SECRETS Vol.02 (SĂ©rie: Grecos)

By Sicilu

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Dark Romance. 🔞 (SÉRIE GRECOS) ❀ Vol.02 SECRETS Heitor Greco cumpre sem a menor dificuldade o propĂłsito par... More

Nota da Autora
Introdução
Personagens
PrĂłlogo
CapĂ­tulo 02
CapĂ­tulo 03
CapĂ­tulo 04
CapĂ­tulo 05
CapĂ­tulo 06
CapĂ­tulo 07
CapĂ­tulo 08
CapĂ­tulo 09
CapĂ­tulo 10
CapĂ­tulo 11
CapĂ­tulo 12
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CapĂ­tulo 14
CapĂ­tulo 15
CapĂ­tulo 16
CapĂ­tulo 17
CapĂ­tulo 18
CapĂ­tulo 19
CapĂ­tulo 20
CapĂ­tulo 21
CapĂ­tulo 22
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CapĂ­tulo 24
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CapĂ­tulo 30
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CapĂ­tulo 33
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CapĂ­tulo 35
CapĂ­tulo 36
CapĂ­tulo 37
CapĂ­tulo 38
CapĂ­tulo 39

CapĂ­tulo 01

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By Sicilu


Muito diferente de meu pai eu não amo a mulher que escolhi pra ser minha esposa, não, eu nem mesmo me sinto capaz disso.

Minha família já detém, todo e qualquer sentimento considerado nobre, que possa existir em mim, e isso deve ser o bastante.

Meu corpo e a minha mente não sentem afetos desnecessários, e não precisam deles.

Eu me sinto muito mais à vontade em determinar a função de quem ocupa algum espaço na minha vida, e me concentrar nessa utilidade.

Então, ficar noivo da Natalie, é apenas parte de um roteiro, e não passa de uma estratégia negocial.

Ela se encaixa no que eu preciso, e pouco me importa o que isso significa pra ela. O que me importa é que ela atenda ao propósito básico de manter determinadas coisas no lugar.

O fato dela ser filha do Francesco Serrano é um ponto a favor, o italiano é o amigo mais próximo e mais antigo do meu pai, eu o conheço o suficiente pra saber que ele não irá interferir na maneira como eu irei ministrar esse casamento com a filha.

Eu conheço cada um naquela família fracassada, pra saber exatamente o que esperar de cada um deles. A Natalie é uma mulher fútil, de beleza colérica assim como a mãe. Um poço profundo de desordem, auto endeusamento e antipatia. De muitas formas ela combina comigo, exceto pela desordem e algumas outras coisas. Eu não tenho ilusões quanto a alguns características minhas, e reconheço muitas delas, nela. Ela é perfeita para ser minha esposa, pois eu não me importo com ela, e está claro que sua paixão por mim é tão egoísta quanto as minhas intenções com ela, tudo se encaixa.

Trinta e um anos é idade o suficiente para casar, mesmo dada a hipocrisia da decisão. O casamento não mudará o meu estilo de vida, não mesmo. Já ela, será a senhora Greco, e ao assumir tal posição ela deve  compreender qual o seu papel na minha vida. Espero que ela não me decepcione, ou vai arcar com as consequências.

Minha mãe cumpre muito bem esse papel há anos, sempre uma excelente anfitriã, excelente mãe e esposa. Não é intencional, macular o seu título.

Dona Helena com seu físico frágil e lindos olhos verdes, tem sutileza e elegância para lidar com todos, facilmente. Ela tem uma boa vontade que eu jamais vi, em qualquer outro ser humano. Ela lida com os monstros que a cercam de maneira quase adorável, e eu a admiro por isso, mais do que ela possa imaginar.

O meu pai acredita ser a hora de diminuir o ritmo e me deixar conduzir os negócios, por isso a transferência de responsabilidades.

__ A moça parece estar bastante eufórica. Ela realmente não conhece você, __ A voz do meu pai é um eco sussurrante e firme na minha mente distraída.

__ Ao que se refere? __ Foco o meu olhar nele, que tem o jornal impresso em mãos.

A leitura de tudo que esteja impresso em papel e não em uma tela, o interessa muito mais. Cada fio de cabelo loiro mesclado aos brancos, estão no seu devido lugar, e a mesma postura firme e inabalável.

__ Nunca deixe que percebam o que sente Heitor, nossos sentimentos podem facilmente ser usados contra nós...”

Ele repetiu essa frase muitas vezes.

A imagem ainda me é estranha, eu estou na cadeira que ele sempre ocupou, a de chefe, enquanto ele, está na que um dia eu ocupei com bastante frequência, a de ouvinte e espectador atento.

__ Falo sobre a sua noiva, __ A voz dele contém uma descrição que encobre facilmente sua aversão a idéia.

__ O que tem a Natalie?

__ Tem certeza quanto a essa escolha Heitor? Que ela serve pra você? __ Fala suavemente, como se nada o preocupasse.

Essa é a primeira vez que ele me faz esse questionamento com relação a Natalie.

__ Eu não preciso que ela sirva pra mim, desde que sirva aos meus propósitos.

Talvez eu não tenha sido exatamente muito claro, quanto a razão pela qual a escolhi, pegando a todos de surpresa, e a verdade é que eu definitivamente não quero ter que dar explicações quanto a todas as minhas escolhas. Eu não sou um adolescente que precisa de auxílio quanto as próprias decisões, e creio que ele acharia pouco lisonjeiro se eu dependesse da opinião dele para tudo.

Eu não posso permitir ser controlado em todos os aspectos. Eu já sigo suas ordens em setores mais que suficientes, portanto, os aspectos da minha vida particular só dizem respeito a mim.

É evidente que a minha escolha o desagrada, assim como desagrada a minha mãe, que diferente dele não fez cerimônia alguma ao manifestar isso com palavras pouco educadas para uma mulher que sempre foi tão doce.

__ Muito bem, você deve saber o que está fazendo, __ Fala pouco convicto e tento não dar importância.

__ Ela não é nenhuma garotinha inocente pai, se fosse, não teria se jogado na minha cama de pernas abertas, com tanta avidez. Na imaginação dela, eu fui amplamente seduzido, __ As palavras escorrem irritadiças pra fora da minha boca.

__ Eu não sabia que você tinha feito sua escolha com base em satisfação sexual, __ Uma risada irônica escapa.

__ Não, eu não fiz, nem pra isso ela tem muito talento.

Volto o meu foco aos gráficos. Números são mais que importantes no nosso negócio, mesmo que nem tudo se resuma a eles, mas são de extrema relevância e de alguma forma eu sempre gostei deles, são muito mais claros pra mim.

__ Você fica para almoçar conosco? __ Ele questiona, sem me dirigir o olhar.

__ Sim.

__ Ótimo. Sua mãe ficará feliz.

__ Tem certeza? Ela nao parecia nada feliz da última vez que nos vimos.

__ Sua mãe é impulsiva algumas vezes, você sabe. Sua felicidade e a dos seus irmãos, é tudo o que importa pra ela. __ Ele me olha de forma analítica.

__ Estive analisando a proposta dos africanos, __ Mudo de assunto.

__ E a que conclusão chegou?

__ Que não vale a pena de forma alguma. É um risco desnecessário.

Fazem mais de três anos que não hábito a mansão Greco, meu lar ancestral. A enorme construção deixou de ser a minha residência porque simplesmente já não fazia sentido permanecer nela.

Eu precisava de privacidade.

Eu precisava de um lugar onde eu pudesse me afogar no silêncio reconfortante da solidão, que eu tanto aprecio. Um lugar onde eu posso ser exatamente o que sou, encarar os meus demônios.

Mas ainda retorno ao lar Greco ao menos uma vez por semana, a exigência do meu pai e a pedido da minha mãe, porém não fico parado, continuo o trabalho daqui, e faço o que dá fora da sede.

__ Onde ela está? __ Pergunto antes que o meu pai se retire.

__ No jardim, com os lindos tornozelos enfiados na terra, provavelmente, __ Fala com um sorriso zombeteiro e um misto de adoração.

__ Ela não percebe que isso faz o jardineiro ganhar bem demais, enquanto ela faz o trabalho dele.

A passos largos me aproximo do exuberante jardim.

A atmosfera do lugar é quase de um castelo medieval, quem ver os aspectos físicos externos, suas cores duras e opacas, acredita que vivemos quase em outra época. Não fosse pela absurda tecnologia que cerca o lugar, com toda a segurança, e a parte interna com o mais absoluto conforto moderno.

O cheiro sufocante de flores consegue me deixar enjoado. Como ela aguenta essa mistura de aromas sufocantes?

A imagem é completamente incomum pra uma mulher na posição social dela, mas não me é estranha. Minha mãe de joelhos, com alguns vasos em volta e o jardineiro entregando-lho o que presumo serem mudas de alguma planta.

Os cabelos cacheados e volumosos, presos de uma maneira pouco firme e as roupas elegantes demais, um pouco sujas.

__ Mãe? __ Manifesto minha presença.

Os olhos verdes tão familiar, me fitam, cheios de vida e uma satisfação absurda.

__ Querido. Que bom vê-lo, __ Fala com a típica suavidade e ânimo.

__ Como bem sabe, às sextas feiras eu costumo estar na sua casa. __ Falo a medida que me aproximo mais.

Hoje ela não foi me ver como costuma fazer. Uma clara demonstração de insatisfação, quanto a minha escolha. A idéia de me ver casado com a Natalie realmente a desagrada.

Me aproximo com a intenção de ajudá-la a se por de pé. Estendo a mão e ela me lança um olhar cheio de emoção.

__ Sim eu sei, __ Responde enquanto retira as luvas sujas das delicadas mãos.

__ Oi mãe, como está o seu dia? __ Ela segura a minha mão e finalmente se põe de pé.

__ Melhor agora que estou vendo você querido. Senti saudades. __ Ela me abraça e eu retribuo.

Minha mãe é a única pessoa com quem sou minimamente carinhoso, eu não poderia ser de outra forma com ela.

__ Projeto novo? __ Questiono a bagunça de vasos.

__ Não finja que se importa. Sabe que eu detesto quando faz isso, __ Fala fazendo uma expressão de insatisfação.

__ Não estou...

__ Não ouse seu abusado, __ Me interrompe.

__ Muito bem.

__ Venha! Esta na hora do almoço. __ Diz e enlaça o braço ao meu. __ Edgar, deixe tudo aí, vá almoçar! Depois retornaremos, __ Fala para o ancião, que não ousa me olhar diretamente.

Um dos efeitos que eu provoco nas pessoas com certa frequência. Temor.

__ Pretende mesmo fazer uma refeição nesse estado? __ Questiono ela com relação as roupas sujas, a medida que nos dirigimos de volta a casa.

__ Sabe perfeitamente que não.

Obruptamente ela para e me olha.

__ O que houve? __ Pergunto.

Ela estende a mão até o meu rosto, roçando cuidadosamente os dedos quentes contra a minha pele.

__ Você parece tão taciturno querido. Sério demais. Expressa uma amargura que me assusta, sabe? __ Sussurra.

O comentário me faz sorrir.

__ Não é normal Heitor...

__ Não?

__ Não. Você é tão lindo querido, você é jovem, talentoso, formidável, e eu quero tanto que seja feliz.

__ Eu sou feliz __ A afirmação parece falsa até mesmo aos meus ouvidos.

Um silêncio desnecessário, e irritante, se instala entre nós.

__ Vamos! __ Tento fazê-la andar.

__ Por que ela Heitor? __ Sei exatamente a quem ela se refere.

__ Mãe, eu não estou disposto a discutir sobre isso novamente. Já ouvi sua opinião há dias atrás sobre essa questão, e isso basta. __ Falo com certa dureza.

__ Ela não serve pra você Heitor. __ Fala com uma expressão sofrega, uma expressão de indignação. __ Você sabe disso tão bem quanto eu.

__ Mãe, e quem acha que vai combinar comigo? __ Cometo o erro de perguntar, mesmo que de forma irônica.

__ Uma boa moça.

__ Uma boa moça? __ Ela consegue me deixar perplexo.

Ela me encara com extrema seriedade.

__ Sim, exatamente. Uma boa moça, descente, alguém que, bom... Ame você, que possa realmente amar você, e não menos importante, que possa fazer você ama-la, __ Fala com convicção. __ Eu quero que você ame a sua esposa, que ela seja alguém que possa conforta-lo na privacidade da sua vida... Tão difícil.

__ Mãe, consegue se ouvir? O absurdo que está falando?

__ Perfeitamente.

__ Está sendo irreal, e um tanto leviana com os seus desejos.

__ E você irresponsável com a sua própria vida.

__ Por que se nega a ver o que eu sou? Está sendo impiedosa dona Helena, quando deseja a mim uma boa moça.

Ela mantém o olhar firme em mim, as expressões de alguém que raciocina de forma estratégica, ou ao menos tenta.

__ Uma boa moça nas minhas mãos não duraria muito. __ Me arrependo de imediato pelo rompante de sinceridade.

__ Mães com frequência costumam ser egoístas, quanto ao que desejam para os filhos. E mesmo que eu tenha uma boa idéia do que você seja, eu ainda quero que você seja amado pela mulher que vier a ser sua esposa, e eu quero que você ame...

__ Meu Deus mãe. Quanto sentimentalismo. Chega desse assunto!

__ Não blasfeme! __ Ela aperta o meu braço.

__ Blasfemar?

__ Sim,você e o arrogante do seu pai não acreditam em Deus, sempre deixaram isso muito claro.

Capítulo concluído ✅

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