Pequeno ladrão de rosas

By Alexias_TRS

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"- meu pequeno panda está com vergonha? - perguntou de forma jocosa, usando a mão desocupada para alisar os c... More

capítulo único

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By Alexias_TRS

Escolhido no canto mais escuro do quarto, um garoto fungava assustado, suas orelhas de panda balançavam a cada subida e descida de ar nos pulmões, Trêmulo, ele flexionou os joelhos para mais perto do rosto, abraçando-os firmemente.

O acuado garoto estava temeroso quanto ao que o aguardava de trás daquela enorme porta, estaria planejando executá-lo? Um pobre híbrido inofensivo que não tinha nada para oferecer, a não ser sua própria vida.

O inocente omega panda, somente estaria no lugar errado, na hora errada, colhendo lindas rosas brancas, que outrora decoravam sua casa.

Entretanto, o que ele menos esperava era que esse pomar de rosas brancas tivesse dono, e que o dono fosse ninguém menos que o temeroso híbrido de Leão. A quem todos temiam por sua fama de matar a sangue frio, apenas pela euforia do momento.

Seu sangue gelava só de pensar qual seria seu destino. O malvado alfa o mataria, assim como já havia matado tantos outros que cruzaram seu caminho. a ânsia da expectativa o atingia como um iceberg em frente à proa de um barco, que inevitavelmente se entrega ao mar turbulento, tornando-se um só.

Seria ele tão azarado ao ponto de cruzar o caminho com um predador natural com pensamentos tão maliciosos perante os mais fracos.

A porta do quarto abre abruptamente, arrastando o pequeno omega de volta à realidade, prevenindo ele de mais possíveis divagações sobre seu futuro incerto.

— trouxe comida — disse o híbrido de leão segurando uma bandeja em mãos.

O olhar de estranheza era palpável na expressão do ladrão de rosas.

Comida?

Sua barriga roncou, se contraindo de uma forma desconfortável e constrangedora, só de ouvir a palavra sendo proliferada da boca do predador a sua frente. As maçãs do rosto do híbrido panda ganharam uma coloração escarlate, com vergonha ele abaixou a cabeça.

— você come sopa de bambu? Ouvi falar que pandas adoram bambu — ele sorria enquanto falava, entusiasmado, balançando a cauda de leão.

Em outras circunstâncias o pequeno híbrido diria que o sorriso do homem à sua frente era adorável, mas ao ver seus caninos pontiagudos em meio ao sorriso selvagem, ele se encolheu ainda mais.

Mesmo a beleza genuína do alfa a sua frente não o cativou o suficiente para fazê-lo não sentir medo, sua presença o deixava sem ar, e não de uma forma boa.

O alfa de olhos dourados o olhava confuso, na cabeça do grande leão, não entendi o porquê, o panda, estava com medo. O tratamento que o pequeno híbrido recebeu até o momento foi o mais cordial possível.

Percebendo o estado do omega quando viu no seu canteiro de rosas; roupas velhas e desgastadas sujas de terra, cabelos cacheados bagunçados e olhos profundos, denunciando sua falta de sono.

O leão foi até ele perguntar se estava bem, pois sua aparência era lamentável para um omega com traços delicados. Ao se aproximar do pequeno ladrão, ele desmaiou com sua presença imponente, temendo que algo acontecesse com o pobre híbrido, o dono do canteiro das rosas o pegou nos braços, levando-o para um quarto em sua propriedade.

— Meu nome é Leonardo, sou um híbrido de leão — falou como se já não fosse óbvio pelas orelhas e cauda meio felpuda e a juba saliente em volta da cabeça. — não precisa ter medo, eu não como pandas.

Em um suspiro de alívio, o ômega levantou a cabeça, sustentando o olhar imperativo, ainda assim receoso.

— Você vai me machucar?

— Não costumo machucar ômegas — admitiu, aproximando-se aos poucos.

— posso ir embora então? — perguntou desconfiado.

Leonardo não respondeu.

— Você não me falou seu nome.

— Mick — disse o panda Mick.

Leonardo se aproximou de Mick, sentando-se ao lado dele, três passos do lugar que estava sentado o ômega, não queria o assustar mais do que já estava com a situação.

— quer sopa Mick — estendeu a bandeja com a tigela de sopa de bambu. — eu que fiz.

Mick gostaria de negar, mas sua fome era tão grande que nem pensou duas vezes ao pegar a tigela de sopa da bandeja.

O gosto do caldo quente e viscoso em sua boca o fez gemer de prazer, fazia tantas horas e tantos dias que não tinha comido uma comida decente.

Leonardo ergueu o corpo e colocou a bandeja em cima da cabeceira que estava ao lado dele.

— está uma delícia — murmurou com a boca cheia.

— Eu sei que bambu é a comida natural dos pandas, e que eles gostam, mas não sabia que era tanto assim — disse estupefato com a agilidade de Mick de comer a sopa.

— eu amo sopa de bambu! — ele praticamente gritou, o medo sendo ignorado.

Leonardo sorriu, acompanhado ansioso cada colherada que Mick dava na sopa.

Quando Mick finalmente terminou de comer, o que não demorou, ele tinha se sujado todo, até sua bochecha tinha resquícios da bagunça.

De forma ingênua o leão se aproximou da bochecha do ômega, lambendo-a, envergonhado por tal ato, Mick encolhe os ombros.

Esse não era um típico carinho que Mick tinha recebido na infância, pois ao nascer sua mãe morreu e seu pai foi embora, deixando-o sozinho no mundo.

Mick estava tão feliz com o carinho que começou a ronronar de prazer, mostrando o pescoço desprovido de marcas ao alfa, em modo de submissão.

Sem dizer nada, a boca do alfa desceu da bochecha para o pescoço desprotegido, lambendo a glândula de feromônios que liberava o mais doce cheiro de lavanda.

— eu quero mais — Mick sussurrou.

Ele não sabia porque disse isso, e não queria pensar nisso, não agora, quando tinha um alfa lambendo um lugar tão sensível do seu corpo.

O leão levou as mãos até às orelhas macias do panda, massageando-as, Mick jogou a cabeça para trás aproveitando o carinho que o atiçava cada vez mais.

Antes mesmo que percebessem suas bocas estavam uma cobrindo a outra em um beijo afoito, enquanto se esfregavam um no outro de forma suja, fazendo ficção entre suas tensões cobertas pelas camadas de roupas.

As mãos cálidas de Leonardo dedilhavam todo o corpo desconhecido, explorando a pele como um mapa a se conhecer, fazendo gestos que um deficiênte visual varia ao ler braille.

Mick desconhecia aquele sentimento que o dilacerava de dentro pra fora, questionava se aquilo seria algo normal entre um alfa e um omega.

O alfa leão por outro lado, queria pele, pele é aquilo que ansiava, um simples toque quente o queima como brasa.

Com a respiração ofegante e entre cortada, Mick, por instinto, pega a mão de Leo, obrigado que as falanges cobrissem seu membro.

Surpreso pelo ato, Leonardo congela, lembrando que não entrou no quarto para isso, mas ao olhar para o herbívoro a sua frente, toda sua decência se esvai.

A coloração escarlate das bochechas cheias e olhos pretos marejados, trás uma sensação de prazer ao seu íntimo.

— Por favor — Mick implorou, mesmo não sabendo ao certo o que estava pedindo.

Negando-se a ouvir a voz da razão que ressoava na cabeça, Leonardo agarra as bochechas do panda, sentindo o calor que emanava. Sem mesmo tocar, ele podia sentir que o peito de Mick batia desenfreadamente.

Desesperado, o panda pega a mão do leão, levando de volta ao lugar que estava outrora.

— por favor — repetiu, colocando pressão entre a mão e seu órgão. — Eu quero!

— quer o que?

O panda choraminga frustrado, empurrando o carnívora no chão e se sentando em cima da protuberância.

— se você não quer me dar, eu pego — disse em tom imperativo.

Com os olhos arregalados e as mãos presas acima da cabeça, o leão se pergunta: quem é a presa e quem é o predador entre eles, estando em uma posição que geralmente alfas não ficavam.

O ômega, sem vergonha, rebola necessitado, angustiado, pois a cada segundo seu corpo pedia por mais, como se aquela posição constrangedora não fosse o suficiente para saciar seus desejos.

Gemendo sôfrego, ele deita sobre o peitoral másculo e começa a se esfregar com a cara enterrada no peito de Leonardo, soltando os pulsos do alfa.

Mesmo que Mick tenta-se se dá o prazer usando o corpo do alfa, o prazer unilateral, não dava-lhe a satisfação que precisava.

— me ajuda — pediu entre um choramingo.

Leonardo poderia até dizer que não sabia ao certo o que Mick queria, porém estaria mentindo, ele corria o sério perigo de irritar um omega necessitado com suas provocações inadequadas.

De forma inadequada - mas tudo que aconteceu era inadequado - e íntima, Leonardo colocou a mão dentro da calça de algodão de Mick e apertou levemente seu membro, fazendo o corpo dele arquear. O omega se contorcia, arranhando seu peitoral, tentando esconder o rosto ruborizado.

— meu pequeno panda está com vergonha? — perguntou de forma jocosa, usando a mão desocupada para alisar os cachos emaranhados.

Aquele pronome possessivo, meu, fez o ômega encarar o alfa com a boca aberta, desejando que ele repetisse mais uma, duas, três, quantas vezes forem possíveis até serem gravadas e imortalizadas na sua memória.

Nenhum alfa tinha falado que o pertencia de forma tão possessiva, tão sonora e embriagante.

Mick rodeou os braços em volta do alfa, buscando conforto na glândula de cheiro amadeirada.

Com um sorriso no rosto, o híbrido de leão movimentou a mão em volta do mastro endurecido, deixando de lado sua própria excitação.

Querendo descontar o prazer, Mick mordeu o ombro de Leonardo, deixando gravado a impressão de seus caninos não tão grandes, porém finos.

O deleite do alfa era escutar cada gemido reprimido do corpo sobre o seu, a cada movimento rítmico.

Os suspiros misturados com finos gritinhos, rente ao seu ouvido, dando-lhe um formigamento no baixo ventre.

Arqueando a coluna em forma de arco, Mick se desmancha nas mãos de Leonardo, fechando os olhos com força e mordendo o lábio inferior com tanta pressão que uma fileira de sangue desfila sobre a mandíbula até chegar no pescoço, próximo ao pomo de Adão.

Cessando os movimentos, Leonardo leva a mão lambuzada a boca, lambendo cada vestígio rente ao olhar anuviado, em seguida tocar o rosto corado do omega, logo após, lambe o pescoço do herbívoro, seguindo caminho até os lábios cheios. O calor do toque o faz roçar os lábios no de Mick, um toque singelo, o híbrido sorrir entre o beijo, acariciando os pelos capilares do alfa.

Antes mesmo que Leonardo pensasse em continuar, ele sente o corpo desfalecer e perder os sentidos em cima do seu, o cansaço dominou o omega que adormeceu logo após extravasar.

O híbrido de leão sentia seu membro pulsar dolorosamente, mas mesmo assim não atrapalharia o sono do panda, que ressonava deitado em cima do seu peito.

Leonardo segura firmemente no herbívoro, colocando impulso sobre o corpo e o peso, alavancando os dois do chão do quarto. Com cuidado, o alfa deita delicadamente o omega na cama que estava no centro do quarto, querendo deixa-lo confortável.

Sorrindo feito um idiota para o omega na cama, Leonardo se aproxima, cortando a distância o suficiente para da um beijo na testa de Mick, antes de sair do quarto e deixar que ele descanse.

Fim.

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