Cheguei no Japão, faz alguns meses, Jenna e eu conversávamos todos os dias, pelo menos até eu ter que dormir, já que o fuso horário era totalmente diferente do Estados Unidos. Era difícil, mas nós mantemos assim. Jenna chorava em todas as chamadas de voz que fazíamos, me partia o coração, queria voltar e não desgrudar dela.
Também conversava com Markus e Aliyah todos os dias, só tem uma única pessoa que eu nunca mais vi sinais era de Ethan, ele sumiu, pelo menos nunca mais me mandou mensagem. Bom, não fazia tanta falta, até porque eu estava a milhões de quilômetros de distância. Jenna ameaçou dizer vir pro Japão, mas eu não deixei obviamente.
Se vocês acham que é só isso que está ruim, é porque você não sabe como está aqui no Japão. Pro meu azar estou dividindo quarto com uma menina insuportável, Fernanda.
As vezes passa pela minha cabeça colocar um travesseiro na cara dela de madrugada, a gente se briga o tempo inteiro, por coisas extremamente idiotas, se ela peida eu fico puta, se eu estou no celular ela se irrita, se eu estou comendo salgadinho até o barulho da minha mordida ela se irrita. Nem eu e ela se aguentamos mais.
Por exemplo, essa noite eu estava jogando roblox, o barulho do meu personagem andando irritou ela tentando dormir (eu estava de fone
Então essa tarde fui até a diretoria da escola e pedi gentilmente para trocar de quarto, até porque eu não aguentava mais aquela desgraçada me enchendo a porra do saco.
- boa tarde... - falo um pouco retraída após abrir a porta da sala do diretor
- entre - ele diz colocando seu celular de lado e eu me sento na cadeira do outro lado da mesa gigante do mesmo
- então... eu tô dividindo quarto com a Fernanda, só que a gente não está se entendendo nem um pouco, já conversamos, chegamos em um acordo mas mesmo assim a gente continua brigando. Então eu queria te perguntar se tem como eu trocar de quarto - pergunto um pouco incerta com a mão no meio dos meus cabelos e ele coloca seus óculos na mesa
- entendo... mas é impossível eu te trocar de quarto na altura do campeonato - ele diz e um pedaço do meu rim caí
- nem se eu dormir no gramado? - pergunto fazendo graça e o mais velho gargalha colocando seus óculos novamente
- desculpa Arianne, é impossível. Até porque todos os quartos já estão ocupandos - ele diz e eu franzo o cenho
- então, justamente, porque só não trocamos de colega de quarto - falo colocando uma perna em cima da outra e ele passa a mão pela sua barba grande
- não dá Arianne, até porque a Fernanda pode não gostar - ele diz e eu sorrio
- mas ela também não aguenta mais a minha cara diretor - falo e ele ri soprado
- realmente não tem como, eu não posso trocar depois de já terem escolhido - ele diz e eu estalo a língua no céu da boca
- ta bom diretor, obrigado - me levanto e suspiro saindo da sala logo em seguida
Fecho a porta e mostro o dedo para a porta de madeira.
Não adiantou de nada, eu e Fernanda continuamos brigando e eu já estava desistindo da ideia de fazer intercâmbio, comecei a pensar todas as noites no porque aceitei, odeio escola, o que eu estou fazendo aqui?
Pensei mil vezes em voltar mas não tinha coragem, sempre quis fazer intercâmbio no Japão. Mas era tentadora a ideia de voltar para os Estados Unidos.
Também não aguentava mais me masturbar no banheiro pensando naquela morena anã.
Era vergonhoso e eu me arrependia dois minutos depois.
Mas agora era uma nova semana e eu já acordei de mal humor com meu despertador tocando.
- caralho... - falo abrindo meus olhos lentamente
Murmuro tateando a cama em busca do meu celular, até que acho o mesmo e desligo o alarme. Me levanto lentamente e vou ate o banheiro mas acabo tropeçando na calcinha de Fernanda e caio de cara no chão e Fernanda acorda com o barulho do meu tombo.
- eu não acredito nisso - ela diz ainda tentando se acostumar com a claridade e eu me levanto lentamente
- não dá pra guardar suas calcinha? - pergunto pegando a calcinha de renda da mesma e jogando na cara da mesma
- eu não falo das suas cuecas freiada de bosta - ela diz e eu faço cara de tedio
- freiada de bosta é esse seu rego fedido - falo indo ate o banheiro e ela ri soprado
Escovo meus dentes e tomo um banho gelado, volto para o quarto com uma toalha na cintura e um top, Fernanda me obcerva por alguns segundos até eu perceber seu olhar e ela desviar olhando para o outro lado.
- se masturbou ontem de novo pensando na anã? - ela pergunta e eu reviro os olhos pegando minhas roupas no armário
- como você consegue ser tão chata, puta que pariu, você ta me fazendo desistir de ficar nesse cu - falo e ela gargalha sarcástica
- ata porque é incrível te aturar o tempo inteiro - ela diz e eu vou ate o banheiro com minhas roupas no ombro
- só pra te avisar, prepare o coração, que vai pagar o preço e aguentar o peso, de uma tonelada de solidão - canto dançando em frente ao espelho
Tonelada de Solidão - Marcos & Belutti
- cala boca caralho - ela grita e eu reviro os olhos batendo a porta do banheiro
Tomo um banho demorado escutando sertanejo no ultimo volume e logo saio do banheiro e visto minhas roupas, passo quase o vidro inteiro do perfume e saio do banheiro logo em seguida, até que sou surpreendida com uma calcinha fedorenta na cara.
- que nojo Fernanda - falo tirando a calcinha da mesma da minha cara e ela começa a rir
- cheiro de cu - falo indo ate minha cama e ela faz cara de tédio
- ata porque o seu é cheiroso - ela cruza os braços e eu desbloqueio meu celular com face ID
- mais cheiroso que o seu eu tenho certeza que é - falo abrindo o SMS podendo ver que havia várias mensagens de Jenna
- ai nem vou discutir com você, vou tomar banho - ela diz e eu dou graças a Deus
Rio olhando para a tela do celular, até que sinto algo grande voar na minha cabeça, olho para trás e vejo minha mochila em cima de mim e Fernanda sorrir largo.
- agora eu vou enfiar essa mochila no seu cu - falo me levantando de forma rapida com a mochila na mão e Fernanda sai correndo
Fui para a escola e fiquei lá por 5 horas, eu não estava mais aguentando ter que acordar 09:30 da manhã e ter que aturar Fernanda 24 horas por dia até porque ela também está na minha sala.
Até que hoje foi tranquilo.
Finalmente tocou o sinal e agora eu estava indo para os dormitórios conversando com Jenna pelo SMS, já que a porra dos americanos acham WhatsApp algo velho e ultrapassado.
Chego no meu quarto finalmente e me jogo na cama, Fernanda por um milagre de Deus não dormiria comigo hoje, já que ela vai escondido para os dormitórios dos meninos...
E eu continuo a conversar com Jenna. Jenna estava mandando umas mensagens um pouco inapropriadas e eu não iria deixar ela falando sozinha. Diz ela que estava se masturbando na noite passada pensando em mim. E eu já estava quase soltando um jato gigante só com as mensagens da mesma.
O quarto estava todo escuro até porque já era 18:20 e já estava totalmente de noite. Até que eu levo um puta susto após sentir uma mão apertar meu membro por cima da calça.
- AI CARALHO - dou um pulo de três metros e começo a ouvir uma risada famíliar
Não é possível...
- a sua cara - a voz de Markus rindo é audivel e eu ligo a luz pelo interruptor ao meu lado podendo ver Markus no chão rindo igual uma gazela
- Markus!? - falo após do nada ver Markus a minha frente
- e ai - ele diz sorrindo largo e eu ofereço minha mão para o mesmo se levantar
- como você tá aqui? - pergunto sorrindo largo e ele ri soprado ainda tentando se recompor da risada
- vim te ver né - ele diz e eu cruzo os braços
- ata, você veio pro Japão só pra me ver? - falo e ele assente
- impossível - falo e ele sorri
- não trouxe minha namorada junto não? - falo e ele faz cara de tedio
- ele pediu para mim vir pra cá - ele diz e eu assinto
- vou mandar uma foto pra ela que eu tô com você - ele diz e eu rio soprado obcervando o mesmo tirar o iPhone do bolso
- faz uma cara bem linda aí - ele diz e eu faço uma careta engraçada fazendo ele rir soprado tirando a foto
- agora ela se apaixona - falo e ele ri soprado se apoiando em mim
- vixi, mas do que ela já é - ele diz e eu sorrio largo
- ta calma, como você sabe que eu tô nesse quarto, e como você veio pro Japão? - falo e ele se joga na minha cama
- eu vim passear aqui também, mas eu também vim te ver, vim ver se você desistia de ficar aqui e voltar - ele diz e eu sorrio me deitando na cama
- to cansando já... é bem mais difícil do que eu pensava, e outra que a Fernanda tá deixando ainda mais difícil - falo e ele ri nasal
- ela não deve ser tão chata assim - ele diz e eu franzo o cenho
- ela é sim, acredite - falo e ele sorri
A porta é aberta e eu levo um susto, Fernanda entra no quarto e olha fixamente para Markus.
- se você abrir a boca eu juro que te dou um pau - falo e ela sorri largo
- relaxa esquentadinha, só vim pegar meu fone de ouvido - ela diz indo ate o seu lado do quarto e eu reviro os olhos voltando minha atenção para Markus
- quem é? - ela pergunta e eu invento em uma resposta escrota
- meu namorado, porque? - falo abraçando markus de lado e ela franze o cenho
- oh mau humorada - ela diz indo ate a porta e saindo do quarto logo em seguida
- ah vai dar o cu - falo me separando de Markus e ele sorri largo
- vocês nao se suportam mesmo hein - ele diz e eu reviro os olhos me jogando na cama
- vai ficar aqui por quanto tempo?
- uma semana talves - ele fala se sentando na cama e eu assinto
- e a Jenna como tá?
- ah ela tá bem, ela fala de você o tempo inteiro, ela disse que quer te ver o quanto antes - coloco as mãos no rosto escutando o mesmo
- eu quero voltar - falo me deitando de barriga para baixo e ele ri soprado
- você pode sair?
- bom... o certo era eu continuar, mas eu tô muito cansada, e ficar sem a Jenna tá me matando - falo bufando e ele assente
- mas eu tenho que ficar aqui, por um ano, eu nem tenho dinheiro pra voltar - falo e ele pensa por alguns segundos
- mas você pode sair daqui?
- ué, parar o intercâmbio? Sim, óbvio, só que era meu sonho fazer intercâmbio no Japão. - falo e ele se joga na cama
- vai deixa a Jennão lá sozinha? - ele diz e eu olho para o mesmo
- acha que ela vai encontrar outra pessoa?
- não, provavelmente não, mas ela tá mal sem você - me viro de barriga para cima e encaro o teto do quarto
- você tá me deixando mais confusa - falo e ele sorri sem mostrar os dentes
- vai voltar? - ele pergunta entusiasmado
- nem pra você me incentivar né seu porra. - falo jogando uma almofada no mesmo e ele gargalha
- a Jenna quer que eu leve você de volta - ele diz e eu sorrio
- eu vou ficar Markus, eu quero estar aqui, tenho que pensar no meu futuro primeiro. Óbvio que eu quero estar com ela, mas eu tenho que ficar - falo e ele suspira sem dizer uma palavra
— porque a Jenna não veio com você?
— talves porque ela seja ocupada demais – ele diz e logo eu me lembro que Jenna não tem tempo nem pra cagar
— enfim, eu tenho que voltar pro Hotel, não posso estar aqui – Markus diz se levantando e eu me levanto ao mesmo tempo
— vou ter que ficar sozinha de novo nesse caralho – falo e ele sorri de canto
— amanhã eu volto, relaxa – ele diz oferecendo sua mão para um aperto de mão
— fecho – sorrio de canto apertando sua mão fazendo um estalo alto
Ele sorri e se vira de costas para sair. Eu estava me sentindo tão sozinha, ninguém que eu realmente conhecia por perto. Minha cabeça é fraca, a qualquer momento eu poderia pegar minhas coisas e voltar pros Estados Unidos.
Ele fecha a porta e eu tento conter o choro, provavelmente meu rosto estaria todo vermelho. Era horrível ter que ficar em um lugar onde eu não conhecia ninguém.
Me joho na cama e coloco meu rosto no travesseiro, onde soltei todo o choro guardado, a saudades da Jenna, a vontade de estar nos Estados Unidos, saudade até da minha mãe que eu nem lembro como é o rosto. Tudo vinha na cabeça e me fazia chorar mais.
Me viro de barriga para cima e solto o sinto da calça, abro os botões com um pouco de dificuldade e retiro meu membro de dentro, totalmente ereto, inicio movimentos rápido buscando deixando as lágrimas cair sobre meu rosto. Só conseguia lembrar das bilhões de vezes que Jenna queria e eu não, eu chorava cada vez mais e aumentava cada vez mais a velocidade de minha mão.
Jogo a cabeça para trás e tento conter as lágrimas que insistiam em cair. Só conseguia pensar na Jenna e em mais ninguém, era quase impossível conter o quê eu sentia, o peito doía e me levava a ir mais rapido com as mãos, mordo o labio inferior e logo o sêmen saí com força de dentro de mim, tiro até a última gota sujando minha camisa com líquido que caía. Estava tão eufórica que qualquer coisa naquele momento me faria gozar forte.
Me levanto lentamente sem nem fechar a calça e vou ate o banheiro, tiro minha calça e a camisa e jogo tudo no sexto de roupas sujas. Tomo um banho demorado, onde chorei até os olhos incharem e me vesti me joguei na cama e dormi sem ao menos ver as mensagens de Jenna. Só acordei quando ouvi passos pelo quarto, abro meus olhos e vejo a moça da limpeza rondando pelo quarto, me sento na cama lentamente e a moça diz.
— esse quarto está um chiqueiro Arianne – a mesma diz e eu coloco as mãos nos olhos tentando dormir novamente
— a aula já começou, não vai ir? – ela pergunta e eu a olho novamente tentando me acostumar com a claridade
— posso te fazer uma pergunta? – falo e ele me se apoia em sua vassoura me esperando dizer
— digamos que você esta namorando com alguém, só que vocês se separaram, pela distancia mesmo, por culpa sua. Mas você quer muito estar onde está, mas você tá morrendo de saudades dela. Você voltaria?
— ah... Só se eu estivesse realmente precisando dela, e se eu soubesse que ela está na mesma situação – tá aí a resposta que eu queria ouvir.
— porque está perguntando isso? – ela pergunta e eu passo minhas mãos pelo cabelo bagunçando mais ainda
— eu namoro uma pessoa, muito incrível, nem sei se eu mereço alguém como ela. Ela cuida de mim, minha segunda mãe. Só que eu vim pra cá, eu sempre sonhei em estar aqui. Só que... – começo a soluçar tentando conter o choro
— eu to aqui, no Japão... – minha voz sai tremula e ela vem ate mim e me abraça forte
— gosta dela mesmo?
— eu amo ela, demais, demais, demais. Não consigo viver sem ela, achei que seria fácil, mas nada está se saindo como o planejado – ela deixa um beijo no topo da minha cabeça e eu a abraço forte
— vai ver ela então ué – ela diz e eu a olho nos olhos
— e deixar o Japão?
— você não vai relaxar até ver ela – ela diz e eu sorrio de canto
— to certa?
— certíssima – falo e ela bagunça meu cabelo me fazendo rir
— agora eu vou fazer a faxina – ela diz e eu assinto sorrindo
Me jogo na cama e penso por alguns segundos olhando para o teto do quarto. Sorrio largo e me levanto de forma rapida.
Continua...