O Tesseract pertence a Asgard, nenhum humano é páreo para ele!
— Não vai sozinho! — Steve segura meu pai, dou o passo para atrás assustada.
— Vai me impedir? — meu pai o responde.
— Põe a armadura vamos descobrir!
— Não gosto de bater em velhinhos.
Mais o que estava acontecendo aqui? Por que todos estavam prestar a brigar?
— Põe o traje — os dois se encaravam mortalmente.
— Hey! Pai... — seguro o braço dele tentando afastar os dois — Steve? Agora não é hora para isso...
Os dois me olham acho que nem tinham notado minha presença entre eles até agora. Eu ia falar alguma coisa, mais então a sala explodiu.
Sinto um braço me puxar e me proteger da explosão. O impacto ao chão não me machucou por que estava presa nos braços do Capitão América!
— Você está bem? — Capitão pergunta.
— Dakota! — meu pai me puxa passando as mãos pelo meu rosto — Está ferida?
— Eu to' legal — diga me levantando.
— Põe a armadura — O Capitão volta a falar, meu pai concorda, puxando minha mão me tirando da sala.
— Dakota?
— Vão! Eu vou até a sala de controle. Estou bem pai — beijo o rosto e saio correndo para o outro lado.
Estamos sendo atacados... espera aí! Só tem um motivo para nós atacarem, Loki! Mudo de direção e volto para onde estava com o Capitão tempos atrás. Entro na sala de armas em busca de alguma coisa. Qualquer coisa que fosse forte o bastante para liquidar Loki. Pego uma arma grande e estranha, e também minha espada. Volto a correr para onde Loki estava preso.
O problema era que com toda a fumaça e gente correndo pra todos os lados ficava difícil achar o local em que ele estava. Eu mesma nunca tinha ido até lá.
Caio no chão quando a nave começa cair, que maravilha! Perdemos outro motor! Me levanto e continuo a correr. Entro pela porta lateral e vejo um homem armada a vigiando.
— Ops... pensei que esse era o caminho do banheiro... — digo assim que ele me olha.
Antes dele erguer a arma eu o ataco, chuto sua cabeça e rasco sua perna com minha espada. Ele cai de joelhos e eu chuto sua cabeça novamente , fazendo ele cair desmaiado. Paro ao lado da porta quando escuto um barulho alto.
— Os humanos nos acham imortal, que tal testarmos isso? — escuto Loki falar.
Entro na sala e bato com a arma na cabeça do guarda fazendo ele cair no chão.
— Ah me desculpe interromper seu discurso, sei que ele seria muito... como é palavra? Ah! Entediante. — aponto minha arma em direção a rena verde — Agora de afasta da aí! Eu não faço a menor ideia o que esse negócio faz, mais com todo esse lance de rei e bla bla bla... sei que ficará honrado em ser o primeiro a saber.
Eu não termino de falar, sinto um empurrão e algo queimando minha pele. Bato minha cabeça com força no chão, e então não vejo mais nada.
— Senhorita Stark? Dakota? — escuto alguém me chamando.
Abro os olhos com força, sinto minha cabeça cider fortemente. Coloco a mão no ombro e sinto ele queimar. Tento focar minha visão, me sento no chão ainda tonta por conta da batida.
— Senhorita Stark? — Me viro em direção a voz e então vejo Phil caído no chão, seu peito um buraco e sua camisa estava manchada de sangue.
Foi só então que eu entendi, Loki atirou com a lança em mim, Phil me empurrou salvando minha vida e recebendo a energia do cetro bem em seu peito.
— Não, não, não... — coloco a mão em seu peito, tentando fazer o sangue parar de sair — Por que você fez isso?
Escuto passos pego a arma de Phil e me viro com ela apontada para Nick Fury. Abaixo a arma e ele corre até Phil.
— Desculpe chefe, o Deus fugiu — ele fala com dificuldade.
Sinto meus olhos arderem, mais não consigo chorar. Eu nunca consigo chorar! Meu peito queima de culpa, ao vê-lo morrer em minha frente. Era culpa minha! Ele havia se sacrificado para salvar minha vida. Eu não valia o sacrifício.
Parecia estar tudo em câmera lenta, os médicos chegaram correndo, dois deles foram até Phil e um veio até mim. Ele me fez perguntas, mas eu parecia incapaz de ouvir. Meus olhos presos no homem que salvou minha vida.
— O agente Coulson foi atingido — a voz de Nick Fury ecoa em meus ouvidos, enquanto sou levada para ala hospitalar.
— Uma equipe médica está indo para aí — uma voz desconhecida responde.
— Eles chegaram — Nick volta a falar — O declararam morto.
Fecho os olhos, o sono querendo invadir meus sentidos.
— Stark — a voz do Nick agora estava baixa, não sei se é meus sentidos me deixando, ou o comunicador que estava saindo de meu ouvido — Sua filha foi atingida, estão a levando para ala hospitalar.
Depois disso não consigo escutar mais nada. Me lembro de alguns dias atrás, quando Phil me buscou em Londres, nós dois animados em ver o Capitão América.
Ele morreu por mim.
Ele merecia ser vingado!